Avaliar os prós e os contras e legitimar a opção a tomar por referendo teria sido essencial. Mas tal nunca foi feito pelos governos anteriores ps/psd/cds. E mesmo nos países onde esses referendos foram efectuados, com clara opção pelo “Não” na Dinamarca, Irlanda, Holanda e França, a votação foi repetida tantas vezes quanto bastasse até que os povos dessem o aval ao “sim”. Estamos portanto, na Europa*, perante um perverso conluio de governos e falsas oposições. Se e quando houver eleições para escolher entre uma das duas opções e meia do “arco da governação”, a vitória do Partido-que-nunca-foi-Socialista tornará constitucionais (com a maioria de dois terços junto com psd/cds) todos os cortes nos serviços públicos, o roubo das pensões e a “flexibilidade” dos salários direccionados pra a miséria.
a bem da nossa hegemonia prendemos o Sócrates, ok? |
O défice de 3,6% avaliado e previsto para 2014 poderia ter caído, mas foi revisto para 4,8% do PIB. Em 2015 seria obrigatório não ultrapassar os 2,5%, o que significa que as culpas no cartório serão transferidas para o próximo governo. E mais, nenhum destes números conta ainda com a falência do BES e a transferência dos prejuízos para o Novo Banco, isto é, para as contas do Estado.
* "Ao criar a zona Euro, criámos um monstro" diz Thomas Piketty - "Criámos"? . mas, por pretender remendar as contas da classe dominante Yanis Varoufakis teceu-lhe duras criticas, apelidando Piketty de “o último inimigo do igualitarismo” (descubra as diferenças)
* Lendo a imprensa desse ano, a partir de Abril de 2012 a coligação governamental dramatiza a pseudo desavença com o irrevogável Portas ameaçando com um segundo resgate. Depois da grande manifestação popular o Financial Times publica o aviso que o descontentamento ameaça progresso orçamental. Cavaco está
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