a Segurança Social é insustentável, dizem eles (1), porque há cada vez menos gente a trabalhar e mais gente que vive mais tempo. Portanto só há um caminho: reduzir drasticamente as prestações sociais.
Digam lá: se o sistema de segurança social foi superavitário até 2002, porque é que deixou de o ser a partir daí, ainda por cima, depois de ser feita uma reforma da Segurança Social (pelo governo de Durão Barroso) que o tornou mais sustentável para o futuro? O que fizeram aos fundos da Segurança Social, onde os delapidaram? (primeiro que tudo arriscando-os como produto de capitalização em Bolsa pelo governo de Durão Barroso. Claro, perderam milhões!)
E por que carga de água é que os governos assacaram à Segurança Social encargos que deviam ser da política social do Estado, tais como rendimento social mínimo, etc.? A Segurança Social tinha e tem um objectivo que diz respeito exclusivamente aos trabalhadores que para ela descontaram, e foi e é alimentada com esses descontos e das entidades patronais. Que culpa tem a Segurança Social das sucessivas inclusões de diferentes fundos de pensões (seguros, bancários, etc.), cujas despesas futuras são altamente prejudiciais para o sistema em que se integraram por mera conveniência contabilística dos governos, escondendo os falhanços das suas políticas relativamente ao «défice» das contas públicas?
Eis outra falácia: cortar, em vez de reestruturar. Isto significa que as pessoas tendem a ficar menos protegidas e durante mais tempo. Paciência...
De facto esta linha não prejudica aqueles que tomam as medidas: bem pagos e encostados às grandes empresas e fortunas, sempre terão o seu futuro garantido. Os outros, a imensa maioria, regressarão ao estádio anterior a 1974, talvez mesmo anterior ao marcelismo. Isso representa um impensável retrocesso civilizacional, em que será desejável que os velhos não durem muito, porque não há onde metê-los, e as famílias não podem suportá-los; que os desempregados emigrem (se tiverem condição para isso e se houver países que os acolham), ou que vão para a rua... roubar; que os doentes se curem com mezinhas, como antigamente; que as crianças fiquem com as mães, também elas desempregadas; etc. Que mal faz, desde que não atinja os possidentes?
(1) alguém que diga a José Manuel Fernandes, o comentador com orelhas de burro: as prestações sociais não são pagas com impostos cobrados aos cidadãos mas sim com o dinheiro dos descontos dos trabalhadores e das empresas
.
Uma simples mistificação dos economistas da escola neoliberal norte-americana, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias de Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos. Neste sentido, só o Presente é nosso, não o momento passado nem aquele que aguardamos, porque um está destruido, e do outro, se não lutarmos, não sabemos se existirá.
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6 comentários:
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orelhas de burro: as prestações sociais não são pagas com impostos cobrados aos cidadãos mas sim com o dinheiro dos descontos dos trabalhadores e das empresas... Link está indisponivel!
Pode consertar?
Eh eh eh, estou a ver o circo em directo de Fátima. Um tal cagalhão coelho, fala em vários canais de noticias... é um fartote de rir. Não percebo como ele acredita no que está dizer... o gajo bem se estica, nada convicente, apreee...
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