Com toda a gente embevecida a curtir o Abril dos capitães que foram a correr buscar o Spínola para simbolo do "respeitinho é muito bonito" para a hierarquia-militar-fazer-uma-aliança-com-o-povo;
no paradigma daí derivado os respeitadores partidos parlamentares hoje apresentam e a comunicação social veicula, programas onde por exemplo na situação mais "à esquerda", é proposto pelo PCP umas renegociação do serviço da dívida no qual esta seria indexada a 2,5% das exportações. Ora as exportações valem 40% do PIB; logo, o serviço da dívida (juros + amortizações pagos) nunca poderá passar de 1% do PIB. Mesmo que se deixasse de pagar juros (0%) e com tolerância zero a mais empréstimos, levaria 130 anos a amortizar a actual dívida (!) Enquanto isso o programa politico do PCTP/MRPP que propõe a imediata suspensão do pagamento da dívida e a saída do euro é completamente barrado.
É bem certo que, como dizia o poeta popular, p'rá mentira ser segura/ e atingir profundidade/ tem de trazer à mistura/ qualquer coisa de verdade. – e a filosofia aplica-se direitinha na testa do abominável aldrabão e comentador César das Neves, uma espécie de beato profeta contratado para anunciar a boa nova da “ditadura democrática”:
“Portugal tem uma estrutura doutrinal bastante sólida. Uma vez no Governo todos os partidos têm comportamento paralelo, independentemente da sua linha ideológica. Vivemos uma época de consenso nacional, onde as grandes opções estão feitas” - Falando em pulhice ideológica, o partido do Portas era o mais insignificante até Cavaco Silva lhe dar asas – detém o recorde do oportunismo, “pois já fez coligações com todos os que cabem no conceito novo de “partidos do arco da governação”. - o beato César fala em nome dos que de momento dominam, mas é bem certo que o povo já percebeu que “a classe dominante nunca será capaz de resolver a crise, ela é a crise” (Rob Riemen).
Dir-se-á que o "elogio" que faz ao MRPP é uma mera sacanice, na óptica alucinada do melro destinada a “roubar votos ao PCP" (que nunca ofereceu perigo, senão o César das Neves elogiava-os; e vindo dele isso é péssimo), mas não, sabendo de antemão que o MRPP é o partido cujas ideias sempre foram mais censuradas e omissas dos media, o que o César faz é um feroz ataque subliminar ao Comunismo:
“O nosso panorama politico, tal como o País, mudou muito, mas pretendendo determinar “o partido mais notável da nossa democracia. não é nenhum destes, mas o Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses, PCTP/MRPP – nos 44 anos desde a sua fundação a 13 de Setembro de 1970, desde a vigência da Constituição de 1976, ele foi o único partido que concorreu sózinho em todas as 30 eleições partidárias (13 legislativas, 11 Autárquicas e 6 europeias) – isto é dedicação democrática”. Mas o que o pulha não menciona é que o MRPP foi o único partido a ser proibido de concorrer às primeiras eleições “democráticas”. È uma inominável canalhice, que obriga qualquer pessoa decente a pensar como é urgente mudar este paradigma social , politico e, por via do César, religioso.
3 comentários:
O abominável homem das neves ficava bem num retrato contra a parede.Fascista bom,é um fascista morto!
Pelos milhões mortos, por estes criminosos.
O trocadilho da data 13,em vez de 18,tal como obscurecer as prisões de que os militantes foram alvo por parte dos democratas da duodécima hora, não é inocente por parte do abominável neves.
João César das Neves sendo um conhecido anti-comunista o que faz é procurar promover o anti-comunismo, logo o elogio ao MRPP. É simples, mas percebo que o MRPP e o PS que sempre foi o financiador-primeiro desta coisa, se sintam indignados.
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