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sexta-feira, novembro 30, 2012

Gerhard Richter

Cresceu na Alemanha da era do Nazismo, numa pequena localidade na fronteira com a Checoslováquia; e teve de colaborar numa versão local da Juventude Hitleriana - "Isso significava que eu tinha orgulho em usar aquele bonito uniforme que me tinham dado, com aquele belo cinto com a sigla". Aquilo era "parecido com qualquer grupo de escuteiros, não havia nada assim de tão perigoso".

Como professor, o meu pai requereu a entrada no Partido Nacional Socialista. Depois da guerra, com o programa de "des- nazificação" imposto pelos Aliados ocidentais, ninguém que tivesse sido professor foi autorizado a voltar a ensinar de novo. O meu pai tinha estado fora na guerra durante 6 anos. Mais 1 ano, porque ficou prisioneiro num campo de concentração das tropas ocidentais. Passados 7 anos, quando Horst Ritcher voltou a casa éramos todos uns estranhos para ele, devia parecer-lhe que já não pertencia àquela familia, uma vez que não nos podia sustentar. Foram tempos muito dificeis, até que passados mais alguns anos conseguiu um trabalho como empregado numa fábrica de têxteis... (entrevista à Time Magazine, 8 de Outubro)

Gerhard Richter permaneceu na República Democrática da Alemanha, vivendo em Dresden (1), onde deu os primeiros passos na pintura, até 1961, data em que resolveu dar o salto para a Alemanha Ocidental, eldorado onde o dinheiro afluía a jorros para conjurar pela inveja a sociedade baseada na propriedade colectiva em construção no sector Oriental de Berlim. Na féerie da Berlim Ocidental, a partir do ponto zero da destruição total (2), os investimentos capitalistas transformaram artificial e rapidamente a cidade numa das mais modernas metrópoles da Europa, equiparando-a a impérios da moda como Paris, Milão, Londres ou até a Nova Iorque.


Em 2001 o músico Eric Clapton comprou o quadro de Richter "Abstraktes Bild" por 2 milhões de Libras, em Outubro de 2012 o mesmo quadro foi vendido por cerca de 22 milhões de Libras. É extraordinária a capacidade de acrescentar valor à produção instalada. Apesar de tudo, a Pobreza pinta a manta.

Gerhard Richter termina a entrevista: "Não faço colecção das minhas obras. Não faria sentido ser dono delas. Adoro vê-las quando vou a um museu, ou a uma exposição, mas não sou um coleccionador de arte, não tenho necessidade de possui-las". Reminiscências culturais em Ritcher da propriedade colectiva para usufruto da totalidade da sociedade? 

Richter: "Deus Salve o Dadaismo"
notas
Enquanto a Catedral Francesa e a Catedral Alemã na Gendarmenmarkt (parte ocidental de Berlim) foram rapidamente reconstruidas, a Catedral de Dresden, gravemente destruida pelos bombardeamentos aliados,  sofreria obras de reconstrução que só estariam terminadas em Junho de 2011.
(2) Fevereiro de 1945: o Holocausto de Dresden
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quinta-feira, novembro 29, 2012

a crise europeia foi gerada pela própria criação do Euro

"... a própria teoria da Zona Monetária Óptima (ZMO) aconselha a existência de um espaço fiscal comum, em paralelo com a criação de um espaço da união monetária. Mas no caso da União Monetária Europeia, este vínculo entre o poder soberano, a criação monetária e a política fiscal rompeu-se. Enquanto a política monetária era transferida para um órgão supranacional que não presta contas a ninguém, a política fiscal ficou relegada ao nível nacional. Para arrematar, separaram-se as funções de tesouraria que os bancos centrais podiam desempenhar e restringiu-se a possibilidade de recorrer a défices fiscais. Inesperadamente, os estados membros perderam a capacidade de recorrer à autoridade monetária para financiar a sua dívida e ficaram submetidos à disciplina dos agentes financeiros privados". (Alejandro Nadal, La Jornada)

Capa da revistaTime Magazine, dando lastro às então nascentes teorias económicas neoliberais de Milton Friedman (como por exemplo em "Capitalismo e Liberdade") interrogava-se sobre as politicas a seguir na década de 70: "Haverá uma Recessão?"

Toda a gente está a ver que o dinheiro não vai chegar; que este Orçamento trauliteiro falhará por volta de Fevereiro de 2013, e então serão necessárias mais medidas (mais impostos) para tapar os buracos omissos com que querem enganar os portugueses. Tudo isto porque a burguesia dos negócios que controla o Estado pretende pagar uma Dívida Odiosa que se situa hoje em cerca de 70% da despesa pública acrescidos com pagamento de Juros compostos que orçam os 112 milhões de euros por mês até 2038.

"O que é que acontece se não pagarmos a dívida?" 

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quarta-feira, novembro 28, 2012

A Divida Pública paga as Falências Fraudulentas dos Bancos Privados

De acordo com dados do livro “Quem paga o Estado Social” a que se refere o artigo de Raquel Varela (Público 22/11), cerca de 75% da tributação entregue ao Estado provém de impostos colectados sobre os trabalhadores. Equacionando este número com a despesa do Estado na prestação de serviços sociais (saúde, educação, segurança social, transportes, desporto, espaços públicos, cultura) concluiu-se que o Estado Social é totalmente auto-sustentado por quem vive do Salário. Fica claro que o dinheiro que o Estado recebe chega para pagar os custos em bens sociais; quem não tem mais dinheiro que o que resulta da colecta dos contribuintes não deveria ter vícios (1); Porém o Estado quer fazer mais obras, nessas áreas ou noutras que considere de desenvolvimento, e pede dinheiro emprestado, contraindo dívidas. É aqui que residem as dúvidas sobre uma parte da dívida não ser ilegítima, isto é, aquela que a maioria dos portugueses estariam dispostos a pagar por lhes parecer legalmente contraída. O que pressupunha que a escolha dos projectos onde se gasta o dinheiro fosse democrática, ou seja, precedida de debate sobre a sua utilidade, escolha de prioridades, isenta de interesses particulares e votação amplamente participativa.
clique no gráfico para ampliar

Não é o caso, nem Raquel Varela põe em cheque a verdadeira natureza das Dividas Soberanas. Não são só as "rendas" que os privados recebem nos chorudos negócios com o Estado que estão na origem do descalabro financeiro do país. Este radica na opção do Estado português (através das normas do Banco de Portugal) só poder contrair dívida cumprindo os estatutos do Banco Central Europeu, por recurso aos bancos comerciais privados, que por sua vez fazem refinanciar essas dívidas no BCE (com o aval e garantias do Estado português) ou no "mercado", isto é, a juros muito mais elevados noutros bancos comerciais ou de investimento estrangeiros privados. Ao Estado português está vedado contrair dívida directamente ao BCE; e todos esses bancos comerciais que fazem a intermediação nos empréstimos, como se tem vindo a esclarecer desde a eclosão da crise em 2008, estão envolvidos no autêntico jogo da roleta neoliberal, através dos quais inclusivamente se tem jogado (e desde 2002 perdido) os Fundos da Segurança Social.

O processo de acumulação capitalista sobre as dívidas privadas começou a ruir em 2007 com o estouro da bolha especulativa no mercado imobiliário nos Estados Unidos, a que se seguiu o colapso da construção de imóveis na Irlanda, no Reino Unido, na Espanha, etc. Os preços das habitações produzidas em grandes quantidades foi alimentado por décadas de crédito barato irresponsável, sobre uma falta de planeamento condenável. Portugal tem hoje 25 milhões de fogos construídos, embora apenas tenha cerca de 10 milhões de habitantes. Num autêntico esquema de Ponzi, de acumulação de fundos financeiros especulativos transacionados em bolsa sobre o valor inflacionado do imobiliário, acrescentando dinheiro sobre dinheiro numa espiral delirante, todo esse edifício construído sobre fundações de dinheiro fictício ruiu, quando deixaram de entrar no esquema novos compradores e os preços colapsaram abruptamente. Mas entretanto essa exorbitância de valores inexistentes existiam de facto nos livros de contabilidade dos bancos. Que fazer?


Ainda hoje se continuam a apurar em que quantidades existem esses “papéis tóxicos” (acções derivadas). Passaram seis anos. Desde 2007 a 2012 os principais Bancos Centrais deram prioridade absoluta à política de tentar evitar o colapso total do sistema bancário privado. Mas, não o fazem todos da mesma maneira – a Reserva Federal norte americana (em dólares, a moeda de referência global) e o Banco de Inglaterra (em libras) podem ambos emitir dinheiro e emprestá-lo directamente ao Estado, que por sua vez decide politicamente das ajudas aos bancos privados. O Banco Central Europeu, por força do seu estatuto de subserviência àquelas duas bolsas financeiras (Wall Street e City de Londres) não pode emprestar dinheiro directamente ao Estado; apenas por intermédio da Banca comercial, que por sua vez o empresta aos Estados com a garantia destes a juros sete ou oito vezes maiores. Esta é a principal razão da “crise das dívidas soberanas” se ter centrado na Europa. (2)


Entre 1990 e 2007 o volume de produtos financeiros derivados (tóxicos) cresceu exponencialmente. Embora tenha sofrido um ligeiro decréscimo em 2008 o valor nominal das acções de derivativos nos balcões comerciais do mercado alcançou em 2011 o número surpreendente de 650,000 mil milhões de dólares (U$ 650.000.000.000.000), ou seja, cerca de 10 vezes o valor de tudo o que se produz pela totalidade da população do mundo inteiro durante um ano (medido pelo total dos Produtos Internos Brutos, PIB (3).

Em Março de 2009 o departamento do Tesouro dos EUA fabricou a primeira tranche de dinheiro especialmente destinado a ser integrado num plano para comprar 1 trilião de dólares de activos “tóxicos” do sistema bancário americano. Depois dessa “ajuda” (bailout) inúmeras outras se têm seguido, algumas delas mantidas secretas (4). O objectivo foi limpar as carteiras de crédito dos bancos para tentar restaurar a confiança no “mercado”, isto é, supõem-se que esta entidade supostamente abstracta só voltará a acumular capital em condições consideradas “normais” para os capitalistas se os imóveis se voltarem a valorizar e se os devedores de hipotecas pagarem as dívidas. Enquanto isto não acontece, e por causa da execução desta politica, os prejuízos derivados das vigarices dos bancos privados são transferidos para a dívida pública. Em 2007 a dívida portuguesa era de 68,3% do PIB, em 2013 o governo prevê que seja de 117,1% do PIB. (em 1974 a dívida pública era de 10% do PIB). Nestas circunstâncias, longe de ser uma cura e protecção eficaz contra os caprichos e desmandos dos bancos, os planos de resgate decididos pelos Estados estabeleceram, ao contrário, um forte incentivo para os bancos continuarem e intensificarem as suas práticas ilegítimas e em grande parte criminosas. Na verdade, "a perspectiva de apoio dos governos causam danos morais à totalidade da sociedade, na medida em que incentivam os bancos a uma maior assumpção de riscos" que sabem permanecerão impunes.


“Em Portugal, em 2012, os bancos continuam a aumentar a exposição à dívida pública nacional, ao mesmo tempo que se reduz o crédito à economia. Segundo dados divulgados pelo Banco de Portugal, entre Agosto e Setembro, as instituições financeiras privadas investiram mais 1,3 mil milhões, elevando para 31 mil milhões de euros o montante em títulos de dívida. É o valor mais elevado desde que há dados” (5).

Considerados estes factos e números, conclui-se que a quase totalidade da dívida conhecida dos bancos privados está hoje já transferida para as contas da dívida pública; o que obriga os contribuintes na sua generalidade a pagá-la. Creio assim ficar respondida a grande questão posta no final do artigo de Raquel Varela: “Se a riqueza de uma sociedade que tem um dos salários mais baixos da Europa e mais longas jornadas de trabalho, de acordo com a OCDE, não vai para a saúde, educação, auxílio mútuo e bem-estar na reforma, vai para onde?


notas:
(1) Portugal está classificado artificialmente como a 43ª economia mais desenvolvida do mundo, apesar da destruição do seu aparelho produtivo nas últimas décadas e da excessiva dimensão do sector terciário em relação ao PIB. (World Economic Fórum)
(2) A Alemanha tem sido dominada pela dívida contraída nos termos impostos pela derrota na 2ª Grande Guerra. Até 1999 o Marco alemão foi a moeda de referência para a economia continental europeia, sendo a partir dessa data substituída pelo Euro nessas funções de hegemonia. A avaliação das economias parciais, por países e regiões na União Europeia, é feita por três Agências de Rating de expressão anglo-saxónica que representam os interesses dos accionistas cotados nas praças financeiras de Wall Street (Dólar) e na City de Londres (Libra).
(3) "Secret Fed Loans Gave Banks $13 Billion Undisclosed to Congress" (Bloomberg)
(4) Eric Toissaint, 6 Anos de Branqueamento dos Bancos
(5) Jornal de Negócios 
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terça-feira, novembro 27, 2012

câmaras de vídeo por tudo o que é canto...

... espiam tudo; mas também espiam muitas cenas inesperadas



... até um modo de derrubar um governo que se tornou ilegítimo sem que seja por acções violentas organizadas por uma força mais poderosa, isto é, pelo Povo, contra esse Governo





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segunda-feira, novembro 26, 2012

Manuel Maria Carrilho faz uma retrospectiva da Obamania

na frente interna e da politica externa, a nova politica que Obama anunciou com o slogan "Yes We Can!" perdeu-se com o "momento rooseveltiano", ou seja, a oportunidade única que teve em 2009 para se impor ao poder financeiro e para "contrariar os seus excessos". (Apesar de tudo, o que seria muito pouco) Dito por Carrilho (1), Obama acabou por ficar mais refém do sistema que ajudou a salvar (...) Pudera!, o "Sim Nós Pudemos" é um slogan que não remete para nada, que se esgota num "nós" tão cheio de si como vazio de conteúdo""Depois da Magia", depois de elencar os grandes feitos do primeiro mandato da administração Obama, a "retirada" do Iraque, acabar com o caso Ben Laden (2), ajudar a derrubar o regime de Moubarak no Egipto, conseguir um acordo com a Rússia na redução do arsenal nuclear... Obama não conseguiu evitar que a situação no Afeganistão continue explosiva, nem o fiasco de assassinar paquistaneses por continuados ataques com aviões teleguiados, nem as ameaças militares ao Irão, nem recusar dar mais força a Israel nos crimes contra a população da Palestina (3).
Feitas as contas ao discurso, Manuel Maria Carrilho em cinco colunas de mais de meia página não faz uma única referência que seja ao campo de concentração de presos politicos existente em Guantânamo, (4) precisamente uma das vergonhas para a humanidade (5) que Obama tinha com mais veemência prometido acabar!


(1) Manuel Maria Carrilho, na sua função de filósofo, é ainda assim uma das poucas caras do Partido dito Socialista pouco queimada com a imagem geral de aldrabão que impera na mafiosa organização.
(2) Como é suficientemente sabido foi a CIA quem criou a al-Qaeda com um capital inicial de 3 mil milhões de dólares entregues a Ben-Laden. Carrilho diz que ela "acabou", mas o actual director da CIA, Leon Panetta, diz que não, que a organização se esconde em novos santuários. É uma novela sem fim...A noticia, como habitualmente perdida na "tradução" para os Media nacionais, reza mais em concreto: "Cancro da Al-Qaida não foi totalmente eliminado" 
(3) Pelo contrário, Obama assinou um crédito de 70 MIL MILHÕES para Israel; mas a imprensa diz que foram apenas 70 milhões
(4) ... juntamente com o criminoso ataque à Libia, que também não é referido por Carrilho, nem, por isso mesmo, a sua triste e farsante condição de Prémio Nóbel da Paz...
(5) John Bolton, ex-embaixador norte-americano na ONU, reconhece que os EUA exigem a rendição incondicional aos reclusos acusados de "terrorismo" encarcerados em Guantânamo e, por contraste, exercem uma gentil persuação, (no sentido de não fazerem mais maldades), sobre os suspeitos do ataque à embaixada em Benghazi

domingo, novembro 25, 2012

Pôr este governo na rua é a emergência nº 1 deste país!

 
Governo não tem condições para continuar em funções se Orçamento for declarado inconstitucional

 

Austeridade e Bastonada, quem dá as ordens?

Ainda sobre a carga policial e a repressão subsequente sobre os manifestantes no passado dia da Greve Geral de 14 de Novembro, divulga-se esta carta do camarada Garcia Pereira ao Director Nacional da Policia de Segurança Pública.


Lisboa, 23 de Novembro de 2012
Exmº Senhor Director Nacional da PSP

Na dupla qualidade de Cidadão e de Advogado, e com vista a instruir queixas de natureza criminal, cível e disciplinar contra os responsáveis que se venha a apurar terem tido alguma espécie de intervenção em factos susceptíveis de consubstanciar ilícitos, quer de natureza penal, quer de natureza civil, quer de natureza disciplinar, venho por este meio requerer a Vª Exª, ao abrigo do artº 61º e segs. do Código do Procedimento Administrativo me sejam fornecidas as seguintes informações.

a) Quem deu ordem para a carga dos elementos do Corpo de Intervenção no passado dia 14 de Novembro e qual foi a ordem específica que lhes foi dada?

b) Em particular, tal ordem era no sentido de afastar e/ou deter os manifestantes suspeitos de atirarem objectos à polícia e que se encontravam mesmo em frente aos elementos do Corpo de Intervenção ou a de atacar e ferir todos os manifestantes presentes no Largo de S. Bento e zonas adjacentes ? E isso, mesmo após tais manifestantes estarem a dispersar ou não poderem reagir por estarem encurralados contra um fosso de mais de 2 metros de altura?

c) Existiram ou não entre os manifestantes agentes da PSP à paisana, e em caso afirmativo com que instruções ? Por que razão se deslocaram os mesmos para trás dos elementos do Corpo de Intervenção escassos segundos antes da carga destes?



d) Quem deu a ordem para que fossem efectuadas cargas à bastonada, ao pontapé e com utilização de cães sobre os cidadãos que, depois da primeira carga em frente à escadaria, se encontravam em, ou dispersavam para, outros locais, como por exemplo pela Av. D. Carlos abaixo e artérias adjacentes?

e) Quem deu instruções e com que objectivos para que agentes à paisana em toda a zona entre a Av. D. Carlos I e a Estação do Cais do Sodré atacassem à bastonada e matracada vários cidadãos?

f) Quem deu ordens e instruções para que tais agentes não se identificassem e para que os que se encontravam fardados não tivessem as respectivas placas identificativas?

g) Quem deu a ordem para a detenção das dezenas de cidadãos que foram detidos na Estação do Cais do Sodré ? Quem é o responsável pela sua condução às esquadras para que foram levados, e em especial à do Monsanto?

h) Quem deu ordens para que não fosse permitida a tais detidos efectuarem telefonemas para os seus familiares ou para os seus Advogados?

i) Quem deu ordens para que, de tais cidadãos, os que necessitavam de assistência não a tivessem tido, tendo ficado com feridas na cabeça a escorrer sangue?


j) Quem deu ordens para que alguns dos detidos e detidas fossem forçados a despir-se por completo e/ou a sujeitar-se a revistas absolutamente humilhatórias como as de os obrigar a, todos nus, se dobrarem para a frente e a exibir o ânus?

k) Quem deu ordens para que o cidadão João Lopes Barros Mouro, detido pelo Chefe Américo Nunes pelas 18H30 tivesse ficado sob detenção durante 13 horas, primeiro nas imediações do Parlamento e, depois, no Hospital de S. José? E de quem é a responsabilidade da ordem de impedimento de entrada na Esquadra do Calvário aos 4 Advogados que ali compareceram pelas 03H00 da madrugada de 15/11, entre os quais o signatário e o Presidente do Conselho Distrital de Lisboa da Ordem dos Advogados, Sr. Dr. Vasco Marques Correia?

l) Quem deu instruções aos agentes que nessa noite atendiam o telefone do número geral da PSP bem como os das diversas esquadras da PSP para que não informassem os familiares e Advogados dos detidos (que por eles perguntavam) da localização destes? E para invocar, designadamente perante a Comunicação Social, o completo desconhecimento da detenção das dezenas de cidadãos, referir apenas 7 detenções, mais tarde apenas 8 e depois apenas 9 detenções (ou seja, somente os que foram a Tribunal de Pequena Instância Criminal no dia seguinte)?


m) Quem autorizou e/ou ordenou que os agentes da PSP que procederam aos espancamentos e às detenções proferissem, dirigindo-se aos cidadãos, expressões como “Vocês são uns portugueses de merda !”, “Filhos da puta”, “Cabrões”, “Vão para o caralho !”, “Olha para o chão, caralho, não levantes a cabeça !”?

n) Quem autorizou e/ou ordenou que agentes da PSP, sem autorização da respectiva Presidência, tivessem invadido as instalações do Instituto Superior de Economia e Gestão e aí insultassem e agredissem manifestantes e estudantes do Instituto?

o) Quem autorizou e/ou ordenou que agentes da PSP algemassem cidadãos apertando-lhes brutalmente os polegares com abraçadeiras plásticas, como sucedeu com uma das detenções efectuadas pelo Chefe Américo Nunes?

p) Qual a identificação dos outros elementos da PSP que integravam a brigada chefiada pelo referido Chefe Américo Nunes quando a mesma actuou na zona da Av. D. Carlos I?

q) Quem autorizou que agentes policiais fardados mas sem placas identificativas, e envergando passa-montanhas escuros agredissem cidadãos em vias de serem detidos e mesmo depois de detidos?


r) Qual a identificação dos agentes da PSP que procederam à filmagem dos manifestantes ? Quando se iniciaram tais filmagens e por ordem de quem ? Pediu e obteve antecipadamente a PSP autorização da Comissão Nacional de Protecção de Dados para efectuar tais filmagens (que, como foi tornado público, já por duas vezes foram consideradas ilícitas pela referida Comissão)?

s) Por ordem de quem, e com que objectivo, foram recolhidos elementos de identificação (e outros não exigidos por lei, como por exemplo os telemóveis) das dezenas e dezenas de detidos que não foram levados a Tribunal de Pequena Instância Criminal ? E em que “expediente” ou “processos” ou ficheiros foram tais elementos incorporados e com que suporte legal?

Fico, pois, aguardando o fornecimento no prazo máximo legal de 10 dias – artº 61º, nº 3 do supra-citado CPA – dos elementos ora solicitados.
Mais informo que cópia deste requerimento será nesta data remetida ao Sr. Provedor de Justiça, à Srª Procuradora Geral da República, ao Sr. Inspector-Geral da Administração Interna, ao Sr. Bastonário da Ordem dos Advogados, ao Sr. Presidente do Conselho Distrital de Lisboa da Ordem dos Advogados e ao Sr. Presidente da Comissão de Direitos, Liberdades e Garantias da Assembleia da República.

E, dada a enorme gravidade das indiciadas violações de direitos, liberdades e garantias a que se reporta o presente pedido de informações, Vª Exª compreenderá que me reserve o direito de dar ao mesmo a divulgação que considerar mais adequada à completa dilucidação da verdade dos factos.

Com os melhores cumprimentos,
António Garcia Pereira e Associados

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sábado, novembro 24, 2012

"Todas as grandes verdades começam por ser blasfémias" (Bernard Shaw)

Ben Bernanke, o presidente judeu da Reserva Federal norte-americana é confrontado com pedidos de explicação sobre as ajudas secretas concedidas pela FED aos Bancos. Bernanke não responde... e este secretismo passa-se desde 1913 - os Grandes Bancos Centrais estão a dar absoluta prioridade ao evitar que o sistema bancário privado caia na falência. Assim sendo, caem os contribuintes na falência! Para onde vai o dinheiro ilegalmente surripiado ao erário público? não sabemos (mas entra na economia sob as mais diversas formas)... até quando escuta uma modesta canção num qualquer centro "cultural"

O sítio é o Museu Guggenheim em New York City; a música é inebriante, da melhor que o dinheiro pode aliciar e pagar


Andrew Bird

A familia Solomon Guggenheim, judeus oriundos dos Alpes suiços, é uma das maiores fortunas do mundo. Inicialmente, no século XIX, foi acumulada sobre a exploração mineira de ouro da Yukon Gold Company no Alaska, mas em 1923 os Guggenheim venderam a sua participação na empresa à multinacional Anaconda e expandiram os seus interesses por todo o continente americano, desde a extracção de ouro até ao cobre do Chile - num negócio que legou ao quarto filho Daniel (1) dividendos que, reinvestidos e medidos a preços de 2002, valiam 700 milhões de dólares por ano. É com os juros e rendimentos sobre esses trocos que esse herdeiro gere filantropicamente uma famosa Fundação na área da Cultura Judaica globalizada ...

(1) Outra irmã, Peggy Guggenheim passou por Lisboa em fuga da Alemanha durante a 2ª Grande Guerra. Acabaria por se estabelecer em Veneza (1949), com o museu que tem o seu nome 
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sexta-feira, novembro 23, 2012

49º aniversário do Assassinato de JFK - o FBI de Hoover, a Máfia, Lindon B. Jonhson e a "Conexão Texana"

22 de Novembro de 1963 – O presidente dos EUA, John F. Kennedy, 46 anos de idade e no 3º ano do seu primeiro mandato, foi assassinado durante um desfile em Dallas. Um único homem, Lee Harvey Oswald, foi acusado do assassinato de Kennedy, mas esta obscura personagem foi também assassinada por um homem de mão da Máfia antes que pudesse ir a julgamento. No dia seguinte o texano Lyndon B. Johnson (que ocupava o cargo de vice-presidente) foi empossado como o 36º Chefe-executivo da Nação.

Uma equipa de vários atiradores bem treinados e enquadrados (incluindo oficiais de polícia e do FBI) dispararam sobre Kennedy, não apenas um atirador psicopata isolado. Houve dezenas de testemunhas oculares do assassinato do Presidente (1). Mas todas foram obrigadas a manter a boca fechada sobre o que viram – e as mais reticentes foram avisadas, perseguidas e, quando o seu testemunho se tornou suficientemente perigoso para a versão oficial, foram desaparecendo ou sendo eliminadas fisicamente (2). Na época de inicio da globalização da CIA, (3) com outro texano como director, George Herbert Bush, era certo e sabido que esses sádicos e o Pentágono não pagariam a traidores. Ninguém mais foi preso. E no mesmo dia roubaram rapidamente e de forma ilegal o cadáver de JFK para fazer desaparecer as provas de que houve mais que um assassino (4). As provas foram destruídas; Quem puxou o gatilho não se sabia; e o porquê passou a ser uma questão secundária (5).

Johnson era conhecido por ser um notável suporte do Complexo-Industrial-Militar e, investido este na Presidência, (com George Herbert Bush na vice-presidência vindo directamente de director da CIA) rapidamente a guerra no Vietname sofreu uma enorme escalada. Imagine-se o prejuízo se a América não estivesse envolvida em nenhuma guerra (!?). Como primeiro motivo, JFK foi morto por trabalhar pela Paz no Vietname (6) Numa segunda componente bélica, dez dias antes de ser assassinado, John F. Kennedy exigiu o acesso aos arquivos secretos da CIA para conhecer os meandros da Guerra Fria (7). Em terceiro lugar, a tese considerada mais relevante, implica como razão para o crime a decisão de Kennedy (pela Ordem Executiva 11110 de 4 de Junho) de retirar à Reserva Federal o poder de emitir dinheiro e controlar a politica monetária dos Estados Unidos. Por fim, o famoso discurso sobre as Organizações Secretas (e do remédio santo contra o Marxismo) destinado a obter apoio mediático para todas estas medidas ajudou à fatalidade.

Os conspiradores reuniram-se em Dallas na noite anterior ao assassinato. Existem hoje provas que o próprio George Herbert Bush esteve presente. E uma semana depois organizaram uma festa enquanto as pessoas normais lamentavam a tragédia do seu jovem e promissor presidente. (8). Quem teria perpretado o crime de Dallas? Um comunista reciclado?, um mafioso?, um cubano? Hoje já não importa saber. O que importa saber é quem ordenou - e quem arranjou as coisas para: a) tornar possível e tiroteio; b) encobrir o que realmente aconteceu. A obsessão com a minúcia investigatória: quem fez isso? que arma usou? será que Jack Ruby conhecia Oswald?, etc. são clássicos de contra-informação e pistas falsas. Para entender quem matou Kennedy, temos que conhecer e entender as pessoas que sequestraram os Estados Unidos após a Segunda Guerra Mundial - como fizeram ou fazem eles isto e aquilo tornou-se um charadismo conspiratório difícilímo de decifrar – mas há uma dica importante: Estas não são pessoas normais e sensatas, e são, portanto, difíceis de entender por pessoas normais e sensatas.


Na semana antes de Kennedy ser assassinado, os jornais, rádios e televisão, nacionais e locais, iniciaram um ritmado debate centrado em dois assuntos: a) Quantas pessoas odiavam os Kennedys e queriam fazer-lhes mal? b) quão "imprudente" Kennedy era ao ser popular e não seguir estritamente os protocolos de segurança (uma acusação semelhante foi feita sobre os poucos cuidados do seu filho John John com a segurança aeronáutica quando este morreu num acidente de avião muito misterioso, precisamente quando estava prestes a entrar na vida política). Poucas horas antes de Kennedy foi assassinado a sangue frio, esta bizarra argumentação foi ouvida nos altifalantes dois minutos e meio antes de Kennedy subir ao palco para uma palestra-almoço em Fort Worth. Basta pensar como uma coisa destas é estranha. Quem iria escrever um script como esse? Quem poderia pedir que isto fosse lido antes de uma aparição presidencial? Estava preparada a opinião pública. Apenas algumas horas após este noticiário ao vivo Kennedy foi assassinado por um "louco solitário" como seria descrito nas noticias dos tablóides do Texas (9)


a CIA fez o que a CIA sabe fazer tão bem. Descobriram elementos corruptos no país que tinham motivação para remover um inimigo; que a CIA queria igualmente ver eliminado e ajudaram-los fazer isso. Os atiradores foram contratados no mundo do crime organizado. Gente dessa capazes de dar tiros por dinheiro não são dificeis de encontrar. Altas patentes militares à volta de todo o mundo têm treinado milhares deles. As perguntas surgem encadeadas num rodopio de gato atrás da sua própria cauda: será que foi a Máfia? Foi Johnson o mandante? Foi o FBI de Edgar J. Hoover? (10). As suspeitas (mais tarde confirmadas) sobre o actor principal recaem sobre George Herbert Bush, envolvido na logística de apoio à operação de invasão de Cuba e que também esteve em Dallas nesse dia. Bush usou a sua plataforma petrolífera no mar das Caraibas, a Zapata Corporation (11), hoje reconhecida pelas então estreitas ligações à CIA, e dois navios-cargueiro (um sintomaticamente chamado “Bárbara”, o nome da sua mulher, o outro "Houston") como transporte de armas e viaturas destinados à falhada invasão da Baía dos Porcos. A coberto dos treinos para essa operação, em conjunto com esses mercenários, um pequeno grupo operacional estava destinado à operação de Dallas. Daí a ênfase posta na Conspiração Cubana. Toda essa gente estava envolvida e o registo histórico mostra que esses grupos, desde o FBI que perdia influência a braços com o combate à corrupção levado a cabo por Robert Kennedy, mas especialmente a CIA e a Máfia trabalhavam juntos frequentemente.

George Herbert Walker Bush viria a ser designado o 41º Presidente

notas e fontes:

(1) Investigações não conseguiram obter testemunhas 
(2) Havia dúzias de testemunhas. Eis um caso 
(3) Contando com a vanguarda da CIA, mais tarde, com inicio da experiência do neoliberalismo no Chile, o paradigma alastraria ao resto do mundo
(4) o corpo de Kennedy foi imediatamente removido por avião para uma base militar em Washington, contrariando a lei que obrigava a que qualquer crime local tivesse de ser investigado pelas autoridades locais
(5) Porque colaborou a CIA no assassinato?
(6) http://www.brasschecktv.com/videos/assassination-studies-1/jfk-killed-for-pursuing-peace.html">Os esforços de Kennedy para obter um acordo de paz no Vietname 
(7) O presidente exigiu o acesso a documentos da CIA, mas os adeptos das teorias da conspiração dizem que eram sobre Ovnis (possivelmente satélites soviéticos)
(8) Em casa do magnate do petróleo texano Clint Murchison nunca houve mistério. Ele afirma, peremptório, que na noite anterior ao crime estiveram reunidos J. Edgar Hoover, H.L. Hunt, Richard Nixon e Lyndon B. Johnson 
(9) http://www.brasschecktv.com/videos/assassination-studies-1/preparing-the-public-mind.html">Preparando psicologicamente a opinião pública para noticias adversas
(10) Trabalho em conjunto entre Hoover, a Máfia e a Conexão Texana
(11) Zapata Corporation (wikipedia)
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Ri-te Palhaço!

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O parodiante de Belém: "Vou ser breve e tentar passar despercebido. Se vos perguntarem digam que não me viram, que prometo não pôr nenhum post na minha página do Facebook", Cavaco Silva, 21.11.2012 

Cavaco diz que portugueses esqueceram o mar, a agricultura e a indústria, portanto também podiam esquecer o BPN 

«Nós avançamos uma explicação que ainda ninguém rebateu: a dívida cresce porque os trabalhadores pagam cada vez mais para o Estado social e esse valor é desviado das funções sociais do Estado para o pagamento de “rendas privadas»
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quinta-feira, novembro 22, 2012

pela enésima vez, mais um "cessar-fogo" sobre a Palestina

a Sionista Hillary Clinton apressou-se em marchar em direcção a Israel para perorar como parte interessada no que chamam "conflito", em vez de crime de agressão! e promover mais este documento da tanga.


Logo após, o "atentado" ao autocarro em Telavive onde ficaram feridas 22 pessoas foi mais uma operação de false-flag. Com esse pretexto e visando como sempre a retaliação em nome da sacrossanta pátria ultra-religiosa de Israel o bombardeamento sobre Gaza continuou (21 de Novembro)
Horas mais tarde, não quer dizer que os Palestinianos não tenham celebrado mais uma trégua, mas a pergunta que se impõem é só uma: quem vai pagar mais estes crimes, vidas e tamanha destruição? Nada de novo a assinalar para quem assiste às cúmplices conversas entre amigalhaços - Obama e Netanyahu - elogiando-se um ao outro por serem o Grande e o Pequeno Satanás: "Defendemos interesses comuns e enfrentamos o mesmo inimigo, estamos juntos!" - Obama ouve, submisso, de orelhas caídas:



O ministro dos Negócios Estrangeiros da Turquia, Ahmad Davoud Oglu, ao visitar o Hospital Al-shifaa em Gaza não conseguiu controlar as lágrimas 


Entretanto em Israel prosseguem as manifestações de sionistas (haverá outros?) a favor da Guerra! Ouvem-se gritos fanáticos de "morte aos esquerdistas"; "em Gaza não há inocentes"; "deixem o Exército exterminá-los!", "deixem o Exército exterminá-los!"



Há um acordo de paz (presume-se), mas o ministro dos assuntos sionistas Paulo Portas continua a afirmar que houve um “Ataque Terrorista” 
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quarta-feira, novembro 21, 2012

Queimar a Merkel Sim!, está bem pensado. Mas não chega...














É preciso atingir o Imperialismo no actualmente mais importante dos seus interesses: os seus agentes nos serviços terciários prestados pelas elites da Europa ao controlo global financeiro

"...esta manifestação não é contra o povo alemão; é contra a chanceler alemã e o que ela representa - o imperialismo alemão - em termos políticos e económicos" é o que dizem os jornais; Porque a culpa da crise é dos “mercados financeiros”.

1. Esta é uma verdade estafada que já chegou praticamente a toda a gente. Mas quem são e quem manipula esses “mercados” não são entidades abstractas – têm nomes e localização geográfica precisa – no caso do controlo da emissão do dinheiro que controla a economia global este faz-se na praça financeira (Bolsa) de New York - uma coisa que já não funciona propriamente em nome do país “Estados Unidos”, mas sim de um conglomerado de banqueiros privados com hegemonia transnacional. (1) A livre emissão de Dólares, numa relação mega-inflaccionada com a economia real, é em si mesmo um acto de agressão Imperialista.

Para quê pagar impostos se eles podem 
fabricar o dinheiro à balda?

















A entidade responsável pela emissão monetária (em Dólares) é o conglomerado de bancos privados que constituem a Reserva Federal dos Estados Unidos, que assume a ilusória aparência de Banco Central de utilidade pública; a FED pode imprimir dólares na quantidade que decidir necessária e emprestá-los directamente ao Estado, para este se financiar na execução dos seus projectos políticos, a maioria dos quais colocados como investimento em processos de hegemonia globalizante (2)

2- A determinação dos preços das “commodities” (mercadorias) no mercado mundial é feita na Bolsa de Londres. Tudo o que seja valores de matérias-primas é decidido na City, desde o petróleo (transacionado em dólares) até aos minérios, trigo e outros cereais e produtos base na alimentação da população a nivel global. Tudo isto está dependente do valor de medida da Libra inglesa equiparada ao ouro na tradição clássica imperialista.
O Banco de Inglaterra pode cunhar ou imprimir Libras na quantidade que decidir necessária e emprestá-las directamente ao Estado. O objectivo principal do Reino Unido, como se sabe, é gerir economicamente os mercados dos países de língua inglesa através da Commonwealth. Excepto na localização geográfica, muito pouco ou nada liga a Inglaterra à parte continental da Europa.

a Rainha de Inglaterra é uma figura decorativa? nada mais errado! ou mais certo; Anote-se a pose e o discurso de Isabel II na ONU em 2010: "Sou Rainha de 16 paises membros destas Nações Unidas... e Lider de 54 paises pertencentes à Commonwealth"; Note-se ainda a deferência servil com que a real personagem é tratada no final, enquanto a cambada de representantes dos restantes paises-membros é mandada aguentar até que a Rainha seja conduzida ao exterior com pompa e circunstância inusitadas. Eles sabem que a ascendência da Banca Global tem raizes profundas na Aristocracia monárquica anglo-saxónica Europeia (3)
 


3- o Euro é uma moeda de criação recente, construida como cereja em cima de um bolo confeccionado por 450 milhões de consumidores a partir dos destroços da 2ª Grande Guerra. Durante 60 anos esse consumismo da Europa foi o motor da economia mundial na perspectiva capitalista liberal, por oposição subsidiada em dólares ao regime socialista da União Soviética saído da Revolução de 1917 na sequência da bancarrota czarista provocada pela 1ª Grande Guerra (4).
O Banco Central Europeu, concebido como emissor do Euro em 1999, com sede em Frankfurt na Alemanha, pela natureza dos seus estatutos (cujo primeiro objectivo seria o controlo da inflação) imprime o dinheiro mas não pode emprestá-lo directamente aos Estados-membros. O BCE apenas pode emprestar dinheiro (criar dívida) através dos Bancos Privados, desde que esses empréstimos sejam avalizados pelo Estado. É esta a génese das Dívidas Soberanas, ou seja, a transferência do pagamento de juros e prejuízos das dívidas dos bancos privados (incluindo, e sobretudo, as acções fraudulentas dos conglomerados financeiros anglo-americanos falidos) para a esfera da Dívida Pública dos Estados dependentes.

Para tal designio, utilizando a Alemanha como sub-imperialismo subserviente e capaz de controlar economicamente toda a Europa (5), os verdadeiros donos do mundo contam com a Santissima Trindade da especulação Financeira, da alienação pela Religião e do crime organizado pelo poder Militar


notas
(1) ler: Paulo Varela Gomes, "o capitalismo global deixou definitivamente de precisar de paises e fronteiras", in “O Espelho”
(2) Pior que o tributo pago como vassalagem ao Império nos tempos áureos de Roma, a aceitação de financiamentos em dólares pelos Estados-vassalos com acumulação capitalista local incipiente (e sem dinheiro, nada feito, não há obras para extasiar a populaça) constitui hoje em dia o reconhecimento do acto de fazer pagar juros exorbitantes aos contribuintes, escravizando-os em nome de uma Dívida que é contraída exclusivamente no interesse das elites governantes.
(3) O banqueiro Nathan Rothschild (1777-1836) elevado à condição aristocrática de Lorde, salientou: “Eu não me importo qual é a marioneta que é posta no trono da Inglaterra para governar o Império. O homem que controla a oferta de dinheiro da Inglaterra controla o Império Britânico e eu controlo a oferta de dinheiro da Inglaterra”. A proximidade dos irmãos Rothschild é bem percebida numa carta de Solomon Rothschild para o seu irmão Nathan em 28 de Fevereiro de 1815: “Nós somos como o mecanismo de um relógio: cada parte é essencial para que funcione na perfeição...” Essa proximidade é depois vista nos 18 casamentos feitos pelos netos de Mayer Amschel Rothschild – 16 foram contraídos entre primos de primeiro grau.
(4) A Rússia Soviética em 1917 recusou imediatamente pagar a Dívida que tinha sido contraída pelo Czar. A Dívida imputada à Alemanha pelos vencedores no Tratado de Versalhes em 1919 (que seria denunciada e o seu pagamento suspenso pelo regime de Hitler) só acabou de ser paga em  2010. Imagine-se agora a Dívida que foi imputada à mesma Alemanha após a derrota na 2ª Grande Guerra. Provavelmente é uma Dívida Eterna...
(5) "o Euro só funcionaria se não servisse para alimentar a Economia Alemã, à custa do resto da Europa!!!" (Joseph E. Stiglitz)
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terça-feira, novembro 20, 2012

perceber a criação da Dívida e a submissão ao imperialismo

Um Banco Central é uma entidade independente ou ligada ao Estado cuja função é gerir a política económica, ou seja, evitar a inflação, garantir a estabilidade e o poder de compra da Moeda de cada país e do sistema financeiro como um todo. O Banco Central (por exemplo o Banco de Portugal por via do Banco Central Europeu) faz isso interferindo, mais ou menos, no mercado financeiro, vendendo papéis de obrigação do Tesouro, regulando juros e avaliando os riscos económicos para o país. Do ponto de vista das populações não tem tido grande êxito no seu progresso social. Porquê? 

porque o BdP e o BCE olham a interesses alheios aos interesses do país, são entidades submetidas e dependentes da Rede Global de Bancos Centrais que usa o Dólar como moeda de referência mundial. Quem controla a emissão dessa moeda?


O Sistema de Reserva Federal é o sistema de Bancos Centrais dos Estados Unidos da América. A estrutura do Sistema de Reserva Federal é composta por um Conselho de Governadores, pelo Federal Open Market Committee (FOMC) e pelos doze presidentes dos Federal Reserve Banks regionais, localizados nas maiores cidade da União, além de numerosos representantes de bancos privados dos Estados Unidos e diversos conselhos consultivos. Disso resulta uma estrutura considerada única entre os Bancos Centrais. Também não seria curial que uma entidade exterior ao Banco Central, o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, possa solicitar à FED directamente a criação de moeda. Mas é precisamente isso que fazem! (em função da quantidade de moeda que precisam para financiar os seus objectivos

Todos os países ocidentais, têm na verdade o direito legal de emitir a sua própria moeda e estipular o seu valor, mas eles não o fazem. Eles pedem dinheiro emprestado através dos Bancos Comerciais Privados a esse sistema de Bancos Centrais que funciona de forma PRIVADA através das reservas fraccionárias bancárias que são capazes de criar dinheiro do nada, sem qualquer relação com a medição da economia real. E através da criação do dinheiro como Dívida lucram com a cobrança de juros nos empréstimos.

De acordo com o Conselho de Governadores, a FED é independente do governo, de modo que as “suas decisões não têm que ser ratificadas pelo Presidente ou por nenhum outro membro do Poder Executivo ou do Legislativo.”



As previsões do FMI para Portugal são assustadoras! nos próximos dois anos o país precisa de 70 mil milhões para solver compromissos; a partir de 2015 e até 2017 a situação complica-se: Portugal tem de se financiar em 109 mil milhões nos "mercados" para refinanciar o serviço da Dívida. Ainda assim, a Troika acredita na sustentabilidade do esquema... 
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segunda-feira, novembro 19, 2012

o Contribuinte honesto e cumpridor preso pelo pescoço como garantia de uma Dívida que é falsa

ao balcão privado da Reserva Federal dos Estados Unidos:
"Mais uma linha de Crédito de 7 Triliões de dólares sr. Secretário de Estado do Tesouro?, calculo que o senhor nos dê Garantias adequadas mr. Geithner"


o Governo e os Grandes Bancos norte americanos enganaram a opinião pública sobre o programa secreto de 7 triliões de dólares em créditos para salvar da falência a banca com implicações globais. Os responsáveis pela megafraude deste dinheiro falso emitido, deveriam ser todos punidos! mas quem está a ser punido, são os Contribuintes - especialmente os da Europa, para onde foram exportadas grande parte dessas "ajudas" a vigaristas que viciaram os livros de deve & haver!  (fonte: Slate.com) 

Lixo com Lixo se Paga! Devido à Greve de 3 dias de recolha de lixo, o Ayuntamento de Madrid apelou às pessoas para não depositarem os resíduos na via pública. Muitas das pessoas contudo optaram por deixar o lixo à porta dos Bancos
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israelitas divertem-se assistindo ao lançamento de misseis sobre Gaza 

clique na imagem para ampliar e ver as expressões sorridentes

Mulheres palestinianas no velório de familiares mortos nos ataques israelitas 



e a isenta informação dos media
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domingo, novembro 18, 2012

por onde andam agora os Sindicatos da Polícia?

Todos nos lembramos de um dos momentos mais emotivos da manifestação do Terreiro do Paço no último 29 de Setembro, quando o povo encheu o Terreiro do Paço. Nesse dia milhares correram para aplaudir em peso centenas de policias que chegavam com os estandartes das suas corporações vindos da rua do Ouro, entrando triunfalmente no Terreiro do Povo sob os aplausos emocionados dos trabalhadores convocados pela CGTP. Compreendia-se, as autodenominadas "forças da ordem" são a nossa última esperança para pôr ordem na desordem provocada por um governo que se tornou ilegitimo! 


Onde estão agora essas vozes dissidentes e revoltadas contra a selvajaria policial que se abateu sobre  povo?
 
os movimentos sociais vêem a carga policial como uma "forma de intimidação", para que não sejam promovidas mais greves gerais e as pessoas tenham medo de ir a manifestações; Onde está um simples comunicado dos Sindicatos da Policia condenando mais este ataque às liberdades fundamentais?; a Ordem dos Advogados, do lado da lei e da razão, confirma ter recebido relatos de detenções ilegais. 120 pessoas arbitrariamente detidas pela PSP, descalças, agredidas, impedidas de contactar com a família e advogados, foram apenas libertadas horas depois (e só após denúncias públicas e insistência da imprensa) negando a PSP até aí a existência de tais detenções?
Onde está uma única voz sindical da policia condenando estas práticas como ilegais e em defesa dos “princípios fundamentais” consagrados na Constituição da República Portuguesa ?


Enquanto se vai tentando nunca esquecer o rasgado elogio ao profissionalismo da Polícia feito pelo Ministro da Defesa, os testemunhos das arbitrariedades não param de chegar.
Onde estão as vozes dos Sindicatos esclarecendo o povo português que a Policia de Segurança Pública não tem absolutamente nada a ver com a Policia de Choque e de Intervenção?

a Policia Politica do Regime recebe treino especifico para a repressão e o Estado assina convénios com Israel - o que permite a estas forças especiais estarem a par dos mais recentes meios e técnicas de controlo violento de multidões (1). Como se sabe, Israel tornou-se lider mundial neste campo por décadas de experiência sobre vitimas desarmadas nesse imenso laboratório social que se chama Palestina. Como dizia alguém ontem na manifestação contra o genocidio em Gaza: "aquilo que vier a acontecer ao Povo da Palestina, acontecerá de seguida a todos os Povos do mundo!"

O povo fará mais Manifestações e Greves Gerais, tantas até que o governo seja demitido! A vida quotidiana na Grécia após três anos de "ajudas e resgates" é uma fábula assustadora daquilo em que se vai transformar a Europa  


O paradigma repressivo, tal como a fraude financeira, é global - atrasada de alguns meses, ontem a policia de giro saíu à rua em Espanha, enquanto a outra face da Policia Politica continua impunemente as agressões e arbitrariedades de indole neofascista. Então e no meio da gravidade da situação, os Sindicatos da Policia só aparecem para reivindicar mais dinheiro?

(1) Pacto com Criminosos: Ministro da Segurança Interna de Israel concordou na assinatura de um acordo de colaboração com Portugal (Março de 2012) 
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sábado, novembro 17, 2012

Solidariedade com a população da Palestina.

Lisboa. Manifestação em frente da embaixada de Israel, 
hoje Sábado, 17 horas 

Esta não é nenhuma guerra, como nos pretendem fazer crer. É um genocidio levado a cabo sobre a população do maior campo de concentração do mundo: na faixa de Gaza concentram-se 1 milhão e setecentas mil pessoas, completamente cercadas e isoladas das ajudas e solidariedade externa da qual dependem para tudo, desde os alimentos aos cuidados médicos, desde os livros para a educação das crianças até à liberdade. Esta não é nenhuma guerra, porque no Israel sionista não existem civis. Toda a população está militarizada e obedece a mobilizações gerais em conjunto com o exército. Pelo contrário, apesar das mentiras e calúnias que se dizem do Hamas, na Palestina só existem civis, que combatem os invasores e ladrões da sua terra com tudo o que têm à mão: pedras, varapaus e uns poucos fuzis (contra blindados e aviões supersónicos de combate)

Exigimos o fim do bombardeamento à faixa de Gaza e o fim da campanha militar de Israel contra a população Palestiniana

Cobertura dos acontecimentos em directo de Gaza
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