««O Estado perde um importante instrumento de promoção do crescimento e
do desenvolvimento do país, e de apoio à competividade das empresas
portuguesas, sejam públicas ou privadas (...) Um Estado que sai da economia é um Estado fraco que estará sempre totalmente dependente e submisso aos grupos económicos», o que é extremamente grave. E alienar as empresas que «geram maior riqueza agrava o problema do défice e da dívida».
Daí que, no fundo, seja «uma parte importante do país e do seu futuro que está a ser vendida e o seu controlo entregue a grupos económicos estrangeiros para quem os interesses nacionais não contam nada. Dramaticamente este é um Governo para quem o interesse e a dignidade nacionais parecem não existir» (Eugénio Rosa)
Tradicionalmente os portugueses têm sido sempre enxotados para a emigração, expulsos de um acanhado território nacional ocupado por elites ociosas, labregas e falsamente vestidas por um luxo vendido de fora a bom preço. As «grandes conquistas» da chamada 1ª Globalização pelos gurus neoliberais, não foram nada mais que isso, um decalque atamancado de vias de exploração do original: em Luanda (do dialecto banto lu-ndandu) quando os portugueses chegaram, não é verdade que não existisse nada. Nunca devemos esquecer que a História tem sido escrita pelos vencedores. Mas há outras versões. Na Lu-ndandu do Reino do Congo existia uma imensidão de sanzalas de indígenas cujos chefes tradicionais se dedicavam por séculos ao negócio de caçar pretos no interior e pô-los ao serviço dos ricos régulos do litoral como escravos. Esse seria, portanto, o principal "motor" do desenvolvimento trazido pelos portugueses, que se limitaram a ampliar o negócio com a exportação da escravatura para o Novo Mundo. Mas o negócio foi efémero, em breve o fogacho da expansão ultramarina foi conquistado por holandeses, ingleses e até, mais tarde, por alemães, cuja actividade assenta em sociedades capitalistas, mas organizadas em torno da atribuição de um valor justo ao Trabalho
sob ameaça do neo-esclavagismo laboral no século XXI os Portugueses mais abnegados voltam a ser expulsos do seu território - que acontecerá aos aos outros insigne-ficantes?
Uma simples mistificação dos economistas da escola neoliberal norte-americana, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias de Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos. Neste sentido, só o Presente é nosso, não o momento passado nem aquele que aguardamos, porque um está destruido, e do outro, se não lutarmos, não sabemos se existirá.
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sexta-feira, dezembro 28, 2012
«Portugal à venda» é o grande «acontecimento» do Ano
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