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quarta-feira, maio 02, 2012

Vender abaixo do preço de custo é uma prática ilegal


o CESP responsabiliza o Pingo Doce, o promotor desta iniciativa e da abertura no 1º de Maio, vendendo produtos abaixo do preço de custo, bem como, o Governo que a autorizou permitindo a abertura das lojas no 1º de Maio e a ASAE que a não combateu como devia. A prática de "dumping" é ilegal. Poderia dar azo a uma queixa crime? 

entretanto, regista-se o degradante espectáculo da carneirada consumidora obliterada pela miséria Inacreditável
 

ps: Uma opinião de Sandra Vinagre que subcrevo na totalidade:
"Para além do que já foi dito acerca da posição e claros objectivos do Pingo Doce, um povo que se vende, um Povo que não mantém os seus princípios e valores nas horas de dificuldade, um Povo que se deixa manipular desta maneira, merece ser criticado! O seu comentário, Pedro, mostra não só falta de conhecimentos da História como falta de respeito por aqueles que morreram por direitos que hoje vendemos. E se o que está em questão é a fome de muitos, vão-me desculpar, mas quem está a passar fome não tem possibilidades de gastar 100€ em compras. Se lá foram pessoas que concordam com as medidas do Governo, não tenho nada a dizer! Foram coerentes! Agora, criticar o Governo, criticar as medidas de austeridade, ir às manifestações e depois fazer isto... é a prova de que temos nesta sociedade um grande número de pessoas para quem as palavras princípios e valores são muito bonitas desde que não nos afectem directamente. Não é a noção que tenho de valores! Nem sequer é essa a definição de princípios!"
(no facebook in "No Dia 1º de maio eu Não Fui ao Pingo Doce")
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2 comentários:

Anónimo disse...

Recebido por email,

Com o saco cheio, lá foram cantando e rindo, mas tesos para o resto do mês.


A jogada Pingo Doce

O Pingo Doce deve ter arrecadado à volta de 90 milhões de euros em poucas horas em capitalização de produtos armazenados.
De onde saiu o dinheiro: algum do bolso, mas grande parte saiu das contas bancárias por intermédio de cartões. Logo, os bancos vão acusar a saída de tanto dinheiro em tão pouco espaço de tempo, no principio do mês, em que os bancos contam com esse dinheiro nas contas, para se organizarem com ele. Mas, ainda ganham algum porque alguns compraram a crédito.

Ora, se o Pingo Doce pedisse esse dinheiro à Banca iria pagar, digamos a 5%, em 5 anos, 25% da quantia. Assim não paga nada. O povo deu-lhe boa parte do seu ordenado a troco de géneros. Alguns vão ver-se à rasca porque com arroz não se paga a electricidade.
O resto, 75% da quantia aparentemente "oferecida", distribuiu-se assim:
1 - Uma parte dos produtos (talvez 20 a 25%) devem estar a chegar ao fim do prazo de validade. Teriam de ser amortizados como perdas e lançados ao lixo. Enquanto não fosse lixo seria material que entraria como existência, logo considerado como ganho e sujeito a impostos. Assim poupam-se impostos, despesas de armazenamento (logística, energia, pessoal) e o povinho acartou o lixo futuro.
2 - Outra parte (10 -15%) seria vendida com os habituais descontos de ocasião e as promoções diárias. Uma parte foi ainda vendida com lucro, apesar do "desconto".
3 - O Pingo Doce prescinde ainda de 30 a 40 % do que seria lucro por motivos de estratégia empresarial a saber:
1 - Descartar-se da concorrência das pequenas empresas. Quem comprou para dois meses, não vai às compras nesse mesmo tempo.
2 - Aumentar a clientela que agora simpatiza com a cadeia "benfeitora".
3 - Criar uma situação de monopólio ao fazer pressão sobre os preços dos produtores (que estão à rasca e muitos são espanhóis) para repor os novos stocks em grande quantidade.
4 - Transpor já para euros parte do capital parado em armazém e levá-lo do país uma vez que a Sede da Empresa está na Holanda. Não vá o diabo tecê-las e isto voltar ao escudo nos próximos tempos o que levou já J. Martins a passar a empresa para a Holanda.
5 - Diminuir com isto o investimento em Portugal, encurtar a oferta de produtos, desfazer-se de algum armazém central e com isso despedir alguns funcionários. O consumo vai diminuir no futuro e o Estado quer "imposto de higiene" pago ao metro quadrado.
6 - Poupança em todo o sistema administrativo e em publicidade. A comunicação social trabalhou para eles.

Mesmo que tudo fosse ilegal, a multa máxima para Dumping é de 15 a 30.000 Euros, para o resto não há medidas jurídicas. Verdadeiramente isto são "Peanuts" em sacos de Pingo Doce, empresa do homem mais rico de Portugal. A ASAE irá só apresentar serviço.
E o governo o que faz? Até agora calou-se. Se calhar sabia da manobra.

Anónimo disse...

A Xatoo:

Agradeço a referência ao meu comentário no facebook :)

Um abraço,

Sandra Vinagre