Uma simples mistificação dos economistas da escola neoliberal norte-americana, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias de Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos. Neste sentido, só o Presente é nosso, não o momento passado nem aquele que aguardamos, porque um está destruido, e do outro, se não lutarmos, não sabemos se existirá.
Pesquisar neste blogue
segunda-feira, fevereiro 26, 2007
A Ecologia da Destruição
Gillo Pontecorvo, falecido o ano passado (1919-2006), realizador italiano de formação marxista, famoso como autor do clássico sobre a insurgência revolucionária “A Batalha da Argélia” (1966), realizou em 1969 uma obra que vem mesmo a calhar chamar à memória nos tempos que correm – na medida em que torna compreensível porque são os governantes cá do burgo marionetas cúmplices das mais tenebrosas filhas-da-putice internacionais – apelidando-as, subservientes, sem a menor vergonha na cara, de “missões de paz”.
“Burn!” (que poderíamos traduzir por “Queimar!” ou pum! “Ardeu!”) foi feito como resposta à escalada do imperialismo no Vietname. Pretendia ser uma alegoria politica da guerra, mas acabou, como não poderia deixar de ser, por se estender à critica do capitalismo em si mesmo. A acção, que decorre nos primórdios do século XIX, situa-se numa ilha imaginária das Caraíbas chamada “Burn” (Queimada). A ilha é uma colónia portuguesa de escravos com a produção assente na monocultura de cana, dependendo portanto dos pagamentos da exportação do açúcar consoante as necessidades a economia mundial. Na cena de abertura somos informados que o nome de “Queimada” se ficou a dever ao facto de a única maneira dos colonizadores portugueses conquistarem a população indígena foi deitarem fogo à ilha inteira e matarem todos os habitantes, após o que importaram escravos de África para prover às necessidades de mão-de-obra para as novas plantações. Não vem no filme, mas a carnificina tem decerto foros de veracidade, tanto quanto nas Bermudas e noutras ilhas caribenhas actualmente de expressão inglesa, as tabuletas que avisam os banhistas da presença de peixe-aranha são sintomáticas pelo seu curioso nome: “Caution, Portuguese Men of War”.
Sir William Walker (representado por Marlon Brando) é um agente especial Britânico enviado para supervisionar os fornecimentos que dependem dos legisladores portugueses da ilha. Instiga a revolta entre os escravos negros enquanto, ao mesmo tempo, fomenta a ideia entre a pequena classe dirigente branca incentivando-os a obterem a independência da Corôa portuguesa. O objectivo é usar a revolta dos escravos para derrotar Portugal, enquanto a nóvel classe de Fazendeiros brancos, uma vez independentes, ficarão completamente subserviente das condições de compra dos imperialistas Ingleses. Walker desempenha a tarefa de forma brilhante, convencendo a tropa revoltosa de ex-escravos comandada por José Dolores (deveria ser José das Dores, mas como sempre, pensou-se que éramos espanhóis) a deporem as armas depois da administração colonial ter sido vencida. O resultado é uma neo-Colónia dominada pela burguesia branca – mas onde de facto quem faz as Leis, “de acordo com as normas de comércio livre internacionais”, são as companhias britânicas do açúcar. Missão cumprida, Walker parte então para outras tarefas diplomáticas ao serviço do Almirantado inglês, desta vez para um sítio longínquo na Ásia chamado Indochina.
No fim do filme, em 1848, passaram dez anos. A revolução está outra vez eminente na ilha Queimada liderada por José das Dores (que raio de civilização é esta, clamam os trabalhadores, onde uns têm todo o trabalho a plantar e a cortar a cana, e outros é que enriquecem com ela?). O conselheiro Sir William Walker está de regresso vindo de Inglaterra, mas desta vez regressa como funcionário superior da “Antilles Royal Sugar Corporation”, autorizada pelo governo de Sua Majestade. O seu objectivo é derrotar a nova rebelião de ex-escravos. A Oligarquia informa-o que a tarefa não deverá ser difícil, porquanto a situação e as leis são as mesmas de há 10 anos. Walker riposta que a situação pode ser a mesma, mas os problemas são diferentes – por palavras que parecem ecoar directamente de Karl Marx ele declara: “Muitas vezes, entre um período histórico e outro, dez anos podem de repente ser suficientes para nos revelar as contradições de todo um século”
São trazidas tropas britânicas para combater os insurgentes que iniciaram uma guerra de guerrilhas. Para os derrotar Walker ordena que sejam queimadas todas as plantações da ilha. Quando o representante local dos interesses britânicos protesta, Walker explica-lhe: “Esta é a lógica do lucro – a maioria de nós trabalha para fazer dinheiro, mas por vezes quando se faz demasiado dinheiro, torna-se necessário destruir. Lembre-se: é a este facto que esta ilha deve o nome que tem”
Moral da História: a Natureza tem de ser destruída, se se pretende que o factor Trabalho possa ser explorado em condições de paz por mais umas boas centenas de anos;
ps - mude-se o nome de “Escravos negros da ilha Queimada” para “indígenas que tiveram a desdita de nascer em Portugal” (afinal a ilha existe) e teremos a história da “nossa pátria” – e mais além, a história do Mundo, para onde tradicionalmente os portugueses emigram escapando-se da Oligarquia que subjugou, vendeu e continua a vender o sítio a retalho. População incluída.
Fomos ali atrás do sol-posto, e não sabemos quando voltamos; pfff, Não prometemos ser breves.
(adaptado do preâmbulo do artigo “The Ecology of Destruction” publicado na “Monthly Review”, Fev. 2007)
.
domingo, fevereiro 25, 2007
Saldo Negativo
Dói muito mais arrancar um cabelo a um europeu
que amputar uma perna, a frio, a um africano.
Passa mais fome um francês com três refeições por dia
que um sudanês com um rato por semana.
É muito mais doente um alemão com gripe
que um indiano com lepra.
Sofre muito mais uma americana com caspa
que uma iraquiana sem leite para os filhos.
É mais perverso cancelar o cartão de crédito a um belga
que roubar o pão da boca a um tailandês.
É muito mais grave deitar um papel para o chão na Suíça
que queimar uma floresta inteira no Brasil.
É muito mais intolerável o chador de uma muçulmana
que o drama de mil desempregados em Espanha.
É mais obscena a falta de papel higiénico num lar sueco
que a de água potável em dez aldeias do Sudão.
É mais inconcebível a escassez de gasolina na Holanda
que a de insulina nas Honduras.
É mais revoltante um português sem telemóvel
que um moçambicano sem livros para estudar.
É mais triste uma laranjeira seca num colonato hebreu
que a demolição de um lar na Palestina.
Traumatiza mais a falta de uma Barbie uma menina inglesa
que a visão do assassínio dos pais a um menino ugandês
e isto não são versos; isto são débitos
numa conta sem provisão do ocidente.
(poema de Fernando Correia Pina)
sábado, fevereiro 24, 2007
o conflito Etiópia-Somália
A Etiópia, de etnias berberes (de pele clara), não tem acesso ao mar e por isso lutam tradicionalmente com a etnia (de pele negra) do Sul, da Somália, por esse acesso. Para azar dos da mó de baixo, recentemente descobriu-se também que no Sul havia petróleo - resultado: 2 milhões de negros bantus abatidos na ultima década com o apoio do Ocidente - por enquanto,,, enquanto não se conseguir pacificar o renascido tribalismo e estabilizar um regime dócil que faculte a exploração do petróleo em condições "eficazes" para os paises doadores: os EUA e a UE. Já conhecemos esta história contada noutros lados, de outras maneiras, com protagonistas diferentes.
"Com a recente invasão da Somália, quase sem combate (e sem o menor protesto da “comunidade internacional”!), permitiu-se dar por concluido o derrube do poder islâmico no país. Recordado da sua desastrosa expedição de 1992 (quando os invasores yankees andaram a ser passeados de arrastão pelas ruas de Mogadiscio), Washington utilizou desta vez como seu “cão de guarda” regional a Etiópia (que tem vindo desde 2002 a rearmar ao abrigo de um plano de assistência militar). A derrocada do regime islâmico pareceu, contudo, demasiado rápida para ser legal. Na Somália pode estar a iniciar-se uma longa guerra de guerrilha, como no Iraque".
(ultimo paragrafo respigado da Politica Operária)
.
sexta-feira, fevereiro 23, 2007
a grande coligação global - Patronato, Governo, Presidente
Coisa que não parece muito dificil, quando o que mais vemos por aí são “socialistas” que investem nas bolsas de valores, que advogam programas racistas de “esmolas sociais”, enfim, por tudo o que é canto pululam animados grupinhos restritos que debitam egocentrismo uns para os outros em fastidiosos flirts televisivos sobre nada.
Resumindo e concluindo - tal como se apresentam hoje, os partidos ditos socialistas, são a bota esquerda do imperialismo armado - "a solução final" capitalista.
Breve análise
ps - aqui ficam mais umas coisinhas de Carlo Frabetti para ajudar à compreensão do panorama geral no deserto da politica actual
* O Vampiro Vegetariano
quarta-feira, fevereiro 21, 2007
lélé da Cuca?
“No artigo “O mal dos portugueses” Vasco Pulido Valente pronunciou-se sobre a minha intervenção na denúncia da acção de corrupção que visou o meu irmão, José Sá Fernandes, em termos que merecem a seguinte resposta:
1. Não fui procurado nem actuei como advogado de ninguém, mas simplesmente como irmão de um vereador. Podia ser jornalista, médico ou jardineiro. Tanto dava.
2. A acção em que participei foi requerida pelo Ministério Público e foi autorizada por um juiz de instrução criminal, que a julgou proporcionalmente adequada.
3. O combate à Corrupção não se faz falando, mas agindo e correndo os riscos inerentes.
Posto isto, os leitores que avaliem quem é que não regula bem da cabeça”. (RSF)
entretanto, para se ir lendo, tendo em vista o facto de, por entre a actividade dos comentadores tipo máquina-de-lavar, os pormenores do assunto não vão sendo esquecidos, aqui ficam, in memorium:
.
segunda-feira, fevereiro 19, 2007
Se atentarmos nas gigantescas campanhas de desinformação que grassam nos Media é normal suspeitarmos que existe um esforço organizado no sentido de denegrir todos os regimes políticos que se opõem à ditadura global do Mercado Livre – representados por governos que se demitiram da politica (fazendo crer que hoje em dia todas as questões são “problemas técnicos”) para se transformarem em meros executivos das empresas e multinacionais (que são as que têm actualmente bases para se expandir dentro da ideologia neoliberal)
Como financia o Império (e as oligarquias subservientes) o anticastrismo, o anti-chavismo (o golpe antidemocrático de 2002), a islamofobia, o anti-comunismo? – se é certo que o organismo supranacional (a Fundação Nacional para a Democracia - National Endowment for Democracy-NED), que financia p/e os Repórteres Sem Fronteiras, o El Mundo, o grupo Cisneros, etc) encarregado de canalizar verbas para “os meios de comunicação social” foi apenas criado em 1983 por Ronald Reagan, é mais que certo que existiu um longo trabalho que antecedeu esse tipo de actividades.
Quem Paga a Fria Guerra Cultural?
Em Langley na Virgínia, respirava-se uma atmosfera de emergência. A CIA (Central Inteligency Agency, CIA) que durante os últimos vinte anos havia logrado cumprir as tarefas de forma secreta, enfrentava agora uma crise profunda nas suas relações públicas. A forma como a CIA havia executado golpes de Estado, assassinatos e planeado deposições de governos democraticamente eleitos, estava a circular por todo o mundo nas primeiras páginas dos jornais, apesar de todos os esforços para o evitar. Com o antecedente da guerra do Vietname, e no meio de um clima de crescente desconfiança nacional, a CIA, que até então tinha sido uma instituição respeitada, começou a ser vista como um elefante enraivecido na loja de louças e de filigrana que era a politica internacional. Ficaram a descoberto os detalhes sujos da deposição do presidente Mossadegh no Irão em 1953; da expulsão do governo de Arbenz na Guatemala em 1954; da desastrosa operação da Baía dos Porcos; e de como a CIA havia feito espionagem a dezenas de milhar de norte- americanos e tinha negado esse tipo de práticas perante o Congresso, elevando assim a novos níveis a arte de mentir.
É por demais bem conhecido que a CIA congregou à sua volta os intelectuais de extrema- direita quando ”internacionalizou” as suas actividades logo depois da 2ª Grande Guerra; poucos sabem porém que também individuos do centro e da “esquerda” num esforço para desviar a “intelligentsia” do país da influência do “comunismo” trabalharam activamente para que, torneando o obtstáculo, as actividades da CIA fossem direccionadas para levar à aceitação generalizada da “maneira de vida americana” por esse mundo afora.
Frances Stonor Saunders, uma historiadora britânica, lança-se através da história na cobertura da operação “Congresso para a Liberdade Cultural” no panorama cultural da guerra fria em “The Cultural Cold War: The CIA and the World of Arts and Letters”. O livro centra-se na carreira de Michael Josselson, a principal figura intelectual na operação, e na forma como foi atraiçoado por pessoas que no principio lhe tinham dado cobertura. Saunders demonstra que, nos primórdios dos Escritórios de Serviços Estratégicos “Office of Strategic Services, OSS) de onde viria a emergir depois a CIA, estes eram muito menos dominados pela ala direita conservadora do que depois viriam a ser – e a ideia de se ir ajudando a descartar progressivamente os moderados, para além de ser maquiavélica, tinha em vista unicamente abrir caminho para as figuras de topo que hoje todos conhecemos: os Bushs (pai e filho) que acabaram depois por, em duas tacadas fulcrais (1963, o assassinato de Kennedy - 2001, o 11 de Setembro), estabelecer as bases do novo mundo de dominação global, a cuja tentativa de implantação assistimos hoje.
O McCarthysmo, foi decretado nos anos 50 pelo pelo “Smith Act” para combater a grande maioria dos intelectuais americanos que na época eram susceptiveis de se deixar mentalizar pela Rússia de Estaline – e afastar o espectro do Comunismo (proibindo os livros que os Nazis antes haviam queimado). Na medida em que a “Caça às Bruxas” iniciada pelo senador McCarthy provocou uma enorme crise de consciência (nomes como Orson Welles, Charlie Chaplin, Arthur Miller e muitos outros foram perseguidos e impedidos de trabalhar) a América procurou que aparecessem, para consumo interno, outros ideais mais moderados.
A Cultura da Guerra Fria
Stephen J. Whitfield em "The Culture of the Cold War" escreve um bem documentado ensaio demonstrando como a Guerra Fria foi produzida e sustentada por valores como o super- patriotismo, intolerância e suspeição - e como estas patologias infectaram todos os aspectos da vida na América nos anos 50: na indústria do entretenimento, nas igrejas, nas escolas (tal como hoje são minados pela prefabricada “guerra contra o terrorismo)
"Without the Cold War, what's the point of being an American?" era a questão posta por John Updike no conto “o Coelho no Descanso” – com a situação do muro de Berlim a funcionar em pleno, a questão cultural americana foi resolvida pela assimilação dos valores europeus utilizados nas lutas dos Movimentos pelos Direitos Civis que se sucederam na década de 60 e seguintes. Sem a complexa Guerra Fria contra o papão “comunista” como e onde teriam ido os norte- americanos buscar a ideia de “Identidade Nacional”?
Bush Pai e Clinton:
as duas faces da mesma moeda
hoje em dia entretêm-se a jogar golf,
enquanto cá por baixo as lagartas dos
tanques tomam conta dos investimentos
sexta-feira, fevereiro 16, 2007
nu e cru: o realismo capitalista
“O problema do desemprego é recorrente e está sempre no nosso pensamento. Hoje em dia nós podemos fazer duplicar a produção de muitos dos automóveis que fabricamos com o mesmo número de empregados. Quando os governantes, e os politicos em geral, falam ácerca de implementar os níveis de educação da população como sendo a solução para o desemprego, vem-me sempre à memória aquilo que aconteceu na Alemanha. A educação foi posta à frente como solução para o problema do desemprego, mas o resultado foi o de haver centenas de milhar de profissionais fustrados devido à falta de oferta de empregos para as especialidades dos seus cursos – que em face disso se viraram para o socialismo e a revolta. Isto não é fácil de admitir para mim, mas questiono-me se não teria sido melhor para os desempregados terem sido logo mais espertos e irem direitos ao McDonalds à procura de emprego”
Lee Iacocca, Administrador da Chrysler Corporation numa Conferência em Buenos Aires, Argentina, em 1993.
séculos depois, (segundo Locke) Diógenes deambulava pelas ruas de Londres de candeia acesa em busca de homens íntegros
(citado por Eduardo Galeano em “De Pernas para o Ar”)
.
o assassinato de Kennedy (II)
Falando sobre “serviços secretos”, em causa própria (porque foi um antigo funcionário deles), Richard J. Aldrich o autor de “Hidden Hand” (2002) descreve a determinada altura como o Pentágono recomendou que certos documentos relativos ao assassinato de Kennedy, recém desclassificados, fossem disponibilizados na Internet. Com que objectivo? “acalmar o incessante desejo que o público tem de conhecer segredos, fornecendo-se-lhes de boa fé matéria para distracção”; e acrescentava Aldrich: “os jornalistas de investigação e os especialistas em história contemporânea dedicam todo o seu tempo às questões simultaneamente inextricáveis e repisadas, mas vêmo-los muito menos nos terrenos onde não são bem- vindos”. Parou aqui, nem disse que links são esses nem onde se encontram alojados. Sendo assim faltou explicar-nos: ¿ porque não foram ainda desclassificados TODOS?, os documentos 43 anos depois? (o prazo legal para o fazer seria de 25 anos) Porque foram desclassificados só alguns” e não TODOS os documentos? – além do mais os “especialistas” só investigam aquilo que as Instituições que lhes pagam os salários os mandam (ou “sugerem”) investigar. Obviamente isso não acontece porque os mandantes do crime são gente altamente importante que se encontra ainda investida em altos cargos, nas suas funções. (ver post e filme disponibilizado aqui)
Um dos nossos “blogues de famosos” sobre cujas virtudes (neo)liberais o insuspeito JPP lançou recentemente o anátema de serem pagos para manter a virilidade no lançamento de impulsos programados para a opinião pública, aquando da recente passagem do assassinato de JFK “postou” um link para o “Zapruder Film” - assim só!, a seco, sem qualquer comentário. As pessoas que formem cada uma a sua própria opinião, sem que lhes sejam facultados quaisquer dados – assim se atingem os objectivos: instalar a confusão e o alarido de uma multidiversidade de hipóteses sem qualquer fundamentação credivel - é certo que pelo meio da proliferação, a verdade tem o caminho livre para se escapar,,,
O “blasfémias” podia ter dito que o filme de Zapruder foi feito a partir de uma área a que só acederam entidades oficiais devidamente credenciadas. Zapruder era dono de produtora “LMH Corporation” e foi nessa qualidade que teve oportunidade de fazer o filme cuja venda, muitos anos depois, foi renhidamente negociada pelos herdeiros da familia por 16 milhões de dólares.
Seria a partir dele que Oliver Stone recolheu elementos para rodar o seu aclamado “JFK” (1991) que pôs definitivamente a nu a fragilidade das conclusões oficiais da Comissão Warren. Kennedy foi vítima de um complot de Estado para o aniquilar, organizado pela CIA, e não objecto de um crime avulso de um qualquer demente solitário a titulo individual.
Kennedy é hoje usado como imagem de marca para aliciar consumidores de american style (no caso da foto, para vender sapatos). Por uma questão de higiene intelectual, um dia destes voltarei à cronologia possivel dos factos, necessariamente incompleta, a partir desse fatidico dia 22 de Novembro de 1963, em que foi assassinado o imperialismo clássico que ainda se procurava dissimular escondendo-se atrás de alguns valores éticos.
A recente queixa apresentada no Ministério Público "contra desconhecidos" pretende apurar se passaram ou não por Portugal Khaled al-Masri, Abu Omar e Abdurahman Khadr, transportados de e para Guantanamo em aviões que comprovadamente passaram também por aeroportos portugueses (Sá Carneiro, no Porto e Santa Maria nos Açores).
O caso de Khaled al-Masri, que era emigrante na Alemanha, levou mesmo a procuradoria de Munique a emitir mandatos de captura para 13 agentes da CIA envolvidos no seu transporte. O caso de Abu Omar, que residia em Itália, levou à instauração de um processo judicial em Milão, em que são arguidos o próprio chefe dos Serviços Secretos italianos e 26 agentes da CIA.
As autoridades portuguesas, nomeadamente o ministro Amado declararam à
comissão do Parlamento Europeu que “só foram identificados cidadãos americanos” e “nenhum deles preencheria os perfis destes árabes cuja pesquisa está a ser realizada pelo PE”, ao mesmo tempo que se recusaram a entregar as listas de passageiros elaboradas pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.
Quando a verdade é substituída pelo silêncio, o silêncio é uma mentira
Na verdade o que está em curso é uma mega-operação de limpeza de imagem em que colaboram todos os partidos neoliberais: PS, PDS e CDS que em desespero de causa tentam a todo o custo suavizar as acusações, até que estas, como compete aos corpos sólidos, se venham a dissolver no ar – como se viu agora com a retirada da alinea do relatório do PE, que protegendo Paulo Portas e Figueiredo Lopes tenta ilibar em última instância o principal culpado: Durão Barroso, o estalajadeiro das Lages.
.
terça-feira, fevereiro 13, 2007
a Ilha das Flores
Realmente a diferença entre Luxo e Lixo é de uma letrinha apenas – à medida que a degradação entrópica avança e cada vez mais toda a gente compreende as ténues nuances que regem o capitalismo – “a Ilha das Flores”, para arrepiar caminho, devia ser obrigatoriamente passado e ensinado nas escolas. Graças à cortesia da “e-konoklasta”
primeira Parte
segunda Parte
.
segunda-feira, fevereiro 12, 2007
¿Algum governo no mundo, algum meio de comunicação, pode justificar a existência e a política do estado de Israel como reivindicação de um suposto "holocausto"?
Menos de um ano depois da invasão do Iraque foram divulgados videos mostrando soldados e oficiais israelitas colaborando com o treino militar de forças curdas, ou seja, desde 2004. A situação surgiu, desde logo, como mais uma evidência de que derrubar o regime de Saddam Hussein em 2003 era apenas o primeiro passo de um plano mais amplo dos Estados Unidos e Israel para assegurar os seus interesses estratégicos e redesenhar todo o mapa do Médio Oriente. Contudo um confronto militar com o Irão poderá ter consequências desastrosas para o imperialismo americano - o que, para o mundo em geral é uma coisa boa - resta saber qual será o preço a pagar pelos que no Ocidente estão inocentes , resultante da tomada de decisões dos criminosos sionistas.
"A Terceira Guerra Mundial... já começou. O que agora estamos a ver no Médio Oriente é um capítulo dela", Daniel Gillerman, embaixador israelita nas Nações Unidas, Julho/2006
Herzliya é uma universidade privada laica que desempenha um papel central na vida política israelita. Dispõe de dois centros de investigação particulares: o Instituto contra o terrorismo, dirigido por Shabtai Shavit (director do Mossad de 1989 a 1996), e um Instituto de política e de estratégia, dirigido por Uzi Arad (antigo subdirector do Mossad). Desde 2000, o centro organiza uma conferência anual sobre a "segurança de Israel" que já se impôs como o lugar onde são accionadas as decisões estratégicas. Foi aí que se decidiu o ataque ao Líbano o ano passado, como tinha sido determinada a ofensiva contra Gaza em 2003. A sétima conferência de Herzliya teve lugar em fins de Janeiro de 2007 com a presença macissa dos Neocons yankees -
tanto bastou para de imediato se começarem a fazer ouvir os rumores da estratégia para nova agressão, desta vez ao Irão, como vem sendo de há muito programado. (Ler Mais)
A caminho do Golfo Pérsico está o porta-aviões nuclear USS John C.Stennis que tem uma tripulação de 5.000 homens e dispõe de uma centena de aviões e helicópteros. Vai apoiar o USS Eisenhower, que tem 4,5 hectares de área de deck, 3200 tripulantes 2480 pilotos, já habitualmente estacionado na zona.
Como é imprescindivel dar emprego remunerado a tanta gente, as habituais provocações já começaram: os EUA acusam o Irão de vender armas à resistência iraquiana - bastará a partir de agora fabricar um qualquer pequeno pretexto em que os yankees são useiros e vezeiros, para pôr toda esta máquina de guerra infernal a funcionar - porém toda esta gente não é estigmatizada pelo odioso das acções de bombardear e assassinar pessoas - é tudo feito de forma tecnológicamente limpa; estes mais de 10 mil funcionários da morte mais parecem empregados de escritório que vivem numa empresa multinacional com alojamentos de luxo, ginásios, boa alimentação, serviços médicos eficientes, etc (exactamente aquilo que falta aos contribuintes que pagam a guerra)
sábado, fevereiro 10, 2007
cuidado com estes, que lhe aplicam
"a moral dos escravos"
cuidado com estes, que lhe aplicam
"a moral dos senhores"
e a lógica das clinicas privadas
.
sexta-feira, fevereiro 09, 2007
Como tomar decisões sobre a vida-e-a-morte?
David Hume
Pensamos que os nossos pontos de vista sobre o que é certo ou errado é feito segundo conceitos racionais, mas em última análise esse raciocínio funda-se nas emoções que sentimos. Há séculos que os filósofos argumentam sobre estes problemas, sem resolução à vista. Mas esse tempo de incerteza, em que qualquer um pensa o que lhe dá na real gana, isto é, segrega pensamentos emocionais da mesma forma que as glândulas suporíferas lhe segregam suor, toda essa liberdade desculhambada estará brevemente sujeita aos processos tecnológicos que permitem dominar as áreas mais recônditas ou mais expostas dos nossos cérebros. Cientistas americanos (quem mais poderia ser?) andam a tratar da coisa, de modo que, quem é portador da deficiência de não ter estudado na Católica, em Georgetown ou não se formou ad-hoc na Universidade de Navarra, enfim, quem se emociona com raivinhas de dentes por ver tantos friedmans à solta, poderá a breve trecho agarrar na carola e levá-la à Mello ou ao BES-Saúde para fazer um scanner (comparticipado pela Caixa) a partir do qual as suas emoções serão correctamente conhecidas e controladas através de um implante de atalho cognitivo.Cague na intuição e naquilo que aprendeu nos livros concebidos por métodos artesanais. Alegremo-nos pois; o cardápio das emoções à escolha é individualmente vasto, pesem as dessimulações de Freud na ajuda ao novo mundo americano nas técnicas de controlo psicológico de multidões através dos meios mediáticos.
aparelho de televisão quando
se estiver a alimentar da arte
de escamotear as evidências
mão esquerda
mão direita
anal
Édipo
primário
.
quinta-feira, fevereiro 08, 2007
Brzezinski Confirma Que Os EUA Podem Organizar Atentados No Seu Próprio Território
Fernando Gil, “Mimésis e Negação” 1984
Os ideólogos mais influentes na geo- estratégia mundial dos últimos 50 anos são, sem sombra de dúvida, o nosso amigo judeu Republicano anti-comunista Henry Kissinger ,,, e o polaco que foi o principal mentor da Guerra Fria e criador da Al-Qaeda como armadilha contra os soviéticos - Zbigniew Brzezinski - pelo lado do partido Democrata. Se o primeiro é famoso pela ascendência como protegido do banqueiro Rockefeller e pelo seu trabalho na repescagem dos nazis alemães para os serviços de inteligência americanos que deram inicio às actividades da CIA,
o segundo continua na crista da onda sendo de sua iniciativa a encomenda a Huntington da obra “O Choque das Civilizações” complementada depois por si mesmo com o best seller “The Eurasian Chessboard” sobre o futuro do imperialismo que se joga hoje entre o Médio Oriente e a zona estratégica do Mar Cáspio. Lyndon La Rouche, um politico perseguido na pátria da liberdade, com várias penas de prisão no currículo, não hesita em ligar Brzezinski ao coup-d`État levado a cabo com o 11 de Setembro. É o ex-secretário de Estado do democrata e prémio Nobel da Paz (!) James Carter que continua a ser noticia:
Com excepção do "The Washington Note" e do "Finantial Times", os grandes media decidiram não relatar as declarações de Zbigniew Brzezinski que agitam a classe dirigente americana. Ouvido a 1 de Fev, 2007 pela Comissão dos Negócios Estrangeiros do Senado, o antigo conselheiro de segurança leu uma declaração cujos termos tinham sido cuidadosamente pesados. Disse:
“Um cenário possível para um confronto militar com o Irão implica que a derrota iraquiana se consume; seguida por acusações americanas tornando o Irão responsável por esta derrota; depois por algumas provocações no Iraque ou um acto terrorista em solo americano pelo qual o Irão seria responsabilizado. Isto poderia culminar com uma acção militar americana “defensiva” contra o Irão que mergulharia a América isolada num profundo lamaçal englobando o Irão, o Iraque, o Afeganistão e o Paquistão”.
Leram bem: o senhor Brzezinski evocou a possível organização pela administração Bush de um atentado em solo americano que seria falsamente atribuído ao Irão para provocar uma guerra.
Em Washington os analistas hesitam entre duas interpretações desta declaração. Para uns, o antigo conselheiro nacional de segurança tentou tirar o tapete aos neocons e lançar antecipadamente a dúvida sobre qualquer circunstância que conduzisse à guerra. Para outros o senhor Brzezinski quis, de alguma maneira, sugerir que em caso de confronto com os partidários da guerra, ele poderia reabrir o dossier do 11 de Setembro.
Seja como for, a hipótese de Thierry Meyssan, o director do Voltaire.Net- segundo a qual os atentados do 11 de Setembro teriam sido perpetrados por uma facção do complexo militar-industrial para provocar as guerras do Afeganistão e do Iraque - deixa subitamente o domínio do tabu para ser publicamente discutida pela elite de Washington.
2001 - Para que nunca se esqueça: Este edificio,
onde se alojavam importantes arquivos da CIA,
não foi atingido por nenhum avião
.
terça-feira, fevereiro 06, 2007
about Milton Friedman's definition of the Corporation
Não tem chovido, mas o bafio poluido dos regatos corre, de novo, mansamente dentro das margens da indiferença. Sobre o transporte de prisioneiros em aviões da cia alguém com apurado sentido de gozo apresentou na pgr "uma queixa contra desconhecidos" (desconhecidos?). Através de um artificio estranho o governo manda votar nele previsivelmente de alternativa contestária mic de braço dado. Outras vozes dissonantes para inglês ver viajam para tachos de luxo. A corrupção sai das manchetes, institucionaliza-se, e os neoconservadores, ditos de direita, reforçam a existência por via de um referendo sobre embriões e bugalhos a que a maioria da crendice popular não está minimamente habilitada a responder. A oposição foi promovida a conselho de estado, e a posta sobrante de meia dúzia de mafarricos que ficaram no pau da roupa agitam-se de quando em vez para fazer prova de vida como anti-matéria. Sua nulidade o ex-pgr que deu a golpada na justiça e abriu portas ao neoconismo é condecorado; os mexilhões fazem o que sempre fizeram: emigram,
com o timoneiro executivo do psi20 de olho nas clinicas privadas, sua eminência excelência parda, o caseiro da quinta, apontou uma franja da população que tem tido dificuldades em que lhe tratem da saúde,,, «é uma responsabilidade de todos, do Estado e dos cidadãos... competirá formar e informar, educar e criar as condições para que cada cidadão possa, responsavelmente, viver em saúde e para a saúde»; e apontou os grandes temas nacionais que nos estão a fazer mal à tosse: toxicodependência, a obesidade, o tabagismo, o alcoolismo, os acidentes rodoviários, etc. - acrescentando-lhes os cinco pês do antigo templo salazarento e beato de Bracara Augusta fica o ramalhete das nossas grandes preocupações completo: Padres, Putas, Paneleiros, o Pachancho* e a Puta que o Pariu (ao abrigo do direito à blasfémia, segundo Voltaire)
*ps: a gloriosa fábrica de motorizadas Pachancho dos anos 60
foi terceirizada como compete à nova economia virtual, sendo
substituida por estes prestadores de serviços
segunda-feira, fevereiro 05, 2007
Friedrich Engels “As Origens da Família, da Propriedade e do Estado”
o feminismo actual, com base no marxismo, não deseja simplesmente melhorar a condição social para as mulheres. Deseja eliminar as “classes sexuais”; lembra a feminista radical Shulamith Firestone, no seu livro “The Dialectic of Sex” (A Dialéctica do Sexo):
“... assegurar a eliminação das classes sexuais requer que a classe subjugada (as mulheres) faça uma revolução e se apodere do controle da reprodução, que se restitua à mulher a propriedade sobre os seus próprios corpos, assim como também o controle feminino da fertilidade humana, incluindo tanto as novas tecnologias como todas as instituições sociais de nascimento e cuidado de crianças. E assim como a meta final da revolução socialista era não só acabar com o privilégio da classe econômica dominante, mas com a própria distinção entre classes econômicas, a meta definitiva da revolução feminista deve ser igualmente — contrariamente à diferença do primeiro movimento feminista — não simplesmente acabar com o privilégio masculino, mas com a própria distinção de sexos: as diferenças genitais entre os seres humanos já não devem culturalmente ter qualquer importância”.
.
domingo, fevereiro 04, 2007
Associação Portuguesa dos Subúrbios da Câmara Municipal de Lisboa
Sugestão inédita no panorama politico mundial seria fazer um referendo sobre o exercicio pleno da cidadania democrática avançada em que se propusesse a seguinte pergunta:
"Concorda com a despenalização da corrupção dos autarcas até às dez semanas de mandato, a pedido do eleitor, feita em estabelecimento judicial adequado?"
do desmantelamento do
maior partido português
ou para que, em alternativa a
Policia Judiciária se converta
ela própria em Partido
.
sábado, fevereiro 03, 2007
a propósito deste pisa-papéis para uso de palermóides que se vendeu recentemente junto com um jornal diário, da autoria destes dois carecas, e para que fique demonstrado que, atrás da perda de pêlos, podem barbear-se também até ao vazio total os conteúdos mais recônditos da alma-mater capitalista, vamos a um breve flash-back,
Friedrich Engels em 1861 n“As Condições da Classe Operária em Inglaterra”,
ao debater o efeito das máquinas sobre o poder laboral, utiliza os números das estatísticas e dos recenceamentos para demonstrar que há mais criados domésticos do que trabalhadores empregados nas indústrias mecanizadas, e conclui – “Que resultado notável este da exploração capitalista das máquinas!”
Marx, descreveu em “O Capital” os meios através dos quais o capitalismo aumenta a produtividade:
“reduzem o trabalhador a um fragmento de homem, degradam-no ao nível de um apêndice de máquina e destroem o conteúdo do seu trabalho transformando-o num tormento; alienam-no das potencialidades intelectuais do processo laboral na mesma proporção em que a ciência está incorporada nele como poder independente; deformam as condições em que trabalha e sujeitam-no a um despotismo odioso; transformam-lhe o tempo de vida em tempo de trabalho, arrastando a mulher e o filho para baixo das engrenagens do capital… À acumulação de riqueza a um determinado pólo corresponde simultaneamente uma acumulação de miséria, tormento laboral, escravidão, ignorância, brutalização e degradação moral no pólo oposto”.
Afinal, àparte o facto dos trabalhadores, por via do outsourcing, se terem transmutado de brancos em amarelos, o que é que mudou?
“Como os valores permutáveis das mercadorias são apenas funções sociais dessas coisas e nada têm a ver com as suas qualidades naturais, temos primeiro de perguntar: qual é o elo social comum de todos estes artigos? É o trabalho!
(Ler mais)
.
sexta-feira, fevereiro 02, 2007
os primeiros livros portugueses
O judeu Samuel Gacon foi o primeiro editor, conhecido também por Samuel Porteiro, detentor de uma das primeiras oficinas tipográficas instaladas em Portugal, de onde saiu em 1487 na cidade de Faro, o primeiro livro impresso em Portugal - "O Pentateuco"*. (ver na Wikipedia) "Segundo o colofon, o livro foi concluido em 30 de Junho de 1487. Para a edição desta obra em hebraico, cujo único exemplar conhecido está na British Library em Londres, teria existido já o recurso a caracteres metálicos móveis. Estes caracteres hebraicos eram quadrados e elegantes, de dois tamanhos, sendo o maior usado no texto e o outro, mais largo, nas rúbricas. A tipografia hebraica portuguesa teve as suas origens na Itália, de onde os judeus a teriam trazido para Portugal. Há a notícia de que outros incunábulos foram possivelmente impressos em Portugal antes de 1487, mas cujo desaparecimento tornou impossível, até hoje, a confirmação de que são anteriores àquela data. Estão neste caso as chamadas "Obras de D.Pedro" a "Imitação de Cristo" e a "Cartilha" de D. Diogo Ortiz.
Só uma década depois, a 4 de Janeiro é publicado, no Porto, o primeiro livro totalmente português. Trata-se das "Constituições que fez o Senhor Dom Diogo de Sousa, Bispo do Porto", livro produzido pelo primeiro impressor português: Rodrigo Álvares".
"Comentários sobre o Pentateuco" foi o primeiro livro impresso em Lisboa. Nele se comenta o Talmude que se refere a três camadas de leis, que se encontram no Pentateuco: A revelação do monte Sinai; as leis que Deus transmitiu a Moisés no Tabernáculo, e as leis de Aquém do Jordão. Foi escrito (em hebreu) por Moisés ben Nahman e publicado em 1489 por Eliezer Toledano. Está presentemente exposto em Paris, no Museu da arte e história do Judaísmo daquela cidade. Os judeus portugueses desempenharam um importante papel na cultura nacional da altura, sendo responsáveis pelos primeiros livros impressos em Portugal. No entanto, com a perseguição aos Judeus e a instauração da Inquisição em Portugal, a vida cultural portuguesa iria conhecer um retrocesso. Enquanto que uma grande parte dos judeus portugueses sabia ler (e fugiu de Portugal), a maioria (mais de 90%) dos católicos portugueses era analfabeta".
* "o Pentateuco e a suposta autoria de Moisés" - Stephen Van Eck
o Êxodo descrito por Maneto (M.), sacerdote egípcio do período helenístico era a versão corrente na época, mas Flávio Josefo refutou-a nas "Antiguidades Judaicas". (M.) descreveu o Êxodo como a expulsão de um contingente indesejável no Egipto. O Êxodo, para (M.), não foi uma fuga épica, mas uma expulsão de escravos por razões até sanitárias (relata a alta prevalência de "lepra" entre os expulsos). Provavelmente ambas as versões são de cunho propagandístico, pró (Pentateuco) e anti-judaico (Maneto). Esperemos que a Arqueologia e a Filologia socorram a verdade histórica que naufragou com Cecil B. de Mille.
(The early years: After a number of military tailors fell short, Secretary Talbott turned to Hollywood director Cecil B. DeMille for help)
Nicolas Poussin, 1634 - National Gallery, Londres
quinta-feira, fevereiro 01, 2007
Não Tenhas Medo
mas,,, a propósito, vale a pena recordar uma parábola sobre o Medo:
“uma bela manhã ofereceram-me um coelho da Índia. Chegou a casa enjaulado. Ao meio dia, quando saí, abri-lhe a porta da jaula.
Voltei a casa ao anoitecer, e encontrei-o tal e qual como o havia deixado: com a porta aberta, dentro da jaula, pregado às barras de arame, tremendo de susto perante a Liberdade”.
Quem anda a tramar o coelho?
"Os que trabalham
têm medo de perder o trabalho
Os que não trabalham
têm medo de não encontrar trabalho
Quem não tem medo da fome
tem medo da comida
Os automobilistas têm medo de andar
e os peões têm medo de ser atropelados.
A democracia tem medo de recordar
e os que falam têm medo de dizer
Os civis têm medo dos militares
os militares têm medo da falta de armas
as armas têm medo da falta de guerras.
Este é um tempo de medos.
Medo da mulher à violência do homem
e medo dos homens às mulheres sem medo
Medo dos ladrões, medo da Policia,
medo da porta sem fechadura,
do tempo sem relógios, da criança sem televisão
Medo da noite sem pilulas para dormir
e medo do dia sem pilulas para despertar
Medo das multidões, medo da solidão
medo daquilo que já foi e do que pode vir a ser
Medo de morrer, medo de viver".
(Eduardo Galeano)
filhos d`um mocho
Está mais ou menos reconstituído o percurso dos banqueiros nazis Rothschilds (ver na Wikipedia) e Harriman, as duas famílias judaicas mais importantes que se puseram a salvo da Europa em chamas da II GGuerra, transferindo os capitais para Wall Street, de onde, em conjunto com os Rockefellers, formaram a teia que dirige hoje a Banca mundial. A ameaça permanece latente:
"Estamos à beira de uma transformação global. Tudo o que é necessário é a grande crise certa e as nações aceitarão a Nova Ordem Mundial." - David Rockefeller no Conselho do Comércio das Nações Unidas a 23 de Setembro de 1994.
Conhecida é também a acção no terreno dos “operacionais” do lobie judaico: Kissinger, um dos fundadores do Grupo Bilderberg, ou de Zbigniew Brzezinski que junto com os nipónicos da Trilateral, são dois grupos decisivos na determinação das politicas do imperialismo. Menos badalado é o grupo principal que dá as ordens a estes dois últimos: o de “Belgrave Grove”, Califórnia.
Tudo o que é gente importante nos States tem lugar na lista dos sócios que frequentam os 2700 hectares de floresta de carvalhos de "Monte Rio" que dispõe de vários “campus”, de diversos estatutos consoante a importância hierárquica dos participantes. Os hóspedes do campo mais prestigiado, Mandalay, incluem Henry Kissinger, George Shultz, S. D. Bechtel, Jr., Thomas Watson Jr. (IBM), Phillip Hawley (B&A), William Casey (CIA) e Ralph Bailey (Dupont). George Bush como um traste menor tem lugar habitual no campo mais foleirote de Hillbillies junto com A. W. Clausen (Banco Mundial), Walter Cronkite, e William F. Buckley.
Com capacidade de alojamento de luxo para 2000 pessoas esta enorme propriedade com segurança absolutamente blindada serve para as reuniões de tão ilustre gente num meio informal de lazer com rituais estranhos à mistura. É aqui que tudo se decide. Por vezes estão presentes convidados especiais. Se um destes dias virem lá o Cavaco (como é sabido, uma das suas fixações é a Califórnia), a Esposa e a querida Kátia, o Balsemão, o Barroso ou o Marcelo RS,,, que ninguém se admire. Vão receber ordens.
I fellows!,
vai um fadinho?
(tás c`um azar, infelizmente no Grove não são admitidas mulheres)
.