Uma simples mistificação dos economistas da escola neoliberal norte-americana, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias de Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos. Neste sentido, só o Presente é nosso, não o momento passado nem aquele que aguardamos, porque um está destruido, e do outro, se não lutarmos, não sabemos se existirá.
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quinta-feira, junho 30, 2005
Textos-Chave da Globalização
“Atingimos a época do comércio, época que deverá naturalmente substituir a da guerra, da mesma forma que a da guerra necessáriamente a precedeu.
A Guerra e o Comércio não são mais do que dois meios diferentes de chegar ao mesmo fim, o de possuir aquilo que se deseja. O Comércio não é outra coisa senão uma homenagem prestada à força do possuidor pelo aspirante à posse. É uma tentativa para obter, de comum acordo, aquilo que já se desistiu de obter pela violência.
A guerra é portanto anterior ao comércio. Uma é o impulso selvagem, o outro o cálculo civilizado. É evidente que quanto mais a tendência comercial dominar, mais a tendência guerreira se deverá enfraquecer.
O único objectivo das Nações modernas é o descanso, com o descanso o bem estar, e como fonte do bem estar a Indústria. Cada dia que passa, a guerra torna-se o meio mais ineficaz para atingir esse objectivo(...)
Benjamim Constant –“De lèsprit de Conquête et de l`usurpation dans leurs rapports avec la Civilization Européenne. (1814)
“Pela exploração do mercado mundial, a burguesia deu um caracter cosmopolita à Produção e ao Consumo de todos os paises. Para grande pena dos reaccionários, retirou à industria a sua base nacional. As antigas industrias nacionais foram já aniquiladas ou estão ainda a sê-lo diáriamente. São suplantadas por novas industrias, cuja adopção se torna uma questão de vida ou de morte para todas as nações civilizadas; estas industrias não empregam já matérias primas indígenas, mas matérias primas vindas de regiões mais remotas, e a sua produção é consumida não só no próprio país como em todas as partes do mundo. Em vez das antigas necessidades que eram satisfeitas pelos produtos nacionais, nascem novas necessidades que reclamam, para a sua satisfação, os produtos oriundos dos paises e climas mais distantes. No lugar do antigo isolamento e da autarquia local e nacional, desenvolve-se um comércio generalizado, uma interdependência generalizada das Nações. E o que é verdade quanto à produção material, não o é menos quanto às produções do espirito. As obras intelectuais de uma Nação tornam-se um bem comum. As particularidades e a fronteira nacional tornam-se cada vez mais impossiveis; da multiplicidade das literaturas nacionais e locais, nasce uma literatura mundial”
Karl Marx e Friedrich Engels, “Manifesto do Partido Comunista” (1847)
“O que sucede porém, quando o pensamento Ocidental não se limita já ao seu espaço geográfico original, a esta Europa que o viu nascer em detrimento do mundo orgânico da Idade Média, e se espalha por toda a parte, invadindo os continentes, um após outro, para se tronar um pensamento planetário, presente em todas as coisas, tanto na nossa vida privada como na nossa vida pública? Começa então a era do choque das constelações (...)
Revolução Islâmica (ou outra, hindu, chinesa,etc),,, : qual dos dois termos é mais activo, mais determinante? Revolução ou Islão? É a Religião que muda a Revolução, que a santifica e sacraliza de novo? Ou, pelo contrário, é a Revolução que historiciza a Religião e faz dela uma religião comprometida, ou seja, uma ideologia politica? É evidente, infelizmente, que é sempre a constelação planetária que vence. É ela que retira a outra da sua órbita e a reintegra na sua própria constelação, impondo-lhe as suas próprias leis e a sua própria inércia. Não é a Revolução que se islamiza com vista a um porvir, uma escatalogia, até mesmo a uma transfiguração visionária do mundo como a que antigamente aparecia aos sábios e aos místicos; é o Islão que se torna Ideologia, que entra na História para combater os infiéis, ou seja, as ideologias concorrentes, as quais são geralmente ideologias de esquerda mais bem equipadas e em quaisquer dos casos mais conformes ao espirito da época. Ao proceder deste modo, a religião cai na armadilha da Razão: querendo opôr-se ao Ocidente, ocidentaliza-se; querendo espiritualizar o mundo, seculariza-se; e querendo negar a História, integra-se inteiramente nela”
Daryush Shayegan “Qu`est-ce qu`une révolution religieuse?” (1991)
"ERA UMA VEZ UM ARRASTÃO" Um vídeo de Diana Andringa
“Era uma vez um arrastão” passa em revista um crime que nunca existiu, a atitude dos media perante uma história explosiva e as consequências políticas e sociais de uma notícia falsa. Antes que esta nova crise de pânico passe ao arquivo morto, é necessário inscrevê-la na história da manipulação de massas em Portugal. (ler mais)
AMAZÓNIA
O Brasil desmantelou recentemente uma das muitas quadrilhas de abate de madeira clandestina que tem vindo a destruir a Amazónia, especialmente nos Estados de Manaus, Mato Grosso e Rondónia.
Corrupção e falsificação de documentos têm permitido o derrube ilegal da floresta, e só no caso deste “gang” que actuou durante 14 anos, abateram madeira suficiente para encher 76 mil camiões!.Funcionando desde 1990 esta quadrilha de 89 pessoas terá sido responsável pelo corte ilegal de 1,9 milhões de metros cúbicos de madeira. As investigações que levaram à emissão de 124 mandatos de prisão, abrangem funcionários do Instituto estatal IBAMA e da FEMA (Meio Ambiente) e diversos empresários.
Não será estranho a este esquema, a recente acção de protesto levada a cabo pela Greenpeace à porta das instalações da empresa portuguesa Vicaima/Globaldis, que não tem contudo, consequências conhecidas.
A falsificação de Autorizações de Transporte de Produtos da Floresta (ATPF) que eram duplicadas, vendidas em branco e depois preenchidas, outras ainda usadas segunda vez depois de passarem por processos químicos, foram utilizadas por 431 empresas-fantasma apenas no Estado de Mato Grosso. Este tipo de mercado negro, em conjunto com o abate legalmente consentido, são responsáveis pelo arrasamento de 26.130 Kilómetros quadrados de floresta amazónica só nos últimos dois anos.
Do total das 89 pessoas presas 45 são funcionários dos Institutos Públicos (um dos quais é o próprio Presidente da FEMA), o que indicia que seriam estes os principais instigadores ao corte pela colocação de encomendas aos madeireiros, intermediando depois a comercialização da madeira abatida até aos despachantes e/ou vendedores.
Um dos maiores mandantes e responsável pela desmatação no da Amazónia, é no entanto um dos que não foi ouvido nem achado para o caso: - o próprio Governador de Mato Grosso, Blairo Maggi, cujo secretário de gabinete de governo para o Meio Ambiente Moacir Pires é outro dos presos.
Tudo começou porém muito antes, quando os governantes Brasileiros concertados com os Governos Estaduais tomaram a iniciativa de abrir uma auto-estrada trans-Amazónica há três décadas, abrindo horizontes aos seus interesses:
Nesta fotografia de satélite tirada em 1975 a Rondónia era assim:
Em 2001 o aspecto do mesmo local era este.
(os pontos vermelhos são as localidades – a começar de baixo para cima: João Filipe, Rio Branco,São João, São Cruz e Ariquemmes).
Entretanto, nas “notícias” veiculadas nos órgãos de “informação” Corporativos a mensagem que se passa é a de que foram uns quanto criminosos avulso os autores do crime, ilibando os detentores do Poder, afinal os únicos responsáveis. As taxas de desmatamento continuam a aumentar: leia aqui a opinião de uma ecologista.
Outras fotos, de satélite actuais, podem ser vistas utilizando este site:
www.earth.jsc.nasa.gov
ps * Não é de estranhar o modo como os Media relatam estes acontecimentos, nomeadamente os brasileiros. O próprio Roberto Marinho o todo poderoso dono da TV GLOBO (falecido em 2003)foi acusado de ter sociedades em nome de interpostas pessoas trabalhando no abate ilegal de árvores em Mato Grosso. Voltarei ao assunto num próximo "post" dada a gravidade e as implicações que advêem deste facto. Marinho que deixou uma Fundação deixou tambem herdeiros, a TV GLOBO está bem obrigado, e é a principal sócia da SIC portuguesa de Francisco Balsemão. Vamos averiguar como nasceu o "Império" de Roberto Marinho e aquilo que representa.
quarta-feira, junho 29, 2005
os 200 anos da Batalha de Trafalgar
"Euronews"
* O principio do Império Britânico - em flash, aqui
* e as comemorações comtemporâneas dos vencedores - aqui
Não há notícia de comemorações dos vencidos; Para além da herança da nossa colonização cultural,e do vinho do Oporto inglês,,, que haverá para "comemorar" aqui por estes lados?
* O principio do Império Britânico - em flash, aqui
* e as comemorações comtemporâneas dos vencedores - aqui
Não há notícia de comemorações dos vencidos; Para além da herança da nossa colonização cultural,e do vinho do Oporto inglês,,, que haverá para "comemorar" aqui por estes lados?
terça-feira, junho 28, 2005
A história do arrastão que nunca existiu
Nuno Guedes, no jornal "A Capital", explica finalmente num texto plausivel e sério a "história do Arrastão" na praia de Carcavelos - uma excepção pelo meio de toda a macacada de informação e contrainformação que de forma sistemática intoxicou a opinião pública, criando um clima de medo e procurando desviar a atenção dos cidadãos dos seus problemas essenciais! - Aqui
* do blogue "Luta Social:
"As causas do “arrastão” poderão estar a vista, segundo um relatório insuspeito da OCDE, publicado pelo DESTAK, revela que o desemprego entre os jovens dos 15 aos 24 anos, passou de 9,4 % para 15,3% desde 2001.Este valor situa-se acima da média dos 30 países analisados no documento, mais a baixo na média da EU.Portugal tem o pior sistema educativo dos países da Europa Ocidental"(...)
continue a ler - Aqui
* do blogue "Luta Social:
"As causas do “arrastão” poderão estar a vista, segundo um relatório insuspeito da OCDE, publicado pelo DESTAK, revela que o desemprego entre os jovens dos 15 aos 24 anos, passou de 9,4 % para 15,3% desde 2001.Este valor situa-se acima da média dos 30 países analisados no documento, mais a baixo na média da EU.Portugal tem o pior sistema educativo dos países da Europa Ocidental"(...)
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Bidil - o novo medicamento só para pretos
Na América do Norte (onde mais poderia ser?) está a causar polémica um novo medicamento lançado pela empresa Nitromed designado "BIDIL" que foi aprovado para o tratamento de doentes cardiovasculares, mas adaptado em exclusivo às caracteristicas genéticas do grupo étnico de Negros Afro-Americanos.
Serão as drogas Étnicas um "Tratamento sensivel" ou uma "Ideologia racista"? - A noticia publicada no "Post" e uma reacção neste blog - Aqui
Sobre o Estado e as Corporações - entrevista com Noam Chomsky
Há quase dois séculos, James Madison na fase inicial do capitalismo moderno, descreveu a relação entre os negócios e os governos como a de "instrumentos e tiranos". Disse que os negócios são "os instrumentos e os tiranos" dos governos. Hoje em dia, esta definição é virtualmente a definição do mundo. As Corporações Multinacionais são os instrumentos e os potenciais tiranos dos Estados , por conseguinte será muito difícil fazer uma distinção entre ambos.
P- Poderia detalhar como as corporações chegaram a ser tão poderosas?
Continue a ler a "entrevista com Noam Chomsky" - AQUI
Artigos relacionados:
* "A industria norte-americana está bem representada no novo Governo Francês"
* "CORRUPÇÃO PARLAMENTAR - O número de "lobbyistes" duplicou desde que George Bush chegou à Casa Branca"
segunda-feira, junho 27, 2005
Armas, Droga, Banca, Petrolíferas, Farmacêuticas, Imobiliárias,,,
,,,enfim as Empresas em liberdade, trabalham para que o “mundo injusto” tal qual Sócrates o referiu, seja possível!,,, subalternizando o Estado, o qual no caso português não tem, decididamente, uma expressão maior do que qualquer Companhia multinacional média.
O (des)Governo PS pretende dar uma AMNISTIA FISCAL a quem (pessoas e empresas) possua contas bancárias no estrangeiro, as quais a partir de agora passam a pagar apenas 5% (se forem declaradas). Pela lei em vigor são obrigadas ao pagamento de 25 por cento.
O líder do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, ao mesmo tempo que decide protestar na Assembleia da Republica contra este projecto de “lei”, lembra o caso de Al Capone que foi apanhado pelas autoridades devido a irregularidades em duas contas bancárias. Seriam sem dúvida outros tempos, se fosse hoje com o PS, “Al Capone" pagaria os 5% do imposto e ficaria livre!”, concuiu Louçã.
Uma ouvinte no fórum da TSF barafustava contra o secretismo dúbio em que interage o Poder Politico com o Poder Judicial – “eles fazem as leis em seu próprio beneficio” – efectivamente não há cão nem gato com cargo público que não tenha actividade em empresas. “Precisavam era de ser todos julgados, mas não era nos tribunais deles, era em Tribunais Populares”,,, e aí a TSF cortou-lhe o pio.
Embora agravado pelo facto do nosso país produzir como se fosse do 3º mundo e ter hábitos de consumo como se fosse do 1º mundo, o problema está muito longe de ser apenas português: o novo ministro da Economia e Finanças francês Thierry Bretton, dias depois de “receitar” remédios (neoliberais) para a segurança social, foi hoje envolvido num escândalo com a empresa Rhodia de que foi administrador.
A cada minuto que passa cada ilegalidade de que se torna conhecimento público. Seguramente, muito mais de 90% dos casos nunca chegam a ser conhecidos. São arquivados sem sequer haver investigação prévia.
“Um sinal verde para os especuladores.Aqui, parece que o crime compensa”
A frase foi proferida pelo lider do PCP quando se referia a uma decisão governamental de aceitar o regresso de capitais sediados em off-shores, mediante a cobrança de uma taxa de 5%. Jerónimo de Sousa insurgiu-se por considerar este um caso típico de “lavagem de dinheiro que agora era recebido de braços abertos”. José Sócrates teve uma resposta resignada: “temos de ter uma atitude pragmática, o mundo é injusto mas é nele que vivemos, e para Portugal é muito importante que esses capitais regressem”.
A Globalização comandada pela livre circulação do Capital Financeiro em rota de colisão com os Valores Sociais
A fuga do Capital Financeiro para os Paraísos Fiscais possibilitada a partir da liberalização global americana decretada na década de 90 por Reagan e Tatcher, tem uma finalidade: a fuga aos impostos e ao não cumprimento das actividades sociais a que as Empresas Supranacionais estão obrigadas pelas legislações dos Estados; o não cumprimento com as normas ambientais e as práticas poluidoras, que são contornadas pela compra de favores e pela Corrupção. Tudo é “legalizável” nas mãos destes poderosos interesses envolvendo Empresas e Poderes Públicos dos Estados. Este tipo de actividades subterrâneas são o complemento “natural” das actividades legalmente constituidas, e dão origem a uma Economia Paralela que movimenta elevadíssimos recursos, estimando-se que em Portugal este tipo de actividade criminosa ronde os 30% do PIB legal.
A “liberdade económica”, a “liberdade de movimento de capitais” aparece como uma referência inalienável para os vencedores da Globalização.O dinheiro assume-se como simbolo do Poder e da felicidade, fim último da Vida em camadas crescentes da população. Essa “liberdade” é um suporte fundamental para o “branqueamento de capitais” isto é para a passagem de capital-dinheiro das actividades ilegais para as legais. “Torna-se impossivel deitar a mão à fortuna dos grupos criminosos.Qualquer que seja a eficácia da policia e da justiça, os lucros acumulados permanecem intocáveis no espaço do Mercado financeiro global, onde o Direito não entra” (Martin&Schuman,1999).
Foi por este tipo de organização da Sociedade que Mário Soares se bateu no PREC, cujos mentores, depois haveria de trazer para Portugal sob a forma de grandes amigalhaços – o ex-director da CIA, Frank Carlucci por exemplo, agora envolvido no escândalo da Euroamer com Artur Albarran, foi até condecorado pelo Estado português no ano passado. (!). A Euroamer é uma empresa de capitais mistos luso-americanos que foi apresentada em 1997 na própria residência oficial da embaixadora americana em Portugal, na altura Elizabeth Beagley, integrando na administração personalidades influentes da politica americana, entre os quais o senador luso-americano Tony Coelho, tudo gente próxima do ex-presidente Clinton.
Os paraisos fiscais existem para permitir a criação de Empresas com um só accionista, sem objecto social, de companhias apenas com apartados de caixa de correio.Parece ser este o caso das inúmeras “empresas” de Artur Albarran (o sócio local) que gravitam na órbita da Euroamer, quase todas elas à beira da ruina, falidas ou com intervenção judicial, enquanto os lucros “voaram” para as empresas legais do Grupo internacional. Sobram no entanto uns trocos que Albarran utiliza p/e para a construção de uma mega-mansão-hollywoodesca em Nafarros, subornando a Câmara Municipal de Sintra na altura gerida por Edite Estrela, para escapar ao parecer prévio das autoridades do Parque Natural Sintra-Cascais.A investigação que a Inspecção-Geral de Finanças (IGF) tem vindo a fazer às empresas Euroamer, deu origem ao caso do relatório fotocopiado por uma alta funcionária da PGR – Teresa S. cujo julgamento está em curso – pela alegada tentativa de extorsão a Artur Albarran.
Esta promiscuidade entre o Capital Criminoso e o Estado é explicada no livro de Maria José Morgado e de José Vegar:
“A colocação directa do chamado “hot money”, que envolve o nível de risco mais elevado mais elevado, consiste na aplicação directa, por parte ou a mando do criminoso, do produto da sua actividade em depósitos bancários, casa de câmbios, jogo, e na aquisição dos mais variados bens, como Imobiliário, carros topo de gama, Ouro, antiguidades, investimentos em Clinicas (hospitais privados), obras de Arte e até no passe de desportistas. (...) Nesta etapa, o criminoso está altamente dependente do auxílio de terceiros (os sócios locais) e as tipologias de colocação são inúmeras. Segue-se a circulação, que não é mais do que a eliminação do rasto do dinheiro, que visa impossibilitar a produção de prova sobre a autoria ou existência de crimes(...)
A terceira etapa é, óbviamente, a integração do dinheiro já pré-lavado, no circuito financeiro legal, e a sua aplicação em actividades económicas comuns e lícitas”. De onde resulta:
“A partir do momento em que o circuito é completado, e os fundos criminosos injectados na Economia Legítima, eleva-se extraordináriamente o risco do domínio das Instituições ou de sectores vitais da economia e do mercado pelas associações criminosas”
Sobre isto, no fundamental sobre a livre circulação entre mercados financeiros, PS e PSD entendem-se bem – com a possibilidade de transferências quase instantâneas entre praças de todo o mundo e os Off-Shores o PS e o PSD no controlo do Estado (30 anos de “Governo”) - são instrumentos eficazes nesta passagem do ilegal para o legal.
A não intervenção do Estado (ou no caso de Sócrates até à captação descarada desses capitais para financiar o Estado), o desaparecimento de fronteiras, a fluidez dos Mercados e o anonimato são os factores que permitem este entrelaçamento da Politica com a Corrupção.
A Globalização comandada pela livre circulação do Capital Financeiro em rota de colisão com os Valores Sociais
A fuga do Capital Financeiro para os Paraísos Fiscais possibilitada a partir da liberalização global americana decretada na década de 90 por Reagan e Tatcher, tem uma finalidade: a fuga aos impostos e ao não cumprimento das actividades sociais a que as Empresas Supranacionais estão obrigadas pelas legislações dos Estados; o não cumprimento com as normas ambientais e as práticas poluidoras, que são contornadas pela compra de favores e pela Corrupção. Tudo é “legalizável” nas mãos destes poderosos interesses envolvendo Empresas e Poderes Públicos dos Estados. Este tipo de actividades subterrâneas são o complemento “natural” das actividades legalmente constituidas, e dão origem a uma Economia Paralela que movimenta elevadíssimos recursos, estimando-se que em Portugal este tipo de actividade criminosa ronde os 30% do PIB legal.
A “liberdade económica”, a “liberdade de movimento de capitais” aparece como uma referência inalienável para os vencedores da Globalização.O dinheiro assume-se como simbolo do Poder e da felicidade, fim último da Vida em camadas crescentes da população. Essa “liberdade” é um suporte fundamental para o “branqueamento de capitais” isto é para a passagem de capital-dinheiro das actividades ilegais para as legais. “Torna-se impossivel deitar a mão à fortuna dos grupos criminosos.Qualquer que seja a eficácia da policia e da justiça, os lucros acumulados permanecem intocáveis no espaço do Mercado financeiro global, onde o Direito não entra” (Martin&Schuman,1999).
Foi por este tipo de organização da Sociedade que Mário Soares se bateu no PREC, cujos mentores, depois haveria de trazer para Portugal sob a forma de grandes amigalhaços – o ex-director da CIA, Frank Carlucci por exemplo, agora envolvido no escândalo da Euroamer com Artur Albarran, foi até condecorado pelo Estado português no ano passado. (!). A Euroamer é uma empresa de capitais mistos luso-americanos que foi apresentada em 1997 na própria residência oficial da embaixadora americana em Portugal, na altura Elizabeth Beagley, integrando na administração personalidades influentes da politica americana, entre os quais o senador luso-americano Tony Coelho, tudo gente próxima do ex-presidente Clinton.
Os paraisos fiscais existem para permitir a criação de Empresas com um só accionista, sem objecto social, de companhias apenas com apartados de caixa de correio.Parece ser este o caso das inúmeras “empresas” de Artur Albarran (o sócio local) que gravitam na órbita da Euroamer, quase todas elas à beira da ruina, falidas ou com intervenção judicial, enquanto os lucros “voaram” para as empresas legais do Grupo internacional. Sobram no entanto uns trocos que Albarran utiliza p/e para a construção de uma mega-mansão-hollywoodesca em Nafarros, subornando a Câmara Municipal de Sintra na altura gerida por Edite Estrela, para escapar ao parecer prévio das autoridades do Parque Natural Sintra-Cascais.A investigação que a Inspecção-Geral de Finanças (IGF) tem vindo a fazer às empresas Euroamer, deu origem ao caso do relatório fotocopiado por uma alta funcionária da PGR – Teresa S. cujo julgamento está em curso – pela alegada tentativa de extorsão a Artur Albarran.
Esta promiscuidade entre o Capital Criminoso e o Estado é explicada no livro de Maria José Morgado e de José Vegar:
“A colocação directa do chamado “hot money”, que envolve o nível de risco mais elevado mais elevado, consiste na aplicação directa, por parte ou a mando do criminoso, do produto da sua actividade em depósitos bancários, casa de câmbios, jogo, e na aquisição dos mais variados bens, como Imobiliário, carros topo de gama, Ouro, antiguidades, investimentos em Clinicas (hospitais privados), obras de Arte e até no passe de desportistas. (...) Nesta etapa, o criminoso está altamente dependente do auxílio de terceiros (os sócios locais) e as tipologias de colocação são inúmeras. Segue-se a circulação, que não é mais do que a eliminação do rasto do dinheiro, que visa impossibilitar a produção de prova sobre a autoria ou existência de crimes(...)
A terceira etapa é, óbviamente, a integração do dinheiro já pré-lavado, no circuito financeiro legal, e a sua aplicação em actividades económicas comuns e lícitas”. De onde resulta:
“A partir do momento em que o circuito é completado, e os fundos criminosos injectados na Economia Legítima, eleva-se extraordináriamente o risco do domínio das Instituições ou de sectores vitais da economia e do mercado pelas associações criminosas”
Sobre isto, no fundamental sobre a livre circulação entre mercados financeiros, PS e PSD entendem-se bem – com a possibilidade de transferências quase instantâneas entre praças de todo o mundo e os Off-Shores o PS e o PSD no controlo do Estado (30 anos de “Governo”) - são instrumentos eficazes nesta passagem do ilegal para o legal.
A não intervenção do Estado (ou no caso de Sócrates até à captação descarada desses capitais para financiar o Estado), o desaparecimento de fronteiras, a fluidez dos Mercados e o anonimato são os factores que permitem este entrelaçamento da Politica com a Corrupção.
domingo, junho 26, 2005
apelo à GREVE GERAL
Contra o Comité Central do Capital, reunido no actual governo de continuidade PS-PSd-PP
O Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (SINTAP), desenvolve contactos pela unidade de diversos sindicatos, afectos à CGTP e UGT , mas também a estruturas independentes das duas centrais sindicais, como as que representam juízes, magistrados e forças de segurança, por forma a "manter acesa a chama da contestação" tendo em vista convocar uma GREVE GERAL.
O Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (SINTAP), desenvolve contactos pela unidade de diversos sindicatos, afectos à CGTP e UGT , mas também a estruturas independentes das duas centrais sindicais, como as que representam juízes, magistrados e forças de segurança, por forma a "manter acesa a chama da contestação" tendo em vista convocar uma GREVE GERAL.
sábado, junho 25, 2005
O caso da Vereadora que precisaria de ser omnipresente para desempenhar todos os cargos para que não foi eleita
PS= PSD .Ser social-democrata nas condições actuais é impossível,,, a deriva neoliberal impede-o!.
PS e PSD entendem-se bem:
Um dia depois de ter vindo à baila (“Público”,pág.58 de 24/Junho) mais uma bronca com os ordenados dos gestores públicos, onde por exemplo a vereadora do Urbanismo da Câmara de Lisboa Eduarda Napoleão que acumula cargos com a empresa municipal Ambélis (imcumbida da obscura tarefa de “promover o desenvolvimento económico de Lisboa”) , em conjunto ganha (ordenados no total de 116 mil euros= + de 2000 contos mês, a que se acrescenta um lugar na administração da EPUL com mais 5750 €/mês) muito mais do que o próprio Presidente da Republica, o que é proibido por lei (Lei 29/87) alem de impedir Sampaio,coitado, de não poder acumular tachos pela natureza da função que exerce!,,,
(ufa! haja fôlego),,,
,,,a CML fechou os olhos ao inicio da demolição da casa onde viveu Almeida Garrett,,, contra o parecer do IPPAR e de diversas associações cívicas de lisboetas,
ordenada pelo seu actual proprietário, Manuel Pinho, actual ministro da Economia do governo PS, apesar de ainda não haver licenciamento para o inicio das obras,,,(coisa de profissionais pois o início da demolição verifa-se a um sábado, dia em que a fiscalização é praticamente inactiva). A vereadora do Urbanismo Maria Eduarda Casadinho Napoleão é formada em Artes Plásticas, portanto uma "artista", cujas aptidões pesaram decerto na decisão de trazer para Lisboa a ex-vereadora da Câmara Municipal da Figueira da Foz pelo doutor Santana do Lopes.
A ironia está em a doutora Napoleão ter sido anteriormente vice-presidente do Instituto Português do Património Arquitectónico. Efectivamente,,,
,,,lá estava ali em Campo de Ourique, a tabuleta – “"No dia 9 de Dezembro de 1854 falleceo n'esta casa o poeta portuguez Visconde D'Almeida Garrett"
Com a demolição deste património deviam-se tambem “demolir” as intenções de voto em Carmona Rodrigues e/ou no auto-suspenso Carrilho,,, um deles o senhor que se segue aos que já estão.
clique na imagem para ampliar
** Desenvolvimento posterior (29 Junho) - A vingança do morto-vivo:
do PUBLICO: «O presidente da Câmara de Lisboa, Pedro Santana Lopes, mandou hoje suspender a demolição, iniciada na semana passada, da casa onde viveu o escritor Almeida Garrett, em Campo de Ourique, anunciou hoje o gabinete da presidência da autarquia. (desautorizando a Vereadora!)
Scott Ritter à Aljazeera: "A guerra contra o Irão já começou"
Scott Ritter foi o chefe dos inspectores de armas da ONU no Iraque,entre 1991 e 1998, e é hoje o autor do livro “Iraq Confidential: The Untold Story of America's Intelligence Conspiracy,” que será publicado em Outubro de 2005.
Referindo-se ao Iraque em 16 de Outubro de 2002, o presidente Bush disse ao povo americano que “não havia ordenado o uso da força. Espero que o uso da força não seja necessário”.
Sabemos agora que essa declaração era em si, uma MENTIRA premeditada. A entrevista de Scott Ritter traduzida para espanhol - Aqui
english.aljazeera.net
* Scott Ritter: "Hijacking Democracy in Iraq"
* True Lies
sexta-feira, junho 24, 2005
ATTAC
MANIFESTO PARA A REFUNDAÇÃO DEMOCRÁTICA DA EUROPA
www.france.attac.org
* NON - Uma vitória contra o aparelho de dominação da burguesia monopolista - por Maurice Cukierman - Aqui
quinta-feira, junho 23, 2005
Fujam!, ou tapem os ouvidos,,,Eles vêm aí!
"Eurocrats plan grand tour to win hearts of citizens"
Blair e Barroso - Quem é quem? no pós Acordo das Lages
www.telegraph.co.uk
O dossier Europa está agora debaixo da batuta de Londres.
Ângela Merkel, a líder da oposição democrata-cristã da Alemanha deu o sinal ao declara o seu apoio ao 1º ministro britânico, colocando-se numa posição chave para destronar Gerhard Schoeder nas póximas eleições de 18 de Setembro.
Uma aproximação Londres-Berlim não muda a correlação de forças (tão só o desejo politico de emancipação) na Europa: continua a fazer desta um mero veículo das politicas neoliberais como pólo de dominação global Imperial americana. Este fingido volte-face tem uma explicação económica (que como sabemos desde Marx é a base que determina todas as outras vertentes) que vem na página 36 do “Publico” de hoje (disponível online só para assinantes):
“Plano Marshall salva défice alemão”
O porta voz do Ministério da Economia Stefan Giffeler informou que o Gabinete Federal aprovou um projecto-lei que possibilita a mobilização de dois mil milhões de euros provenientes do European Recovery Program (ERP) – conhecido mais correntemente pelo nome do secretário de Estado norte-americano George C. Marshall- para combater o défice, que em 2005 deverá ultrapassar pela quarta vez consecutiva o tecto dos 3%. Segundo o porta-voz, os fundos do ERP – que permitiram a reconstrução germânica e europeia no pós-guerra – irão perder o seu estatuto de “receitas especiais” (como “receita especial” este dinheiro nunca fez parte do Orçamento de Estado ( neo-colónia). O projecto de lei prevê que o Ministério da Economia, que administra o ERP, transferirá a totalidade dos 12 mil milhões do fundo para o banco estatal KfW, de onde esta Instituição irá transferindo verbas para o Ministério das Finanças. A concretização desta sequência de medidas é incerta. Precisa que a Alemanha cumpra o contrato “elegendo” Ângela Merkel!
business is bussiness
* “Foi como se o Tom Cruise tivesse ido a uma companhia de teatro amador”
Editorial do "Guardian", sobre a visita de Tony Blair ao Parlamento Europeu,
Blair e Barroso - Quem é quem? no pós Acordo das Lages
www.telegraph.co.uk
O dossier Europa está agora debaixo da batuta de Londres.
Ângela Merkel, a líder da oposição democrata-cristã da Alemanha deu o sinal ao declara o seu apoio ao 1º ministro britânico, colocando-se numa posição chave para destronar Gerhard Schoeder nas póximas eleições de 18 de Setembro.
Uma aproximação Londres-Berlim não muda a correlação de forças (tão só o desejo politico de emancipação) na Europa: continua a fazer desta um mero veículo das politicas neoliberais como pólo de dominação global Imperial americana. Este fingido volte-face tem uma explicação económica (que como sabemos desde Marx é a base que determina todas as outras vertentes) que vem na página 36 do “Publico” de hoje (disponível online só para assinantes):
“Plano Marshall salva défice alemão”
O porta voz do Ministério da Economia Stefan Giffeler informou que o Gabinete Federal aprovou um projecto-lei que possibilita a mobilização de dois mil milhões de euros provenientes do European Recovery Program (ERP) – conhecido mais correntemente pelo nome do secretário de Estado norte-americano George C. Marshall- para combater o défice, que em 2005 deverá ultrapassar pela quarta vez consecutiva o tecto dos 3%. Segundo o porta-voz, os fundos do ERP – que permitiram a reconstrução germânica e europeia no pós-guerra – irão perder o seu estatuto de “receitas especiais” (como “receita especial” este dinheiro nunca fez parte do Orçamento de Estado ( neo-colónia). O projecto de lei prevê que o Ministério da Economia, que administra o ERP, transferirá a totalidade dos 12 mil milhões do fundo para o banco estatal KfW, de onde esta Instituição irá transferindo verbas para o Ministério das Finanças. A concretização desta sequência de medidas é incerta. Precisa que a Alemanha cumpra o contrato “elegendo” Ângela Merkel!
business is bussiness
* “Foi como se o Tom Cruise tivesse ido a uma companhia de teatro amador”
Editorial do "Guardian", sobre a visita de Tony Blair ao Parlamento Europeu,
Visto nas televisões - no passeio pelas “empresas tecnológicas de sucesso no país” Jorge Sampaio visitou uma fábrica de chapéus. Para grande divertimento da numerosa comitiva presidencial verificou que o primeiro chapéu que experimentou, era pequenino e não lhe servia.
- A OECD calcula que a INFLACAO SALARIAL nos três anos 1999-2001 foi quase CINCO VEZES MAIS do que as principais economias da UE.
- Entre 1999 e 2000 a INFLACAO INDUSTRIAL - o preço dos produtos produzidos em Portugal - foram QUATRO VEZES MAIS ELEVADOS que a média europeia.
- A Dívida externa portuguesa (2003) de US$ 211,700,000,000 (em dólares), era a maior dívida per capita do mundo!
Exportações = US$ 31.13 billion f.o.b.
Importações = US$ 43.73 billion f.o.b.
Déficit = US$14.60 billion f.o.b.
Vamos então ver qual a principal razão para o Presidente andar com a “careca” à mostra:
A Divisão de Classes em Portugal
(Números estatísticos mencionados no estudo de Manuel Brotas publicado Aqui)
A população total residente em território português, entre nacionais e estrangeiros era em 2001 (último Censo conhecido) de 10 milhões e 400 mil habitantes, dos quais 5,366 milhões, grosso modo um pouco mais de metade da população era inactiva, sendo a população activa aproximadamente de 48,2% (cerca de 5 milhões), subdivididas nos seguintes conjuntos sociais:
- A Classe Operária
O proletariado industrial, incluindo obras públicas, energia, minas e transportes, representa 39% da população activa, empregues em empresas regidas num sistema de capitalismo de monopólios públicos e privados, num total de 1 milhão e 480 mil efectivos, a que se acrescentam os trabalhadores independentes e do sector informal, emigrantes clandestinos e desempregados, totalizando assim 2 milhões e 145 mil pessoas.(43%)
- As Classes Médias
O grande sector dos assalariados por conta de outrem não operários, empregues na maioria no sector de Serviços, funcionários públicos, militares, etc, estimando-se em 1 milhão e 850 mil pessoas.(37%)
A pequena-burguesia, trabalhadores por conta própria, com mão de obra familiar, os microempresários e as camadas inferiores da burguesia de falsos assalariados,quadros tecnocratas,etc, no total de 800 mil pessoas não assalariadas. (16%)
Estima-se que este sector da população é responsável por 30% do produto que se transacciona na Economia informal ou paralela, “empregando” trabalhadores não legalizados, precários, a recibo verde, “biscateiros”, etc.
- A Burguesia (2,5%)
A Classe dominante do regime social, constituida fundamentalmente pelos proprietários dos meios de produção e de troca, que vivem da exploração do trabalho alheio. Compreende os dirigentes e grandes accionistas das empresas e sociedades financeiras; os empresários e os patrões de todos os sectores que empregam trabalho assalariado, salvo quando em número muito reduzido; os especuladores, nomeadamente da Bolsa; os grandes detentores de activos financeiros; os grandes promotores e proprietários imobiliários; os grandes proprietários rurais; todos quantos vivem de grandes rendimentos da propriedade ou dispõem de meios para abocanhar fracções consideráveis da mais-valia produzida socialmente.
Conclusões:
-Considerando que só o Trabalho produz Valor, temos em Portugal uma situação em que apenas 39% da população activa (os operários) num número de 1,95 milhão de pessoas, produzem riqueza (legalizada) contribuindo para a construção do PIB num país de 10,4 milhões de habitantes.
- Trabalham efectivamente - 18,8% da população - que por meios diversos sustentam desde os subsidios sociais devidos, até ao mais puro parasitismo, passando por toda uma panóplia de “organizadores” – ou seja, sustentam os restantes 81,2% dos portugueses.
- A OECD calcula que a INFLACAO SALARIAL nos três anos 1999-2001 foi quase CINCO VEZES MAIS do que as principais economias da UE.
- Entre 1999 e 2000 a INFLACAO INDUSTRIAL - o preço dos produtos produzidos em Portugal - foram QUATRO VEZES MAIS ELEVADOS que a média europeia.
- A Dívida externa portuguesa (2003) de US$ 211,700,000,000 (em dólares), era a maior dívida per capita do mundo!
Exportações = US$ 31.13 billion f.o.b.
Importações = US$ 43.73 billion f.o.b.
Déficit = US$14.60 billion f.o.b.
Vamos então ver qual a principal razão para o Presidente andar com a “careca” à mostra:
A Divisão de Classes em Portugal
(Números estatísticos mencionados no estudo de Manuel Brotas publicado Aqui)
A população total residente em território português, entre nacionais e estrangeiros era em 2001 (último Censo conhecido) de 10 milhões e 400 mil habitantes, dos quais 5,366 milhões, grosso modo um pouco mais de metade da população era inactiva, sendo a população activa aproximadamente de 48,2% (cerca de 5 milhões), subdivididas nos seguintes conjuntos sociais:
- A Classe Operária
O proletariado industrial, incluindo obras públicas, energia, minas e transportes, representa 39% da população activa, empregues em empresas regidas num sistema de capitalismo de monopólios públicos e privados, num total de 1 milhão e 480 mil efectivos, a que se acrescentam os trabalhadores independentes e do sector informal, emigrantes clandestinos e desempregados, totalizando assim 2 milhões e 145 mil pessoas.(43%)
- As Classes Médias
O grande sector dos assalariados por conta de outrem não operários, empregues na maioria no sector de Serviços, funcionários públicos, militares, etc, estimando-se em 1 milhão e 850 mil pessoas.(37%)
A pequena-burguesia, trabalhadores por conta própria, com mão de obra familiar, os microempresários e as camadas inferiores da burguesia de falsos assalariados,quadros tecnocratas,etc, no total de 800 mil pessoas não assalariadas. (16%)
Estima-se que este sector da população é responsável por 30% do produto que se transacciona na Economia informal ou paralela, “empregando” trabalhadores não legalizados, precários, a recibo verde, “biscateiros”, etc.
- A Burguesia (2,5%)
A Classe dominante do regime social, constituida fundamentalmente pelos proprietários dos meios de produção e de troca, que vivem da exploração do trabalho alheio. Compreende os dirigentes e grandes accionistas das empresas e sociedades financeiras; os empresários e os patrões de todos os sectores que empregam trabalho assalariado, salvo quando em número muito reduzido; os especuladores, nomeadamente da Bolsa; os grandes detentores de activos financeiros; os grandes promotores e proprietários imobiliários; os grandes proprietários rurais; todos quantos vivem de grandes rendimentos da propriedade ou dispõem de meios para abocanhar fracções consideráveis da mais-valia produzida socialmente.
Conclusões:
-Considerando que só o Trabalho produz Valor, temos em Portugal uma situação em que apenas 39% da população activa (os operários) num número de 1,95 milhão de pessoas, produzem riqueza (legalizada) contribuindo para a construção do PIB num país de 10,4 milhões de habitantes.
- Trabalham efectivamente - 18,8% da população - que por meios diversos sustentam desde os subsidios sociais devidos, até ao mais puro parasitismo, passando por toda uma panóplia de “organizadores” – ou seja, sustentam os restantes 81,2% dos portugueses.
a América Latina desafia o Império de Bush
Em apenas uma semana, outro Presidente latino-americano caiu face ao movimento de massas anti-Imperialista, e Washington perdeu uma importante batalha, na Organização dos Estados Americanos (OEA) conduzida sob a supervisão do Governo de Esquerda Venezuelano. Terá W. Bush perdido o controlo do seu próprio “quintal”? Nos links seguintes fica uma visão especial sobre todo o Continente que maltrata a economia Global hegemónica dos EUA:
* BOLIVIA: “A segunda guerra do Gáz Natural"
* BOLIVIA: “Movimento da vanguarda em direcção para onde?"
* AMERICA LATINA: "Washington perde – outra vez",,,
* ECUADOR: "Presidente na corda-bamba"
* COLOMBIA: "A outra guerra de Washington pelo Petróleo"
* ARGENTINA: "A crise Sul-americana: o processo de Kirchner"
E ameaça perder a guerra até na sua própria casa.Oxalá!
* ESTADOS UNIDOS: "6 em cada 10 americanos quer a América fora do Iraque"
A ver a Banda passar - o Brasil Neoliberal de Lula:
Pérdêu o quintau americano?,,,óh pá minha cara de preocupado!
Então? Mas afinal eu é que sou “comunista” e da minha “liderança” só me falam de Corrupção? Cadê o meu povo revolucionário? (tá Aqui!!)
* Carta ao povo brasileiro - no La Insignia - Aqui
* QUEM QUER O GOVERNO LULA? - "Lula está numa encruzilhada. Ou num dilema"
quarta-feira, junho 22, 2005
Que Verdade para o 11 de Setembro Americano?
Morgan Reynolds o economista-chefe do Centro de Justiça Penal no Centro Nacional de Análise Política em Dallas, no Texas, e ex-colaborador de Bush no Governo dos EUA veio publicamente dizer há poucos dias que “o colapso das Torres Gémeas foi provavelmente uma demolição controlada, efectuada com a colocação de cargas explosivas interiores”! e afirmou mais: “que a versão oficial sobre o 11/9 é falsa e que foi muito conveniente a queda de 3 arranha-céus encenada como um ataque aos Estados Unidos” (artigo traduzido Aqui)
O que aconteceu realmente? Quem lucrou com o acontecimento? Confirmar-se-á o 11 de Setembro como o inicio do caminho para uma nova era de Tirania?
clique em todas as imagens para ampliar
A Torre 1 do WTC desmoronou-se cerca das 11 horas da manhã do dia 11/9. Os danos pretensamente causados pelo impacto teriam provocado dois ligeiros incêndios no Edifício 7, (vísiveis na imagem do lado esquerdo), ao nível dos 6º e 11º pisos, perfeitamente controláveis. No entanto o Edifício 7 desmorona-se cerca das 17 horas exactamente “como num processo de demolição controlada”!,,,(Vidé imagem em cima do lado direito). Passando ao lado do facto de que pelo meio entre a Torre 1 e o Edifício 7 (47 andares) existir o Edifício nº 6 que não foi preciso demolir senão em Dezembro de 2001 por razões de reconstrução do conjunto (vidé esquema em baixo - o edifício 7 situa-se fora do perímetro do WTC),a versão oficial de que o edifício ruiu por simpatia é muito questionável.
Pesquisas sobre o assunto: Aqui
Na conferência "CONFRONTANDO A EVIDÊNCIA" patrocinada pelo “Reseau Voltaire” demonstrou-se com vídeos e fotografias que os danos causados não eram de forma nenhuma suficientes para causar o desmoronamento, com especial enfoque nos seguintes pontos:
* As múltiplas explosões ouvidas por diversas testemunhas ao nível dos pisos térreos e caves dos edifícios - www.infowars.com
* O inexplicável colapso da Torre 7 - www.prisonplanet.com
* A ausência no solo de vestígios ou fragmentos de qualquer avião no pretenso ataque ao Pentágono - www.pentagonstrike.co.uk
Conhecimento é Poder! – Quem sabia antecipadamente que o 11/9 iria acontecer?
È conhecida a “coincidência” do direito de leasing e as acções do WTC terem mudado de mãos sendo vendidas apenas 7 semanas antes do 11/9, cujo valor passaria depois a ser insignificante.
Daí que tenha vindo a ser considerado “culpado de capitalismo escandalosamente desonesto” o arrendatário dos terrenos do WTC o magnata Larry Silverstein pela “sabotagem” que lhe proporcionou 500 milhões de dólares de lucro pagos pelas seguradoras (!) apenas pela Industrial Risk Insurers relativamente ao Edifício 7 o único que tinha o pagamento das apólices em dia, tendo todas as restantes indemnizações sido pagas por motivos políticos.As próprias Companhias de Seguros admitem ser o processo uma potencial fraude.
O próprio Silverstein o admitiu em declarações numa entrevista televisiva, e o apresentador Alex Jones sabe o que afirma, e a prova é que as suas declarações foram censuradas, saindo a sua emissão do ar “misteriosamente” nos precisos 10 minutos em que falava na TV sobre tudo isto – Veja aqui o VIDEO
A questão principal que se coloca é esta: Como é que em apenas 5 horas numa cidade em estado caótico se consegue decidir a contratação de uma empresa de demolição por implosão, se consegue fazer o moroso trabalho de colocar as cargas explosivas com segurança para demolir um edifício de 47 andares, e ainda mais dificil: como é que se consegue conciliar tudo isto com gravações rádio dos bombeiros no local que desmentem formalmente que alguma coisa disto tenha acontecido? (contradizendo igualmente o relatório oficial da FEMA)
Conclusão: ELES SABIAM e os explosivos já lá tinham sido colocados!
Mas existem ainda mais questões, sobre outras “coincidências” menores:
* O facto de logo após o impacto dos dois aviões nas duas Torres se ter verificado uma TERCEIRA EXPLOSÃO ao nível dos pisos térreos – Ver vídeo Aqui
* A empresa escolhida para efectuar os trabalhos de remoção de destroços (no valor de 7 biliões de dólares!) que entrou imediatamente ao serviço na área do WTC chama-se “Controled Demolitions” e foi a mesmíssima que procedeu aos trabalhos do edifício alvo do atentado de Oklahoma City.
* Os principais responsáveis, entre eles o Director Van Romero, pelo Instituto MNTech com sede no Novo México,encarregado de ministrar cursos a Militares, encontravam-se em Washington comparecendo junto ao Pentágono poucos momentos após o ataque,juntando-se ao senador republicano Joe Skeen que outra vez por coincidência era nem mais do que o responsável pela contratação dos serviços de Controladores Aéreos ministrados pelo MNTech.
* A encenação executada just-in-time do clássico “Iwo Jima” com a bandeira “heroicamente” erguida pelos bombeiros
Concluindo – ELES SABIAM!:
Sinal dos tempos - Fica à atenção dos crentes, provarem a si próprios que a "eleição" de Bush na Florida no ano 2000, não se tratou de um GOLPE DE ESTADO!
O que aconteceu realmente? Quem lucrou com o acontecimento? Confirmar-se-á o 11 de Setembro como o inicio do caminho para uma nova era de Tirania?
clique em todas as imagens para ampliar
A Torre 1 do WTC desmoronou-se cerca das 11 horas da manhã do dia 11/9. Os danos pretensamente causados pelo impacto teriam provocado dois ligeiros incêndios no Edifício 7, (vísiveis na imagem do lado esquerdo), ao nível dos 6º e 11º pisos, perfeitamente controláveis. No entanto o Edifício 7 desmorona-se cerca das 17 horas exactamente “como num processo de demolição controlada”!,,,(Vidé imagem em cima do lado direito). Passando ao lado do facto de que pelo meio entre a Torre 1 e o Edifício 7 (47 andares) existir o Edifício nº 6 que não foi preciso demolir senão em Dezembro de 2001 por razões de reconstrução do conjunto (vidé esquema em baixo - o edifício 7 situa-se fora do perímetro do WTC),a versão oficial de que o edifício ruiu por simpatia é muito questionável.
Pesquisas sobre o assunto: Aqui
Na conferência "CONFRONTANDO A EVIDÊNCIA" patrocinada pelo “Reseau Voltaire” demonstrou-se com vídeos e fotografias que os danos causados não eram de forma nenhuma suficientes para causar o desmoronamento, com especial enfoque nos seguintes pontos:
* As múltiplas explosões ouvidas por diversas testemunhas ao nível dos pisos térreos e caves dos edifícios - www.infowars.com
* O inexplicável colapso da Torre 7 - www.prisonplanet.com
* A ausência no solo de vestígios ou fragmentos de qualquer avião no pretenso ataque ao Pentágono - www.pentagonstrike.co.uk
Conhecimento é Poder! – Quem sabia antecipadamente que o 11/9 iria acontecer?
È conhecida a “coincidência” do direito de leasing e as acções do WTC terem mudado de mãos sendo vendidas apenas 7 semanas antes do 11/9, cujo valor passaria depois a ser insignificante.
Daí que tenha vindo a ser considerado “culpado de capitalismo escandalosamente desonesto” o arrendatário dos terrenos do WTC o magnata Larry Silverstein pela “sabotagem” que lhe proporcionou 500 milhões de dólares de lucro pagos pelas seguradoras (!) apenas pela Industrial Risk Insurers relativamente ao Edifício 7 o único que tinha o pagamento das apólices em dia, tendo todas as restantes indemnizações sido pagas por motivos políticos.As próprias Companhias de Seguros admitem ser o processo uma potencial fraude.
O próprio Silverstein o admitiu em declarações numa entrevista televisiva, e o apresentador Alex Jones sabe o que afirma, e a prova é que as suas declarações foram censuradas, saindo a sua emissão do ar “misteriosamente” nos precisos 10 minutos em que falava na TV sobre tudo isto – Veja aqui o VIDEO
A questão principal que se coloca é esta: Como é que em apenas 5 horas numa cidade em estado caótico se consegue decidir a contratação de uma empresa de demolição por implosão, se consegue fazer o moroso trabalho de colocar as cargas explosivas com segurança para demolir um edifício de 47 andares, e ainda mais dificil: como é que se consegue conciliar tudo isto com gravações rádio dos bombeiros no local que desmentem formalmente que alguma coisa disto tenha acontecido? (contradizendo igualmente o relatório oficial da FEMA)
Conclusão: ELES SABIAM e os explosivos já lá tinham sido colocados!
Mas existem ainda mais questões, sobre outras “coincidências” menores:
* O facto de logo após o impacto dos dois aviões nas duas Torres se ter verificado uma TERCEIRA EXPLOSÃO ao nível dos pisos térreos – Ver vídeo Aqui
* A empresa escolhida para efectuar os trabalhos de remoção de destroços (no valor de 7 biliões de dólares!) que entrou imediatamente ao serviço na área do WTC chama-se “Controled Demolitions” e foi a mesmíssima que procedeu aos trabalhos do edifício alvo do atentado de Oklahoma City.
* Os principais responsáveis, entre eles o Director Van Romero, pelo Instituto MNTech com sede no Novo México,encarregado de ministrar cursos a Militares, encontravam-se em Washington comparecendo junto ao Pentágono poucos momentos após o ataque,juntando-se ao senador republicano Joe Skeen que outra vez por coincidência era nem mais do que o responsável pela contratação dos serviços de Controladores Aéreos ministrados pelo MNTech.
* A encenação executada just-in-time do clássico “Iwo Jima” com a bandeira “heroicamente” erguida pelos bombeiros
Concluindo – ELES SABIAM!:
Sinal dos tempos - Fica à atenção dos crentes, provarem a si próprios que a "eleição" de Bush na Florida no ano 2000, não se tratou de um GOLPE DE ESTADO!
terça-feira, junho 21, 2005
Jean Claude Fitoussi, um economista da moda,
e presidente do Observatório Francês da Conjuntura Económica (OFCE) disse-nos a semana passada em Lisboa no Instituto Franco-Português numa palestra sobre o “choque tecnológico e a estabilidade financeira” que “a grande diferença entre a Europa e os Estados Unidos da América é que estes são governados enquanto “a Europa é o único "país" do mundo sem governação”.
A procura da “Justiça Social” um valor intrinsecamente europeu constitui, no contexto da globalização, um obstáculo à eficácia económica, absolutamente ao contrário do entendimento neoliberal americano da Economia, que sub-estima a democracia e a politica, e para o qual as pessoas equiparadas às empresas (repare-se no trabalho precário a recibo verde) são unidades descartáveis depois de usadas (por vezes, nem isso,,,). Quanto à construção de uma Europa por empreiteiros, como se esta se tratasse de um qualquer parque temático de Orlando, Jean Claude chegou semanas atrasado p/exemplo a este meu “post” para cuja leitura não é, aliás, remunerado.
Fitoussi, na sua obra “A Democracia e o Mercado” (Edit. Terramar 2004), tinha-nos brindado com uma citação de Marx lembrando-nos que “ a combinação da democracia e do capitalismo é, uma forma intrinsecamente instável de organização da Sociedade que é mais a forma politica da revolução da sociedade burguesa do que a sua forma de vida regular”, recordando-nos igualmente que Schumpeter não andou longe de dizer o mesmo, mas por outras razões: “O capitalismo, se permanece estável economicamente e mesmo se ganha ainda mais estabilidade, cria, ao racionalizar o espírito humano, uma mentalidade e um estilo de vida incompatíveis com as suas próprias condições fundamentais, com as suas instituições profundas e as instituições necessárias à sua sobrevivência. Transformar-se-á, não por necessidade económica e mesmo pagando o preço, provávelmente, de alguns sacrifícios em termos de prosperidade e de bem-estar, numa entidade diferente, que poderemos ou não baptizar de Socialismo, segundo o gosto que se aprove e o vocabulário que se aceite”, limpando-se de seguida da visão autocrática da evolução para o socialismo na obra de Hayek “O Caminho para a Servidão” (Edit. Teorema 1997) eudeusando o Mercado como o melhor dos sistemas pelo que o regime politico se lhe deveria subordinar. Esta foi aliás a filosofia-tecnológica que nos honrou em ter um espécime como Santana Lopes como Último-Ministro ou ter o actual clone de sinal xuxialista como Primeiro.
Trocando por miudos: a Democracia só se enraiza e sobrevive nos paises ou regiões que já tenham atingido um nível elevado de Desenvolvimento e de Educação e, por outro, o de que uma vez instalada, a Democracia tem custos em termos de perspectivas de crescimento futuro. É esse preço que a maioria dos Franceses está disposta a pagar para construir um modelo de mundo sustentável, e os próceres pró-americanos NÃO estão!,,, prosseguindo na sua bárbara cruzada de arregimentar novos campos que lhes permita o crescente “desenvolvimento” selvático de que tiram proveito as suas minorias apoiadas no complexo financeiro-politico-militar.
Wim Duisenberg no mesmo colóquio em Lisboa (que concorrido que isto anda desde que a nossa “inteligenstia” é sócia dos yankees) reiterou a irreversibilidade do Euro, ao mesmo tempo que o BCE lhe continua a baixar o valor para competir com as exportações do Eixo do IV Reich em condições mais favoráveis, enquanto a maioria dos alemães defende já abertamente (56%) o retorno ao Marco.
Áh!, já me esquecia: Fitoussi afirmou que "a Agenda de Lisboa é pura retórica"!
"Take thou the guilt of conscience for thy labour" ("Assume o peso na consciência pelos actos que cometes!")
Shakespeare: "Ricardo II"
A procura da “Justiça Social” um valor intrinsecamente europeu constitui, no contexto da globalização, um obstáculo à eficácia económica, absolutamente ao contrário do entendimento neoliberal americano da Economia, que sub-estima a democracia e a politica, e para o qual as pessoas equiparadas às empresas (repare-se no trabalho precário a recibo verde) são unidades descartáveis depois de usadas (por vezes, nem isso,,,). Quanto à construção de uma Europa por empreiteiros, como se esta se tratasse de um qualquer parque temático de Orlando, Jean Claude chegou semanas atrasado p/exemplo a este meu “post” para cuja leitura não é, aliás, remunerado.
Fitoussi, na sua obra “A Democracia e o Mercado” (Edit. Terramar 2004), tinha-nos brindado com uma citação de Marx lembrando-nos que “ a combinação da democracia e do capitalismo é, uma forma intrinsecamente instável de organização da Sociedade que é mais a forma politica da revolução da sociedade burguesa do que a sua forma de vida regular”, recordando-nos igualmente que Schumpeter não andou longe de dizer o mesmo, mas por outras razões: “O capitalismo, se permanece estável economicamente e mesmo se ganha ainda mais estabilidade, cria, ao racionalizar o espírito humano, uma mentalidade e um estilo de vida incompatíveis com as suas próprias condições fundamentais, com as suas instituições profundas e as instituições necessárias à sua sobrevivência. Transformar-se-á, não por necessidade económica e mesmo pagando o preço, provávelmente, de alguns sacrifícios em termos de prosperidade e de bem-estar, numa entidade diferente, que poderemos ou não baptizar de Socialismo, segundo o gosto que se aprove e o vocabulário que se aceite”, limpando-se de seguida da visão autocrática da evolução para o socialismo na obra de Hayek “O Caminho para a Servidão” (Edit. Teorema 1997) eudeusando o Mercado como o melhor dos sistemas pelo que o regime politico se lhe deveria subordinar. Esta foi aliás a filosofia-tecnológica que nos honrou em ter um espécime como Santana Lopes como Último-Ministro ou ter o actual clone de sinal xuxialista como Primeiro.
Trocando por miudos: a Democracia só se enraiza e sobrevive nos paises ou regiões que já tenham atingido um nível elevado de Desenvolvimento e de Educação e, por outro, o de que uma vez instalada, a Democracia tem custos em termos de perspectivas de crescimento futuro. É esse preço que a maioria dos Franceses está disposta a pagar para construir um modelo de mundo sustentável, e os próceres pró-americanos NÃO estão!,,, prosseguindo na sua bárbara cruzada de arregimentar novos campos que lhes permita o crescente “desenvolvimento” selvático de que tiram proveito as suas minorias apoiadas no complexo financeiro-politico-militar.
Wim Duisenberg no mesmo colóquio em Lisboa (que concorrido que isto anda desde que a nossa “inteligenstia” é sócia dos yankees) reiterou a irreversibilidade do Euro, ao mesmo tempo que o BCE lhe continua a baixar o valor para competir com as exportações do Eixo do IV Reich em condições mais favoráveis, enquanto a maioria dos alemães defende já abertamente (56%) o retorno ao Marco.
Áh!, já me esquecia: Fitoussi afirmou que "a Agenda de Lisboa é pura retórica"!
"Take thou the guilt of conscience for thy labour" ("Assume o peso na consciência pelos actos que cometes!")
Shakespeare: "Ricardo II"
"Pensar, Pensar e Pensar" - José Saramago em la Habana - Cuba
e muito bem disposto,,,
"Como siempre o casi siempre, cuando no tengo un papel y tengo que improvisar, normalmente el tema surge en unos minutos inmediatamente anteriores al instante en que tengo que empezar a hablar. Ahora se me ocurrió la idea cuando estaba subiendo las escaleras, como subía las escaleras seguramente será un asunto muy elevado" (...)
Continue a ler no BLOGUE SOBRE CUBA
* ,,,mas, segundo o "El País" Saramago não está em Cuba (!)
* Entrevista a José Saramago - por Rosa M. Elizalde -"Cuba irradia Solidariedade" - Aqui
"Como siempre o casi siempre, cuando no tengo un papel y tengo que improvisar, normalmente el tema surge en unos minutos inmediatamente anteriores al instante en que tengo que empezar a hablar. Ahora se me ocurrió la idea cuando estaba subiendo las escaleras, como subía las escaleras seguramente será un asunto muy elevado" (...)
Continue a ler no BLOGUE SOBRE CUBA
* ,,,mas, segundo o "El País" Saramago não está em Cuba (!)
* Entrevista a José Saramago - por Rosa M. Elizalde -"Cuba irradia Solidariedade" - Aqui
Alterações climáticas obrigam a mudança de aldeia no Alaska
A ilha onde está a povoação de Shishmaref está a perder entre a quatro a sete metros de terra por ano para o mar. O gelo derrete-se, as tempestades são cada vez mais frequentes e o subsolo antes permanentemente congelado a começar a transformar-se em água, a aldeia esquimó de Shishmaref, no Alaska, está a preparar-se para mudar de sítio nos próximos quatro anos.
Em cima de uma barreira muito estreita no mar de Chukchi, a povoação tem apenas 600 habitantes que todos os dias veêm as ondas cada vez mais próximas da porta de casa. O terreno onde está já encolheu tanto que se tornou num caso de estudo sobre os efeitos das alterações climáticas. Esta será a primeira comunidade a mudar-se devido ao aquecimento global. As temperaturas no Alaska subiram uma média de 4,4 graus nos últimos anos, o que contribui para o degelo e, consequentemente, para a subida do nível do mar.
A erosão nesta ilha é tão dramática que os planos de mudança implicam uma deslocalização para o interior do continente a cerca de 22 kilómetros do sítio onde estavam. Se virem tempestades mais fortes, a acção terá de ser antecipada.
No total 184 aldeias de Inuits, o povo esquimó do Alaska, correm os mesmos graves riscos.
* Alterações Climáticas Globais: http://www.climateark.org/
* "O Banco de Investimento Europeu (BEI) está a arrefecer o clima ou a aquecê-lo?"
* Xenofobia ecológica: no Quarta Republica.blogspot.com
segunda-feira, junho 20, 2005
a suspensão dos Referendos na Europa
Como que por magia, a "grave crise" europeia lá vai desaparecendo da ribalta das primeiras páginas e dos fócos de luz das televisões, sob a égide do plano "D" do "presidente da comissão": Democracia,Debate e Diálogo,,,
Depois do eminente (ou já comprovado?) fracasso dos portugueses na União Europeia, aos circunspectos "organizadores do certame" convém adoptar a táctica do piloto Tiago Monteiro vruuuuuumm!!! Fugir para a frente como o capitalismo,,,
Confirmando a premonitória parábola da "Jangada de Pedra" que o Saramago inventou, em que Portugal e Espanha se escapuliam dos Europeus pelo oceano abaixo,,,
,,,os biltres do "Acordo das Lages", em luta por uma "boa classificação", lá vão arranjando maneira de a Europa não comparecer à partida,,,
Roy Lichtenstein - Modern Art Museum NY
Depois do eminente (ou já comprovado?) fracasso dos portugueses na União Europeia, aos circunspectos "organizadores do certame" convém adoptar a táctica do piloto Tiago Monteiro vruuuuuumm!!! Fugir para a frente como o capitalismo,,,
Confirmando a premonitória parábola da "Jangada de Pedra" que o Saramago inventou, em que Portugal e Espanha se escapuliam dos Europeus pelo oceano abaixo,,,
,,,os biltres do "Acordo das Lages", em luta por uma "boa classificação", lá vão arranjando maneira de a Europa não comparecer à partida,,,
Roy Lichtenstein - Modern Art Museum NY
O blogue “Pura Economia.blogspot.com” debruça-se sobre “Entropia e Decrescimento” num artigo muito bem feitinho, referindo os impactos da aplicação da 2ª lei da termodinâmica na Economia , p/e - a relação entre as esquecidas propostas de crescimento Zero enunciadas em 1972 pelo Clube de Roma (o embrião da EU), e as leis inescapáveis da trilogia de Nicholas Georgescu-Roengen: Entropia-Ecologia-Economia (1979). O artigo termina com um despreocupado - “tudo isto parece simultâneamente muito poético e pouco científico,mas não deixa de merecer um olhar atento”.
Pouco científica será no entanto a postura de todos aqueles que não notaram que a interpretação do mundo onde se pensam movimentar,,, já não existe!
Como lembrete aqui se deixa um extracto condensado da obra do prof. Boaventura Sousa Santos (1987)
1 – Einstein constitui o primeiro rombo no paradigma da ciência moderna, um rombo aliás mais importante do que o próprio Einstein foi subjectivamente capaz de admitir.
Na teoria da relatividade da simultaneidade Einstein distingue entre a simultaniedade de acontecimentos presentes no mesmo lugar e a simultaniedade de acontecimentos distantes, em particular de acontecimentos separados por distâncias astronómicas.Em relação a estes últimos o problema a resolver é o seguinte: como é que um observador estabelece a ordem temporal de acontecimentos no espaço? Certamente por medições da velocidade da luz, partindo do pressuposto, que é fundamental à teoria de Einstein, que não há na natureza velocidade superior à da luz.No entanto, ao medir a velocidade numa direcção única (de A a B), Einstein defronta-se com um circulo vicioso: a fim de determinar a simultaniedade dos acontecimentos distantes é necessário conhecer a velocidade; mas para conhecer a velocidade é necessário conhecer a simultaniedade dos acontecimentos. Com um golpe de génio, Einstein rompe com este círculo, demonstrando que a simultaniedade de acontecimentos distantes não pode ser verificada, pode tão-só ser definida. É portanto arbitrária e daí que quando fazemos medições não pode haver contradições nos resultados uma vez que estes nos devolverão a simultaniedade que nós introduzimos por definição no sistema de medição. (vidé “De Copérnico a Einstein” de H. Reichenbach ou “A revolução Copernicana” de Thomas Kuhn). Esta teoria veio revolucionar as nossas compreensões de Espaço e Tempo. Não havendo simultaniedade universal, o tempo e o espaço de Newton deixam de existir
2 – O caracter local das medições e, portanto, do rigor do conhecimento que com base nelas se obtem, vai inspirar o segundo rombo no paradigma dominante: a Mecânica Quântica. Se Einstein relativizou o rigor das leis de Newton (da matemática à geometria) no dominio da astrofisica, a mecânica quântica fê-lo no dominio da microfísica. Einsenberg e Bohr demonstram que não é possivel observar ou medir um objecto sem interferir nele, sem o alterar, e a tal ponto que o objecto que sai de um processo de medição não é o mesmo que lá entrou. Como ilustrou depois Eugene Wigner –“a medição da curvatura do espaço causada por uma partícula não pode ser levada a cabo sem criar novos campos que são biliões de vezes maiores que o campo sob investigação” . Por exemplo, no dominio das teorias de Informação o teorema de Brillouin demonstra que a informação não é gratuita; qualquer observação efectuada sobre um sistema físico aumenta a entropia do sistema. A ideia de que não conhecemos do real senão o que nele introduzimos, ou seja, que não conhecemos do real senão a nossa intervenção nele, está bem expressa no princípio da incerteza de Heinsenberg: “não se podem reduzir simultaneamente os erros da medição da velocidade e da posição das particulas; o que for feito para reduzir o erro de uma das medições aumenta o erro da outra” (W.Heinsnberg-“A Imagem da Natureza na Física Moderna”). Este principio, e portanto, a demonstração da interferência estrutural do sujeito no objecto observado, tem implicações de vulto.Por um lado, sendo estruturalmente limitado o rigor do nosso conhecimento, só podemos aspirar a resultados aproximados e por isso as leis da fisica são tão-só probabilisticas. Por outro lado, a hipótese do determinismo mecanicista é inviabilizada uma vez que a totalidade do real não se reduz à soma das partes em que a dividimos para observar e medir. Por ultimo a distinção sujeito/objecto é muito mais complexa do que à primeira vista pode parecer. A distinção perde os seus contornos dicotómicos e assume a forma de um continuum.
3 – O terceiro rombo a acrescentar ao posto em causa pelo rigor da medição na mecânica quântica é ainda mais profundamente abalado se se questionar o rigor do veiculo formal em que a medição é expressa, ou seja, o rigor da matemática. È isso que sucede com as investigações de Godel. O teorema da incomplitude (ou do não competamento) e os teoremas sobre a impossibilidade, em certas circunstâncias, de encontrar dentro de um dado sistema formal a prova da sua consciência vieram mostrar que, mesmo seguindo à risca as regras da lógica matemática, é possivel formular proposições indecidiveis, proposições que se não podem demonstrar nem refutar, sendo que uma dessas proposições é precisamente a que postula o carácter não-contraditório do sistema. (J Piaget-”Logique et Connaissance Scientifique”). Se as leis da natureza fundamentam o seu rigor das formalizações matemáticas em que se expressam, as investigações de Godel vêm demonstrar que o rigor da matemática carece ele próprio de fundamento. A partir daqui é possivel não só questionar o rigor da matemática como tambem redefeni-lo enquanto forma de rigor que se opõe a outras formas de rigor alternativo, uma forma de rigor cujas condições de êxito na ciência moderna não podem continuar a ser concebidas como naturais e óbvias. A própria filosofia da matemática, sobretudo a que incide sobre a experiência matemática, tem vindo a problematizar criativamente estes temas e reconhece hoje que o rigor matemático, como qualquer outra forma de rigor, assenta num critério de selectividade e que, como tal, tem um lado construtivo e um lado destrutivo.
4 – A quarta condição teórica da crise do paradigma newtoniano é constituida pelos avanços do conhecimento nos dominios da microfisica, da física e da biologia nos últimos vinte anos. A titulo de exemplo menciona-se as investigações do fisico-quimico Ilya Prigogine. “A teoria das estruturas dissipativas e o principio da ordem através de flutuações” estabelecem que em sistemas abertos, ou seja, em sistemas que funcionam nas margens da estabilidade, a evolução explica-se por flutuações de energia que em determinados momentos, nunca inteiramente previsiveis, desencadeiam espontâneamente reacções que, por via de mecanismos não lineares, pressionam o sistema para além de um limite máximo de instabilidade e o conduzem a um novo estado macroscópico. Esta transformação irreversivel e termodinâmica é o resultado da interacção de processos microscópicos segundo uma lógica de auto-organização numa situação de não-equilibrio. A situação de bifurcação, ou seja, o ponto crítico em que a minima flutuação de energia pode conduzir a um novo estado, representa a potencialidade do sistema em ser atraído para um novo estado de menor entropia. Deste modo a irreversabilidade nos sistemas abertos significa que estes são produtos da sua história. (Ilya Prigogine:“La Nouvelle Alliance,Metamorphose de la Science”, “From being to Becoming”, “Time,Irreversbility and Randomness”, “The Evolucionary Vision”)
A importância destas teorias está na nova concepção da Matéria e da Natureza que propõem, uma concepção dificilmente compaginável com a que herdámos da Fisica Clássica. Em vez da Eternidade, a História; em vez do Determinismo, a Impresivibilidade; em vez do Mecanicismo, a Interpretação, a Espontâneidade e a Auto-Organização; em vez da Reversibilidade, a Irreversibilidade e a Evolução; em vez da Ordem, a Desordem; em vez da Necessidade, a Criatividade e o Acidente. A teoria de Prigogine recupera inclusivamente conceitos aristotélicos tais como os conceitos de potencialidade e virtualidade que a revolução científica do século XVI parecia ter atirado definitivamente para o caixote do lixo da História.
Mas a importância maior desta teoria está em que ela não é um fenómeno isolado. Faz parte de um movimento convergente, pujante sobretudo a partir da última década, que atravessa as várias ciências da natureza e até as ciências sociais, um movimento de vocação transdisciplinar que E.Jantsch designa por “Paradigma da Auto-Organização”
E que tem aflorações, entre outras, na teoria de Prigogine, na sinergética de H.Harken, no conceito de hiperciclo e na teoria da origem da vida de M.Eigen e P.Shuster, no conceito de autopoesis de R.Maturana e F.Varela, na teoria das catástrofes de R.Thom, na teoria da evolução de E.Jantsch, na teoria da ordem implicada de David Bohm, ou na teoria da matriz-S de Geoffrey Chew e na filosofia do “Bootstrap” que lhe subjaz.
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Obras recentes de referência:
- “A Complexidade – a Vida no Limiar do Caos” de Roger Lewin – Edit. Caminho 2004
- “A Sociedade sem Centro” de Edmundo Balsemão Pires – Edit. Autonomia27 2004
- “Pensamento Eco-Sistémico” de Maria Cândida Moraes – Edit. Vozes 2004
- "O Forum Social Mundial-Manual de Uso" de Boaventura Sousa Santos - Edit. Afrontamento 2005
Pouco científica será no entanto a postura de todos aqueles que não notaram que a interpretação do mundo onde se pensam movimentar,,, já não existe!
Como lembrete aqui se deixa um extracto condensado da obra do prof. Boaventura Sousa Santos (1987)
1 – Einstein constitui o primeiro rombo no paradigma da ciência moderna, um rombo aliás mais importante do que o próprio Einstein foi subjectivamente capaz de admitir.
Na teoria da relatividade da simultaneidade Einstein distingue entre a simultaniedade de acontecimentos presentes no mesmo lugar e a simultaniedade de acontecimentos distantes, em particular de acontecimentos separados por distâncias astronómicas.Em relação a estes últimos o problema a resolver é o seguinte: como é que um observador estabelece a ordem temporal de acontecimentos no espaço? Certamente por medições da velocidade da luz, partindo do pressuposto, que é fundamental à teoria de Einstein, que não há na natureza velocidade superior à da luz.No entanto, ao medir a velocidade numa direcção única (de A a B), Einstein defronta-se com um circulo vicioso: a fim de determinar a simultaniedade dos acontecimentos distantes é necessário conhecer a velocidade; mas para conhecer a velocidade é necessário conhecer a simultaniedade dos acontecimentos. Com um golpe de génio, Einstein rompe com este círculo, demonstrando que a simultaniedade de acontecimentos distantes não pode ser verificada, pode tão-só ser definida. É portanto arbitrária e daí que quando fazemos medições não pode haver contradições nos resultados uma vez que estes nos devolverão a simultaniedade que nós introduzimos por definição no sistema de medição. (vidé “De Copérnico a Einstein” de H. Reichenbach ou “A revolução Copernicana” de Thomas Kuhn). Esta teoria veio revolucionar as nossas compreensões de Espaço e Tempo. Não havendo simultaniedade universal, o tempo e o espaço de Newton deixam de existir
2 – O caracter local das medições e, portanto, do rigor do conhecimento que com base nelas se obtem, vai inspirar o segundo rombo no paradigma dominante: a Mecânica Quântica. Se Einstein relativizou o rigor das leis de Newton (da matemática à geometria) no dominio da astrofisica, a mecânica quântica fê-lo no dominio da microfísica. Einsenberg e Bohr demonstram que não é possivel observar ou medir um objecto sem interferir nele, sem o alterar, e a tal ponto que o objecto que sai de um processo de medição não é o mesmo que lá entrou. Como ilustrou depois Eugene Wigner –“a medição da curvatura do espaço causada por uma partícula não pode ser levada a cabo sem criar novos campos que são biliões de vezes maiores que o campo sob investigação” . Por exemplo, no dominio das teorias de Informação o teorema de Brillouin demonstra que a informação não é gratuita; qualquer observação efectuada sobre um sistema físico aumenta a entropia do sistema. A ideia de que não conhecemos do real senão o que nele introduzimos, ou seja, que não conhecemos do real senão a nossa intervenção nele, está bem expressa no princípio da incerteza de Heinsenberg: “não se podem reduzir simultaneamente os erros da medição da velocidade e da posição das particulas; o que for feito para reduzir o erro de uma das medições aumenta o erro da outra” (W.Heinsnberg-“A Imagem da Natureza na Física Moderna”). Este principio, e portanto, a demonstração da interferência estrutural do sujeito no objecto observado, tem implicações de vulto.Por um lado, sendo estruturalmente limitado o rigor do nosso conhecimento, só podemos aspirar a resultados aproximados e por isso as leis da fisica são tão-só probabilisticas. Por outro lado, a hipótese do determinismo mecanicista é inviabilizada uma vez que a totalidade do real não se reduz à soma das partes em que a dividimos para observar e medir. Por ultimo a distinção sujeito/objecto é muito mais complexa do que à primeira vista pode parecer. A distinção perde os seus contornos dicotómicos e assume a forma de um continuum.
3 – O terceiro rombo a acrescentar ao posto em causa pelo rigor da medição na mecânica quântica é ainda mais profundamente abalado se se questionar o rigor do veiculo formal em que a medição é expressa, ou seja, o rigor da matemática. È isso que sucede com as investigações de Godel. O teorema da incomplitude (ou do não competamento) e os teoremas sobre a impossibilidade, em certas circunstâncias, de encontrar dentro de um dado sistema formal a prova da sua consciência vieram mostrar que, mesmo seguindo à risca as regras da lógica matemática, é possivel formular proposições indecidiveis, proposições que se não podem demonstrar nem refutar, sendo que uma dessas proposições é precisamente a que postula o carácter não-contraditório do sistema. (J Piaget-”Logique et Connaissance Scientifique”). Se as leis da natureza fundamentam o seu rigor das formalizações matemáticas em que se expressam, as investigações de Godel vêm demonstrar que o rigor da matemática carece ele próprio de fundamento. A partir daqui é possivel não só questionar o rigor da matemática como tambem redefeni-lo enquanto forma de rigor que se opõe a outras formas de rigor alternativo, uma forma de rigor cujas condições de êxito na ciência moderna não podem continuar a ser concebidas como naturais e óbvias. A própria filosofia da matemática, sobretudo a que incide sobre a experiência matemática, tem vindo a problematizar criativamente estes temas e reconhece hoje que o rigor matemático, como qualquer outra forma de rigor, assenta num critério de selectividade e que, como tal, tem um lado construtivo e um lado destrutivo.
4 – A quarta condição teórica da crise do paradigma newtoniano é constituida pelos avanços do conhecimento nos dominios da microfisica, da física e da biologia nos últimos vinte anos. A titulo de exemplo menciona-se as investigações do fisico-quimico Ilya Prigogine. “A teoria das estruturas dissipativas e o principio da ordem através de flutuações” estabelecem que em sistemas abertos, ou seja, em sistemas que funcionam nas margens da estabilidade, a evolução explica-se por flutuações de energia que em determinados momentos, nunca inteiramente previsiveis, desencadeiam espontâneamente reacções que, por via de mecanismos não lineares, pressionam o sistema para além de um limite máximo de instabilidade e o conduzem a um novo estado macroscópico. Esta transformação irreversivel e termodinâmica é o resultado da interacção de processos microscópicos segundo uma lógica de auto-organização numa situação de não-equilibrio. A situação de bifurcação, ou seja, o ponto crítico em que a minima flutuação de energia pode conduzir a um novo estado, representa a potencialidade do sistema em ser atraído para um novo estado de menor entropia. Deste modo a irreversabilidade nos sistemas abertos significa que estes são produtos da sua história. (Ilya Prigogine:“La Nouvelle Alliance,Metamorphose de la Science”, “From being to Becoming”, “Time,Irreversbility and Randomness”, “The Evolucionary Vision”)
A importância destas teorias está na nova concepção da Matéria e da Natureza que propõem, uma concepção dificilmente compaginável com a que herdámos da Fisica Clássica. Em vez da Eternidade, a História; em vez do Determinismo, a Impresivibilidade; em vez do Mecanicismo, a Interpretação, a Espontâneidade e a Auto-Organização; em vez da Reversibilidade, a Irreversibilidade e a Evolução; em vez da Ordem, a Desordem; em vez da Necessidade, a Criatividade e o Acidente. A teoria de Prigogine recupera inclusivamente conceitos aristotélicos tais como os conceitos de potencialidade e virtualidade que a revolução científica do século XVI parecia ter atirado definitivamente para o caixote do lixo da História.
Mas a importância maior desta teoria está em que ela não é um fenómeno isolado. Faz parte de um movimento convergente, pujante sobretudo a partir da última década, que atravessa as várias ciências da natureza e até as ciências sociais, um movimento de vocação transdisciplinar que E.Jantsch designa por “Paradigma da Auto-Organização”
E que tem aflorações, entre outras, na teoria de Prigogine, na sinergética de H.Harken, no conceito de hiperciclo e na teoria da origem da vida de M.Eigen e P.Shuster, no conceito de autopoesis de R.Maturana e F.Varela, na teoria das catástrofes de R.Thom, na teoria da evolução de E.Jantsch, na teoria da ordem implicada de David Bohm, ou na teoria da matriz-S de Geoffrey Chew e na filosofia do “Bootstrap” que lhe subjaz.
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Obras recentes de referência:
- “A Complexidade – a Vida no Limiar do Caos” de Roger Lewin – Edit. Caminho 2004
- “A Sociedade sem Centro” de Edmundo Balsemão Pires – Edit. Autonomia27 2004
- “Pensamento Eco-Sistémico” de Maria Cândida Moraes – Edit. Vozes 2004
- "O Forum Social Mundial-Manual de Uso" de Boaventura Sousa Santos - Edit. Afrontamento 2005
domingo, junho 19, 2005
manifestação de 50.000 trabalhadores da Função Pública
Sexta-feira 17, S. Bento, Lisboa.
As pessoas simples do Povo, começam a aperceber-se do logro que é afinal o sistema partidocrático, dito "democrático".
a seguir:
GOVERNO TENTA IMPEDIR A GREVE DOS PROFESSORES
Os ataques autoritários aos professores e ao seu estatuto (ECD= estatuto da carreira docente) têm como consequência destruir qualquer qualidade que possa haver na educação. A razão disto é muito simples: as pessoas, sejam docentes, sejam de outras profissões, sentindo que os seus esforços são "compensados" com a retirada de direitos, duramente adquiridos, na sua esmagadora maioria, perderão qualquer estímulo para tentarem corrigir os enormes defeitos institucionais que ministério atrás de ministério, governo atrás de governo, foram adicionando ao sistema... Ora, contrariamente à imagem negativa que o poder tem sistematicamente tentado fazer passar na opinião pública, se o estado da educação neste país não é completamente caótico, isso deve-se em exclusivo à enorme boa vontade, dedicação e profissionalismo, da imensa maioria que lá trabalha, em condições deficientíssimas e sem um mínimo de apoio da máquina burocrática do ministério da educação (antes pelo contrário)!
Manul Baptista, no Indymedia
As pessoas simples do Povo, começam a aperceber-se do logro que é afinal o sistema partidocrático, dito "democrático".
a seguir:
GOVERNO TENTA IMPEDIR A GREVE DOS PROFESSORES
Os ataques autoritários aos professores e ao seu estatuto (ECD= estatuto da carreira docente) têm como consequência destruir qualquer qualidade que possa haver na educação. A razão disto é muito simples: as pessoas, sejam docentes, sejam de outras profissões, sentindo que os seus esforços são "compensados" com a retirada de direitos, duramente adquiridos, na sua esmagadora maioria, perderão qualquer estímulo para tentarem corrigir os enormes defeitos institucionais que ministério atrás de ministério, governo atrás de governo, foram adicionando ao sistema... Ora, contrariamente à imagem negativa que o poder tem sistematicamente tentado fazer passar na opinião pública, se o estado da educação neste país não é completamente caótico, isso deve-se em exclusivo à enorme boa vontade, dedicação e profissionalismo, da imensa maioria que lá trabalha, em condições deficientíssimas e sem um mínimo de apoio da máquina burocrática do ministério da educação (antes pelo contrário)!
Manul Baptista, no Indymedia
sexta-feira, junho 17, 2005
“O sufrágio universal, ao dar um boletim de voto àqueles que sofrem, retira-lhes o fuzil”
Victor Hugo
Passou o tempo das revoluções executadas por pequenas minorias conscientes à frente das massas inconscientes, da “vil multidão” manipulada pela demagogia que opõe os estados-maiores politico-partidários.
Não é o “Comunismo” que ameaça actualmente a “propriedade privada” – se é que alguma vez foi esse o caso - - mas a Financiarização e o autoritarismo crescente dos “Mercados-Livres” que compromete o seu “generoso dinamismo”, situação que não altera no essencial o pensamento de Marx, na medida em que este é de crítica dialéctica numa perspectiva histórica que sobrevive incólume ao determinismo mecânico filosófico do século XIX que foi ultrapassado pela Ciência so século XX.
Os princípios de conservação e de degradação da Energia, a teoria darwinista da Evolução e a crítica Marxista da Economia Politica arruinaram o modelo clássico de Newton. As ciências da transformação já não falam hoje de certezas pré-determinadas, mas sim de probabilidades, de opções e de bifurcação.
Unir essas incertezas numa ampla frente comum de Esquerda numa plataforma mínima que englobasse todas as correntes desde comunistas a socialistas libertários poderia parecer uma tarefa de singela homenagem ao velho lider revolucionário (se é que alguma vez o foi) e anti-fascista (que isso sim, sem dúvida foi). Não parece ser essa a intenção do PCP, por exemplo com a sua candidatura autárquica "autónoma" em Lisboa, mais uma batalha que se sabe ser antecipadamente, por mais uma causa falhada.
quinta-feira, junho 16, 2005
o fardo do Homem Branco - os países ricos e a dívida dos países pobres
O Comité para a Anulação da Dívida do Terceiro Mundo (CADTM) com séde na Bélgica, classificou o plano de Gordon Brown como um “fiasco”.Os Governos do G8 usam a proposta de anulação da dívida externa dos países do Sul apenas como propaganda além de que a redução parcial da dívida agora anunciada apenas tem efeito até 2015,,, Dizem uma coisa e fazem outra comentou Eric Toussaint.
É sabida a tradicional desfuncionalidade da divisão internacional de trabalho no que respeita a África. A dívida foi construída na base da invasão de África por corpos estranhos à idiosincrasia do Continente como o Colonialismo decerto não nos fará esquecer.
O anuncio realizado implica a anulação da divida de 40 mil milhões de dólares, o que representa um pouco menos de uma quarta parte dos 370 mil milhões de dólares que os países em vias de desenvolvimento desembolsam apenas num ano para pagar os Juros e as Amortizações dos seus passivos externos. Este projecto agora apresentado oficialmente como “um cancelamento da dívida das 18 nações mais pobres, "não passa de uma cortina de fumo" que não pode lograr deter a hemorregia de capitais a que estão sujeitas as Nações individadas, submetidas a contratos leoninos com o Banco Mundial via Banco Africano de Desenvolvimento e FMI, que porém não contempla os empréstimos autorgados pela banca Privada Internacional, concedidos em condições tão ou mais exploradoras, porquanto eles obrigam a ceder interesses nas privatizações de vastos sectores chave nas Economias às empresas Multinacionais ocidentais conluiadas com a banca Financeira internacional (Project Finance).
Por exemplo:o Banco de investimento britânico "Standart Chartered" tem a produção petrolífera de Angola já hipotecada por várias décadas, por meio de "empréstimos" aos corruptos do governo ilegítimo do país, que os usam a seu bel-prazer em proveito próprio.
É estranho portanto que na imprensa surjam títulos como “o ministro britânico das Finanças pretende perdoar 100% da dívida dos países africanos e financiar a imunização das respectivas populações”, com uma chamada de atenção para apaziguar os leitores sobre a “oposição do presidente norte-americano a este plano” (Publico 4/ Junho). É evidente que Bush colocou no Banco Mundial Paul Wolfwitz. para obstar ao “empobrecimento” dos americanos! (que só dedicam 0,1% do seu PIB a “ajuda externa”, e de entre ela apenas 0,02% aos países mais pobres contrariando o acordo na ONU que apontava para valores bem mais altos, afim de se erradicar a pobreza da face da Terra até 2015)
* Utopía para romper com a infernal espiral da Dívida – por Eric Toissant , aqui
* G77 reunidos em Doha: "Os países industrializados não fazem o bastante para ajudar as nações pobres do Sul a superar os seus problemas econômicos endêmicos, entre eles uma dívida estimada em mais de 2,5 trilhões de dólares" - Aqui
* OIT - O caso do algodão é objeto de negociações específicas na Organização Mundial do Comércio (OMC), onde as nações produtoras - Mali, Burkina Fasso, Benin, Chade e Senegal - pedem que os países ricos, especialmente Estados Unidos, ponham fim às milionárias subvenções concedidas em relação a essa matéria-prima. - Aqui
quarta-feira, junho 15, 2005
“Óh História anda pra trás,,, dá-me tudo o que eu perdi”,,,
Os (sonsos) Liberais apologistas do “Sim” à Europa acabam de resolver expulsar Laurent Fabius da Direcção do Partido dito Socialista francês e a cortar as verbas de apoio à ATTAC, responsáveis pela cisão, ao invés dos adeptos do “sim” se demitirem eles mesmo como os principais responsáveis pelo fracasso.
Num Universo em evolução, quem fica parado no tempo anda para trás. Assim, um Liberal só demora 20 anos a tornar-se Conservador, sem sequer mudar uma única ideia que seja.
Os nostálgicos da “época dourada do liberalismo” induzem-se a pensar que o prosseguimento do processo de ratificações em curso do Tratado Europeu pelas cúpulas dirigentes seria assim como que uma “construção revolucionária” de uma Europa como um poderoso Bloco emergente na politica mundial, disposto a enfrentar a hegemonia americana e até talvez (quem sabe?!) a ultrapassá-la.
Nada mais falso, embora se, na inversão do processo, passando este a ser determinado pela participação efectiva das populações, nada pudesse passar a ser mais verdadeiro.
continue a certificar-se de que a história não anda para trás,,, aqui ao lado no: SITIO DO TAMBEM NÃO
Num Universo em evolução, quem fica parado no tempo anda para trás. Assim, um Liberal só demora 20 anos a tornar-se Conservador, sem sequer mudar uma única ideia que seja.
Os nostálgicos da “época dourada do liberalismo” induzem-se a pensar que o prosseguimento do processo de ratificações em curso do Tratado Europeu pelas cúpulas dirigentes seria assim como que uma “construção revolucionária” de uma Europa como um poderoso Bloco emergente na politica mundial, disposto a enfrentar a hegemonia americana e até talvez (quem sabe?!) a ultrapassá-la.
Nada mais falso, embora se, na inversão do processo, passando este a ser determinado pela participação efectiva das populações, nada pudesse passar a ser mais verdadeiro.
continue a certificar-se de que a história não anda para trás,,, aqui ao lado no: SITIO DO TAMBEM NÃO
10 Exigências da ATTAC ao Conselho Europeu de 16 e 17 de Junho
A vitória do “Não” no Referendo francês de 29 de Maio traduziu a vontade dos cidadãos franceses de uma revisão total da construção Europeia às Autoridades Públicas francesas – Chefe de Estado, Primeiro Ministro, Governo – que deverão respeitar a Soberania popular. Os representantes dos outros países europeus deverão ter em conta o que foi agora mandatado ao Governo Francês e por acasião do Conselho Europeu em Bruxelas em 16 e 17 de Junho deverá este dar sinais de que entendeu a mensagem do Povo Francês.
Esta é a razão porque a ATTAC organizou uma delegação de altos responsáveis de organizações politicas, sindicais e associativas que apelam à rejeição do Tratado Constitucional Europeu em nome de uma Europa Social, internacionalista, solidária, feminista, ecologista e democrática, que se propõem entregar em Bruxelas um documento com as 10 Exigências da ATTAC ao Conselho Europeu de 16 /17 de Junho:
1.- Ordem do Conselho Europeu à Comissão para retirar todas as directivas europeias de liberalização em curso (nomeadamente as directivas Bolkestein, sobre os tempos de trabalho, sobre as ajudas públicas às empresas, sobre os transportes ferroviários, etc).
2.- Reunião de urgência do grupo Euro para exigir uma modificação substancial da politica monetária para a baixa das taxas de juro e a procura de uma paridade de câmbio entre o dolar e o euro mais favorável a este ultimo.
3.- Compromisso de proceder a uma nova reformulação do Pacto de Estabilidade.
4.- Aumento substancial das verbas europeias e dos Fundos Estruturais destinados aos novos paises aderentes, de forma que essas ajudas ao seu desenvolvimento possa desencorajar o “dumping” social e fiscal e as deslocalizações.
5.- Organisação de uma retoma económica europeia, e compromisso da sua implementação, assente em investimentos de infraestruturas públicas contribuindo para melhorar o desenvolvimento, os transportes colectivos, Educação, Saúde, etc, visando a criação de empregos.
6.- Aumento da ajuda pública ao desenvolvimento dos Países Pobres de 0,7 % do PIB dos Estados Membros da União, o que implica maiores objectivos do que a anulação do Divida externa prevista no Plano do Milénio.
7.- Moratória sobre as negociações do Acordo Geral sobre Comércio e Serviços (AGCS).
8.- Estabelecimento de grupos ad hoc visando a preparação de medidas para pôr fim aos paraísos fiscais e para a promoção de taxas de taxação globais.
9.- Retirada imediata do Iraque de todas as tropas dos paises membros da União Europeia.
10.- Diminuição dos prazos da "agenda" de Lisboa (Conselho Europeu do 23 e 24 de Março de 2000) e da Agenda social 2005-2010.
terça-feira, junho 14, 2005
A fabricação do medo
"No dia 10 de Junho, na praia de Carcavelos, houve um grupo de não mais de uma dúzia (sabe-se agora) de jovens de etnia africana que se envolveram em actos roubo aos outros banhistas. Porém, estes foram ampliados até 500 (!) elementos de "gangs" que agiriam de maneira coordenada, em vários locais da praia em simultâneo! Essa mentira foi repetida, vezes sem conta, em noticiários televisivos nacionais e depois retomada nos noticiários internacionais.
Trata-se de uma montagem grosseira, com os média capitalistas a servirem como vanguarda de uma campanha de intoxicação das massas.
As atenções das pessoas são assim desviadas dos casos perfeitamente aberrantes, na classe política, de grandes salários, indemnizações, comissões, reformas por meia dúzia de anos, etc... que estava a causar indignação visto que esses factos vêm a lume na altura em que o governo, mais uma vez, pede sacrifícios ao povo.
É portanto preciso fabricar o medo... amplificando um fenómeno que, em si mesmo, é sintoma do mal-estar das comunidades de origem africana, marginalizadas, sujeitas a um racismo cada vez mais agressivo".
* Um texto de José Adelino Maltês:"Esta grande Lisboa pode ser um pequeno Brasil, mas sem favelas"... publicado no "Tempo que passa.blogspot.com"
Trata-se de uma montagem grosseira, com os média capitalistas a servirem como vanguarda de uma campanha de intoxicação das massas.
As atenções das pessoas são assim desviadas dos casos perfeitamente aberrantes, na classe política, de grandes salários, indemnizações, comissões, reformas por meia dúzia de anos, etc... que estava a causar indignação visto que esses factos vêm a lume na altura em que o governo, mais uma vez, pede sacrifícios ao povo.
É portanto preciso fabricar o medo... amplificando um fenómeno que, em si mesmo, é sintoma do mal-estar das comunidades de origem africana, marginalizadas, sujeitas a um racismo cada vez mais agressivo".
* Um texto de José Adelino Maltês:"Esta grande Lisboa pode ser um pequeno Brasil, mas sem favelas"... publicado no "Tempo que passa.blogspot.com"
"Os raros homens
Que foram assaz loucos para não guardar o que lhes ia no coração
E revelaram ao povo os seus sentimentos e os seus pontos de vista
Foram desde sempre queimados ou crucificados"
Goethe
"A perseguição à criatividade artística, quando esta desrespeita imposições de poderes autoritários, foi de todos os tempos e lugares. Coagiu, limitou possibilidades, cortou o caminho a muitos. Não conseguiu porem evitar que, vencendo formas directas ou indirectas de repressão, uma arte de intervenção, correspondente a grandes movimentos de transformação social, acabasse por vencer todas as barreiras e passar a sua mensagem através de novos e enriquecedores recursos formais.
Ao contrário do que afirmam alguns críticos, não é porem a repressão que “provoca” os novos movimentos.
Não se registando uma intervenção repressiva, a mensagem e a criatividade formal acabam por irromper dentro do próprio sistema".
Álvaro Cunhal: “A arte, o artista e a sociedade”
Júlio Pomar - A Marcha, carvão e aguarela sobre papel (1946)
Hoje roubei todas as rosas dos jardins
e cheguei ao pé de ti de mãos vazias.
Sê paciente; espera
que a palavra amadureça
e se desprenda como um fruto
ao passar o vento que a mereça.
Eugénio de Andrade
* Ao contrário da imagem totalitária que os Media, afectos ao 25 de Novembro e à ideia liberal subsquente, sempre quiseram fazer passar, Álvaro Cunhal foi um moderado.Sintomática é a estória contada por Adelino Gomes no regresso de Álvaro Cunhal a Portugal após o 25 de Abril quando já no aeroporto Charles deGaulle mudou súbitamente do voo da Tap de manhã, para um da Air France à tarde para que não fizesse todo aquele Paris-Lisboa no mesmo avião em que "estava previsto que viessem uns radicais" (entre eles José Mário Branco) e assim se evitassem "complicações"
* “A via defendida pelos dirigentes do Partido Comunista – escrevia a revista da Politica Operária em 1964 – só pode facilitar o triunfo de um golpe militar e o escamoteamento da revolução pela burguesia, a passagem de Portugal dum regime capitalista antiquado a um capitalismo moderno” – o que de facto aconteceu, como hoje todos sabem. Chega agora a vez de a “nova esquerda”, na luta contra o neoliberalismo, nos impingir as velhas receitas do PCP, revistas e aumentadas.
Francisco Martins Rodrigues (ex-dirigente do PCP na década de 50)
* "Vão-se embora, já saíram todos!"
O conflito sino-soviético motivou confrontos políticos e ideológicos tremendos entre comunistas e maoístas dentro do campo antifascista.
Um ódio intenso foi cavando uma rivalidade belicosa entre essas duas correntes políticas. Para os "marxistas-leninistas", os militantes do PCP eram "cunhalistas" ou "revisionistas". Aos olhos destes, os membros dos grupos "m-l" não passavam de "esquerdistas, provocadores".
No Forte de Peniche chegou mesmo a passar-se do insulto verbal a confrontos físicos no início dos anos setenta. Quando lá entrei, em Março de 1974, já os dois colectivos estavam separados em pisos incomunicáveis entre si. Chegada a hora da libertação, os presos do colectivo maoísta recusaram-se a ir saindo sem os camaradas que o general Spínola queria manter encarcerados por terem cometido delitos de sangue. Enquanto decorriam as negociações com advogados para resolver o impasse, os presos do PCP foram saindo ao longo da tarde e da noite de 26 de Abril.
Quando, finalmente, todos os presos maoístas passaram o portão exterior do Forte às três da manhã de dia 27, qual não foi o espanto quando ouvimos da boca das nossas famílias o que se passara horas antes. Ao completar a libertação dos seus presos, quadros do PCP disseram aos populares de Peniche, concentrados à saída da prisão, para irem para casa, pois lá dentro já não estava mais ninguém.
O sectarismo cego e obtuso tomou o freio nos dentes ao longo dos meses seguintes, mas veio logo ao de cima quando a liberdade dava os primeiros passos.
António Perez Metelo no DN
Que foram assaz loucos para não guardar o que lhes ia no coração
E revelaram ao povo os seus sentimentos e os seus pontos de vista
Foram desde sempre queimados ou crucificados"
Goethe
"A perseguição à criatividade artística, quando esta desrespeita imposições de poderes autoritários, foi de todos os tempos e lugares. Coagiu, limitou possibilidades, cortou o caminho a muitos. Não conseguiu porem evitar que, vencendo formas directas ou indirectas de repressão, uma arte de intervenção, correspondente a grandes movimentos de transformação social, acabasse por vencer todas as barreiras e passar a sua mensagem através de novos e enriquecedores recursos formais.
Ao contrário do que afirmam alguns críticos, não é porem a repressão que “provoca” os novos movimentos.
Não se registando uma intervenção repressiva, a mensagem e a criatividade formal acabam por irromper dentro do próprio sistema".
Álvaro Cunhal: “A arte, o artista e a sociedade”
Júlio Pomar - A Marcha, carvão e aguarela sobre papel (1946)
Hoje roubei todas as rosas dos jardins
e cheguei ao pé de ti de mãos vazias.
Sê paciente; espera
que a palavra amadureça
e se desprenda como um fruto
ao passar o vento que a mereça.
Eugénio de Andrade
* Ao contrário da imagem totalitária que os Media, afectos ao 25 de Novembro e à ideia liberal subsquente, sempre quiseram fazer passar, Álvaro Cunhal foi um moderado.Sintomática é a estória contada por Adelino Gomes no regresso de Álvaro Cunhal a Portugal após o 25 de Abril quando já no aeroporto Charles deGaulle mudou súbitamente do voo da Tap de manhã, para um da Air France à tarde para que não fizesse todo aquele Paris-Lisboa no mesmo avião em que "estava previsto que viessem uns radicais" (entre eles José Mário Branco) e assim se evitassem "complicações"
* “A via defendida pelos dirigentes do Partido Comunista – escrevia a revista da Politica Operária em 1964 – só pode facilitar o triunfo de um golpe militar e o escamoteamento da revolução pela burguesia, a passagem de Portugal dum regime capitalista antiquado a um capitalismo moderno” – o que de facto aconteceu, como hoje todos sabem. Chega agora a vez de a “nova esquerda”, na luta contra o neoliberalismo, nos impingir as velhas receitas do PCP, revistas e aumentadas.
Francisco Martins Rodrigues (ex-dirigente do PCP na década de 50)
* "Vão-se embora, já saíram todos!"
O conflito sino-soviético motivou confrontos políticos e ideológicos tremendos entre comunistas e maoístas dentro do campo antifascista.
Um ódio intenso foi cavando uma rivalidade belicosa entre essas duas correntes políticas. Para os "marxistas-leninistas", os militantes do PCP eram "cunhalistas" ou "revisionistas". Aos olhos destes, os membros dos grupos "m-l" não passavam de "esquerdistas, provocadores".
No Forte de Peniche chegou mesmo a passar-se do insulto verbal a confrontos físicos no início dos anos setenta. Quando lá entrei, em Março de 1974, já os dois colectivos estavam separados em pisos incomunicáveis entre si. Chegada a hora da libertação, os presos do colectivo maoísta recusaram-se a ir saindo sem os camaradas que o general Spínola queria manter encarcerados por terem cometido delitos de sangue. Enquanto decorriam as negociações com advogados para resolver o impasse, os presos do PCP foram saindo ao longo da tarde e da noite de 26 de Abril.
Quando, finalmente, todos os presos maoístas passaram o portão exterior do Forte às três da manhã de dia 27, qual não foi o espanto quando ouvimos da boca das nossas famílias o que se passara horas antes. Ao completar a libertação dos seus presos, quadros do PCP disseram aos populares de Peniche, concentrados à saída da prisão, para irem para casa, pois lá dentro já não estava mais ninguém.
O sectarismo cego e obtuso tomou o freio nos dentes ao longo dos meses seguintes, mas veio logo ao de cima quando a liberdade dava os primeiros passos.
António Perez Metelo no DN
quinta-feira, junho 09, 2005
Watergate, grupo Bildelberg e o Washington Post - uma estória que nenhum "Garganta Funda" jamais revelará,,,
a herança macabra da Familia Meyer
“Alguem deve supervisar os governos e o Poder Privado parece-me a entidade adequada para o fazer”
David Rockefeller,dono do Chase Manhattan Bank e fundador da Trilateral (o braço politico do Bilderberg), em entrevista à Newsweek em 1999.
* BBC: mais do mesmo - "Discurso de Greenspan indica mais uma vez alta de juros"
Portugal, Corrupção e Clientelismo,SA
Condensado do “Publico” de 8 Junho:
Henrique Neto, um bem sucedido empresário (Ibermoldes) próximo da ala-esquerda do PS de que foi deputado, apela em carta (de 19 de Maio) ao Parlamento, à fiscalização dos Contratos e negócios com o Estado em geral e no âmbito da Defesa Nacional em particular.
Um caso cuja opacidade é suspeita é o processo de negociação dos contratos de Contrapartidas para a compra de material para as Forças Armadas (submarinos e helicópteros) sem que até à data alguma dessas contrapartidas negociadas por PAULO PORTAS tenha sido executada pelas empresas fornecedoras (Augusta Westland,EHI,FerrostalAG e GSC).
O actual ministro da pasta Luis Amado já classificou o processo como “um EMBUSTE, que é inaceitável”
Onde terão ido parar os proventos das negociatas cujo volume em contrapartidas para o Estado deveria ser de 2,3 mil milhões de euros? (o equivalente a 24% do défice!)
O actual porta-voz do Ministério da Defesa frizou: “Não se trata certamente de um acaso, mas de um sofisticado processo de simulação” realizado pela ESCOM, a empresa consultora escolhida por PAULO PORTAS (do grupo Espirito Santo a empresa do BES já envolvida no escândalo "SobreiroGate") com cuja colaboração activa e pouco clara os fornecedores se podem excusar ao cumprimento do contratado. Luis Horta e Costa, constituido arguido por suspeita de “tráfico de influências” no caso atrás mencionado, administrador da Escom, nomeou o irmão Miguel Horta e Costa como consultor da Escom para a área das contrapartidas nos negócios com Paulo Portas, que declarou que “não tem havido condições para negociar com os consórcios internacionais envolvidos porque cabe ao Estado defenir quais os sectores da economia onde as contrapartidas deverão ser aplicadas através de uma CPC a criar”. Essa CPC existe e foi presidida durante os governos do Cherne-ignóbil por Brandão Rodrigues, um dirigente do CDS-PP nomeado por Paulo Portas. Fechou-se o círculo!
Na carta de Henrique Neto afirma-se ainda que a “omissão da comissão está ao serviço de previsiveis interesses que não sei quantificar, no sentido de criar um capital de queixa das empresas fornecedoras sobre as Autoridades nacionais” isto para “impedir o Estado português de accionar os mecanismos legais conducentes a qualquer pedido de indemnização”
* Outro dos principais visados na carta é o ex-Ministro da economia e finanças de Guterres PINA MOURA que tambem tutelou o sector energético, e nessa qualidade vendeu a Petrogal à ENI, vendeu parte do capital da EDP e da Galp à Iberdrola,,, sendo posterior e simultâneamente Deputado, Administrador da GALP e presidente da empresa de energia IBERDROLA Portugal, empresas onde tinha mediado esses negócios e participado nos processos de PRIVATIZAÇÃO enquanto Governante, vindo depois a tornar-se Dirigente de todas elas!
* porra! Não há sintaxe que resista a explicar tudo isto,,, alô, alô doutor Jaime Gama?,você é pago para nos “representar”!,,, está alguém em casa?
* PS - "A dança dos 'Superboys":
"Enquanto a nova lei não chega, o Executivo de José Sócrates vai nomeando gente todos os dias. Ainda não passaram três meses desde que José Sócrates tomou posse e já emitiu 894 despachos de nomeações. Desses, 784 são para os gabinetes dos governantes e 110 são para institutos, programas operacionais, direcções-gerais, unidades de missão e conselhos de administração de empresas. O número de pessoas despachadas para os mais diversos cargos pelos actuais governantes é, no entanto, superior ao número de despachos emitidos, uma vez que alguns diplomas dizem respeito a 3, 9 ou 16 elementos - saiba tudo, tim-tim por tim-tim, aqui ao lado no "Cão de Guarda"
o Poder Popular avança na Bolivia! - Nem eleições nem sucessão: Governo Revolucionário!
o Presidente Carlos Mesa demite-se pela 2ª vez em 3 meses
e vejam só para onde ele fugiu da multidão:
"O lider do Movimento ao Socialismo (MAS), Evo Morales, com grande apoio popular, advertiu que as manifestações iniciadas em 16 de maio continuarão, enquanto não sejam atendidos os pedidos de nacionalização dos hidrocarbonetos e a convocatória para uma assembléia constituinte.
O presidente da Federação de Juntas de Moradores do município El Alto, Abel Mamani, explicou que a renúncia de Mesa pode ser uma manobra para desmobilizar o povo, como aconteceu recentemente. E advertiu que os protestos continuarão, inclusive com o presidente interino que eventualmente substituir Mesa, até conseguir que sejam atendidos os pedidos sociais. Por tanto, ratificou uma nova manifestação em La Paz, similar à que teve lugar segunda-feira, 6 de junho, considerada a maior nessa cidade, durante os últimos 20 anos.
Morales e Mamani coincidiram com o secretário executivo da Central Operária Boliviana (COB), Jaime Solanas — que também chamou para manifestar-se nas ruas — em rejeitar a possibilidade de que Mesa seja substituído pelo presidente do Congresso, Hormando Vaca Diez, e o da Câmara de Deputados, Mario Cossío.
Mesa tinha fugido do Palácio ao meio-dia, atacado por milhares de manifestantes. À tarde, reuniu-se com o embaixador dos Estados Unidos e com o alto comando militar.
* restante artigo AQUI
* O deputado boliviano Evo Morales, o principal líder de oposição da Bolívia, disse à imprensa boliviana nesta quarta-feira que "não há condições para (o presidente do Senado, Hormando Vaca Díez assumir o poder. Se ele assumir, vai haver uma guerra civil" - mais noticias AQUI
* Emergem as Assembleias Populares Populares - AQUI
* As três Forças que lutam pelo Poder na Bolivia - Aqui e Aqui
* Esquerda Europeia pronuncia-se sobre a Bolivia - Aqui
e vejam só para onde ele fugiu da multidão:
"O lider do Movimento ao Socialismo (MAS), Evo Morales, com grande apoio popular, advertiu que as manifestações iniciadas em 16 de maio continuarão, enquanto não sejam atendidos os pedidos de nacionalização dos hidrocarbonetos e a convocatória para uma assembléia constituinte.
O presidente da Federação de Juntas de Moradores do município El Alto, Abel Mamani, explicou que a renúncia de Mesa pode ser uma manobra para desmobilizar o povo, como aconteceu recentemente. E advertiu que os protestos continuarão, inclusive com o presidente interino que eventualmente substituir Mesa, até conseguir que sejam atendidos os pedidos sociais. Por tanto, ratificou uma nova manifestação em La Paz, similar à que teve lugar segunda-feira, 6 de junho, considerada a maior nessa cidade, durante os últimos 20 anos.
Morales e Mamani coincidiram com o secretário executivo da Central Operária Boliviana (COB), Jaime Solanas — que também chamou para manifestar-se nas ruas — em rejeitar a possibilidade de que Mesa seja substituído pelo presidente do Congresso, Hormando Vaca Diez, e o da Câmara de Deputados, Mario Cossío.
Mesa tinha fugido do Palácio ao meio-dia, atacado por milhares de manifestantes. À tarde, reuniu-se com o embaixador dos Estados Unidos e com o alto comando militar.
* restante artigo AQUI
* O deputado boliviano Evo Morales, o principal líder de oposição da Bolívia, disse à imprensa boliviana nesta quarta-feira que "não há condições para (o presidente do Senado, Hormando Vaca Díez assumir o poder. Se ele assumir, vai haver uma guerra civil" - mais noticias AQUI
* Emergem as Assembleias Populares Populares - AQUI
* As três Forças que lutam pelo Poder na Bolivia - Aqui e Aqui
* Esquerda Europeia pronuncia-se sobre a Bolivia - Aqui
Tendências de Mercado
Botero imortaliza Bush
* Jung Shang, a chinesa autora do best-seller americano “Cisnes Selvagens” redigiu uma nova biografia de Mao Tsé-Tung que intitulou, de meias com o co-autor o americano Jon Halliday, de “Mao-A História Desconhecida” onde ambos determinam com precisão que “Mao foi o maior criminoso da história” contabilizando em 70 milhões de mortos as vítimas, numero para o qual decerto contribuiram tambem todos os cães e gatos chineses assassinados à época. À pergunta de um jornalista,porque seria que Mao era ainda tão popular na China, Chang respondeu peremptória que se trata de “lavagem aos cérebros” (1 bilião e 300 milhões de cérebros,no caso) e informou que vai agora traduzir o volume para a língua chinesa, o que é sempre salutar, tendo em consideração que a vida de Mao é muito mais profundamente conhecida na América do Norte, onde a escritora reside,,, e de onde admitiu regozijar-se com o aumento generalizado do nível de vida dos seus compatriotas.
* Os gastos dos consumidores em livros nos Estados Unidos subiram no ano passado em 3,4% comparado com o ano anterior. O aumento dos livros com temáticas Religiosas aumentaram 17,3% no mesmo período.
* A guerra como motor da Economia:
“A palavra Reconstrução implica que a guerra esteja terminada e que se esteja a tentar simplesmente reconstruir…isto aplica-se particularmente no caso do Afeganistão. Mas não se pode aplicar no caso do Iraque”. Disse Paul Wolfwitz o recém empossado presidente do Banco Mundial e um principais ideólogos da destruição do país.
* Donald Rumsfeld numa Conferência sobre segurança asiática:
“Se a China não é alvo de nenhuma ameaça exterior, porquê todo o seu investimento no militarismo?”
* Enquanto na América do Norte e na Europa o numero de jornais diários vendidos decresceu 0,2% e 1,4% respectivamente, as vendas na Ásia subiram 4,1% e na América Latina 6,3%.
* A taxa de desemprego no Japão baixou para 4,4% a mais baixa desde 1998 e o número de suicídios com causas em dificuldades económicas baixou no ultimo ano para 7.947, menos 950 do que em 2003.
* As primeiras denuncias do ex-Director do FBI, Mark Felt sobre o “escândalo Watergate” tiveram lugar no dia 17 de Junho de 1972, só vindo o autor a revelar-se publicamente como o “Garganta Funda” 33 anos depois!,,, usando o mesmo tipo de raciocínio é provável que em 2033 se venham a conhecer as fraudes que estiveram na origem da “eleição” de George Bush na Florida em 2000. Milhares de "gargantas" já botaram fundo a boca no trombone.
* Os gastos militares mundiais em 2004 superaram US$ 1 trilhão de dólares pela primeira vez desde o final da Guerra Fria, segundo o SIPRI, um importante grupo de estudos militares europeu com séde em Estocolmo (Instituto Internacional de Investigação para a Paz). Cerca da metade dos gastos militares pertencem aos Estados Unidos, país que teve o orçamento de defesa aumentado em função da suposta "guerra contra o terrorismo".
* Jung Shang, a chinesa autora do best-seller americano “Cisnes Selvagens” redigiu uma nova biografia de Mao Tsé-Tung que intitulou, de meias com o co-autor o americano Jon Halliday, de “Mao-A História Desconhecida” onde ambos determinam com precisão que “Mao foi o maior criminoso da história” contabilizando em 70 milhões de mortos as vítimas, numero para o qual decerto contribuiram tambem todos os cães e gatos chineses assassinados à época. À pergunta de um jornalista,porque seria que Mao era ainda tão popular na China, Chang respondeu peremptória que se trata de “lavagem aos cérebros” (1 bilião e 300 milhões de cérebros,no caso) e informou que vai agora traduzir o volume para a língua chinesa, o que é sempre salutar, tendo em consideração que a vida de Mao é muito mais profundamente conhecida na América do Norte, onde a escritora reside,,, e de onde admitiu regozijar-se com o aumento generalizado do nível de vida dos seus compatriotas.
* Os gastos dos consumidores em livros nos Estados Unidos subiram no ano passado em 3,4% comparado com o ano anterior. O aumento dos livros com temáticas Religiosas aumentaram 17,3% no mesmo período.
* A guerra como motor da Economia:
“A palavra Reconstrução implica que a guerra esteja terminada e que se esteja a tentar simplesmente reconstruir…isto aplica-se particularmente no caso do Afeganistão. Mas não se pode aplicar no caso do Iraque”. Disse Paul Wolfwitz o recém empossado presidente do Banco Mundial e um principais ideólogos da destruição do país.
* Donald Rumsfeld numa Conferência sobre segurança asiática:
“Se a China não é alvo de nenhuma ameaça exterior, porquê todo o seu investimento no militarismo?”
* Enquanto na América do Norte e na Europa o numero de jornais diários vendidos decresceu 0,2% e 1,4% respectivamente, as vendas na Ásia subiram 4,1% e na América Latina 6,3%.
* A taxa de desemprego no Japão baixou para 4,4% a mais baixa desde 1998 e o número de suicídios com causas em dificuldades económicas baixou no ultimo ano para 7.947, menos 950 do que em 2003.
* As primeiras denuncias do ex-Director do FBI, Mark Felt sobre o “escândalo Watergate” tiveram lugar no dia 17 de Junho de 1972, só vindo o autor a revelar-se publicamente como o “Garganta Funda” 33 anos depois!,,, usando o mesmo tipo de raciocínio é provável que em 2033 se venham a conhecer as fraudes que estiveram na origem da “eleição” de George Bush na Florida em 2000. Milhares de "gargantas" já botaram fundo a boca no trombone.
* Os gastos militares mundiais em 2004 superaram US$ 1 trilhão de dólares pela primeira vez desde o final da Guerra Fria, segundo o SIPRI, um importante grupo de estudos militares europeu com séde em Estocolmo (Instituto Internacional de Investigação para a Paz). Cerca da metade dos gastos militares pertencem aos Estados Unidos, país que teve o orçamento de defesa aumentado em função da suposta "guerra contra o terrorismo".
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