,,, que tinha sido começada a preparar muito antes - a Natureza concluiu a tarefa.
Sabe-se agora que são poucas ou nenhumas as probabilidades da cidade ser restaurada para aí voltarem a viver a maioria dos pobres que a habitavam. O novo documentário de 4 horas do prestigiado realizador Spike Lee (a acção do governo foi criminosa, disse ele) "When The Levees Broke: A Réquiem in Four Acts" a exibir na cadeia de televisão por cabo HBO, levanta a questão de alguns diques terem sido arrebentados propositadamente para salvar as zonas residenciais dos ricos. Um ano depois, de uma cidade com meio milhão de habitantes, apenas voltaram 140 mil cuja maioria vive em roulotes em situação precária. Para a "Newsweek" trata-se do melhor trabalho de sempre, e o de maior importância na carreira de Spike Lee.
entretanto,,,
a Louisiana, foi o segundo Estado dos EUA a proibir o aborto
Até o furacão Katrina devastar o Golfo do Mississipi, a governadora Kathleeen B. Blanco era considerada como uma estrela ascendente do Partido democrata nos EUA. Antes, esta mulher de firme convicção de governo de tradição liberal, após ter-se batido contra a horda de políticos machos, abarcando do Grande dragão do Klu Klux Klan ao secretário da Saúde da administração Bush, comprometida à esquerda do partido, não tinha hesitado em visitar Cuba e a jantar com Fidel Castro.
Contudo, em Fevereiro de 2004, numa estranha reviravolta prestou o seu apoio à ocupação do Iraque aquando de uma viagem a Bagdad patrocinada pelo departamento da Defesa. Em Agosto de 2005, tornou-se responsável pela amplitude dos estragos causados pelo furacão na medida em que o seu apoio à ocupação do Iraque a levou a autorizar o envio de 3.000 membros da Guarda nacional pertencentes a essa região; homens cuja ausência de facto a privaram dos meios indispensáveis para responder à catástrofe. Contudo, estes guardas cidadãos não só não cumpriram com os apoios devidos às vítimas: com efeito, Kathleen Blanco deu ordem aos bandos de Guardas restantes para fazer fogo e abater os desesperados que procuravam sobreviver depredando tudo o que estava ao seu alcance. Em 7 de Junho de 2006, a governadora Blanco, mulher e democrata, anunciou que ratificaria uma lei que proibe o recurso ao aborto em todos os casos, incluindo a violação e incesto, excepto quando a vida da mãe está perigo. Os médicos ou parteiras abortadeiros incorrem em 100.000 dólares de multa e 10 anos de prisão como qualquer criminoso. A Louisiana é o segundo Estado, após o Dacota do Sul, a adoptar tal legislação em contradição com a jurisprudência do Supremo Tribunal dos Estados Unidos de 1973.
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