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terça-feira, outubro 11, 2005

Bob Marley faria, este ano, 50 anos


Desde o primeiro álbum, “Catch a Fire” (Acenda-se o fogo) O cantor sabia do que falava; ele viveu na favela Trenchtown mais de quinze anos, convivendo com esgotos a céu aberto, barracos e cortiços.
As suas letras expressam a revolução que o povo “raggamuffin” — os fracos e oprimidos que habitam as favelas e guetos —, desejava para se livrar da degradação ambiental, da miséria e do desemprego, causados pelas graves desigualdades sociais do seu país, a Jamaica.
Entretanto como tudo o que extravasa as fronteiras da miséria, e se torna famoso (perigoso) o movimento Rastafari e Reggae tinham passado a ser monitorados pela CIA, e há suspeitas de que a agência de espionagem norte-americana esteve envolvida no atentado contra Bob Marley e a sua banda, em Dezembro de 1976. Na ocasião, Bob Marley e The Wailers estavam a ensaiar um espectáculo livre, numa praça pública, quando um chegou um grupo e disparou de rajada sobre os musicos. Rita Marley levou um tiro de raspão na cabeça, Bob foi atingido no braço e os quatro tiros directos ao seu peito foram interceptados pelo corpo do seu empresário, Don Taylor, que ficou paraplégico. Depois disso, o cantor exilou-se em Londres.
Na Jamaica o povo diz que o atentado foi obra ou tinha o dedo dos yankees. Documentos da CIA tornados públicos nos anos 90 confirmam as acções de espionagem contra Bob Marley e o seu grupo.
Em 1979, num concerto na Arena dos Heróis Nacionais os Wailers deram um concerto de beneficência para as crianças rastas e, na ocasião, cantaram músicas que denunciavam o atentado, como “Ambush in the night”, em que a letra diz “(...) emboscada na noite, todas as armas apontadas para mim; emboscada na noite, eles abriram fogo contra mim; emboscada na noite, protegida por sua majestade…”
CIA: It rock`s?, It sock`s!?
"Operação Chaos" uma explicação para muitas mortes misteriosas de estrelas do Rock`and`roll?

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