Como sempre temos dito, o povo português não tem que pagar uma dívida que não foi ele que contraiu nem foi contraída em seu beneficio.
E convirá agora recordar àqueles que hesitam nesta tomada de posição, por um lado, que a dívida de 1892, na bancarrota do país então verificada, acabou de ser paga em 2005, isto é, mais de cento e dez anos depois!) e, por outro, que a actual dívida pública, que era, em Maio de 2011 (à data da assinatura do chamado acordo com a Tróica) de 117 mil milhões de euros, passou presentemente, um ano depois dessa ajuda, a ser de 190 mil milhões de euros – ou seja, não só não diminuiu como cresceu mais de 73 mil milhões de euros, em apenas doze meses!
Isto, enquanto o salário anual dos trabalhadores portugueses foi reduzido em 700 euros e o desemprego ( sem parar de crescer) atingiu mais de um milhão de trabalhadores. Por isso, aqueles que querem que, de um modo ou outro, se pague a dívida, mesmo que de forma reestruturada ou mais suave, tal como defendem os partidos da chamada esquerda parlamentar, devem ser confrontados com a questão que todo o operário consciente lhes deve colocar: então, e seria para pagar quanto e durante quanto tempo? Um ano? Dois? Cinco? Vinte? Cem? Cento e treze?
Uma simples mistificação dos economistas da escola neoliberal norte-americana, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias de Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos. Neste sentido, só o Presente é nosso, não o momento passado nem aquele que aguardamos, porque um está destruido, e do outro, se não lutarmos, não sabemos se existirá.
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