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segunda-feira, dezembro 24, 2012

"Missão da ONU" insiste em renegociação parcial da dívida portuguesa

“Esses 121 mil milhões de euros têm que ser separados do resto da dívida portuguesa. Porque isso NÃO FOI VIVER ACIMA DAS POSSIBILIDADES, não foi de os portugueses terem todos a mania que são ricos, sendo pobres. Não. Foi o Estado português que teve que aportar este dinheiro, endividando-se no exterior, para ter acesso aos fundos da UE, os tais fundos de AJUDA”. Ou seja, de 41 por cento da dívida soberana de hoje, uma parcela contraída desde meados da década de 1980 para que Portugal pudesse “ter acesso aos fundos estruturais” da União Europeia para que com esse dinheiro Portugal importasse da Europa muitas coisas de que decerto não precisava
"Na leitura de Artur Baptista da Silva, os próprios efeitos do programa de ajustamento justificam a exigência de uma renegociação das condições que enquadram o resgate financeiro português. Os juros (de 34 mil milhões) que Portugal vai suportar pelo empréstimo de 78 mil milhões de euros da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional afiguram-se, para o grupo de sete economistas da ONU, como “agiotagem”.

Na mesma entrevista, o economista português fala de um plano para a compra de dívida soberana de Portugal na esfera dos países lusófonos, que comportaria condições menos gravosas do que aquelas que são impostas pela troika. O projeto, que contou com o beneplácito do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, ainda teve a aprovação de Brasília, mas foi rejeitado pelo poder político em Lisboa. Artur Baptista da Silva só encontra uma justificação para esta postura: “Teimosia ideológica(fonte)

O que acima fica dito é evidentemente uma verdade que apenas peca por defeito. Toda a dívida é ilegitima. No entanto o sistema já arranjou maneira de queimar o mensageiro: 'Especialista da ONU' Artur Baptista da Silva será um impostor".  Certo é que Baptista da Silva tem um discurso que, duma assentada, gerou esclarecimentos úteis relativamente à devastação dos países sob assistência financeira internacional. E todos os que participaram nos programas ouviram mudos e quedos... sem qualquer capacidade para contra-argumentar. Por exemplo, contra isto:

"A Alemanha, praticamente em segredo, obteve das instâncias europeias financiamento para 55 mil milhões de euros (cerca de 2/3 do programa português de resgate),  à taxa de 0,33 ao ano, para a sua holding estatal IPO BANK no âmbito das sequelas do Lehman Brothers no sistema financeiro alemão (processo um pouco rocambolesco pois resulta de um erro de apreciação por excesso do pedido de financiamento ao BCE)" (ver e ouvir aqui)

actualização
Todas as estações e orgãos de comunicação social retiraram entretanto todas as notícias relacionadas com "Artur Baptista da Silva". Lamentável que às mentiras do Impostor que ocupa o cargo de 1ª Ministro não aconteça exactamente o mesmo
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