Uma simples mistificação dos economistas da escola neoliberal norte-americana, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias de Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos. Neste sentido, só o Presente é nosso, não o momento passado nem aquele que aguardamos, porque um está destruido, e do outro, se não lutarmos, não sabemos se existirá.
Em Setembro de 2009 em entrevista o magnata dos media globais Rupert Murdoch dava uma entrevista sobre o declinio dos meios de imprensa escrita, afirmando que via o futuro com optimismo - a emergência dos novos meios de comunicação e difusão electrónica seriam um progresso para os negócios das actividades mediáticas: "Não teremos papel, nem tipografias nem sindicatos. Vai ser uma coisa em grande"
Queria Murdoch dizer na dele que, com os registos electrónicos em bytes deixaria de haver provas em papel facilmente caídas nas mãos de um qualquer voluntarioso activista da plebe, nem greves que não sejam virtuais, nem controlo real dos trabalhadores sobre as condições de produção de informação. Para o magnata, o futuro seria risonho, uma vez que o nóvel precariato que trabalha em computadores em ficções já é farinha de um outro saco, que não do antigo, que vem descaradamente ligar o caso das escutas a Bernardo Bairrão como oriundo do mesmo sistema de matriz global (1) que envolve o escândalo do News of the World em Inglaterra
Escutas… espionagem…ligação politica com pasquins popularuchos… policia… manipulação… tudo é tratado apenas como sendo "casos abusivos de invasão de privacidade" - no entanto, todos metidos ao barulho, o escabroso caso do "News of the World" envolve um sistema oficial de manipulação coordenado entre polícias, gabinetes de governos, administrações de órgãos ditos de informação, jornalistas, polícia e os serviços secretos que disponibilizam os meios tecnológicos de escuta… e já agora mete também a morte do jornalista que meteu a boca no trombone... transformada muito aceleradamente em “suicídio” e muito convenientemente, em poucos horas, a notícia do seu óbito foi despachada pela dita comunicação social para meras notas de rodapé. Obviamente, não haverá investigação nem culpados no crime que encerra por agora a face visivel do escândalo
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