Para acabar com os Grandes Parasitas
Em 1947, logo após a Segunda Guerra Mundial, 28% do Produto Interno Bruto (a "riqueza" total dum País) era constituída pela Produção industrial. A Banca fazia as contas às transacções reais correntes e jogava um papel secundário, com apenas 11%. A partir de então entrou em cena a desregulamentação neoliberal – cujas caras nacionais são Cavaco e Soares – e a chamada “indústria financeira” inverteu a influência: a Indústria e pescas é hoje de 13% do PIB enquanto o sector financeiro e de serviços não associados à produção ocupam como um cancro a restante percentagem.Analisando o problema na origem, tem principalmente três leituras incontornáveis 1. as potências capitalistas no Ocidente deslocalizaram deliberadamente os sectores produtivos para os paises asiáticos de mão de obra então muito barata. 2. Deste modo pretenderam ver-se livres da contestação cada vez mais gravosa dos movimentos operários nacionais para os interesses dos capitalistas 3. ao desanexarem em simultâneo o valor do Dólar como moeda de referência mundial em relação ao ouro, os EUA abriram a caixa-de-pândora da fabricação e impressão de dinheiro ficticio, a base em que assenta hoje todo o sistema financeiro ocidenta.
Multinacionais - os Maiores Parasitas
O espantoso poder das Corporações multinacionais baseia-se numa divisão internacional do trabalho sem precedentes. Com as funções de produção dispersas por diversos países elas arrastam, com a flexibilidade e a exclusividade monopolista, o comércio e os gabinetes de Investigação (I&D), pela integração dos diferentes centros de estudo, projecto e financiamento numa única entidade centralizada (Project Finance), usando sobretudo bolsas de investimento financeiro, “oferecendo” aos governos “fazer obra” chave-na-mão sem mais preocupações, apostando em bolhas de consumo previamente definidas em função dos interesses imperialistas. Este processo permite-lhes obter avultados lucros e exercer uma poderosa influência económica e política nas regiões onde se implantam, marginalizando os governos ao mesmo nivel destas grandes empresas.
Depois que a bolha capitalista no imobiliário e no consumo rebentou em 2007, o “mercado publicitário em Portugal regrediu 18 anos” um sector do qual depende a especulação e a entrada no país de produtos supérfluos, quase exclusivamente nas mãos de multinacionais estrangeiras, por ora desactivam a tenda e esperam pacientemente por melhores dias… até à decisão da Finança Internacional criar nova bolha. E ela aí está, não sendo dignificante para Cavaco Silva e a troupe que o envolve e se suportam mutuamente. É mais uma charlatanice. Ao invés de reconverter a economia para a exportação de bens transacionáveis, os preços dos bens intransacionáveis - o Imobiliário construído da bolha interior cuja falência está nas mãos dos bancos igualmente falidos – agora voltam a subir pelas pechinchas oferecidas a capital estrangeiro com visto gold. O negócio da burguesia transnacional continua próspero, o desemprego de operários e trabalhadores em geral mantêm-se estável.
Não adivinhavam os nossos putos na época que a reorganização do proletariado iria ser uma ideia ferozmente reprimida, deslocalizando a produção, fazendo acordos de divisão internacional de trabalho aviltantes, até quase ao desaparecimento da classe operária. Mas a Fénix revolucionária algum dia irá renascer
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