... "é indefensável que os políticos comecem a negociar as parcerias público-privadas como governo e as acabem como representantes dos privados (...) E o que está para além do crime? O problema assenta em quatro fenómenos muito particulares: o sector privado, a questão do urbanismo, a do desporto e depois a análise da corrupção nas parcerias público-privadas" no lançamento do livro "O Espectro da Corrupção"
A corrupção não se funda na pequena trapaça do comerciante mija-na-escada que não passa facturas de tuta-e-meia, nem mesmo nas transações médias de um traficante de batatas polacas a granel como a Jerónimo Martins e similares – a Corrupção assenta na fusão fraudulenta dos grandes negócios entre governantes, altos funcionários, dirigentes partidários e a gestão económica que passa por off-shores (mais de 25% do PIB) do que haveriam de ser os bens da comunidade.
A corrupção transnacional é uma situação que tem a sua causa profunda no sistema capitalista globalizado. É uma situação importada do nosso principal tutor (do qual se diz ser “aliado” (da burguesia nacional). A fatalidade da escolha, a “civilização ocidental e outras lérias, não é má? O que dizia um alto responsável do estado da superpotência cerca de 2007, nos bastidores da conferência de Annapolis:
Paul Craig Roberts foi secretário assistente do Tesouro para a Politica Económica durante a Administração Reagan. Normalmente é-lhe atribuido o remédio para a cura liberal da estagnaflação que eliminou a “curva de phillips” na relação entre o emprego e a inflação, um dado aquirido que, segundo ele, estará agora em vias de se perder no pior descalabro económico da história dos Estados Unidos, agora que, depois da inundação de dinheiro ficticio que começou na Era Nixon-Reagan, a economia real tem o tamanho duma ervilha dentro de um mega-balão que não pára de se expandir. Citando Paul Craig: “o superpoder americano” é uma nave de loucos que navega sem destino. Enquanto os Off-Shores matam todos os projectos económicos americanos, os “economistas do mercado livre” entoam as suas orações".
Enquanto as guerras de Bush impuseram custos enormes que colocam o país (e os seus aliados) na bancarrota, os neoconservadores clamam por novas guerras – e nisso, republicanos e democratas concordam na apropriação de fundos que só podem ser obtidos por novos empréstimos e endividamento. Focando a guerra americana no Médio Oriente, o seu propósito é garantir a expansão territorial de Israel recolhendo proveitos executivos e legislativos na região, ao mesmo tempo que controlam as opiniões públicas através dos media (pondo-os a arengar sobre uma paz ilusória). “Entretanto esta é a última oportunidade de se conseguir pôr a nossa casa financeira em ordem. Chegámos ao ponto em que podemos dizer que agora nada mais pode ser feito. A menos que o resto do mundo decida empreender uma operação de salvação económica, os valores continuarão a degradar-se e a descer até ao fundo do abismo”
Moodys ameaça baixar rating dos Estados Unidos
Uma simples mistificação dos economistas da escola neoliberal norte-americana, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias de Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos. Neste sentido, só o Presente é nosso, não o momento passado nem aquele que aguardamos, porque um está destruido, e do outro, se não lutarmos, não sabemos se existirá.
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