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terça-feira, março 31, 2015

Joan Baez, jovem para sempre

Nada e criada numa época de forte contestação social no interior dos Estados Unidos pelos direitos civis, liberdades e garantias, que hoje continuam apenas a ser palavras desligadas do racismo económico que se abate sobre os cidadãos, Joan Baez cedo se converteu numa fervorosa militante anti-guerra. Tanto quando como resposta às convulsões internas os Estados Unidos se viraram em definitivo para o ataque aos recursos externos para, usando os lucros obtidos, calar uma classe média cada vez mais instruida e reivindicativa. Joan Baez começou a sua luta como corista nas canções de Bob Dylan, aka Robert Allen Zimmerman, nascido de emigrantes judeus russos como Zushe ben Avraham, sendo ela própria também filha de emigrantes, no caso mexicanos - o Novo Mundo é isto, um caldeirão civilizacional onde se misturam o melhor e pior de todos os mundos



Passado o flirt inicial com Dylan, Farewell Angelina, na viragem para a década de 70, na região ponta de lança do expansionismo imperialista, o cenário no Vietname era dramático. Imagens do massacre de May Lai, um crime até hoje impune.
Entre os muitos milhares de contestários contra a guerra estava também o jovem John Kerry, que ainda hoje ainda anda como secretário de Estado envolvido noutras guerras. Aos 74 anos Joan Baez também anda. Dá hoje um recital show-bizz como cantora-folk  hoje no Porto e amanhã em Lisboa com o preço médio dos bilhetes entre 25 (visão reduzida) e 40 euros. Come From The Shadows, the Partizan. Obviamente, com saudades de todas essas coisas do passado

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