Qualquer família com capacidades saudáveis sabe gerir aquilo que tem, quando e se é que possui condições de garantir a sua própria susbsistência,,,
Quando não há possibilidade de se ganhar o seu próprio sustento, não há nada para gerir e fica-se na mais completa dependência,,,
Parece que é isso que se passa com a maioria dos portugueses que adquiriram hábitos de consumo de ricos, mas que trabalham e produzem como os pobres e despreocupados, e o pouco que conseguem ganhar é ainda assim espoliado para fins duvidosos,,, como o engajamento político à solução transatlântica fundada sobre ilegalidades do direito internacional. Daí virão, supomos, fartos dividendos, mas que pelo que se vê, não chegarão senão para manter os previlégios dos suspeitos do costume, como é normal e consentido na sociedade-modelo de além-Atlântico. No reverso da medalha, os sacrifícios e os custos cabem-nos a todos, como é patente cada vez que nos atrevemos a aproximar de uma bomba de combustivel, e por aí acima na inflacionada cadeia económica.
A aplicação das receitas neoliberais nos paises do centro capitalista europeu, estão a dar maus resultados para os seus povos – é sabido em benefício de quem e para manter o que atrás se disse. Veremos até quando os figurantes obrigados a representar o papel de “cavalo do inglês” se vão habituando a viver comendo casa vez menos, quiçá talvez mesmo até a deixar de comer,,,
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Cumprindo a tendência europeia-pró-americana de governos ditatoriais do grande Centro de alternância fictícia, Ps e Psd coligaram-se tácitamente para assumirem que dos resultados das eleições locais não deveriam ser extrapoladas conclusões que pusessem em causa o prosseguimento das politicas iniciadas com Durão Barroso em 2001 de liquidação do Estado Social, abrindo um vasto campo de negócios privados nas áreas da Saúde, Seguros, Educação, Administração dos Serviços Sociais, etc. Depois destas eleições autárquicas os porta-vozes e outros arautos do Governo prometeram hoje soleneMENTE manter o rumo; mais cortes no orçamento do Estado para 2006, não subir novamente os impostos (!), nova vaga de privatizações no prelo com os CTT à cabeça, manter os investimentos dos grupos de interesses instalados em redor das obras da Ota e do TGV, ao mesmo tempo que se preparam para transferir para as Autarquias verbas abaixo das corrigidas com o valor da inflacção, torpedeando a Lei das Finanças Locais.
Deste cocktail do que popularuchamente pretende ser o discurso do “país que vai prá frente”, vai resultar, como se torna evidente uma nova redução do já degradado poder de compra das classes médias, enquanto as Élites, regra geral parasitas “afilhadas da Dona Branca” neoliberal, multiplicam previlégios e cada vez mais oportunidades. Aliás, hoje em dia, é justamente esse o préstimo visivel do Estado – promover os negócios exteriores das classes possidentes, policiar no interior os ressentimentos das classes espoliadas.
Este homem ri de quê?
José Sá Fernandes prometeu ser o “provedor dos lisboetas” na Câmara. As primeiras palavras de Carmona Rodrigues de agradecimento pela vitória foram para o famigerado Santana Lopes, e em simultâneo avisou que só haverá Pelouros para quem apoiar o seu programa, que como se adivinha, só pode ser de continuidade – especulação imobiliária com alienação do património dos terrenos públicos camarários em favor da massificação da construção na cidade – uma vitória que se traduz numa nova sorte-grande para os promotores imobiliários com a criação de novas centralidades modernaças para Ricos e uma clara derrota para os pobres lisboetas que verão desaparecer a Lisboa dos bairros populares que não se destinem a fins turisticos com fachadas reabilitadas, estagnação dos transportes e anarquia nas acessibilidades, continuação das politicas de expulsão dos menos capazes para os guetos suburbanos, propaganda infecta e promoções a granel para as catedrais de consumo supérfluo em detrimento dos espaços públicos de usos lúdicos comuns dos cidadãos lisboetas – o engenheiro Carmona mascarado de “técnico” e a vereadora Zézinha têm quatro anos para implementarem o início de uma longa e bela amizade tentando construir uma lucrativa caricatura pós-moderna da Cidade para uso visual de mirones pacóvios.
Longos passeios de mãos nos bolsos pelos extensos corredores da Câmara Municipal de Lisboa, sem qualquer acesso a processos relevantes se auguram ao vereador Sá Fernandes, enquanto irá assobiando para os jornais que se dispuserem a ouvi-lo questões a que ninguém passará cartucho nenhum. A luz de uma candidatura Independente de cidadania efectiva apaga-se dentro do túnel da indiferença.
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