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sexta-feira, janeiro 13, 2012

Projecto "Aprender Alemão"

a "Chegada dos Convidados" da ópera "Tannhäuser" de Richard Wagner
(ontem na Gulbenkian, repete domingo 15)



O trovador Tannhäuser é um tipo materialista que defende deliberadamente o amor carnal com Vénus, mas é reprimido pelos seus pares e consolado apenas por Elisabete, a sobrinha do Conde da Turíngia, uma virgem que o ama muito. Na linha de "measure for measure" de Shakespeare, adaptado a ópera com o titulo "Proibição de Amar" por Wagner em 1836, o Poder diz-lhe que a sua única chance de perdão redimindo os maus pensamentos sobre o que será a pureza de uma queca católica é dirigir-se ao Vaticano e rogar o perdão do Papa. Tannhäuser segue, então até Roma, mas de maneira auto-punitiva: dormindo sobre a neve, enquanto os demais se abrigam; caminhando descalço sobre o chão escaldante, passando fome, e ainda de olhos vendados para não ver as belas paisagens da Itália. Ao chegar diante do Papa, em vez de obter o perdão, ouve-o dizer que é mais fácil o cajado que ele segura florescer do que ele obter o perdão pelos seus pecados, tanto no céu quanto na terra. Odiando a Igreja, Tannhäuser volta à Alemanha. Elisabete redimindo-se sobe aos céus, rogando a Deus que interceda por ele. Os seus companheiros de peregrinação voltam então com a notícia de que o cajado do Papa floresceu, simbolizando ser este um sinal que um pecador no céu conseguiu o perdão que não tinha obtido na Terra.

O libreto de "Tannhäuser" foi escrito por Heinrich Heine um judeu alemão amigo pessoal de Karl Marx que acedeu à solicitação do ariano Wilhelm Richard Wagner. A ópera é baseada nas lendas sobre o despique de trovadores no castelo medieval de Wartburg, uma espécie de festival da canção de que há noticia desde 1207. Wagner concluiu a partitura musical no ano de 1845. Um ano depois rebenta uma crise económica em Inglaterra, provocada pela derrocada do crédito após o sucesso de uma década de especulações apoiadas na primeira vaga da revolução industrial com a construção dos caminhos de ferro por toda a Europa. A maioria dos capitais aplicados nesses investimentos tinham origem nos bancos ingleses Rothschild, Bäring e no holandês Hope&Cª). A situação social em Inglaterra torna-se explosiva. A Associação dos Trabalhadores (LWMA) redige a sua "Carta ao Povo" exigindo eleições anuais com sufrágio universal. Por toda a Europa multiplicam-se as viagens de oradores, os comícios, as greves, as revoltas. O`Connor proclama a necessidade dum levantamento armado. É neste ambiente que Marx e Engels concebem a ideia da luta de classes. Em 1848 o espectro do comunismo varre e incendeia toda a Europa. Passados 163 anos, a rede bancária alargada dos judeus Rothschilds ainda por cá anda!
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