É oficial; a Time assume o declínio da superpotência que sobrou, dá-nos conta da quebra provocada do dólar, para que os EUA possam continuar a comprar mercadorias baratas no mercado global vivendo à custa do trabalho alheio; diz-nos que “Estamos no Fim do Jogo” (até onde cairá o dólar? os sinais são claros); presta-nos contas da explosão do défice , (tanto comercial como de conta-corrente), insustentável: 8 triliões no ano passado), e a propósito da próxima reunião da Cimeira de Davos,
fazendo uma analogia com o titulo da canção de Paul Simon assume que o comércio livre “atravessa uma ponte de águas revoltas”,,, Outros sub-titulos encimam artigos sobre “Balanço Precário” e acerca da inviabilidade futura deste modo de produção fundado no outsourcing e nos transportes intensivos em cima de energias não renováveis escrevem que estão “Perdidos na Floresta”. Tudo isto porém se passa na edição destinada à Europa e Ásia – porque na edição da Time para consumo interno, em vez do cágado a puxar o mundo, o tema de capa é um dossier sobre as mais recentes evoluções no mapeamento das actividades do cérebro. Interessante, porque bastante útil para aprender a usar, numa das sociedade mais ferozmente exclusivas do mundo, onde quem não tem aptidões dificilmente sobrevive. Termina com a interrogação global: “quem precisa dos EUA?” - como diria aquela figura satírica saída aos pulos da floresta africana: “Aminão”!
Para além do Trabalho e do Comércio usuais no Imperialismo do “dinheiro honesto”, (o mundo ocidental habituou-se a usar e abusar dos recursos sem pagar por eles) o Império trouxe a herança de Reagan: a desregulamentação financeira que provocou o Militarismo, a Inflação e o Défice. Para pagar os custos de guerra, o aumento das taxas de juro pela Reserva Federal, que depois do inicio da guerra do Iraque passou de 2 para 6% e a inflação, estão a arrasar as famílias endividadas, causando o desmoronamento do valor do imobiliário que, através das hipotecas, tem suportado o crédito ao consumo. Na senda das mesmas práticas de contabilidade fraudulenta inaugurada pela Enron que elegeram Bush, o Produto Interno Bruto americano contabiliza até, como se fossem um valor, os pagamentos dos empréstimos das habitações. O mundo ocidentalizado está a apostar claramente na inflação como a sua única salvação. "Esqueça as doenças, a fome e a pobreza. Se se pretender encontrar os valores mais eminentes da humanidade (guiada pelo glorioso Ocidente) por intermédio do volume dos recursos financeiros que são mobilizados no mundo contemporâneo esses objectivos são, sem dúvida, os que se encontram ligados à defesa e ao armamento!!!" Qual será o impacto de tudo isto?
(entre nós portugueses, é este)
A taxa de poupança familiar dos países asiáticos é de 40%, a nossa é negativa. Devido ao endividamento excessivo a economia dos EUA está prestes a implodir. Atrás do colapso económico dos EUA dar-se-á a implosão do sistema monetário mundial baseado na moeda virtual que tem sido o petroDólar. Tal não aconteceu ainda, apenas porque os tradicionais aliados de Bush, (aliás, sócios efectivos desde os primórdios da Unocal em Houston) os Sauditas Wahabitas das monarquias oligárquicas que exploram o petróleo no Médio Oriente ( dominam a formação de preços na Opep, e financiaram os "terroristas" do 11/9), reinvestem os lucros em valores nos EUA atenuando os efeitos do défice.
Os EUA compram mais ao exterior do que o que produzem para venda ao exterior e esta situação é insustentável; o Capitalismo é insustentável - a saída tem sido criar uma bolha de desenvolvimento atrás da destruição causada pelas guerras pelos recursos. Mas Bush é ainda pior que se possa imaginar!. Foi quando o Iraque do partido Baas decidiu trocar a comercialização do petróleo de dólares para euros que o regime se condenou e essa foi a razão porque foi decretada a invasão. Depois disso, também o Irão, a Rússia e agora, mais grave porque de maior impacto, a China – todos eles abandonam as transações em dólares.
“Olhem para o passado e vejam para trás quantos impérios ascenderam e cairam, e assim podem prever também o futuro”
Marco Aurélio
Depois da falência do Império, caindo por terra a macro-estrutura económica de dominação, estão abertos os caminhos do futuro – uma Alta Autoridade Global eleita de tipo colegial supervisionará a gestão dos recursos a nivel mundial, deixando em aberto a autonomia na competição livre e democrática entre Regiões – primeira prioridade para o Decrescimento: produzir local e consumir local, sempre que possivel. Aplicação de um plano de emergência, com recurso aos meios militares disponíveis, para salvação ambiental do planeta.
Frente Anti- Imperialista Mundial - Venezuela e Irão unem-se e resolvem retirar, dos seus lucros petroliferos, um fundo de ajuda aos paises pobres que sejam confrontados directamente com a luta contra o Imperialismo.
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