Nada e criada numa época de forte contestação social no interior dos Estados Unidos pelos direitos civis, liberdades e garantias, que hoje continuam apenas a ser palavras desligadas do racismo económico que se abate sobre os cidadãos, Joan Baez cedo se converteu numa fervorosa militante anti-guerra. Tanto quando como resposta às convulsões internas os Estados Unidos se viraram em definitivo para o ataque aos recursos externos para, usando os lucros obtidos, calar uma classe média cada vez mais instruida e reivindicativa. Joan Baez começou a sua luta como corista nas canções de Bob Dylan, aka Robert Allen Zimmerman, nascido de emigrantes judeus russos como Zushe ben Avraham, sendo ela própria também filha de emigrantes, no caso mexicanos - o Novo Mundo é isto, um caldeirão civilizacional onde se misturam o melhor e pior de todos os mundos
Passado o flirt inicial com Dylan, Farewell Angelina, na viragem para a década de 70, na região ponta de lança do expansionismo imperialista, o cenário no Vietname era dramático. Imagens do massacre de May Lai, um crime até hoje impune.
Entre os muitos milhares de contestários contra a guerra estava também o jovem John Kerry, que ainda hoje ainda anda como secretário de Estado envolvido noutras guerras. Aos 74 anos Joan Baez também anda. Dá hoje um recital show-bizz como cantora-folk hoje no Porto e amanhã em Lisboa com o preço médio dos bilhetes entre 25 (visão reduzida) e 40 euros. Come From The Shadows, the Partizan. Obviamente, com saudades de todas essas coisas do passado
Uma simples mistificação dos economistas da escola neoliberal norte-americana, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias de Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos. Neste sentido, só o Presente é nosso, não o momento passado nem aquele que aguardamos, porque um está destruido, e do outro, se não lutarmos, não sabemos se existirá.
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terça-feira, março 31, 2015
segunda-feira, março 30, 2015
Voo 9525 da Germanwings – O piloto teve “intenção” de precipitar avião com 150 pessoas e bebés a bordo contra uma escarpa nos Alpes?
Houve uma rapidez evidente no apuramento das causas e em encontrar um culpado: foi o co-piloto! um alemão que sofria de depressão, que se zangou com a namorada, que ganhava mal, que escondeu uma doença neurológica do patrão, que se converteu ao islão, que comeu um kebab e alugou uma barba postiça e pôs o comandante da aeronave a abrir uma porta de aço inviolável de machado em riste. (aqui)
Tudo isto foi decidido como sendo de tal gravidade, apesar das caixas negras demorarem algum tempo a ser encontradas, que justificou a presença no local do desastre de 3 chefes de governo, a Merkel, Rajoy e Hollande. Este último afirmou solenemente à imprensa que “a segunda caixa negra não continha conteúdos”. Só um presidente de república teria estatuto para afirmar tal impossibilidade, uma vez que uma caixa grava os dados técnicos do voo e outra os sons de cabina e ambas são praticamente indistrutiveis. Situam-se na cauda do aparelho e suportam várias centenas de vezes o peso do embate e temperaturas acima de 1000 graus. Como assim, a caixa dos sons tinha e a caixa dos dados técnicos não continha nada? Como habitualmente nestes casos enigmáticos, que se vão repetindo cada vez mais amiúde, os culpados que poderiam esclarecer os mistérios e dar a sua versão do acidente não o podem fazer, porque estão mortos… E acusar um único morto beneficia todos os intervenientes, já que se encontrou uma pessoa culpada e isso tranquiliza a opinião pública (não culpando todo um sistema exagerado de segurança que tranca portas irreversivelmente).
Consultando outras fontes, descobre-se outra versão. Segundo o Ministério da Defesa da Federação Russa de acordo com dados detectados pelo submarino Severomorsk da sua Frota Naval a operar frequentemente no Mediterrâneo a queda do voo 4U 9525 no sul de França foi o resultado directo de um exercicio de teste falhado da Força Aérea dos Estados Unidos integrada na NATO (1) com o Sistema de Defesa de Alta Energia Laser Liquida (HELLADS) que não atingiu a área onde seria suposto derrubar um missil ICBM simulando um ataque nuclear vindo da Rússia com a intenção de destruir a Base Aérea de Aviano em Itália. (fonte)
O ministério da Defesa russo observa ainda que a estrutura militar Estados Unidos-Reino Unido-União Europeia põe frequentemente em risco voos civis com os seus jogos de guerra sobre o continente, como no ano passado, quando cerca de 50 aviões desapareceram temporariamente de radares na Áustria, Alemanha, República Checa e da Eslováquia – “o desaparecimento temporário de aparelhos nos monitores de radar estão ligados a exercícios militares planeados que vão tendo lugar em várias partes da Europa, cujo objetivo é a interrupção das frequências de comunicação por rádio, conquanto os aviões continuem em contacto por rádio com os controladores de tráfego aéreo e o seu voo prossiga normalmente". O relatório do Severomorsk reporta anomalias eléctricas atmosféricas em áreas sobre o sul de França, Itália ocidental e sudoeste da Suiça. Aponta também ser essa a area de combate operacional do 510º Esquadrão da Força Aérea dos EUA que opera a partir da Base de Aviano, no norte de Itália. Concluindo, a probabilidade da opinião pública do ocidente ser informada do que realmente aconteceu com o voo 9525 da Germanwings, é quase o mesmo que o terem dito a verdade sobre a Malaysia Airlines voo MH17, que foi provado por fotos de satélite ter sido abatido por um caça da Ucrânia.
De volta a fontes ocidentais, um novo relatório divulgado pelo Serviço de Informações sobre o Estrangeiro (SVR) afirma que o presidente Barack Obama ficou tão furioso ao saber da incompetencia e ineficácia dos "jogos de guerra" da NATO que atingiram o avião da Germanwings que de tão chocado recusou receber em audiência o secretário-geral da Aliança Jens Stoltenberg apesar dos seus repetidos pedidos.
(1) O sistema tecnológico “High Energy Liquid Laser Area Defense System” (HELLADS) integra a “Strategic Defense Initiative” do ressuscitado programa de Reagan "Guerra das Estrelas", um produto da fase final da Guerra Fria entre os EUA e a antiga URSS, podendo ser também entendido sob o ponto de vista da política interna dos EUA, como um projecto típicamente neoconservador, defendido pelo Partido Republicano dos Estados Unidos. Nos anos 2000 este programa foi reactivado pelo Governo Bush, sob o nome de "Escudo Anti-Mísseis", desta vez mais focado em sistemas de defesa anti-mísseis balísticos localizados em terra do que necessariamente no espaço. O programa gerou grandes polémica com a Rússia e a China, acabando por ser parcialmente paralisado na gestão do Presidente Barack Obama quando viu inviabilizado os seus esforços para o instalar nos países alinhados com a NATO no mar Báltico paredes meias com a fronteira da Rússia
Tudo isto foi decidido como sendo de tal gravidade, apesar das caixas negras demorarem algum tempo a ser encontradas, que justificou a presença no local do desastre de 3 chefes de governo, a Merkel, Rajoy e Hollande. Este último afirmou solenemente à imprensa que “a segunda caixa negra não continha conteúdos”. Só um presidente de república teria estatuto para afirmar tal impossibilidade, uma vez que uma caixa grava os dados técnicos do voo e outra os sons de cabina e ambas são praticamente indistrutiveis. Situam-se na cauda do aparelho e suportam várias centenas de vezes o peso do embate e temperaturas acima de 1000 graus. Como assim, a caixa dos sons tinha e a caixa dos dados técnicos não continha nada? Como habitualmente nestes casos enigmáticos, que se vão repetindo cada vez mais amiúde, os culpados que poderiam esclarecer os mistérios e dar a sua versão do acidente não o podem fazer, porque estão mortos… E acusar um único morto beneficia todos os intervenientes, já que se encontrou uma pessoa culpada e isso tranquiliza a opinião pública (não culpando todo um sistema exagerado de segurança que tranca portas irreversivelmente).
Consultando outras fontes, descobre-se outra versão. Segundo o Ministério da Defesa da Federação Russa de acordo com dados detectados pelo submarino Severomorsk da sua Frota Naval a operar frequentemente no Mediterrâneo a queda do voo 4U 9525 no sul de França foi o resultado directo de um exercicio de teste falhado da Força Aérea dos Estados Unidos integrada na NATO (1) com o Sistema de Defesa de Alta Energia Laser Liquida (HELLADS) que não atingiu a área onde seria suposto derrubar um missil ICBM simulando um ataque nuclear vindo da Rússia com a intenção de destruir a Base Aérea de Aviano em Itália. (fonte)
O ministério da Defesa russo observa ainda que a estrutura militar Estados Unidos-Reino Unido-União Europeia põe frequentemente em risco voos civis com os seus jogos de guerra sobre o continente, como no ano passado, quando cerca de 50 aviões desapareceram temporariamente de radares na Áustria, Alemanha, República Checa e da Eslováquia – “o desaparecimento temporário de aparelhos nos monitores de radar estão ligados a exercícios militares planeados que vão tendo lugar em várias partes da Europa, cujo objetivo é a interrupção das frequências de comunicação por rádio, conquanto os aviões continuem em contacto por rádio com os controladores de tráfego aéreo e o seu voo prossiga normalmente". O relatório do Severomorsk reporta anomalias eléctricas atmosféricas em áreas sobre o sul de França, Itália ocidental e sudoeste da Suiça. Aponta também ser essa a area de combate operacional do 510º Esquadrão da Força Aérea dos EUA que opera a partir da Base de Aviano, no norte de Itália. Concluindo, a probabilidade da opinião pública do ocidente ser informada do que realmente aconteceu com o voo 9525 da Germanwings, é quase o mesmo que o terem dito a verdade sobre a Malaysia Airlines voo MH17, que foi provado por fotos de satélite ter sido abatido por um caça da Ucrânia.
De volta a fontes ocidentais, um novo relatório divulgado pelo Serviço de Informações sobre o Estrangeiro (SVR) afirma que o presidente Barack Obama ficou tão furioso ao saber da incompetencia e ineficácia dos "jogos de guerra" da NATO que atingiram o avião da Germanwings que de tão chocado recusou receber em audiência o secretário-geral da Aliança Jens Stoltenberg apesar dos seus repetidos pedidos.
(1) O sistema tecnológico “High Energy Liquid Laser Area Defense System” (HELLADS) integra a “Strategic Defense Initiative” do ressuscitado programa de Reagan "Guerra das Estrelas", um produto da fase final da Guerra Fria entre os EUA e a antiga URSS, podendo ser também entendido sob o ponto de vista da política interna dos EUA, como um projecto típicamente neoconservador, defendido pelo Partido Republicano dos Estados Unidos. Nos anos 2000 este programa foi reactivado pelo Governo Bush, sob o nome de "Escudo Anti-Mísseis", desta vez mais focado em sistemas de defesa anti-mísseis balísticos localizados em terra do que necessariamente no espaço. O programa gerou grandes polémica com a Rússia e a China, acabando por ser parcialmente paralisado na gestão do Presidente Barack Obama quando viu inviabilizado os seus esforços para o instalar nos países alinhados com a NATO no mar Báltico paredes meias com a fronteira da Rússia
domingo, março 29, 2015
as verdadeiras causas da crise
"Sabedoria é conhecer a Inteligência que governa todas as coisas por meio de todas as coisas (...) é um acto de Sabedoria escutar o Logos, não a mim, e reconhecer que todas as coisas são uma só" (Heráclito)
Existem apenas 3 poderes no mundo: a Reserva Federal dos EUA, o Pentágono e o Vaticano, cada um deles nas suas áreas especificas: financeira, militar e alienação das mentes. (todos os restantes actores são subconcessionários destes três)
Passam agora 14 anos que, na grande campanha imperialista de desmembramento da Jugoslávia (1), a Sérvia foi marcada como alvo, quando as vítimas foram crianças, milhares de habitações foram destruidas, hospitais foram bombardeados, meios de informação silenciados por ataques aéreos. O Danúbio subiu acima das pontes demolidas, o Poder foi mais forte que a Justiça (um paradigma que faria jurisprudência no submundo da agressão criminosa), prevalecendo a mentira sobre a verdade. Tudo isto para que se pudesse implantar a segunda maior base militar norte-americana na Europa (depois de Ramstein na Alemanha) Camp Bondsteel, ilegalmente construida pela NATO na provincia sérvia do Kosovo. E para onde Portugal, um país cujos habitantes se encontram em dramática crise, envia tropas em missões militares cujas despesas não constam do Orçamento de Estado.
"... aqueles que se dedicam ao serviço da Pátria no Exército consideram-se servidores da segurança e da liberdade dos povos (e) na medida que desempenham como convém esta tarefa contribuem verdadeiramente para o estabelecimento da paz" (Concilio Vaticano II, Constituição Pastoral")
Na evocação do Centenário da 1ª Grande Guerra, "... a imagem do Cristo das Trincheiras que foi resgatada em 1958 para Portugal da área de actuação do Corpo Expedicionário Português (CEP) , identifica-se com o sacrificio dos vivos e a memória dos caídos durante a Grande Guerra. Por essa razão, no âmbito das evocações do centenário desse acontecimento, a imagem do Cristo das Trincheiras foi colocada numa mostra ao público, na exposição "Neste Mar de Lágrimas" inaugurada a 29 de Novembro, exibição esta que evoca as aparições de Fátima em 1917, ano em que as Forças Armadas portuguesas se batiam em França e em África durante a Grande Guerra" (Jornal do Exército, Janeiro de 2015)
O que nunca é relevante relembrar é que a participação do CEP, com cristo ou sem cristo, se saldou por uma tragédia, tendo os nossos Generais improvisado uma turba de 50.000 homens mascarados de soldados à pressa (na altura popularmente imortalizados como os "50 mil labregos") e condescendendo em enviá-los para uma operação numa região onde se sabia antecipadamente quer iam ser dizimados pelos Alemães (ler mais)
(1) Militarismo. A Ucrânia não é a Jugoslávia, é muito pior!
Existem apenas 3 poderes no mundo: a Reserva Federal dos EUA, o Pentágono e o Vaticano, cada um deles nas suas áreas especificas: financeira, militar e alienação das mentes. (todos os restantes actores são subconcessionários destes três)
Passam agora 14 anos que, na grande campanha imperialista de desmembramento da Jugoslávia (1), a Sérvia foi marcada como alvo, quando as vítimas foram crianças, milhares de habitações foram destruidas, hospitais foram bombardeados, meios de informação silenciados por ataques aéreos. O Danúbio subiu acima das pontes demolidas, o Poder foi mais forte que a Justiça (um paradigma que faria jurisprudência no submundo da agressão criminosa), prevalecendo a mentira sobre a verdade. Tudo isto para que se pudesse implantar a segunda maior base militar norte-americana na Europa (depois de Ramstein na Alemanha) Camp Bondsteel, ilegalmente construida pela NATO na provincia sérvia do Kosovo. E para onde Portugal, um país cujos habitantes se encontram em dramática crise, envia tropas em missões militares cujas despesas não constam do Orçamento de Estado.
"... aqueles que se dedicam ao serviço da Pátria no Exército consideram-se servidores da segurança e da liberdade dos povos (e) na medida que desempenham como convém esta tarefa contribuem verdadeiramente para o estabelecimento da paz" (Concilio Vaticano II, Constituição Pastoral")
Na evocação do Centenário da 1ª Grande Guerra, "... a imagem do Cristo das Trincheiras que foi resgatada em 1958 para Portugal da área de actuação do Corpo Expedicionário Português (CEP) , identifica-se com o sacrificio dos vivos e a memória dos caídos durante a Grande Guerra. Por essa razão, no âmbito das evocações do centenário desse acontecimento, a imagem do Cristo das Trincheiras foi colocada numa mostra ao público, na exposição "Neste Mar de Lágrimas" inaugurada a 29 de Novembro, exibição esta que evoca as aparições de Fátima em 1917, ano em que as Forças Armadas portuguesas se batiam em França e em África durante a Grande Guerra" (Jornal do Exército, Janeiro de 2015)
O que nunca é relevante relembrar é que a participação do CEP, com cristo ou sem cristo, se saldou por uma tragédia, tendo os nossos Generais improvisado uma turba de 50.000 homens mascarados de soldados à pressa (na altura popularmente imortalizados como os "50 mil labregos") e condescendendo em enviá-los para uma operação numa região onde se sabia antecipadamente quer iam ser dizimados pelos Alemães (ler mais)
(1) Militarismo. A Ucrânia não é a Jugoslávia, é muito pior!
sábado, março 28, 2015
a Austeridade e os agentes da dívida eterna
mas,
os juros capitalizados de Certificados de Aforro, que até agora não contavam para a dívida pública, vão ser objecto das novas regras do Eurostat, o que vai agravar a divida pública portuguesa em 4000 milhões de euros, e colocará a dívida pública de 2014, não em 130,2%, mas sim em 132,5% do PIB. E em cima disto, faltam ainda contabilizar os prejuizos causados pela falência do BES/BESA/GES, cujo lançamento nas contas pública irá irrevogavelmente condicionar a acção do próximo governo
a Europa na mão de Corruptos
Corrupção nos submarinos: na Grécia 32 pessoas vão a julgamento por terem pago ou recebido subornos na compra de submarinos à alemã Ferrostaal. Armadores, ex-responsáveis pelos contratos militares, banqueiros, negociantes de armas e homens de negócios vão sentar-se no banco dos réus no caso dos subornos que podem ascender a 60 milhões de euros. O ministro da Defesa de então, Akis Tsochatzopoulos, já está a cumprir pena de 20 anos de prisão por ter recebido subornos em contratos militares. Em Portugal, é público que a Escom recebeu 30 milhões de euros em comissões na compra do mesmo modelo de submarinos à mesma Ferrostaal, mas o processo judicial foi arquivado.
Manipulação dos Media: o jornal francês "Le Figaro" publicou ontem uma notícia sobre a falta de medicamentos na Grécia com uma imagem de filas à porta das farmácias. O jornal não diz que a foto que ilustra o artigo é do ano passado e que não há registo de que tenham regressado aquelas filas nos últimos tempos... (fonte)
Alemanha e BCE aumentam chantagem sobre a Grécia - o BCE ordenou aos bancos gregos que não comprem dívida do Estado grego. Nesta sexta-feira foi divulgado que o presidente do banco central alemão disse que a Grécia corre o risco de “falência desordenada”. O Eurogrupo decidiu que a Grécia não tem direito a 1.200 milhões que sobraram da recapitalização aos bancos (Esquerda.net)
Manipulação dos Media: o jornal francês "Le Figaro" publicou ontem uma notícia sobre a falta de medicamentos na Grécia com uma imagem de filas à porta das farmácias. O jornal não diz que a foto que ilustra o artigo é do ano passado e que não há registo de que tenham regressado aquelas filas nos últimos tempos... (fonte)
Alemanha e BCE aumentam chantagem sobre a Grécia - o BCE ordenou aos bancos gregos que não comprem dívida do Estado grego. Nesta sexta-feira foi divulgado que o presidente do banco central alemão disse que a Grécia corre o risco de “falência desordenada”. O Eurogrupo decidiu que a Grécia não tem direito a 1.200 milhões que sobraram da recapitalização aos bancos (Esquerda.net)
Os partidos politicos chegam aos governos mas não chegam ao Poder.
As grandes corporações multinacionais forçam Países a pagar as dividas
82% do comércio mundial é liderado por multinacionais norte-americanas
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As grandes corporações multinacionais forçam Países a pagar as dividas
82% do comércio mundial é liderado por multinacionais norte-americanas
sexta-feira, março 27, 2015
Ivana
Em Berlím e Duisburgo os comunistas alemães do MLKP promoveram manifestações em honra da sua militante Ivana Hoffmann, que morreu integrando a luta do povo do Curdistão no combate contra o Estado Islâmico da Síria e do Iraque (ISIS)
.........
o New York Times fala da "perigosa aposta da Turquia na Síria" título que também se podia aplicar à Arábia Saudita e aos Estados Unidos (ler mais)
.........
https://www.youtube.com/watch?v=h9W4ihf-RKc
Face às novas ameaças, os Curdos aplaudem o apelo do último fim de semana do seu líder Abdullah Ocalan (PKK) para terminar a luta armada contra a Turquia, que dura há 30 anos. Ocalan está preso como terrorista num cárcere turco. Quer dizer, as suspeitas profundas em ambos os lados podem quebrar os sonhos de paz. Ocalan iniciou conversações com o governo de Ancara em 2012 para acabar com um conflito que já matou 40.000 pessoas e tem atrofiado o desenvolvimento no sudeste do país de maioria curda. Uma paz complicada na medida em que os Curdos têm vindo a envolver-se no combate ao Estado Islâmico na Síria e no Iraque. O presidente Tayyip Erdogan tem a sua atenção focada nas eleições de Junho, onde espera obter maioria para que o regime se modifique para uma presidência executiva. Nesta perspectiva Erdogan está a pressionar o PKK (Kurdistan Workers Party) para que aceitem entregar as armas, declarando que depois dele reeleito como lider executivo deixará de existir um "problema curdo" graças às reformas que irão ser feitas sob seu domínio. Temos assim, um partido Comunista alemão cujos militantes se dispõem a rumar para combater o "Estado Islâmico", (um espantalho nado e criado pelos Estados Unidos) e um partido Comunista turco disposto a fazer alianças com a Turquia, um país membro da NATO. (fonte)
a libertação dos povos é hoje, na era da globalização, um processo tortuoso, longe da simplicidade do internacionalismo proletário
o New York Times fala da "perigosa aposta da Turquia na Síria" título que também se podia aplicar à Arábia Saudita e aos Estados Unidos (ler mais)
quinta-feira, março 26, 2015
Roberto Rossellini, ciclo de reposições com cópias restauradas no cinema Nimas a partir do dia 26 de Março
Rossellini acreditava que a televisão podia ser o espaço de uma renovada linguagem de formação cívica e conhecimento histórico. Nesse sentido realizou “A Força e a Razão”, uma entrevista a Salvador Allende produzida pela RAI e difundida em 1973. A par de Godard e Antonioni foi pioneiro na descomplexada abordagem do modelo de telefilme, a começar por “A Tomada do Poder por Luis XIV” (1966). Que aconteceria se o realizador ressuscitasse no meio do lixo que a televisão hoje produz? Do corpo principal da obra cinematográfica de Rossellini serão exibidos, entre um total de 10 filmes, a “Viagem a Itália”, “Germânia Ano Zero” filmado a quente nas ruinas de Berlim dois anos após o fim da guerra, e “Stromboli, Terra di Dio” sobre o drama dos expatriados pela guerra (1).
A carta enviada em Maio de 1948 por Rossellini convidando a actriz sueca Ingrid Bergman, já então uma grande estrela em Hollywood, para protagonizar a "heroína" Karin em Stromboli revela praticamente tudo sobre a mundivisão humanista do realizador:
Cara Senhora Bergman. Esperei algum tempo antes de lhe escrever porque queria ter a certeza daquilo que lhe ia propor. Antes de mais, porém, quero que saiba que a minha maneira de trabalhar é extremamente pessoal. Evito todo o tipo de guião que, a meu ver, limita fortemente o campo de acção. Evidentemente, parto de ideias muito precisas e de uma série de diálogos e de situações que escolho e modifico durante o processo de laboração. Assim sendo, não posso deixar de lhe confessar que a ideia de trabalhar consigo me entusiasma. Há algum tempo, creio que em fins de Fevereiro, percorria eu de automóvel a Sabina, uma zona a norte de Roma, quando, perto da nascente do Farfa, a minha atenção foi atraída por uma cena insólita. Num campo cercado por uma alta rede de arame farpado, algumas mulheres viravam-se como cordeiros numa pastagem. Aproximei-me e percebi que eram estrangeiras, jugoslavas, polacas, romenas, gregas, alemãs, letãs, lituanas, húngaras, que, obrigadas a fugir dos seus países de origem por causa da guerra, tinham deambulado pela Europa, tendo conhecido o horror dos campos de concentração, dos trabalhos forçados e dos saques nocturnos. Tinham sido presas fáceis dos soldados de vinte países diferentes até que foram concentradas naquele campo onde esperavam que as repatriassem. Um guarda ordenou-me que mme afastasse. Eram indesejáveis e era proibido falar com elas. Atrás do arame farpado, na extremidade mais distante do campo, uma mulher loira, toda vestida de preto, estava apartada das outras e olhava para mim. Ignorando as ordens dos guardas, aproximei-me. Ela sabia apenas umas palavras de italiano, ficou vermelha só do esforço de falar. Era da Letónia. Nos seus olhos claros lia-se-lhe um desespero mudo e intenso. Enfiei a mão na barreira de arame farpado e ela agarrou-se a mim como um náufrago que se agarra aos destroços. O guarda aproximou-se com ar ameaçador. Voltei para o carro.
A recordação daquela mulher obsecava-me. Consegui autorização para visitar o campo mas ela já lá não estava. O comandante disse-me que tinha fugido. As mulheres mais velhas deram-me outra versão. Partira com um soldado das ilhas Lipari. Teriam casado e assim ela poderia ficar em Itália. Que tal irmos os dois à procura dela? Ou tentaremos imaginar a sua vida nessa aldeiazinha perto de Stromboli para onde o soldado a levou. Imagino que a senhora não conheça as ilhas Lipari, até mesmo em Itália poucos as conhecem. Infelizmente ficaram tristemente famosas durante o período fascista, porque era para lá que eram mandados os inimigos do regime. São sete ilhas, situadas no mar Tirreno, a norte da Sicilia, e antigamente todas elas eram vulcões.Só um ficou activo, o Stromboli. A aldeia surge aos pés do vulcão, numa baía. Algumas casas brancas, com as paredes cheias de fendas devido aos terramotos. Os habitantes vivem da pesca e do pouco que conseguem cavar da terra árida.
Procurei imaginar como seria a vida da rapariga letã, tão alta e loira, nessa ilha de fogo e cinzas, entre pescadores pequenos e morenos e as mulheres de olhos escuros luzentes, pálidas e definhadas pelas gravidezes. Imaginei a sua incapacidade de comunicar com essa gente de hábitos fenícios, que fala um dialecto rude, em que se misturam palavras gregas, e igualmente a incapacidade de comunicar com ele, o homem que encontrou no campo de Farfa. Olhos nos olhos, aí leram a alma. Nos olhos móveis e inteligentes dele, ela descortinara a sua simplicidade e o seu tormento, a sua força e a sua ternura. Acompanhara-o, convencida de ter encontrado uma criatura fora do comum, um salvador, o refúgio e a protecção depois de tantos anos de angústia e de violência. Ele dar-lhe-ia a possibilidade de permanecer em Itália, nesta terra verde de clima temperado onde o homem não perdeu ainda a sua humanidade e a natureza é feita à medida do homem. Pelo contrário, ela chega a essa ilha selvagem, agitada pelos tremores do vulcão em erupção, onde a terra é escura e o mar parece lama impregnada de sulfato. O homem que vive a seu lado e a ama com uma espécie de fúria selvagem é como um animal selvagem incapaz de lutar pela sua existência, que aceita, placidamente, viver na mais completa miséria.
Até o Deus que as pessoas adoram lhe parece diferente do seu. É impossível comparar o austero Deus luterano que invocava em criança nas igrejas rias da sua terra natal com este, rodeado de santos de todos os tipos. A mulher tenta insurgir-se e escapar a essa vida obsessiva. Mas o mar barra-lhe a fuga por todos os lados. Desnorteada pelo desespero, incapaz de continuar a suportar aquela situação, deixa-se embalar pela esperança de um milagre que venha salvá-la, sem perceber que uma grande mudança ocorrera já dentro dela. De repente percebe o valor da verdade eterna que regula a vida dos homens; percebe o enorme poder de quem nada possui, a extraordinária força que nasce da liberdade, e torna-se uma espécie de S. Francisco. Um intenso sentimento de felicidade jorra do seu coração e ela experimenta finalmente uma enorme alegria de viver.
Não sei se consegui exprimir plenamente aquilo que pretendia dizer. É muito difícil dar corpo às ideias e às sensações cuja vida está ligada à imaginação. Para contar, tenho de ver: o cinema conta com as imagens, mas eu tenho a certeza, a absoluta certeza, de que com a sua ajuda conseguirei dar vida a um ser humano que, através de experiências difíceis e amargas, consegue conquistar a paz e libertar-se de todo o egoísmo, atingindo assim a única verdadeira felicidade concedida à humanidade, a que permite viver de modo mais simples e próximo da criação. Acha que poderá vir à Europa? Seria para mim um prazer convidá-la a vir a Itália para analisarmos juntos e demoradamente o meu projecto. O que é que acha? Acha que devo concretizá-lo? E qual seria para si o melhor período? Desculpe-me se a importuno com todas estas perguntas, mas se soubesse quantas outras coisas gostaria de lhe perguntar ainda! Peço-lhe que acredite no meu sincero entusiasmo. Seu, Roberto Rossellini.
(1) Stromboli é uma mistura de realismo social e alegoria religiosa – por outras palavras, a quinta-essência de Rossellini – e, na personagem de Karin, o filme contém o melhor trabalho que Ingrid Bergman jamais fez. (ler mais)
(2) A quimica entre a actriz e o realizador foi imediata e total. A ponto de Ingrid aparecer grávida de Rossellini , mesmo sendo casada com o médico sueco Petter Lindström. Como Rosselini também era casado, a união causou enorme polémica. Ambos abandonaram as respectivas famílias para viverem juntos. Essa paixão fez com que a actriz fosse acusada de adúltera e de mau exemplo para as mulheres norte-americanas. O influente senador Edwin Johnson, do Colorado, denunciou o comportamento de Ingrid como “um ataque contra a instituição do casamento” e descreveu-a como uma “poderosa influência do mal”, estigma que a levou a ficar anos sem filmar nos Estados Unidos (ler mais)
A carta enviada em Maio de 1948 por Rossellini convidando a actriz sueca Ingrid Bergman, já então uma grande estrela em Hollywood, para protagonizar a "heroína" Karin em Stromboli revela praticamente tudo sobre a mundivisão humanista do realizador:
Cara Senhora Bergman. Esperei algum tempo antes de lhe escrever porque queria ter a certeza daquilo que lhe ia propor. Antes de mais, porém, quero que saiba que a minha maneira de trabalhar é extremamente pessoal. Evito todo o tipo de guião que, a meu ver, limita fortemente o campo de acção. Evidentemente, parto de ideias muito precisas e de uma série de diálogos e de situações que escolho e modifico durante o processo de laboração. Assim sendo, não posso deixar de lhe confessar que a ideia de trabalhar consigo me entusiasma. Há algum tempo, creio que em fins de Fevereiro, percorria eu de automóvel a Sabina, uma zona a norte de Roma, quando, perto da nascente do Farfa, a minha atenção foi atraída por uma cena insólita. Num campo cercado por uma alta rede de arame farpado, algumas mulheres viravam-se como cordeiros numa pastagem. Aproximei-me e percebi que eram estrangeiras, jugoslavas, polacas, romenas, gregas, alemãs, letãs, lituanas, húngaras, que, obrigadas a fugir dos seus países de origem por causa da guerra, tinham deambulado pela Europa, tendo conhecido o horror dos campos de concentração, dos trabalhos forçados e dos saques nocturnos. Tinham sido presas fáceis dos soldados de vinte países diferentes até que foram concentradas naquele campo onde esperavam que as repatriassem. Um guarda ordenou-me que mme afastasse. Eram indesejáveis e era proibido falar com elas. Atrás do arame farpado, na extremidade mais distante do campo, uma mulher loira, toda vestida de preto, estava apartada das outras e olhava para mim. Ignorando as ordens dos guardas, aproximei-me. Ela sabia apenas umas palavras de italiano, ficou vermelha só do esforço de falar. Era da Letónia. Nos seus olhos claros lia-se-lhe um desespero mudo e intenso. Enfiei a mão na barreira de arame farpado e ela agarrou-se a mim como um náufrago que se agarra aos destroços. O guarda aproximou-se com ar ameaçador. Voltei para o carro.
A recordação daquela mulher obsecava-me. Consegui autorização para visitar o campo mas ela já lá não estava. O comandante disse-me que tinha fugido. As mulheres mais velhas deram-me outra versão. Partira com um soldado das ilhas Lipari. Teriam casado e assim ela poderia ficar em Itália. Que tal irmos os dois à procura dela? Ou tentaremos imaginar a sua vida nessa aldeiazinha perto de Stromboli para onde o soldado a levou. Imagino que a senhora não conheça as ilhas Lipari, até mesmo em Itália poucos as conhecem. Infelizmente ficaram tristemente famosas durante o período fascista, porque era para lá que eram mandados os inimigos do regime. São sete ilhas, situadas no mar Tirreno, a norte da Sicilia, e antigamente todas elas eram vulcões.Só um ficou activo, o Stromboli. A aldeia surge aos pés do vulcão, numa baía. Algumas casas brancas, com as paredes cheias de fendas devido aos terramotos. Os habitantes vivem da pesca e do pouco que conseguem cavar da terra árida.
Procurei imaginar como seria a vida da rapariga letã, tão alta e loira, nessa ilha de fogo e cinzas, entre pescadores pequenos e morenos e as mulheres de olhos escuros luzentes, pálidas e definhadas pelas gravidezes. Imaginei a sua incapacidade de comunicar com essa gente de hábitos fenícios, que fala um dialecto rude, em que se misturam palavras gregas, e igualmente a incapacidade de comunicar com ele, o homem que encontrou no campo de Farfa. Olhos nos olhos, aí leram a alma. Nos olhos móveis e inteligentes dele, ela descortinara a sua simplicidade e o seu tormento, a sua força e a sua ternura. Acompanhara-o, convencida de ter encontrado uma criatura fora do comum, um salvador, o refúgio e a protecção depois de tantos anos de angústia e de violência. Ele dar-lhe-ia a possibilidade de permanecer em Itália, nesta terra verde de clima temperado onde o homem não perdeu ainda a sua humanidade e a natureza é feita à medida do homem. Pelo contrário, ela chega a essa ilha selvagem, agitada pelos tremores do vulcão em erupção, onde a terra é escura e o mar parece lama impregnada de sulfato. O homem que vive a seu lado e a ama com uma espécie de fúria selvagem é como um animal selvagem incapaz de lutar pela sua existência, que aceita, placidamente, viver na mais completa miséria.
Até o Deus que as pessoas adoram lhe parece diferente do seu. É impossível comparar o austero Deus luterano que invocava em criança nas igrejas rias da sua terra natal com este, rodeado de santos de todos os tipos. A mulher tenta insurgir-se e escapar a essa vida obsessiva. Mas o mar barra-lhe a fuga por todos os lados. Desnorteada pelo desespero, incapaz de continuar a suportar aquela situação, deixa-se embalar pela esperança de um milagre que venha salvá-la, sem perceber que uma grande mudança ocorrera já dentro dela. De repente percebe o valor da verdade eterna que regula a vida dos homens; percebe o enorme poder de quem nada possui, a extraordinária força que nasce da liberdade, e torna-se uma espécie de S. Francisco. Um intenso sentimento de felicidade jorra do seu coração e ela experimenta finalmente uma enorme alegria de viver.
Não sei se consegui exprimir plenamente aquilo que pretendia dizer. É muito difícil dar corpo às ideias e às sensações cuja vida está ligada à imaginação. Para contar, tenho de ver: o cinema conta com as imagens, mas eu tenho a certeza, a absoluta certeza, de que com a sua ajuda conseguirei dar vida a um ser humano que, através de experiências difíceis e amargas, consegue conquistar a paz e libertar-se de todo o egoísmo, atingindo assim a única verdadeira felicidade concedida à humanidade, a que permite viver de modo mais simples e próximo da criação. Acha que poderá vir à Europa? Seria para mim um prazer convidá-la a vir a Itália para analisarmos juntos e demoradamente o meu projecto. O que é que acha? Acha que devo concretizá-lo? E qual seria para si o melhor período? Desculpe-me se a importuno com todas estas perguntas, mas se soubesse quantas outras coisas gostaria de lhe perguntar ainda! Peço-lhe que acredite no meu sincero entusiasmo. Seu, Roberto Rossellini.
(a carta foi publicada pela editora Mondatori de Milão em “Ingrid Bergman, La Mia Storia, 1983)
(1) Stromboli é uma mistura de realismo social e alegoria religiosa – por outras palavras, a quinta-essência de Rossellini – e, na personagem de Karin, o filme contém o melhor trabalho que Ingrid Bergman jamais fez. (ler mais)
(2) A quimica entre a actriz e o realizador foi imediata e total. A ponto de Ingrid aparecer grávida de Rossellini , mesmo sendo casada com o médico sueco Petter Lindström. Como Rosselini também era casado, a união causou enorme polémica. Ambos abandonaram as respectivas famílias para viverem juntos. Essa paixão fez com que a actriz fosse acusada de adúltera e de mau exemplo para as mulheres norte-americanas. O influente senador Edwin Johnson, do Colorado, denunciou o comportamento de Ingrid como “um ataque contra a instituição do casamento” e descreveu-a como uma “poderosa influência do mal”, estigma que a levou a ficar anos sem filmar nos Estados Unidos (ler mais)
quarta-feira, março 25, 2015
e como quem empresta a juros (schulden) tem mais de metade da culpa (Schuld)...
"a assimetria entre o crédito concedido e a dívida assumida, está desde os seus primórdios, no fundamento de toda a vida das sociedades" (Manuel Maria Carrilho)
A parasitária burguesia grega, conluiada com os seus sócios estrangeiros, conseguiu uma proeza extraordinária: contrair uma dívida (a números de 2011) de 357 mil milhões de euros, isto é: praticamente tanto quanto as fortunas dos 10 homens mais ricos do planeta (301 mil milhões, dos quais 54 mil milhões são de Bill Gates) ; dois terços do valor dos receitas de todos os países produtores de petróleo da OPEP juntos (556 mil milhões); uma enormidade quando comparada com os 70 mil milhões do fundo de ajuda da UE disponíveis em 2010, ou com os pelintrosos 15 mil milhões de bónus pagos aos gestores financeiros de Wall Street. Mas apenas metade para o valor para que passou o fundo de ajuda da UE para financiar (emprestar a juros) as dívidas soberanas dos países da periferia europeia apenas um ano depois: 780 mil milhões. Inatingivel parece ser no entanto o custo da guerra global dos Estados Unidos ao “terrorismo”: 1 Trilião e 47 mil milhões, guerra pela qual a todo o cidadão abençoado pela água benta da democracia ocidental é extorquido grosso tributo.
O governo grego saída das eleições de Janeiro de 2015 começou a auditar a natureza da dívida, visando apurar que parte dela é odiosa, ilegítima, porque não foi contraída em beneficio do povo. "O país está em guerra, uma guerra social e de classes com os credores. Nesta guerra não vamos ser alegres escuteiros dispostos a continuar as políticas do Memorando da Troika, iremos cumprir o Programa de Tessalónica" disse Nicos Voutsis, ministro do Interior, este mês no Parlamento. É neste contexto que o primeiro ministro da Grécia visita Berlim a convite - primeiro que tudo o espectáculo montado com peças lego alemãs do poderio militar do Ocidente. Poderão a Rússia e a China, agora congeminando bancos globais com os Brics, oferecer-te toda esta riqueza, Tsipras? passe o que se passar, combinamos desde já que ambos vamos mostrar uns sorrisos, pelo menos enquanto tivermos a presença de jornalistas. Enquanto isso, o governador do Banco Central Europeu exige que Grécia "honre totalmente" a sua dívida
"Caros amigos, com sabem, a Grécia tem estado desde há algum tempo em rota de colisão com os fundamentos do neoliberalismo. Confrontado com a desastrosa política da austeridade e extorsão por parte dos mercados, o nosso povo está determinado em defender a democracia, o Estado Social, os bens públicos e o direito a um trabalho pago adequadamente. Batalhamos pela vida, pela dignidade e justiça social, todos dentro da luta para orientar a economia para as necessidades da sociedade, em vez da sociedade estar orientada para as necessidades da economia e do lucro financeiro. Os nossos horizontes não estão limitados pelas fronteiras do nosso país. Estendem-se por toda a Europa. Sabemos que outros povos estão a seguir os nossos passos, determinados a usar o poder da democracia para fazer um mundo mais justo e o futuro mais promissor. A frente que irá enfrentar o actual equilíbrio de poder na Europa já está a ser formada e cada dia fica mais forte" (Mensagem de Alexis Tsipras ao Fórum Social Mundial 2015, a decorrer em Tunes)
Hoje comemora-se o dia da Independência na Grécia. Pela primeira vez desde 2011, quando os presentes apuparam o presidente da República numa cerimónia oficial, o desfile em Atenas não teve barreiras policiais para afastar as pessoas.
A parasitária burguesia grega, conluiada com os seus sócios estrangeiros, conseguiu uma proeza extraordinária: contrair uma dívida (a números de 2011) de 357 mil milhões de euros, isto é: praticamente tanto quanto as fortunas dos 10 homens mais ricos do planeta (301 mil milhões, dos quais 54 mil milhões são de Bill Gates) ; dois terços do valor dos receitas de todos os países produtores de petróleo da OPEP juntos (556 mil milhões); uma enormidade quando comparada com os 70 mil milhões do fundo de ajuda da UE disponíveis em 2010, ou com os pelintrosos 15 mil milhões de bónus pagos aos gestores financeiros de Wall Street. Mas apenas metade para o valor para que passou o fundo de ajuda da UE para financiar (emprestar a juros) as dívidas soberanas dos países da periferia europeia apenas um ano depois: 780 mil milhões. Inatingivel parece ser no entanto o custo da guerra global dos Estados Unidos ao “terrorismo”: 1 Trilião e 47 mil milhões, guerra pela qual a todo o cidadão abençoado pela água benta da democracia ocidental é extorquido grosso tributo.
O governo grego saída das eleições de Janeiro de 2015 começou a auditar a natureza da dívida, visando apurar que parte dela é odiosa, ilegítima, porque não foi contraída em beneficio do povo. "O país está em guerra, uma guerra social e de classes com os credores. Nesta guerra não vamos ser alegres escuteiros dispostos a continuar as políticas do Memorando da Troika, iremos cumprir o Programa de Tessalónica" disse Nicos Voutsis, ministro do Interior, este mês no Parlamento. É neste contexto que o primeiro ministro da Grécia visita Berlim a convite - primeiro que tudo o espectáculo montado com peças lego alemãs do poderio militar do Ocidente. Poderão a Rússia e a China, agora congeminando bancos globais com os Brics, oferecer-te toda esta riqueza, Tsipras? passe o que se passar, combinamos desde já que ambos vamos mostrar uns sorrisos, pelo menos enquanto tivermos a presença de jornalistas. Enquanto isso, o governador do Banco Central Europeu exige que Grécia "honre totalmente" a sua dívida
"Caros amigos, com sabem, a Grécia tem estado desde há algum tempo em rota de colisão com os fundamentos do neoliberalismo. Confrontado com a desastrosa política da austeridade e extorsão por parte dos mercados, o nosso povo está determinado em defender a democracia, o Estado Social, os bens públicos e o direito a um trabalho pago adequadamente. Batalhamos pela vida, pela dignidade e justiça social, todos dentro da luta para orientar a economia para as necessidades da sociedade, em vez da sociedade estar orientada para as necessidades da economia e do lucro financeiro. Os nossos horizontes não estão limitados pelas fronteiras do nosso país. Estendem-se por toda a Europa. Sabemos que outros povos estão a seguir os nossos passos, determinados a usar o poder da democracia para fazer um mundo mais justo e o futuro mais promissor. A frente que irá enfrentar o actual equilíbrio de poder na Europa já está a ser formada e cada dia fica mais forte" (Mensagem de Alexis Tsipras ao Fórum Social Mundial 2015, a decorrer em Tunes)
Hoje comemora-se o dia da Independência na Grécia. Pela primeira vez desde 2011, quando os presentes apuparam o presidente da República numa cerimónia oficial, o desfile em Atenas não teve barreiras policiais para afastar as pessoas.
terça-feira, março 24, 2015
"o Herberto" (1930-2015)
Informação da PIDE sobre Herberto Helder de Oliveira, datada de 12-11-1960.
(Biblioteca Nacional, Arquivo Salazar)
(..) "e foi assim que uma bela tarde de 1978 decidiu alistar-se no PCP. A militância "não durou mais de cinco minutos"... (Expresso, 2010)
em 1968 publica pela mão da Ulisseia "Apresentação do Rosto", uma edição de 1500 exemplares, em grande parte imediatamente apreendida pela PIDE "por conter uma evidente carga de pornografia, o que não pode de forma nenhuma ser tolerado"; Herberto Helder não voltará a publicar a obra, renegando-a... diz quem sabe que é uma das mais corajosas e terríveis confissões autobiográficas da literatura portuguesa. (Livraria Trindade)
expectativas goradas, a bombar à 40 anos
Desde que os portugueses se aperceberam, desde cedo, do logro da eleição deste governo (manipuladamente eleito com um truculento programa para media ver e posto imediatamente de lado para fazer exactamente o contrário) que este governo deveria ter sido destituído, sendo convocadas eleições antecipadas. No debate para uma nova escolha deveria ser equacionada, antes do mais, a questão da adesão (antidemocrática) e permanência no Euro* - numa moeda forte para medir uma economia fraca (desindustrializada a contrato com o directório da UE por Cavaco Silva com supervisão de Mário Soares).
Avaliar os prós e os contras e legitimar a opção a tomar por referendo teria sido essencial. Mas tal nunca foi feito pelos governos anteriores ps/psd/cds. E mesmo nos países onde esses referendos foram efectuados, com clara opção pelo “Não” na Dinamarca, Irlanda, Holanda e França, a votação foi repetida tantas vezes quanto bastasse até que os povos dessem o aval ao “sim”. Estamos portanto, na Europa*, perante um perverso conluio de governos e falsas oposições. Se e quando houver eleições para escolher entre uma das duas opções e meia do “arco da governação”, a vitória do Partido-que-nunca-foi-Socialista tornará constitucionais (com a maioria de dois terços junto com psd/cds) todos os cortes nos serviços públicos, o roubo das pensões e a “flexibilidade” dos salários direccionados pra a miséria.
No acto de votar em António Costa, a memória sofre um apagão – quando já quase ninguém se lembra que o P”S” aprovou na AR sob direcção psd/cds nos idos de Abril de 2012* o Tratado Orçamental “que amarra o partido a opções que não pode alterar”*, isto é, a cumprir as metas do défice exigidas pela Troika, embora as boas-línguas digam que cá já não há Troika.
O défice de 3,6% avaliado e previsto para 2014 poderia ter caído, mas foi revisto para 4,8% do PIB. Em 2015 seria obrigatório não ultrapassar os 2,5%, o que significa que as culpas no cartório serão transferidas para o próximo governo. E mais, nenhum destes números conta ainda com a falência do BES e a transferência dos prejuízos para o Novo Banco, isto é, para as contas do Estado.
* "Ao criar a zona Euro, criámos um monstro" diz Thomas Piketty - "Criámos"? . mas, por pretender remendar as contas da classe dominante Yanis Varoufakis teceu-lhe duras criticas, apelidando Piketty de “o último inimigo do igualitarismo” (descubra as diferenças)
* Lendo a imprensa desse ano, a partir de Abril de 2012 a coligação governamental dramatiza a pseudo desavença com o irrevogável Portas ameaçando com um segundo resgate. Depois da grande manifestação popular o Financial Times publica o aviso que o descontentamento ameaça progresso orçamental. Cavaco estámuito preocupado mas não marca eleições. O PS ouviu, diz que só ascende ao governo com eleições e aprovou em definitivo a continuidade da Troika. Os notáveis do regime afirmam que um Governo de Salvação Nacional não é necessário, pelo menos para já...o regimento de Comandos, indignado com os cortes, reune-se para "preparar respostas fortes à crise politica"...
Avaliar os prós e os contras e legitimar a opção a tomar por referendo teria sido essencial. Mas tal nunca foi feito pelos governos anteriores ps/psd/cds. E mesmo nos países onde esses referendos foram efectuados, com clara opção pelo “Não” na Dinamarca, Irlanda, Holanda e França, a votação foi repetida tantas vezes quanto bastasse até que os povos dessem o aval ao “sim”. Estamos portanto, na Europa*, perante um perverso conluio de governos e falsas oposições. Se e quando houver eleições para escolher entre uma das duas opções e meia do “arco da governação”, a vitória do Partido-que-nunca-foi-Socialista tornará constitucionais (com a maioria de dois terços junto com psd/cds) todos os cortes nos serviços públicos, o roubo das pensões e a “flexibilidade” dos salários direccionados pra a miséria.
a bem da nossa hegemonia prendemos o Sócrates, ok? |
O défice de 3,6% avaliado e previsto para 2014 poderia ter caído, mas foi revisto para 4,8% do PIB. Em 2015 seria obrigatório não ultrapassar os 2,5%, o que significa que as culpas no cartório serão transferidas para o próximo governo. E mais, nenhum destes números conta ainda com a falência do BES e a transferência dos prejuízos para o Novo Banco, isto é, para as contas do Estado.
* "Ao criar a zona Euro, criámos um monstro" diz Thomas Piketty - "Criámos"? . mas, por pretender remendar as contas da classe dominante Yanis Varoufakis teceu-lhe duras criticas, apelidando Piketty de “o último inimigo do igualitarismo” (descubra as diferenças)
* Lendo a imprensa desse ano, a partir de Abril de 2012 a coligação governamental dramatiza a pseudo desavença com o irrevogável Portas ameaçando com um segundo resgate. Depois da grande manifestação popular o Financial Times publica o aviso que o descontentamento ameaça progresso orçamental. Cavaco está
segunda-feira, março 23, 2015
Apartheid Americano
Não é em Cuba, não é na Coreia do Norte, nem sequer na Venezuela... - é um centro de detenção no Texas (EUA)* para crianças e adolescentes apanhados nas malhas da emigração ilegal a partir da fronteira do México, o entreposto de importação de droga
os Estados Unidos na prática têm duas "constituições", uma para yankees Wasp (Anglo-Sax-White-People - gente branca de origem anglo-saxónica) e outra para pretos e hispânicos, vistos como sendo de outro mundo, logo alvo de tratamentos abusivos devido à sua inferioridade. É assim no interior dos EUA, é assim na politica externa sobre todos os paises do terceiro-mundo que são constantemente ameaçados e alvo de acções militares de repressão, a gente indefesa.
Movimiento Nacionalista de Texas: "Necessitamos declarar a independência porque somos diferentes, segregados e com uma cultura única. Não estamos de acordo em absoluto con a política do Governo Federal dos Estados Unidos. Pagamos impostos que vão direitos para Washington, mas não temos ali representantes capazes de exigir uma redistribuição em beneficio dos habitantes do Texas. Temos imensas riquezas que estão a ser usadas para sustentar de forma artificial uma pretensa unidade norte-americana. Uma unidade inexistente entre Estados que todos juntos têm um défice superior a tudo o que é produzido nas contas dos "Estados Unidos. Se todo o lucro que produzimos é exportado para sustentar campanhas militares, qual é o interesse do Estado do Texas pertencer a uma tal federação?. Temos uma fronteira murada com arame farpado com o México que é hoje uma das muitas vergonhas da humanidade. Criticam actualmente a anexação da Crimeia pela Rússia, esquecendo a anexação da provincia mexicana do Texas pelos Estados Unidos"
mensagem de uma jovem anti-fascista de Kiev: follow the money
os Estados Unidos na prática têm duas "constituições", uma para yankees Wasp (Anglo-Sax-White-People - gente branca de origem anglo-saxónica) e outra para pretos e hispânicos, vistos como sendo de outro mundo, logo alvo de tratamentos abusivos devido à sua inferioridade. É assim no interior dos EUA, é assim na politica externa sobre todos os paises do terceiro-mundo que são constantemente ameaçados e alvo de acções militares de repressão, a gente indefesa.
Movimiento Nacionalista de Texas: "Necessitamos declarar a independência porque somos diferentes, segregados e com uma cultura única. Não estamos de acordo em absoluto con a política do Governo Federal dos Estados Unidos. Pagamos impostos que vão direitos para Washington, mas não temos ali representantes capazes de exigir uma redistribuição em beneficio dos habitantes do Texas. Temos imensas riquezas que estão a ser usadas para sustentar de forma artificial uma pretensa unidade norte-americana. Uma unidade inexistente entre Estados que todos juntos têm um défice superior a tudo o que é produzido nas contas dos "Estados Unidos. Se todo o lucro que produzimos é exportado para sustentar campanhas militares, qual é o interesse do Estado do Texas pertencer a uma tal federação?. Temos uma fronteira murada com arame farpado com o México que é hoje uma das muitas vergonhas da humanidade. Criticam actualmente a anexação da Crimeia pela Rússia, esquecendo a anexação da provincia mexicana do Texas pelos Estados Unidos"
mensagem de uma jovem anti-fascista de Kiev: follow the money
domingo, março 22, 2015
só com um pau de marmeleiro no lombo...
O anão mental Marques Mendes, em sentido metafórico, porque em pulhice o homenzinho é um gigante, afirmou ontem na SICNoticias que o Syriza atribuiu um carro a cada um dos deputados. Este aldrabão (e vigarista da seita dos não indiciados) afirmou tudo ao contrário do que se passa e mentiu com todos os dentes da sua nojenta boca. Na realidade, o actual governo da Grécia entrou em confronto com os deputados, até com os deputados do Syriza, porque lhes retirou os automóveis que eram um privilégio concedido pelos governos anteriores... (via Manuel Monteiro)
Outro zé-ninguém económico, com um vergonhoso espaço cativo num suplemento económico, puxou da verborreia ultra-reaccionária para tentar enxovalhar o actual ministro das Finanças da Grécia: "talvez o seu objectivo (o de Varoufakis) não seja o bem-estar dos gregos. Antes, é aumentar a sua celebridade". A bojarda deste alarve e dos tipos que se dizem economistas, apenas economistas, confirma afinal que esse emprego é uma fraude; o que existe é Economia Politica, porque qualquer decisão sobre economia é sempre precedida por uma escolha politica. Este professorzinho assalariado do imperialismo o que faz é politica; e da mais reles, ad hominem.
Outro zé-ninguém económico, com um vergonhoso espaço cativo num suplemento económico, puxou da verborreia ultra-reaccionária para tentar enxovalhar o actual ministro das Finanças da Grécia: "talvez o seu objectivo (o de Varoufakis) não seja o bem-estar dos gregos. Antes, é aumentar a sua celebridade". A bojarda deste alarve e dos tipos que se dizem economistas, apenas economistas, confirma afinal que esse emprego é uma fraude; o que existe é Economia Politica, porque qualquer decisão sobre economia é sempre precedida por uma escolha politica. Este professorzinho assalariado do imperialismo o que faz é politica; e da mais reles, ad hominem.
sábado, março 21, 2015
Não tenhamos dúvidas, Portugal é a Grécia. A pequena burguesia que está a ser espoliada é que continua com ilusões de que o Partido-que-nunca-foi-Socialista vai devolver o que os do PSD/CDS roubaram
O asqueroso conto da Ministra às crianças da JSD sobre "Portugal ter os cofres cheios" é mais uma das habituais aldrabices segundo o modelo deste governo presidencial de Cavaco Silva. De facto os 15 mil milhões de euros invocados fazem parte da participação portuguesa no BCE, os quais segundo parece esta instituição estará disposta a pôr à disposição do governo, precisamente o contrário da comparticipação da Grécia a quem o BCE (um consórcio que serve bancos privados) está a negar o acesso dizendo tratar-se de garantia pelo endividamento contraído.
Enquanto triplica os juros da Grécia e baixa os do Portugal governados por lacaios da Alemanha
Uma Comissão internacional independente presidida pelo professor universitário belga Éric Toussaint inicia em Abril uma auditoria da Dívida grega. Serão investigadas acções de instituições como o Goldman Sachs, a Siemens e a Troika, principais responsáveis pela parte declaradamente tóxica da Dívida. O documento inicial para estudo destaca que o endividamento supõe uma "violação de tratatdos e convenções" e coloca primeiro que tudo a pergunta: "porquê a Grécia deve agora muito mais em 2011"?, pouco antes da grande negociata da "ajuda" da Troika que veio agravar o pagamento de juros?. “Também demostraremos igualmente as responsabilidades daqueles que sacaram bons proventos da situação, tanto no interior da Grécia como nos circulos financeiros a nivel internacional, passando pela grandes companhias industriais ligadas ao coração das instituições europeias" (fonte, elDiario.es)
"Para todos os que vivem na Europa, impõe-se uma conclusão: isto é uma galé e estamos acorrentados aos remos" (Francisco Louçã)
"No Financial Times de há dois dias, Dragasakis (vice primeiro-ministro), Varoufakis (ministro das finanças) e Tsakalotos (adjunto do ministro das finanças) alertavam para que o tempo se está a esgotar. Alexis Tsipras tentou um compromisso de última hora para conseguir o financiamento prometido desde há um mês, mas não cumprido, e reuniu-se ontem de noite com as autoridades europeias: as instituições e Merkel, ladeada do inefável Hollande. O encontro deu em nada.
Ou em menos do que nada. Os líderes europeus reafirmaram que a Grécia deve entrar em falência ou apresentar novas medidas de austeridade que, se forem aprovadas, e logo se verá se são, permitirão aceder a algum alívio financeiro. Como tudo se joga em poucos dias, porque a Grécia está já a ficar sem reservas, esta pressão é uma roleta russa. E será sempre a roleta russa, porque cada semana se vai repetir a mesma aflição, mesmo que se passe esta emergência (embora possa parecer não existir um plano B). A Grécia não tem forma de chegar a Junho tomando decisões independentes, se estiver submetida a esta chantagem: nem lhe pagam a tranche prometida, nem lhe devolvem o seu dinheiro retido pelo BCE, nem lhe permitem emitir dívida de curto prazo. Só lhe permitem receber instruções de Merkel e de Dijsselbloem. O que prefere Merkel? Para já, parece óbvio que prefere ganhar em todos os tabuleiros, tentando obrigar Tsipras a ceder e a promover as medidas de austeridade que foi eleito para abolir" (artigo completo aqui)
"Os presidentes da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, e do Conselho Europeu, Donald Tusk, anunciaram que a União Europeia colocou à disposição da Grécia uma ajuda de emergência de dois mil milhões de euros provenientes de fundos europeus não utilizados" para evitar a declaração de bancarrota, dizem eles; mas esse dinheiro irá, se vier, directamente para suprir as carências humanitárias, não entra nos cofres do Estado, isto é, temos, mais uma vez, entidades estrangeiras a decidir que dinheiro e com que função ele será usado na Grécia, numa tentativa de se continuar a sobrepor ao governo grego. Tentando obrigá-lo a pagar as fraudes perpretadas pelos anteriores governos. A saga da dívida grega continua já na próxima segunda-feira, quando Tsipras visita Merkel em Berlim - mas repare-se no titulo escolhido pelo Público para relatar a coisa..
Este comportamento, que envolve os esforços de Merkel e Hollande, contrasta em absoluto com a aprovação pelo FMI a 11 de Março último de um novo resgate de 16,6 mil milhões ao nazi-pró-UE de Kiev Poroshenko, havendo um desembolso imediato de uma primeira tranche de 4.700 milhões de euros. (fonte)
"A estratégia que o governo do Syriza levou a cabo foi surpreendente e arriscada. Constituiu como que um momento de revelação para todos os europeus, mesmo os mais adormecidos. Infelizmente, os gregos não vão receber aplausos. Irão apenas sofrer um castigo suplementar pela ousadia de terem desafiado as regras disciplinares da enorme casa de correcção em que se transformou a zona euro... (Viriato Soromenho Marques)
Enquanto triplica os juros da Grécia e baixa os do Portugal governados por lacaios da Alemanha
vá lá Passos Coelho, deseja boa sorte ao 1º Ministro da Grécia
Uma Comissão internacional independente presidida pelo professor universitário belga Éric Toussaint inicia em Abril uma auditoria da Dívida grega. Serão investigadas acções de instituições como o Goldman Sachs, a Siemens e a Troika, principais responsáveis pela parte declaradamente tóxica da Dívida. O documento inicial para estudo destaca que o endividamento supõe uma "violação de tratatdos e convenções" e coloca primeiro que tudo a pergunta: "porquê a Grécia deve agora muito mais em 2011"?, pouco antes da grande negociata da "ajuda" da Troika que veio agravar o pagamento de juros?. “Também demostraremos igualmente as responsabilidades daqueles que sacaram bons proventos da situação, tanto no interior da Grécia como nos circulos financeiros a nivel internacional, passando pela grandes companhias industriais ligadas ao coração das instituições europeias" (fonte, elDiario.es)
"Para todos os que vivem na Europa, impõe-se uma conclusão: isto é uma galé e estamos acorrentados aos remos" (Francisco Louçã)
"No Financial Times de há dois dias, Dragasakis (vice primeiro-ministro), Varoufakis (ministro das finanças) e Tsakalotos (adjunto do ministro das finanças) alertavam para que o tempo se está a esgotar. Alexis Tsipras tentou um compromisso de última hora para conseguir o financiamento prometido desde há um mês, mas não cumprido, e reuniu-se ontem de noite com as autoridades europeias: as instituições e Merkel, ladeada do inefável Hollande. O encontro deu em nada.
Ou em menos do que nada. Os líderes europeus reafirmaram que a Grécia deve entrar em falência ou apresentar novas medidas de austeridade que, se forem aprovadas, e logo se verá se são, permitirão aceder a algum alívio financeiro. Como tudo se joga em poucos dias, porque a Grécia está já a ficar sem reservas, esta pressão é uma roleta russa. E será sempre a roleta russa, porque cada semana se vai repetir a mesma aflição, mesmo que se passe esta emergência (embora possa parecer não existir um plano B). A Grécia não tem forma de chegar a Junho tomando decisões independentes, se estiver submetida a esta chantagem: nem lhe pagam a tranche prometida, nem lhe devolvem o seu dinheiro retido pelo BCE, nem lhe permitem emitir dívida de curto prazo. Só lhe permitem receber instruções de Merkel e de Dijsselbloem. O que prefere Merkel? Para já, parece óbvio que prefere ganhar em todos os tabuleiros, tentando obrigar Tsipras a ceder e a promover as medidas de austeridade que foi eleito para abolir" (artigo completo aqui)
"Os presidentes da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, e do Conselho Europeu, Donald Tusk, anunciaram que a União Europeia colocou à disposição da Grécia uma ajuda de emergência de dois mil milhões de euros provenientes de fundos europeus não utilizados" para evitar a declaração de bancarrota, dizem eles; mas esse dinheiro irá, se vier, directamente para suprir as carências humanitárias, não entra nos cofres do Estado, isto é, temos, mais uma vez, entidades estrangeiras a decidir que dinheiro e com que função ele será usado na Grécia, numa tentativa de se continuar a sobrepor ao governo grego. Tentando obrigá-lo a pagar as fraudes perpretadas pelos anteriores governos. A saga da dívida grega continua já na próxima segunda-feira, quando Tsipras visita Merkel em Berlim - mas repare-se no titulo escolhido pelo Público para relatar a coisa..
Este comportamento, que envolve os esforços de Merkel e Hollande, contrasta em absoluto com a aprovação pelo FMI a 11 de Março último de um novo resgate de 16,6 mil milhões ao nazi-pró-UE de Kiev Poroshenko, havendo um desembolso imediato de uma primeira tranche de 4.700 milhões de euros. (fonte)
"A estratégia que o governo do Syriza levou a cabo foi surpreendente e arriscada. Constituiu como que um momento de revelação para todos os europeus, mesmo os mais adormecidos. Infelizmente, os gregos não vão receber aplausos. Irão apenas sofrer um castigo suplementar pela ousadia de terem desafiado as regras disciplinares da enorme casa de correcção em que se transformou a zona euro... (Viriato Soromenho Marques)
sexta-feira, março 20, 2015
12º aniversário da invasão do Iraque. Quem sopra as bombas do bolo?
Mais de uma décda depois dos Estados Unidos, (o Império mais benigno que a humanidade já conheceu, segundo José Manuel Fernandes) terem libertado os iraquianos e oferecido generosamente a democracia ao país "em poucos meses surgiu o avanço irresistível das forças do "Estado Islâmico do Iraque e da Síria" (ISIS na sigla em inglês para Islamic State in Iraq and Syria) provocou o colapso do Exército iraquiano e conquistou dezenas de cidades da Síria e do Iraque, tendo os falcões dos EUA declarado guerra a um "Estado" que não existe nem tem fronteiras.
Curiosamente, o promitente beneficiário da situação, o Estado de Israel, existe mas também não tem fronteiras. No final de Junho de 2014 os terroristas do ISIS proclamaram o "Estado Islâmico" como um novo Califado com a ambição de fazer regressar os povos árabes ao estatuto de poder universal. O que é uma mentira grosseira da propaganda ocidental, uma vez que os muçulmanos através da história nunca foram um império unificado, sempre mantiveram diversos poderes descentralizados, como se viu nos reinos e taifas do Al-Andalus. De onde surgiu então esta nova organização desconhecida até há pouco tempo? Quem a criou? De onde vêm os seus fundos? (...) Antecipadamente e em paralelo os Estados Unidos criaram em 2010 a Força Global de Ataque Rápido dos EUA/Nato (US Prompt Global Strike) com a finalidade de dissuadir (o que em politica externa norte-americana quer dizer atacar) a Rússia e outros adversários que se oponham ao expansionismo de Israel no Médio Oriente. Um dado importante a reter é o de Vladimir Putin disfrutar de enorme popularidade na Rússia por ter tencionar nacionalizar o Banco Central controlado pelos Rothschilds e dizimado a clique de Oligarcas judeus russos (após o saque iniciado em 1991 que desviou triliões para os bancos do Ocidente). Para ver: "The Rise of Putin and The Fall of The Russian-Jewish Oligarchs"
Segundo os cerca de 3000 documentos obtidos pelo jornal britânico The Guardian, o armamento utilizado pelo ISIS foi fornecido pelos EUA com a intenção de ajudarem grupos armados a intervir na Síria para derrubar o regime de Bashar el-Assad.
* Próximo alvo: "Graças à empreitada militar contra o ISIS o Irão está a expandir a sua influência no Irão" (Foreign Affairs)
* a União Europeia acaba de aprovar uma campanha de propaganda cujo leit-motiv é a imagem de uma mulher ocidental debaixo da bota de um soldado russo, encimada pelo slogan "Se a Rússia pudesse Vencer"
(ver aqui)
Curiosamente, o promitente beneficiário da situação, o Estado de Israel, existe mas também não tem fronteiras. No final de Junho de 2014 os terroristas do ISIS proclamaram o "Estado Islâmico" como um novo Califado com a ambição de fazer regressar os povos árabes ao estatuto de poder universal. O que é uma mentira grosseira da propaganda ocidental, uma vez que os muçulmanos através da história nunca foram um império unificado, sempre mantiveram diversos poderes descentralizados, como se viu nos reinos e taifas do Al-Andalus. De onde surgiu então esta nova organização desconhecida até há pouco tempo? Quem a criou? De onde vêm os seus fundos? (...) Antecipadamente e em paralelo os Estados Unidos criaram em 2010 a Força Global de Ataque Rápido dos EUA/Nato (US Prompt Global Strike) com a finalidade de dissuadir (o que em politica externa norte-americana quer dizer atacar) a Rússia e outros adversários que se oponham ao expansionismo de Israel no Médio Oriente. Um dado importante a reter é o de Vladimir Putin disfrutar de enorme popularidade na Rússia por ter tencionar nacionalizar o Banco Central controlado pelos Rothschilds e dizimado a clique de Oligarcas judeus russos (após o saque iniciado em 1991 que desviou triliões para os bancos do Ocidente). Para ver: "The Rise of Putin and The Fall of The Russian-Jewish Oligarchs"
Segundo os cerca de 3000 documentos obtidos pelo jornal britânico The Guardian, o armamento utilizado pelo ISIS foi fornecido pelos EUA com a intenção de ajudarem grupos armados a intervir na Síria para derrubar o regime de Bashar el-Assad.
* Próximo alvo: "Graças à empreitada militar contra o ISIS o Irão está a expandir a sua influência no Irão" (Foreign Affairs)
* a União Europeia acaba de aprovar uma campanha de propaganda cujo leit-motiv é a imagem de uma mulher ocidental debaixo da bota de um soldado russo, encimada pelo slogan "Se a Rússia pudesse Vencer"
(ver aqui)
quinta-feira, março 19, 2015
luta-se em Frankfurt contra o Banco Central Europeu durante a inauguração da sua nova e riquissima sede
as grandes mudanças sempre foram acompanhadas por grandes convulsões. Não é o fim do mundo, é o principio de um mundo novo
Cento e vinte mil metros quadrados de terrenos, 4.500 toneladas de aço, 3.500 portas e um torre dupla com 185 metros de altura formam o novo quartel-general do Banco Central Europeu. Um investimento de 1,3 mil milhões de euros (fonte); canhões de água, carros da policia incendiados, 10 mil manifestantes da chamada esquerda radical nas ruas protestando contra o novo simbolo do capitalismo europeu, ao mesmo tempo que são impostas medidas de extrema austeridade aos trabalhadores. "O nosso protesto é contra o BCE como membro da Troica, uma instituição que apesar de não ser democraticamente eleita, se arroga prejudicar o trabalho do governo da Grécia. Queremos o fim das políticas de austeridade", afirmou um dos organizadores alemães das manifestações: "Queremos um protesto ruidoso, mas pacifico". A policia arregimentada pelos decisores capitalistas é que não esteve por esses ajustes...
Será a partir da Alemanha, conforme acordado na nova divisão social e internacional do Trabalho um país fortemente industrializado onde existe uma poderosa Classe Operária, que será expectável a revolução rumo ao Socialismo dar os primeiros passos. Não esquecendo no entanto que o Syriza foi o rastilho, apesar da sua natureza de movimento da pequena burguesia urbana. A descoberta do papel histórico e internacional da classe operária por Karl Marx, de coveiro do capitalismo e construtor da sociedade socialista constitui uma grande conquista para o conhecimento da humanidade. Actualizando a teoria a nivel regional europeu, a pequena burguesia gerada pelo moderno paradigma de produção aliada à classe operária serão ambos em conjunto os agentes transformadores da sociedade.
Cento e vinte mil metros quadrados de terrenos, 4.500 toneladas de aço, 3.500 portas e um torre dupla com 185 metros de altura formam o novo quartel-general do Banco Central Europeu. Um investimento de 1,3 mil milhões de euros (fonte); canhões de água, carros da policia incendiados, 10 mil manifestantes da chamada esquerda radical nas ruas protestando contra o novo simbolo do capitalismo europeu, ao mesmo tempo que são impostas medidas de extrema austeridade aos trabalhadores. "O nosso protesto é contra o BCE como membro da Troica, uma instituição que apesar de não ser democraticamente eleita, se arroga prejudicar o trabalho do governo da Grécia. Queremos o fim das políticas de austeridade", afirmou um dos organizadores alemães das manifestações: "Queremos um protesto ruidoso, mas pacifico". A policia arregimentada pelos decisores capitalistas é que não esteve por esses ajustes...
Será a partir da Alemanha, conforme acordado na nova divisão social e internacional do Trabalho um país fortemente industrializado onde existe uma poderosa Classe Operária, que será expectável a revolução rumo ao Socialismo dar os primeiros passos. Não esquecendo no entanto que o Syriza foi o rastilho, apesar da sua natureza de movimento da pequena burguesia urbana. A descoberta do papel histórico e internacional da classe operária por Karl Marx, de coveiro do capitalismo e construtor da sociedade socialista constitui uma grande conquista para o conhecimento da humanidade. Actualizando a teoria a nivel regional europeu, a pequena burguesia gerada pelo moderno paradigma de produção aliada à classe operária serão ambos em conjunto os agentes transformadores da sociedade.
quarta-feira, março 18, 2015
a Lista de Importantes Pagadores de Impostos em Regime de Voluntariado (LIPIRV)
descubra as linhas com que eles se cosem
actualização:
Dois dias depois da abertura do inquérito o Diretor Geral da Autoridade Tributária demite-se. Tudo indica que por causa de uma lista VIP que o Primeiro-ministro garantiu que não existia. Maria Luís Albuquerque e Paulo Núncio, (o bode expiatório de serviço ao caso) também não devem saber de nada, os aldrabões. O governo deve explicações sobre mais este escândalo. Rua!! o curioso é o PSD dizer que Passos Coelho desmentiu a existência da lista VIP por acreditar na Autoridade Tributária.
terça-feira, março 17, 2015
Citizenfour, um herói de novo tipo em Hollywood
Em Janeiro de 2013, a cineasta Laura Poitras recebeu um "email" encriptado de alguém que se denomina de "Citizenfour". Nessa mensagem, são-lhe oferecidas informações inéditas sobre práticas de escutas ilegais da Agência de Segurança Nacional (NSA) e outros serviços secretos norte-americanos. Poitras trabalhava há anos num filme sobre a monitorização de escutas efectuadas no pós-11 de Setembro e utilizadas ilegalmente pelos serviços de segurança dos EUA. Em Junho do mesmo ano, ela e o repórter Glenn Greenwald decidem viajar até Hong Kong (China), para o primeiro de muitos encontros com o autor daquela mensagem, que mais tarde se apresenta pelo nome de Edward Snowden. Veio a revelar-se um antigo analista da NSA. Entregou-lhes documentos que retirara ilegalmente dos servidores da maior agência de serviços secretos do planeta. As gravações das várias entrevistas que lhe foram feitas deram forma a este filme, que recebeu o Óscar de Melhor Documentário.
Não existia qualquer familiaridade com o denunciante Edward Snowden e suas revelações chocantes de espionagem atacado do governo os EUA em seus próprios cidadãos podem preparar um para o impacto de Laura Poitras 'extraordinário documentário "Citizenfour." Longe de reconstruir ou analisar um facto consumado, o filme tersely registra a ação em tempo real, como Poitras e colega jornalista Glenn Greenwald meet Snowden durante um período de oito dias em um quarto de hotel de Hong Kong para traçar como e quando eles vão liberar a bomba que abalou o mundo. Adaptar a linguagem fria de criptografia de dados para recontar a saga dramática de abuso de poder e paranoia justificada, Poitras, brilhantemente, demonstra que a informação é uma arma de dois gumes. A obra integra a trilogia da autoria de Laura Poitras sobre a América pós-11 de Setembro. O primeiro sobre a invasão do Iraque exibido em 2006 colocou a realizadora numa lista negra visando mantê-la sobre apertada vigilância. O seu próximo filme será sobre Guantanamo e a "Guerra ao Terrorismo". É possivel ver gratuitamente CitizenFour na internet por cedência expressa da realizadora (versão original em inglês): http://thoughtmaybe.com/citizenfour/
Não existia qualquer familiaridade com o denunciante Edward Snowden e suas revelações chocantes de espionagem atacado do governo os EUA em seus próprios cidadãos podem preparar um para o impacto de Laura Poitras 'extraordinário documentário "Citizenfour." Longe de reconstruir ou analisar um facto consumado, o filme tersely registra a ação em tempo real, como Poitras e colega jornalista Glenn Greenwald meet Snowden durante um período de oito dias em um quarto de hotel de Hong Kong para traçar como e quando eles vão liberar a bomba que abalou o mundo. Adaptar a linguagem fria de criptografia de dados para recontar a saga dramática de abuso de poder e paranoia justificada, Poitras, brilhantemente, demonstra que a informação é uma arma de dois gumes. A obra integra a trilogia da autoria de Laura Poitras sobre a América pós-11 de Setembro. O primeiro sobre a invasão do Iraque exibido em 2006 colocou a realizadora numa lista negra visando mantê-la sobre apertada vigilância. O seu próximo filme será sobre Guantanamo e a "Guerra ao Terrorismo". É possivel ver gratuitamente CitizenFour na internet por cedência expressa da realizadora (versão original em inglês): http://thoughtmaybe.com/citizenfour/
segunda-feira, março 16, 2015
opinião pública controlada pelo medo da existência de terroristas entre nós
Os falsimedias corporativos, alcunhados de jornais e televisões, fizeram-se um eco estrondoso do caso dos "oito presos espanhóis que lutaram ao lado dos pró-russos na Ucrânia", todos eles em primeira página; o ABC titulava em capa inteira: "Pistoleros españoles en la guerra de Ucrânia". Que uns passaram pelas Forças Armadas espanholas, outros por empresas de segurança privada, alguns são militantes de organizações de extrema-esquerda ou encontram-se no desemprego. São acusados de assassínio e cumplicidade em assassínio, posse de armas e explosivos e envolvimento em acções atentatórias dos interesses de Espanha" - é uma fraude! - a maioria dos jornais retransmitiram a campanha de propaganda do Ministério das Policias, quando os "combatentes voluntários" na Ucrânia já estavam em liberdade por não existirem causas concretas na acusação. Foram presos apenas para justificar a acção de propaganda? O portal do Ministério do Interior espanhol vendeu a "Operação Danko" como a primeira com estas características na Europa".
As milicias dos habitantes de lingua russa de Donbass que defendem a sua região autónoma na Ucrânia do governo nazi-fascista de Kiev não podem estar classificadas como "grupo terrorista" e portanto não constitui ilicito integrar-se com espirito internacionalista nessa luta e muito menos que com essa acção "estivessem a atacar os interesses da Espanha nessa zona.
do mesmo modo, quem discordar da participação de tropas portugueses no Afeganistão, Libano, Kosovo, Mali, etc, estára a prejudicar os interesses dos donos de Portugal nessas e outras regiões
Uma intenção que dará para "fundamentar" toda a espécie de perseguições arbitrárias; Com a participação activa dos "socialistas" o governo preparou alterações à lei para punir "crimes como o de apologia por internet ou o de viajar, ou tentar viajar, a cenários de conflito para dar ou receber treino e ou participar em atentados terroristas" (Público)
Toda a boa mentira tem um fundo de verdade. Agora por falar em desemprego, "haver europeus terroristas não acontece por acaso" diz Ana Gomes. Há quem acredite, como a senhora, que vai ser possivel transformar todos os opositores em "terroristas", só ficando fora da lista os bem comportadinhos apoiantes do capitalismo. Não estará a Europa a fazer a incentivar esses "terroristas"? Menos de 10% da população francesa, cerca de 60% dos quase 70 mil presos nas cadeias do país são muçulmanos. Dentro das cadeias os radicais estão a ser isolados como presos politicos
do mesmo modo, quem discordar da participação de tropas portugueses no Afeganistão, Libano, Kosovo, Mali, etc, estára a prejudicar os interesses dos donos de Portugal nessas e outras regiões
Uma intenção que dará para "fundamentar" toda a espécie de perseguições arbitrárias; Com a participação activa dos "socialistas" o governo preparou alterações à lei para punir "crimes como o de apologia por internet ou o de viajar, ou tentar viajar, a cenários de conflito para dar ou receber treino e ou participar em atentados terroristas" (Público)
Toda a boa mentira tem um fundo de verdade. Agora por falar em desemprego, "haver europeus terroristas não acontece por acaso" diz Ana Gomes. Há quem acredite, como a senhora, que vai ser possivel transformar todos os opositores em "terroristas", só ficando fora da lista os bem comportadinhos apoiantes do capitalismo. Não estará a Europa a fazer a incentivar esses "terroristas"? Menos de 10% da população francesa, cerca de 60% dos quase 70 mil presos nas cadeias do país são muçulmanos. Dentro das cadeias os radicais estão a ser isolados como presos politicos
a (in)Justiça ao serviço da Contra-Revolução
Congresso da Cidadania,
“Ruptura e Utopia para a Próxima Revolução Democrática”, 14 de Março
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domingo, março 15, 2015
o Palácio do Correio-Mor
nos arrabaldes de Loures, ao lado de um regato da Mata das Flores fica o Palácio do Correio-Mor. O direito e o dinheiro para construir o imponente casarão foi da familia de judeus convertidos à religião dos vencedores (cristãos-novos) dos Matas (por via de se abicharem, como se diria hoje, com a privatização da Mata das Flores, até então terras de El-rey de Portugal). O primeiro dono, Luís Gomes da Mata enriqueceu no cargo de CEO do "Oficio do Correio-Mor" que lhe havia sido outorgado por Filipe III de Espanha. Como paga pela fidelidade, o monarca espanhol em 1606 concedeu-lhe o uso do sobrenome Mata, com direito a carta de brasão, tomando por solar esta propriedade. Moral da história: ontem como hoje, vender a pátria aos estrangeiros dá sempre jeito às algibeiras dos traidores...
"A importância do Correio-Mor e os avultados lucros que advinham desta actividade, desenvolvida durante cerca de 200 anos pela família Gomes da Mata, encontram-se bem expressos no seu Palácio, edificado em Loures no decorrer do século XVIII. A imponência, dimensões e impacto causados por esta construção equivalem, de alguma forma, aos castelos dos responsáveis pelos correios noutros países europeus, como é o caso dos Taxis (Thurn and Taxis Habsburgo-Lorena), que implementaram uma rede de comunicação em todo o império Habsburgo" (vidé: Património Cultural)
"A importância do Correio-Mor e os avultados lucros que advinham desta actividade, desenvolvida durante cerca de 200 anos pela família Gomes da Mata, encontram-se bem expressos no seu Palácio, edificado em Loures no decorrer do século XVIII. A imponência, dimensões e impacto causados por esta construção equivalem, de alguma forma, aos castelos dos responsáveis pelos correios noutros países europeus, como é o caso dos Taxis (Thurn and Taxis Habsburgo-Lorena), que implementaram uma rede de comunicação em todo o império Habsburgo" (vidé: Património Cultural)
sábado, março 14, 2015
Conferência e debate contra a ocupação da Palestina
Com Miko Peled, activista israelita judeu defensor da campanha de boicote a Israel. Autor do livro The General’s Son: É possível acabar com o genocídio na Palestina?
Sim! Esta é a resposta convicta de Miko Peled, filho de um general das Forças de Defesa israelitas. Mas, para isso, há que desmontar três mitos minuciosamente construídos pelas autoridades sionistas – e disseminados como verdades pelos nossos governantes.
1. O primeiro é o de que não vivia nenhum povo naquela terra que, em 1948, foi ocupada por milhares de judeus sionistas vindos dos quatro cantos do globo.
2. O segundo é o de que a ofensiva militar israelita, em 1967, foi uma resposta às ameaças que Israel diz ter enfrentado por parte de alguns países árabes, e que na verdade foi uma oportunidade para ocupar e pilhar parcelas maiores de territórios vizinhos.
3. O terceiro é o de que Israel é a única democracia no Médio-Oriente, quando essa tão elogiada “democracia israelita” abusa brutalmente de cinco milhões de palestinianos.
Estes assuntos, decisivos para se entender o porquê de 66 anos de limpeza étnica na Palestina, continuam na ordem do dia. E é sobre eles que Miko Peled, autor do livro The General’s Son, vem falar a Portugal. Porque a paz na Palestina, o fim da agressão sionista, o respeito pelos direitos humanos e pelas resoluções da Organização das Nações Unidas, que nunca saem do papel, não dizem apenas respeito às mães que perderam os seus filhos na ofensiva de Gaza no último Verão. Não são exclusivos das dezenas de milhares de famílias que viram as suas casas destruídas e os seus escassos bens reduzidos a cinzas. Não pertencem somente aos órfãos enclausurados na Cisjordânia. Dizem respeito a todos nós. A todas as pessoas decentes que acreditam que todos os seres humanos devem ter os mesmos direitos políticos, sociais e religiosos… sem discriminação, sem apartheid. Miko Peled é uma dessas pessoas, um judeu nascido em Israel, profundamente comprometido com a causa de uma Palestina livre de apartheid. Apesar de uma sobrinha sua ter morrido num atentado suicida palestiniano em Jerusalém, Peled nunca deixou de defender o direito dos palestinianos à resistência e de culpar a ocupação israelita pelos atentados que vitimam vidas inocentes.
O Comité de Solidariedade com a Palestina convidou Miko Peled no âmbito da semana internacional contra o Apartheid Israelita. Domingo 15, Auditório do Sindicato dos Professores da Grande Lisboa, pelas 18h30. Rua Fialho de Almeida, 3 (metro São Sebastião)
Sim! Esta é a resposta convicta de Miko Peled, filho de um general das Forças de Defesa israelitas. Mas, para isso, há que desmontar três mitos minuciosamente construídos pelas autoridades sionistas – e disseminados como verdades pelos nossos governantes.
1. O primeiro é o de que não vivia nenhum povo naquela terra que, em 1948, foi ocupada por milhares de judeus sionistas vindos dos quatro cantos do globo.
2. O segundo é o de que a ofensiva militar israelita, em 1967, foi uma resposta às ameaças que Israel diz ter enfrentado por parte de alguns países árabes, e que na verdade foi uma oportunidade para ocupar e pilhar parcelas maiores de territórios vizinhos.
3. O terceiro é o de que Israel é a única democracia no Médio-Oriente, quando essa tão elogiada “democracia israelita” abusa brutalmente de cinco milhões de palestinianos.
Estes assuntos, decisivos para se entender o porquê de 66 anos de limpeza étnica na Palestina, continuam na ordem do dia. E é sobre eles que Miko Peled, autor do livro The General’s Son, vem falar a Portugal. Porque a paz na Palestina, o fim da agressão sionista, o respeito pelos direitos humanos e pelas resoluções da Organização das Nações Unidas, que nunca saem do papel, não dizem apenas respeito às mães que perderam os seus filhos na ofensiva de Gaza no último Verão. Não são exclusivos das dezenas de milhares de famílias que viram as suas casas destruídas e os seus escassos bens reduzidos a cinzas. Não pertencem somente aos órfãos enclausurados na Cisjordânia. Dizem respeito a todos nós. A todas as pessoas decentes que acreditam que todos os seres humanos devem ter os mesmos direitos políticos, sociais e religiosos… sem discriminação, sem apartheid. Miko Peled é uma dessas pessoas, um judeu nascido em Israel, profundamente comprometido com a causa de uma Palestina livre de apartheid. Apesar de uma sobrinha sua ter morrido num atentado suicida palestiniano em Jerusalém, Peled nunca deixou de defender o direito dos palestinianos à resistência e de culpar a ocupação israelita pelos atentados que vitimam vidas inocentes.
O Comité de Solidariedade com a Palestina convidou Miko Peled no âmbito da semana internacional contra o Apartheid Israelita. Domingo 15, Auditório do Sindicato dos Professores da Grande Lisboa, pelas 18h30. Rua Fialho de Almeida, 3 (metro São Sebastião)
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