O presidente de Angola, no cargo há 34 anos consecutivos, foi entrevistado pela SIC. E ninguém mais adequado para proceder ao "trabalhinho" que o repórter judeu-sionista Henrique Cymerman. A encenação foi tão divertida que logo mais ou menos ao principio do tempo de antena os dois, entrevistador e entrevistado, se descoseram a rir a bandeiras despregadas. Não era caso para menos. José Eduardo dos Santos durante a guerra civil perseguiu e assassinou todas as figuras da oposição com a ajuda de meios tecnológicos militares fornecidos por Israel com intermediação do grupo financeiro português BES através da subsidiária Escom, ajuda que incluiu o serviço in loco de pilotos israelitas ao serviço da aviação "angolana".
O dr. Durão Barroso, então Ministro dos Negócios Estrangeiros, se um dia fosse obrigado a explicar como foi, teria decerto um enorme conhecimento de causa para o fazer com a sua inegável competência e estatura moral.Entretanto, enquanto tal não acontece, fica a deixa de José Eduardo dos Santos:
as "relações com Israel são excelentes porque nos concertamos sobre questões essenciais" - como diria o humorista que nestas coisas não tinha piada nenhuma, "mais tarde ou cedo todos pagamos a epopeia de estarmos vivos com a morte; então, tudo o que se passa nesse periodo intermédio deveria poder acontecer de forma livre".
Mas para muitos milhares de angolanos, antes pela violência da imposição da ditadura, agora pela miséria endémica, passou-se e passa-se directamente ao estádio de morte sem qualquer espaço intermédio nem qualquer possibilidade de escolha.
Uma simples mistificação dos economistas da escola neoliberal norte-americana, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias de Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos. Neste sentido, só o Presente é nosso, não o momento passado nem aquele que aguardamos, porque um está destruido, e do outro, se não lutarmos, não sabemos se existirá.
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sexta-feira, junho 07, 2013
"isto é deveras engraçado até que alguém se magoa; depois disso torna-se hilariante"
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3 comentários:
Antes de mais deixe-me osculá-lo pelo bendito post, pensei que você não fizesse referencia à reportagem, de bom grado o frisou.
Andava eu a pensar cá com os meus botões mas por que raio (conseguiu) o Henriquinho fez esta entrevista?!?
Também eu me ri, e bastante com tal circo montado em horário nobre, um jantar à luz das velas cada um enchia a boca do outro com sandes de ego, uma fartura!
Agora estou esclarecido obrigado.
Por falar em Angola, se tiver tempo dê uma vista de olhos a este blogue seu conhecido: http://herdeirodeaecio.blogspot.pt/2013/06/segredos-da-descolonizacao-de-angola.html
E, leia os comentários da autora do livro.
Desancaram na Doutora!
Simplesmente hilário...
Coitados dos Angolanos e dos Portugueses adoram ser enganados e também não se importam de enganar os outros pensando se calhar que assim se safam melhor. Não bá maneira de evoluirmos e percebermos a vantagem de bem proceder...
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