A corrupção do futebol é uma parte ínfima da corrupção geral do país. E serve principalmente para a esconder”
Vasco Pulido Valente
“Quando um dos nossos mais carismáticos comentadores irrompeu pela blogoesfera arrasou a concorrência deixando a milhas em número de visitas os contumazes abades da paróquia: Pachecos, Fernandes e Mirandas à direita, Tavares, Vitais e Tadeus à esquerda, Saraivas, Marcelinos e Monizes onde der mais jeito, no papel ou nas imagens. (a Sociedade Anónima dos Nomes Mediáticos) Este nosso apreço por quem diz mal de tudo, e de todos entre si, pode ser uma boa profissão e Pulido Valente é um profissional disso mesmo; o costume arrebanha boa freguesia; tem raizes profundas na prática generalizada do reviralho contra a união nacional salazarenta, uma das raras vezes na História em que estivemos quase todos de acordo (todos, menos “eles”) – e o uso desta dicotomia traz lucros imediatos – os “inimigos” fazem falta para legitimar o Poder contra os “maus”; afinal, veio-se a descobrir depois, até Salazar teria dado uma mãozinha invisivel na mirabolante fuga de Peniche ao secretário geral do partido dito comunista.
Quando o Espectro fez a sua aparição logo os teóricos (aos quais miseravelmente me dedico nas horas vagas) bateram as suas píveas intelectuais na perspectiva de se estar a assistir ao nascimento das tais “comunidades de leitores” de onde, da profusão individual das participações, nasce a riqueza de conhecimentos diversificados que permitem que a sociedade se torne também ela própria mais rica; ou das necessidades de partilha gratuita e de outras tretas. Mas o clone modernaço do “Sampaio da Revolução” de bem com os miguelistas de Novembro, tornar-se-ia num “emblema singular do jornalismo doutrinário e da luta pela Liberdade”? como o velho Espectro o foi "da sombra das victimas que acompanhou sempre os seus assassinos e opressores? – seria a umbra mortis, esse fantasma que não deixa de atanazar o rico no seu palácio nem o pobre na sua cabana? – seria o innocente a clamar vingança contra o seu perseguidor?, foi o dedo invisível da Providência a escrever nas paredes da casa de Balthasar e sentença da sua morte”?
Nada disso. Aqui nem o redactor nem o tipógrafo que faziam chegar os panfletos por portas travessas às caixas de correio dos ministros, foram perseguidos. O Vasco Guedes, dito Pulido Valente por via do marketing que o nome do avô comunista lhe legou, tinha tido aquela ideia do Blogue apenas para mostrar competência na angariação de audiências para garantir emprego certo como colunista no “Público” à mulher Constança desempregada vinda do falido “Independente”.
Afinal,
dando alento aos cépticos sobre as elaboradas teorias conspirativas que regem os grandes temas, por uma vez sem exemplo, o grande acontecimento teve razões bem mais comezinhas,,,
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