"A evolução das espécies depende da escassez de comida. Por esta razão, as crías de qualquer espécie lutarão entre elas pela sobrevivência"
in “O Pesadelo de Darwin”
Ernesto Sábato:
“Segundo parece, a dignidade da vida humana não estava prevista no plano de globalização. A angústia é o único sentimento que alcançou niveis nunca vistos.
Num mundo que vive na perversidade, onde uns poucos contabilizam os seus lucros sobre a amputação da vida da imensa maioria. Tem-se feito crer a um e outro pobre diabo que pertence ao Primeiro Mundo por ter acesso a incontáveis produtos num supermercado. E enquanto o pobre infeliz dorme tranquilo, encerrado na sua fortaleza de bugigangas e quinquilharias, milhares de familias devem sobreviver com um dólar por dia. São milhões os excluidos do grande banquete dos economistas. Estamos no entendimento de um mundo onde, em vez de se cuidar do desespero, aumenta o egoismo e o “salve-se quem puder”. Mesmo que os mais desafortunados sucumbam na profundidade das águas, nalgum recanto distante da catástrofe, no meio de alguma das festas de disfarce, continuam dançando os homens do poder, ensurdecidos pelas suas gargalhadas”.
Mas, melhor que ninguém, o próprio presidente dos Estados Unidos, o primeiro no pós-Guerra nos explicou porque são as coisas assim. Pode-se ouvi-lo aqui neste video - Dwight Eisenhower em 1961 explica como já nessa época 3 milhões e meio de americanos estavam envolvidos no Complexo Politico Militar. Que dizer dos dias de hoje, quando os Estados Unidos têm 725 bases militares repartidas por 130 paises distintos no mundo?
(tema para aprofundar aqui)
Pode-se fazer o download do filme completo "Why We Fight", por este link:
http://oldamericancentury.org/why_we_fight.ram
Evocando o discurso de despedida como presidente de Dwight D. Eisenhower, Eugene Jarecky realiza una autopsia directa ao facto da vontade do povo ser um factor acessório e totalmente irrelevante na política do Pentágono. "¿Por que lutamos?" (Why We Fight?) é a pergunta que tem sido feita por milhões de norte americanos através da sua história. Este documentário intenta dar resposta a esta questão à qual nos Estados Unidos só se ouve responder: "Pela liberdade". (liberdade de quê e de quem?) - O autor questiona, além do mais, se a indústria do armamento é o motor da economia americana e se os conflitos bélicos são rentáveis. Para isso conta com testemunhas – criticas em muitos casos – de importantes personalidades da politica e da cultura dos Estados Unidos.
Vencedor do Grande Prémio do Juri do Festival de Sundance 2005. Não exibido em Portugal.
Uma simples mistificação dos economistas da escola neoliberal norte-americana, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias de Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos. Neste sentido, só o Presente é nosso, não o momento passado nem aquele que aguardamos, porque um está destruido, e do outro, se não lutarmos, não sabemos se existirá.
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