Pesquisar neste blogue

sexta-feira, junho 17, 2005


“O sufrágio universal, ao dar um boletim de voto àqueles que sofrem, retira-lhes o fuzil”
Victor Hugo

Passou o tempo das revoluções executadas por pequenas minorias conscientes à frente das massas inconscientes, da “vil multidão” manipulada pela demagogia que opõe os estados-maiores politico-partidários.
Não é o “Comunismo” que ameaça actualmente a “propriedade privada” – se é que alguma vez foi esse o caso - - mas a Financiarização e o autoritarismo crescente dos “Mercados-Livres” que compromete o seu “generoso dinamismo”, situação que não altera no essencial o pensamento de Marx, na medida em que este é de crítica dialéctica numa perspectiva histórica que sobrevive incólume ao determinismo mecânico filosófico do século XIX que foi ultrapassado pela Ciência so século XX.
Os princípios de conservação e de degradação da Energia, a teoria darwinista da Evolução e a crítica Marxista da Economia Politica arruinaram o modelo clássico de Newton. As ciências da transformação já não falam hoje de certezas pré-determinadas, mas sim de probabilidades, de opções e de bifurcação.

Unir essas incertezas numa ampla frente comum de Esquerda numa plataforma mínima que englobasse todas as correntes desde comunistas a socialistas libertários poderia parecer uma tarefa de singela homenagem ao velho lider revolucionário (se é que alguma vez o foi) e anti-fascista (que isso sim, sem dúvida foi). Não parece ser essa a intenção do PCP, por exemplo com a sua candidatura autárquica "autónoma" em Lisboa, mais uma batalha que se sabe ser antecipadamente, por mais uma causa falhada.

Sem comentários: