Uma das encenações que mais têm irritado os lixados pela crise é a do Primeiro Ministro, e os outros FDP (Figurantes do Poder) andarem agora "armados" em Super-Patriotas, exibindo um pin da Bandeira Nacional na lapela. Contudo, passada a surpresa, havia ali qualquer coisa que não nos soava de todo estranho. A resposta para a falta de originalidade veio a ser encontrada nas páginas do volume 5 da História da Vida Privada. Nesta fotografia (abaixo) estão dois operários brindando com dois patrões à saúde da economia nacional. Não há rejeição entre classes e o paternalismo patronal leva os operários a acreditar que não há ideologia, que ambos partilham dos mesmos interesses. Estamos na França ocupada pelos nazis com o governo “nacional” estabelecido em Vichy; há unanimidade nacional na opinião pública de que "o país deve andar para a frente" e os dois patrões ostentam garbosamente a “Franzisque” na lapela (franz, na pronúncia alemã do diminuitivo da bandeirinha francesa). É sempre assim, os que mais vendem a propriedade dos bens públicos da Pátria aos interesses estrangeiros e lucram com isso são os que mais símbolos patrióticos usam na tentativa de enganar o pagode
1 comentário:
Bem visto. Quanto mais ladrão mais se clama pela própria honestidade.
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