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quinta-feira, junho 30, 2005

Textos-Chave da Globalização


“Atingimos a época do comércio, época que deverá naturalmente substituir a da guerra, da mesma forma que a da guerra necessáriamente a precedeu.
A Guerra e o Comércio não são mais do que dois meios diferentes de chegar ao mesmo fim, o de possuir aquilo que se deseja. O Comércio não é outra coisa senão uma homenagem prestada à força do possuidor pelo aspirante à posse. É uma tentativa para obter, de comum acordo, aquilo que já se desistiu de obter pela violência.
A guerra é portanto anterior ao comércio. Uma é o impulso selvagem, o outro o cálculo civilizado. É evidente que quanto mais a tendência comercial dominar, mais a tendência guerreira se deverá enfraquecer.
O único objectivo das Nações modernas é o descanso, com o descanso o bem estar, e como fonte do bem estar a Indústria. Cada dia que passa, a guerra torna-se o meio mais ineficaz para atingir esse objectivo(...)
Benjamim Constant –“De lèsprit de Conquête et de l`usurpation dans leurs rapports avec la Civilization Européenne. (1814)

“Pela exploração do mercado mundial, a burguesia deu um caracter cosmopolita à Produção e ao Consumo de todos os paises. Para grande pena dos reaccionários, retirou à industria a sua base nacional. As antigas industrias nacionais foram já aniquiladas ou estão ainda a sê-lo diáriamente. São suplantadas por novas industrias, cuja adopção se torna uma questão de vida ou de morte para todas as nações civilizadas; estas industrias não empregam já matérias primas indígenas, mas matérias primas vindas de regiões mais remotas, e a sua produção é consumida não só no próprio país como em todas as partes do mundo. Em vez das antigas necessidades que eram satisfeitas pelos produtos nacionais, nascem novas necessidades que reclamam, para a sua satisfação, os produtos oriundos dos paises e climas mais distantes. No lugar do antigo isolamento e da autarquia local e nacional, desenvolve-se um comércio generalizado, uma interdependência generalizada das Nações. E o que é verdade quanto à produção material, não o é menos quanto às produções do espirito. As obras intelectuais de uma Nação tornam-se um bem comum. As particularidades e a fronteira nacional tornam-se cada vez mais impossiveis; da multiplicidade das literaturas nacionais e locais, nasce uma literatura mundial”
Karl Marx e Friedrich Engels, Manifesto do Partido Comunista (1847)

“O que sucede porém, quando o pensamento Ocidental não se limita já ao seu espaço geográfico original, a esta Europa que o viu nascer em detrimento do mundo orgânico da Idade Média, e se espalha por toda a parte, invadindo os continentes, um após outro, para se tronar um pensamento planetário, presente em todas as coisas, tanto na nossa vida privada como na nossa vida pública? Começa então a era do choque das constelações (...)
Revolução Islâmica (ou outra, hindu, chinesa,etc),,, : qual dos dois termos é mais activo, mais determinante? Revolução ou Islão? É a Religião que muda a Revolução, que a santifica e sacraliza de novo? Ou, pelo contrário, é a Revolução que historiciza a Religião e faz dela uma religião comprometida, ou seja, uma ideologia politica? É evidente, infelizmente, que é sempre a constelação planetária que vence. É ela que retira a outra da sua órbita e a reintegra na sua própria constelação, impondo-lhe as suas próprias leis e a sua própria inércia. Não é a Revolução que se islamiza com vista a um porvir, uma escatalogia, até mesmo a uma transfiguração visionária do mundo como a que antigamente aparecia aos sábios e aos místicos; é o Islão que se torna Ideologia, que entra na História para combater os infiéis, ou seja, as ideologias concorrentes, as quais são geralmente ideologias de esquerda mais bem equipadas e em quaisquer dos casos mais conformes ao espirito da época. Ao proceder deste modo, a religião cai na armadilha da Razão: querendo opôr-se ao Ocidente, ocidentaliza-se; querendo espiritualizar o mundo, seculariza-se; e querendo negar a História, integra-se inteiramente nela”
Daryush Shayegan “Qu`est-ce qu`une révolution religieuse?” (1991)

1 comentário:

Anónimo disse...

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