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sexta-feira, janeiro 05, 2007

História das Artes: o Renascimento

Na sinagoga de Nazareth Village Jesus citou Isaías 61 numa espécie de manifesto de partido proto-comunista: “Eu trouxe (fiz o download) do Espírito do Senhor para o meu Corpo para anunciar boas novas para os Pobres”
Lucas 4:16-30
“Jesus sabia o que eles tencionavam fazer… fazê-lo Rei pela força e abandoná-lo depois pelos montes à sua sorte”
João 6:15





















O abade Dubos (1670-1742) que com as suas "Reflexões Críticas Sobre a Poesia e a Pintura" influenciou Hume que por sua vez influenciou Kant na “Crítica da Faculdade do Juízo” chegaria depois à conclusão que o primeiro objetivo da arte é emocionar.
A arte significa a possibilidade de fazer as pessoas mais felizes; e como é sabido, o pobre quando está contente torna-se generoso – condição prima para ser esmifrado. Isso mesmo pensaram os ociosos com jeito para as artes pictóricas, malteses dados a encher os bandulhos nos hortus botanicus dos abades – se oferecermos os nossos serviços ao Clero, os únicos poderosos na Terra que por esta altura têm bens e dinheiro, arranjamos uns belos tachos. Eles ultrapassam pela esquerda as imagens gastas das foleirices bizantinas e dos medonhos góticos europeus e escusado será retratar mais malvistos Cristos armados em guerreiros da Fé e da Verdade nos seus cavalos brancos. (corcéis em vez de cavalos e gládios em vez de espadas na erudita vulgata bíblica justiceira Re dei re e Signore dei signore). Giusto de Menabuoi adoptou o nick name de Giotto e foi o primeiro que começou a aviar cabeças aureoladas a sóis incandescentes pelas paredes frescas do baptistério de Pádua, introduzindo o efeito de perspectiva nas composições enquanto as figuras eram humanizadas nos ambientes naturalistas das paisagens. (Olha!, olha! afinal os santos são gente como nós, embasbacava-se a parolada). O êxito de público atraído pelos Renascentistas, na grande viagem a Itália, só seria suplantado 500 anos depois pelos 15 milhões de visitantes anuais da Virgem de Guadalupe na América latina – uma imagem, dizem, pintada por extra-terrestres. Quanto mais analfabetos existirem e mais miséria proliferar, mais lucrativo se torna o negócio. A imaginação governa o mundo; e a curiosidade é mais importante que o conhecimento – é nessa evolução que os guardiões da manutenção e expansão dos templos enchem os bolsos. Milhares de cabeças de santos aureolados proliferaram, coisa que, com razão, horroriza o Islão – que o diga o Cat Stevens, dito Yusuf, que fez a viagem inversa. Um dos primeiros a chegar a Pádua foi o nosso Fernão de Bulhões y Taveira Azevedo (1195-1231) que, anos depois de mudar o nome para António, viu reconhecido o seu misticismo e catedral própria montada, tendo-se por lá finado. Estava lançada a primeira pedra na nova era de obscurantismo dos crimes cometidos ao abrigo das leis anti-terroristas “malleus maleficarum”, um manual da caça às bruxas de que a Igreja não só se escapou mais ou menos incólume, como ainda foi esse justamente o leit-motiv para enriquecer com isso, claro. – logo agora quando a lenha das florestas europeias se extinguiu e se intentam queimar a petróleo outros credos na fogueira do fundamentalismo
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