nos arrabaldes de Loures, ao lado de um regato da Mata das Flores fica o Palácio do Correio-Mor. O direito e o dinheiro para construir o imponente casarão foi da familia de judeus convertidos à religião dos vencedores (cristãos-novos) dos Matas (por via de se abicharem, como se diria hoje, com a privatização da Mata das Flores, até então terras de El-rey de Portugal). O primeiro dono, Luís Gomes da Mata enriqueceu no cargo de CEO do "Oficio do Correio-Mor" que lhe havia sido outorgado por Filipe III de Espanha. Como paga pela fidelidade, o monarca espanhol em 1606 concedeu-lhe o uso do sobrenome Mata, com direito a carta de brasão, tomando por solar esta propriedade. Moral da história: ontem como hoje, vender a pátria aos estrangeiros dá sempre jeito às algibeiras dos traidores...
"A importância do Correio-Mor e os avultados lucros que advinham desta actividade, desenvolvida durante cerca de 200 anos pela família Gomes da Mata, encontram-se bem expressos no seu Palácio, edificado em Loures no decorrer do século XVIII. A imponência, dimensões e impacto causados por esta construção equivalem, de alguma forma, aos castelos dos responsáveis pelos correios noutros países europeus, como é o caso dos Taxis (Thurn and Taxis Habsburgo-Lorena), que implementaram uma rede de comunicação em todo o império Habsburgo" (vidé: Património Cultural)
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