“Banco Mundial, umGolpe de Estado Permanente”
Eric Toussaint, CADTM
Desde o seu nascimento que o Banco Mundial ignora as recomendações das Nações Unidas suportando regimes não democráticos e ditaduras, sendo a sua acção um vector de pobreza mais do que ajuda às populações abrangidas pelos seus planos. (A social-democracia portuguesa, que nunca se conseguiu libertar verdadeiramente do pendor neo-fascista herdado do anterior regime, foi financiada pelo BM desde a década de 80 sob a batuta de Mário Soares, com os “notáveis” resultados que obtivemos e que temos hoje presentes).
No 3º mundo a instituição é conhecida sobretudo por não fazer caso dos “direitos humanos”.
Para chegar a estas constatações, Eric Toussaint dedica-se a distinguir a diferença entre os objectivos proclamados e os objectivos na verdade atingidos (os primeiros visando a redução da pobreza, os segundos visando a submissão das estruturas públicas ou privadas às exigências do capitalismo mais brutal).
Pelas 310 páginas do livro perpassa um inventário detalhado desmascarando sucessivamente todas as imposturas – nomeadamente o prtenso “modelo” sul- coreano estilizado na asséptica Singapura, propondo em fim de análise que exista a possibilidade de trazer a Banca perante a Justiça. O autor propõe a abolição de todos os fundos monetários internacionais (como o FMI) subsistuindo-os por Instituições ao serviço da emancipação dos povos.
“Inimigos, Confissões de um Homem Chave do FMI”
Ernesto Tenembaum
Quando um jornalista de ideias progressistas e um antigo alto responsável do FMI se encontram, as matérias para discussão são numerosas. Como os dois são argentinos o desafio rapidamente se reportou à crise económica que se abateu sobre aquele país no final da década de 90. Esta obra epistolar é o resultado da troca de emails durante vários meses entre os dois homens. Sem jamais renunciar às suas convicções o antigo funcionário internacional defende a sua acção e a da instituição na qual trabalhou por mais de 30 anos, admitindo contudo certas limitações do FMI, o que nos faz descobrir a entrada num mundo misterioso em que a Economia tem uma dimensão religiosa.
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