a CGTP tinha assuntos de sobra, mas, ao omitir deliberadamente qualquer ataque ao P"S" mostra deliberadamente a sua natureza conciliatória com quem nos explora. Ao propor simplesmente uma "nova alternativa" como sempre nos últimos 30 anos a CGTP pretende apenas remediar os efeitos que durante esse periodo se têm vindo sempre a agravar;
a CGTP teve assunto de sobra: condenar o acordo de concertação, a subserviência externa e a ocupação financeira do país, contra o aumento generalizada da pobreza, a luta contra o desemprego, contra o corte dos salários e subsidios, pelo aumento do salário mínimo, contra os cortes no subsidio de desemprego quando este mais aumenta, contra os bancos sde horas depositados na conta do patrão, o serviço arbitrário dedidido uniteralmente nos feriados e nas pontes, contestação aos cortes de subsidios de férias e de natal, aumento generalizado do custo de vida, contra o livre despedimento por "inadaptação" - seria preciso andar com uma candeia pelas diversas componentes da manifestação para se encontrar uma palavra de ordem tão simples quanto esta: "Abaixo o Governo de Traição Nacional PSD/CDS" e reclamar no mínimo e uma coisa tão simples quanto esta: eleições imediatas e legitimar pela intervenção do povo português um novo Governo Democrático e Patriótico
Ainda assim, a convicção popular alienada que os outros, (os "Socialistas") são melhores que estes (Passos e o Emplastro) tem conduzido a encher muitos bolsos. Como se verá, a continuada prática reformista da CGTP ajuda a marginalizá-la. Como se viu, a aliança com a UGT custou muito caro ao movimento sindical nas duas greves gerais anteriores. Desta vez nem o Governo nem a Policia avançam com qualquer estimativa do número de manifestantes, o pasquim do Balsemão socorrendo-se de fotografias aéreas (não se sabe a que horas) afirma que o Terreiro do Paço "ficou a meia-casa" e até a respeitável agência noticiosa Reuters se limita a mentir descaradamente por omissão quando escreve que "foram mais de 100 os manifestantes em Lisboa contra a Austeridade". Como se verá, a CGTP insiste em rever-se na prática como a última âncora dos poderosos para suster e desmobilizar as lutas dos trabalhadores portugueses com objectivos consequentes. Por exemplo uma Greve Geral sem termo certo, até que as condições actuais de roubo e banditismo politico-económico sejam, invertidas
2 comentários:
De acordo. Quem tem o dinheiro gosta de jogar em todos os tabuleiros para melhor os poder manejar. Donde, as centrais sindicais terem sido sobretudo mecanismos de apaga-fogos.
As centrais sindicais são o instrumento do regime para desmobilzar o Povo Trabalhador. até ahgora ainda não sabemos ao certo a frase de Proença - o Inter mandou-nes assinar o Acordo de concertação- Mas pelo andar da carruagem, tudo indica que sim. O Movimento operário enquanto estiver sobre a dorecção de centrais burguesas e revionistas não sairá da cepa torta. Estas manifestações servem para isso mesmo Desmobilizar os trabalhadores.
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