Os trabalhadores da TAP tinham prevenido, entre os dois candidatos venha o diabo e escolha. E o Diabo veio e, aldrabão como só o mafarrico aprendeu, fez o contrário do que disse quando era santo: "a política de privatizações em Portugal será criminosa, nos próximos anos, se visar apenas vender activos ao desbarato.» (Pedro Passos Coelho, Fevereiro de 2010 e Junho de 2010). O outro acrescentou: «Não lançaremos a privatização a poucos meses das eleições legislativas» (António Pires de Lima, Julho de 2014) E vê-se: em boa verdade, por tal contrato quem verdadeiramente vai ser vendido não é a TAP – pois, como se vê pelos valores escandalosamente baixos, tendo sempre presentes os propositadamente esquecidos direitos de tráfego ou de operação para cerca de 50 linhas de que a Empresa é titular – a TAP está a ser oferecida. E de facto quem vai ser vendido são os seus trabalhadores! Ora, perante tudo isto, o que vão fazer os trabalhadores da TAP e os seus Sindicatos? Vão ficar calados e aceitar passivamente esta sua venda, ou vão erguer-se e vão lutar? (Luta Popular)
Para ex-auditora Maria Lucia Fattorelli convidada pelo Syriza para o Comité pela Auditoria da Dívida Grega com outros 30 especialistas internacionais. , o esquema da dívida pública como mecanismo de controlo político e económico é um instrumento de roubo do património público, como está agora a acontecer com a TAP. A dívida pública é um mega esquema de corrupção institucionalizado – o sistema actual destina-se a provocar o desvio de recursos públicos para o mercado financeiro. Para acabar com isto é necessário gente honesta no governo e a supressão do Artº 123 do Tratado de Lisboa. Para se compreender melhor o que se está passar com o boicote à Grécia, note-se que o problema começa há uma auditoria à dívida e não encontram contrapartidas reais. Que dívida é essa que não para de crescer e que leva cada vez mais uma boa fatia do Orçamento? Qual é a contrapartida dessa dívida? Onde é aplicado esse dinheiro? E esse é o problema.
Na última década, a companhia aérea duplicou os lucros e baixou, desde 2008, uma dívida de 1,4 mil milhões para mil milhões, recorrendo apenas a recursos próprios - e ainda, desses 100 milhões dessa alegada "divida" cerca de 400 milhões são custos normais, operacionais, na gestão em leasing da frota de aviões. Desde 2009 que todos os anos a TAP dá lucro (183 milhões até 2013) e tem um volume de negócios de 2,8 mil milhões por ano. Mesmo assim, o governo entrega 61% do capital da TAP a troco de uns míseros 10 milhões de euros e um encaixe para a empresa de entre 354 a 488 milhões dependente de se o desempenho a partir de 2015 não passar a dar "prejuizo". “O negócio é sobre todos os pontos de vista um sucesso”, decretou o secretário de Estado dos Transportes (só um Airbus dos pequeninos custa 86 milhões e dos grandes 200 milhões). Como brinde, ao fim de 10 anos as rotas e a séde da companhia podem ser transferidas para fora de Portugal.
Desde 2008 o Estado português conluiado com a Burguesia nacional e transnacional já vendeu ao desbarato 28 por cento do PIB... e o que é que os portugueses ganharam com isso?
Uma simples mistificação dos economistas da escola neoliberal norte-americana, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias de Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos. Neste sentido, só o Presente é nosso, não o momento passado nem aquele que aguardamos, porque um está destruido, e do outro, se não lutarmos, não sabemos se existirá.
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