Os autores, João Villar e Alfredo Duarte Costa, embaixador em Cuba, com o presidente Fidel Castro Ruz
“Guardo as melhores recordações da minha primeira visita a Cuba no ano de 1978. Integrava então uma delegação de empresários portugueses que a convite das autoridades cubanas estudariam as possibilidades de aí estabelecer seus negócios. Não tive quiasquer receios então e não os tenho hoje.
Longo caminho percorremos e em Outubro de 1998 tive o grato prazer de receber na séde do Grupo Amorim o presidente da República de Cuba, doutor Fidel Castro Ruz, culminando exactamente vinte anos de cooperação estreita.
Hoje o nosso trabalho em Cuba estende-se a vários ramos da actividade económica, desde trading, até ao maricultivo, no turismo, construção de novas unidades e gestão hoteleira, etc. Tal como foi reconhecido, sabemos estar nos bons como nos maus momentos, sempre com o mesmo estado de espirito construtivo. É sem dúvida uma das experiências mais enriquecedoras que até hoje vivi”.
Américo Amorim
Empresário
Sabido como é, que Américo Amorim não é flor que se cheire, bastando para isso lembrar os recentes episódios em torno das ilegalidades cometidas na apropriação de um espaço público para urbanização do condominio privado de luxo do Convento dos Inglesinhos no Bairro Alto em Lisboa – imagina-se perfeitamente o que acontece quando estes grupos em busca da decuplicação de resultados apanham pela frente um Estado fraco e minado pela corrupção, que se está nas tintas para defender a ordem social, porque não são representantes legitimos daqueles por quem dizem ter sido eleitos - antes porque esse tipo de manhosos profissionais da politica são precisamente faustosamente remunerados por debaixo da mesa por esses interesses como fautores pró-activos da desordem.
Não tenhamos ilusões, o que está em jogo ácerca do hipócrita “recente velho interesse pela liberdade” que coloca a ecológicamente virgem Cuba na ordem do dia é ambição de decuplicação ad infinitum dos resultados económicos das piranhas capitalistas.
Hotel e Aldeamento turistico de Guamá, na peninsula de Zapata, uma das primeiras obras da Revolução. Por perto, outra atracção: o "criadero de crocodilos" que protege esta espécie autoctone até então ameaçada, pela "liberdade" natural dos caçadores furtivos.
Um tipo de desenvolvimento sustentado, de baixa densidade, que é um exemplo para todo o mundo. Compare-se. Olhem para o “nosso” Algarve e esbocem um esgar na face que vos reflecte o betão - aqui, onde podia estar um sorriso. É um prejuizo incalculável para os patos-bravos haver regulamentações rígidas que só permitem que se construa dentro dos perimetros urbanos. ( na foto de baixo: a Sierra Maestra, perto de Santiago de Cuba)
"o PORCO FALANDO DO TOUCINHO"
Sem comentários:
Enviar um comentário