o governo PSD-CDS herda factura de 1625 milhões de euros de dívidas dos hospitais, aos quais se juntam mais de 1100 milhões das Administrações Regionais de Saúde. Nas unidades hospitalares foi o negócio da venda de medicamentos que mais contribuiu para estes valores. A primeira "tranche" enviada pela "troika" para Portugal não chegaria para pagar o "buraco" consentido pelos anteriores governos.
"Está a dizer que os grupos económicos da saúde não têm ética?"
António Arnaut: "Não podem ter, porque querem lucro. O lucro perturba as pessoas"
Entrevista ao DN publicada no dia 1 de Julho no âmbito do debate "O Estado da Saúde em Portugal" a decorrer hoje segunda-feira dia 4, entre as 18.00 e as 19.30, no auditório do jornal na Avenida da Liberdade (Lisboa)
O "pai" do Serviço Nacional de Saúde defende que o sistema é sustentável, recorda as peripécias da criação do sistema, alerta para o perigo dos grupos económicos e deixa um aviso ao Governo: "Se tentarem destruir o SNS, vai haver um levantamento popular". Não é desta forma que as coisas se vão passar. Com o "novo" Governo e o seu plano de privatizações o utente médio não irá notar uma mudança brusca; os investimentos serão paulatinamente desviados para as alternativas privadas até que o SNS ficará praticamente inoperante, útil apenas como último recurso para as classes socialmente mais baixas.
Visto de outro ângulo: Cada português já paga, através dos actuais impostos, 917 euros por ano para o SNS. As Parcerias Público-Privadas na Saúde vão custar 3,3 mil milhões de euros nos próximos 30 anos; Quer dizer, cada português vai financiar as PPP com mais 300 euros anuais durante mais 30 anos. Além disso, é chamado a pagar mais taxas moderadoras cada vez que recorrer aos serviços médicos. E depois disto... que fazer do juramento de Cavaco Silva sobre a Constituição que reza que o SNS, como direito humano, deve ser tendencialmente gratuito?
Uma politica de traidores vendidos aos interesses das multinacionais estrangeiras
"Na privatização, a sociedade é privada de um determinado bem ou serviço público no qual um investidor está interessado por razões de lucro"
(John Perkins, ex-assassino económico). Onde se ouve "petróleo" entenda-se qualquer outro recurso exposto à avidez das empresas multinacionais: "hospitais", "transportes" "energia", "monopólios de distribuição", etc
Em 2010 o Estado fez ajustes directos às Farmacêuticas no valor de 250 milhões de euros. Em cerca de uma centena desses contratos sem concurso público 45 foram feitos às empresas constantes no gráfico acima, todos eles por valores superiores a um milhão de euros. A maior empresa portuguesa no sector, a BIAL, o maior contrato que conseguiu foi no valor de 12.740 euros
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Uma simples mistificação dos economistas da escola neoliberal norte-americana, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias de Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos. Neste sentido, só o Presente é nosso, não o momento passado nem aquele que aguardamos, porque um está destruido, e do outro, se não lutarmos, não sabemos se existirá.
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1 comentário:
Qual 30 anos...Se o povinho quiser,os gajos hão de ir com o caralho que os foda,mais a sua ganância e,com sorte,um tiro nos cornos ainda é pouco para estes terroristas sociais-que sempre investem em guerras-logo,também são assassinos!!!!
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