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quarta-feira, março 11, 2015

bancos bons para um lado, bancos maus para outro

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A lei proposta pelo Bloco de Esquerda pela voz da economista Mariana Mortágua deve talvez dizer mais ou menos respeito à separação entre a banca de apoio à actividade comercial e a banca de especulação financeira. Quem precisa de financiar a actividade produtiva recorre a um banco, quem quer jogar, apostar ou especular na Bolsa recorre a outro banco "especializado" nesses afazeres parasitários. Misturar as duas coisas dá bota, e da grossa, como se está a ver no caso da falência do BES.

No Ocidente fez jurisdição a Lei Glass–Steagall promulgada por Franklin Roosevelt que obrigava a essa separação para acudir à crise de 1929 provocada pelos especuladores. Mas em 1999 veio o senhor Clinton (um cavalheiro "democrata e de esquerda") que cedeu à pressão dos business-men e aos empresários do Complexo-Militar-Industrial que mandam nos governos dos Estados Unidos e revogou a lei, podendo desde então a Banca dedicar-se em conjunto às duas actividades associadas. O que abriu caminho à proliferação dos "derivados especulativos e afins" associados ao crédito que provocaram a crise de 2008.
Trata-se agora de nem chegar a proibir as duas actividades em conjunto pelos mesmos bancos - mas apenas de impedir que os especuladores possam ter participações em empresas fora da área financeira. Numa tentativa óbvia de reformar o capitalismo, de outro modo, para dar passos na direcção correcta, dever-se-ia pura e simplesmente reivindicar a aniquilação da Banca de especulação.

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