Jean-Leon Gerome, 1847 – Museu D`Orsay
¿ então senhores barões, militantes e simpatizantes do PSD, vocês vão-nos desmentir aquela nossa velha impressão que Vossas Excelências só se constituem em Associação quando estão sentados no Poder e há bastas benesses e mordomias para distribuir?
Para além do camarada de Gaia há por aí mais alguém capaz de ter um discurso frontal? Façam qualquer coisa no intervalo dos almoços, mexam-se carago – p/e, podem começar por aqui, por exigir saber quem mandou “limpar o sebo” ao vosso fundador:
Falta de vergonha na cara
(uma carta do leitor Manuel Dias Martins, do Porto)
“É a primeira vez que escrevo sobre o chamado “acidente” de Camarate. De há 26 anos para cá, sempre dei o beneficio da dúvida às nossas autoridades policiais e judiciais para ser apurada a verdade. Quando tudo decidiram arquivar, sem qualquer procedimento, quis acreditar que tinham razão. Quem era eu, simples cidadão, que não sou polícia nem jurista sequer, para pôr em dúvida centenas de especialistas e magistrados. Agora que um indivíduo já referenciado pelas autoridades policiais vem a público, numa entrevista, confessar que preparou pessoalmente a bomba que terá vitimado um primeiro-ministro e um ministro da Defesa, ambos em funções, bem como outros dois acompanhantes e o próprio piloto, fiquei envergonhado de ser português. Mas quem não tem de facto vergonha na cara são os responsáveis de topo das autoridades policiais e de investigação, os magistrados da Procuradoria e todos os restantes que escreveram e decidiram que Camarate foi um acidente. A começar por Feitas do Amaral, que sem ninguém o obrigar, que eu saiba, veio no dia seguinte ao do trágico evento “determinar” em público que havia sido um acidente. Em qualquer outra democracia, de gente com coluna vertebral, a seguir às declarações do confesso criminoso, teria havido “mea culpa” dos responsáveis e demissões de cargos públicos, caso estivessem ainda em funções. Neste nosso amado cantinho, nada se passa, ninguém tem sequer vergonha na cara” (Publico, 14/Dez.)
Há uma aliança entre a mentira e a destrutividade: quanto mais se mente mais destrutivo se é, isto tanto a nivel individual como colectivo. É como se na politica estivesse institucionalizada a tolerância à mentira, ao faz de conta. Não há legitimidade para a mentira.
Rui Coelho, Psiquiatra do Instituto de Psicanálise do Porto, no colóquio “O Homem e a(s) Mentira(s)
(ps - o professor, decerto por lapso, ainda não deve ter notado que lá pelos galinheiros partidários quem trabalhar com base na verdade não sobe na carreira)
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