Discurso do Ministro das Finanças da Grécia, aos Burocratas: "A grande diferença entre este governo e governos gregos anteriores tem duas vertentes completamente distintas. Estamos determinados a entrar em conflito com poderosos interesses obscuros, a fim de recuperar a Grécia e ganhar a confiança dos nossos parceiros. Também estamos determinados a recusar-nos a ser tratados como uma colónia da dívida que deve sofrer o mais que for possivel. A Grécia só poderá pagar as suas dívidas se formos capazes de reconduzir a nossa economia ao crescimento. O princípio de maior austeridade a acrescentar à austeridade aplicado a uma economia enormemente deprimida, seria pitoresco se não estivesse a causar tanto sofrimento desnecessário"
Moral da história: pregar aos Burocratas é mais inútil do que pregar ao Peixes!
"O problema com a teoria dos jogos, como eu costumava dizer aos meus alunos, é que ela assume como certas as motivações dos jogadores. No poker ou no blackjack este pressuposto não é problemático. Mas nas deliberações correntes entre os nossos parceiros europeus e o novo governo da Grécia, a questão está em formular novos motivos. Para formar uma mentalidade nova, que transcenda as divisões nacionais, que dissolva a distinção entre credor e devedor a favor de uma perspectiva pan-europeia, que coloque o bem comum europeu acima da politicagem, um dogma que se comprovou ser tóxico se universalizado numa mentalidade do nós-contra-eles.
Como ministro das Finanças de uma pequena nação, fiscalmente stressada e bloqueada pelo seu próprio Banco Central e vista pelos nossos parceiros como um devedor problemático, estou convencido de que temos apenas uma opção: evitar qualquer tentação de tratar este momento crucial como uma experiência em estratégias, e, em vez disso apresentar honestamente os factos relativos à economia social da Grécia, pondo em cima da mesa as nossas propostas para uma renovação da Grécia, explicar porque estas propostas são do interesse da Europa, revelar as linhas vermelhas para além das quais a lógica do dever nos impede de ir (...)"
"a reunião relâmpago do Eurogrupo (assessorado pelo governo alemão) terminou com um ultimato: a Grécia tem quatro dias para repor o programa de austeridade que foi recusado pelas urnas"
Sem comentários:
Enviar um comentário