Cerca de 1900 e picos, Charlie Chaplin aparece-nos sem a sua icónica maquilhagem. Em 1914 o bigodinho símbolo do Carlitos Repórter em "Making A Living" ainda era farfalhudo e completo e as roupas também eram outras e até elegantes se comparadas à ‘nobreza maltrapilha’ posterior do vagabundo Charlot, actividade icónica que valeu a Chaplin a expulsão dos Estados Unidos, vindo a morrer em Vevey na Suiça. Não sem que antes Hollywood o tivesse canibalizado com a atribuição de um "óscar de carreira", a ele quer nunca tinha ganho tal prémio por nenhuma das suas célebres obras cinematográficas imortalizando a tragédia dos Pobres sob a condição da selvajaria capitalista industrializada. Cem anos depois e muito capital acumulado, os filhos Michael, Eugene e Victoria, são agora sócios do projecto do Museu Chaplin na Suiça orçado em 57 milhões de dólares que irá abrir as portas no início de 2016. (com o patrocinio de uma multinacional)
Em 1919, Charlie Chaplin fundou o seu próprio estúdio com alguns seus amigos, outros ícones de Hollywood, Douglas Fairbanks, Mary Pickford e D.W. Griffith (o notável autor de "O Nascimento de uma Nação") - "Fui para este negócio por dinheiro, e a arte cresceu a partir disso", disse certa vez Chaplin. "Se as pessoas ficaram desiludidas com esse meu comentário, não posso ajudá-las. É a verdade"
Uma simples mistificação dos economistas da escola neoliberal norte-americana, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias de Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos. Neste sentido, só o Presente é nosso, não o momento passado nem aquele que aguardamos, porque um está destruido, e do outro, se não lutarmos, não sabemos se existirá.
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segunda-feira, maio 26, 2014
Também tu, Charlot?, A Quimera do Ouro (e o voto no capitalismo que lhe está implicito)
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