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sábado, abril 26, 2014

"o 25 de Abril de 1974, foi o dia mais extraordinário para aqueles que o viveram...

É preciso dizer, que o 25 de Abril, foi um golpe-de-Estado levado a cabo por militares, que pela manhã desse  mesmo dia apelaram ao Povo para que permanecesse em casa e não saísse à rua, pois o golpe era um assunto que dizia respeito unicamente a militares. Contra a vontade dos militares, o Povo não ficou em casa e saiu á rua em massa, sem medo das consequências do que lhes poderia acontecer, envolveu-se com os militares aos gritos de VITÓRIA E LIBERDADE! sendo este facto importante para o êxito do golpe. Foi a presença do Povo no Largo do Carmo que levou à prisão dos membros do antigo regime. Foi a pressão do povo na sede da pide aos gritos de "MORTE Á PIDE" que levou á prisão dos esbirros da pide. Foi a presença do Povo junto das cadeias que levou à libertação dos presos políticos".  (Discurso lido pelo representante do PCTP/MRPP na sessão solene de ontem em Santa Iria da Azóia)
 
40 anos depois, "vivemos hoje, em Portugal, sob o império de uma contra-revolução política e económica, com o pretexto da dívida e a alegação de se viver acima das nossas possibilidades. O governo de traição nacional Coelho/Portas, com o patrocínio do presidente da República, estão a impor aos portugueses uma nova ditadura do tipo fascista já em avançado estado de implantação. A política em curso de desvalorização interna do Trabalho, de par com o açaime imposto pelo Tratado orçamental, impedem Portugal de recuperar a sua autonomia, a sua soberania, a sua independência política e económica (...) As próximas eleições europeias de 25 de Maio deverão servir para que o povo português, na iminência de uma vitória da direita e da extrema-direita à semelhança do que acontece um pouco por toda a União Europeia, marque desde já a sua posição de luta determinada pela democracia e pela independência nacional, que só pode ser conseguida pela saída do Euro e pelo regresso à capacidade de emitir de novo o Escudo como moeda que salvaguarde a soberania monetária do país e o possa libertar para voltar a poder decidir livremente sobre o seu destino. (Luta Popular, 4ª parte do ensaio "Fora o Euro, Venha o Escudo"
Consoante as preocupações de classe, assim a mensagem, 
optimista ou céptica;  imagine qual delas fez 1ª página de jornal

4 comentários:

Anónimo disse...

O Movimento Reorganizativo do Partido do Proletário sempre lhe custou engolir o 25 de Abril. Se tivessem dado uma ajuda a coisa teria corrido melhor mas não. infelizmente. Enfim, cumpriu o seu papel histórico que foi servir o capitalismo à bela maneira esquerdista.
Nesse sentido acho que o MRPP aprendeu a lição e as coisas estão muito melhor. Dá gosto ouvir o Garcia Pereira a falar e a defender publicamente os trabalhadores, já o Arnaldo de Matos está cada vez mais taralhoco. O irmão, o Danilo, até se rendeu ao sogro numa atitude muito comovente.
VIU

xatoo disse...

para quem não sabe, ou por pura sacanice finge que não sabe, reproduzo-lhe aqui um comentário de um militante que viveu o nosso 25 de Abril:
"Nas primeiras eleições "livres" houve um partido proibido de participar: O MRPP. Já poucos se recordam a razão evocada... porque pretendiam forçar o Partido a mudar o seu símbolo: a foice e o martelo! Sabiam quem não traficava as suas ideias e com isso deram um golpe definitivo na "democracia" dessas eleições. Esse golpe mudou definitivamente a vida política de Portugal. Nada teria sido igual no nosso país com a inevitável eleição de um grupo parlamentar marxista-leninista. A "esquerda" ficou entregue a uns cobardolas que, com o rabo entre as pernas, correram a a submeter-se ao "parlmentarismo representativo" mandando os princípios às urtigas...

Anónimo disse...

Olhe que não (só uma vez porque o "revisionista” do Cunhal dizia 2 ou 3 vezes, olhe que não, olhe que não...)
O problema do MRPP foi ter tido um major que se chamava Aventino Teixeira e o major tinha muita força no seio do MFA, ai se tinha...a tal ponto que ninguém via similitude entre 1 foice e 1 martelo com 2 foices e 2 martelos. Os substantivos variam na forma e no número sem nunca deixarem de se identificar e o Carllucci volta este sábado a dizer que se os comunistas tivessem sido inteligentes que teriam tomado o poder não obstante Mário Soares ter referido que Espanha tinha impedido o avanço dos marines pela fronteira, como se os marines andassem a semear trigo na Andaluzia ou vinha de casta na Galiza, enfim, disparates que continuam a fazer história, ainda hoje mas o que me volta a trazer aqui são os "cobardolas" que se aguentaram sempre firmes ao invés dos militantes do MRPP que sempre que as coisas aqueciam se refugiavam na protecção da sua sede, ou sei lá aonde, mas que eles desapareciam lá isso garanto que desapareciam mesmo e depois voltavam vermelhos que nem uns camarões e pela surra se voltavam a introduzir no seio da Classe Operária de onde paulatinamente foram corridos pelos trabalhadores.
Por paradoxo que possa parecer fui encontrar numa festa do Avante, envergonhadamente, mulheres bem activas, em especial a camarada Ana que lamentava todo o tempo que foi estupidamente perdido.
Bem, o futuro é que conta. Esqueçamos o passado e avancemos.
VIU

xatoo disse...

a Ana Gomes?... uma certa malta só perde tempo com coisas que dão tacho