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Vasco Pulido Valente*, pois é dele que se trata, para não deixar dúvidas, começa logo por se equivocar na 1ª linha do que escreve: “Exceptuando a extrema-esquerda, não há economista em Portugal que não ache o Orçamento de Estado uma perfeição”. Ora, na medida em que este O.E. se destina a continuar a desmantelar aquilo que ainda resta do Estado-providência, depois da tarefa iniciada pelo agora Comissário Barroso em 2001, os extremistas são eles!. Que não suportam uma crítica radical de Esquerda, sem recorrerem a lançar o ferrete dos adjectivos.
Por exemplo, a avaliar pelo incremento das campanhas publicitárias em curso, as garantias de acesso dos cidadãos à Saúde são agora tratadas aos balcões dos Bancos e das Companhias de Seguros. Alguém nos haveria de explicar quem é que votou em consciência neste modelo neo-liberal de importação norte-americana.
VPV mente por omissão, quando não deixa explicito que o Orçamento foi elaborado pela facção que está instalada no Poder – a face dita socialista do Bloco Central que é totalmente subserviente da ideologia Neocon de Washington. Eles não são apenas de Direita, eles são de Extrema-Direita.
O neto do velho Pulido Valente (o avô foi um Comunista da velha guarda do PCP), conclui informando os seus leitores que os bons velhos tempos não voltarão. É pouco, se considerarmos que se partiu de uma mistificação.
Conforme notava um outro americano dos “bons velhos tempos”, Walter Lipmann, "aos orgãos de informação de referência só tem acesso a escrever quem não tenha nada para dizer".
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