Brando na Marcha pelos Direitos Civis em 1963 |
O actor tinha escrito um discurso de 15 páginas explicando as suas razões, mas Littlefeather contaria mais tarde que tinha sido ameaçada de prisão se tentasse ler o discurso completo. Em vez disso, deram-lhe 60 segundos, em que tudo o que conseguiu dizer foi:
"O que Marlon Brando me pediu para vos dizer, é um discurso algo longo que eu não posso compartilhar com vocês hoje, pelas limitações de tempo impostas, mas sinto-me feliz em compartilhar essa mensagem depois com a imprensa, no essencial dizendo que... muito infelizmente ele não pode aceitar este prémio, apesar dele ser muito generoso. E a razão para a recusa é o tratamento dos índios americanos hoje pela indústria cinematográfica ... desculpem-me ... e na televisão em reprises, e também os recentes acontecimentos em Wounded Knee... Espero não me ter intrometido na vossa festa e que no futuro ... os nossos corações e o nosso entendimento estejam reunidos com amor e generosidade. Muito obrigado em nome de Marlon Brando"
A assistência dividiu-se, aplaudiu e vaiou. O discurso foi compartilhado numa conferência de imprensa após a cerimónia e foi publicado no dia seguinte na íntegra no jornal New York Times.
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"Se faz parte dos desígnios da Providência extirpar esses selvagens para abrir espaço aos cultivadores da terra, parece-me oportuno que o rum seja o instrumento apropriado. Ele já aniquilou todas as tribos que antes habitavam a costa" (Benjamin Franklin, criticando o expansionismo selvagem dos colonos brancos dos 13 Estados Unidos iniciais da Costa Leste). Calcula-se que entre 80 a 90% da população nativa da América do Norte, que na era pré-colombiana não seria de menos de 50 milhões de pesssoas, tenha sido dizimada no Holocausto dos Nativos Norte-Americanos. (wikipedia)
"Holocausto Americano (American Holocaust) Quando tudo isto acabar continuaremos a ser Indios", documentário produzido pelo grupo "Films For Action" no ano 2000.
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