in “Viagem ao Fim da Noite” de Céline, 1932
"É tempo de apertar (ainda mais) o cinto e os pessimistas temem que um dia destes José Sócrates comece a pedir aos portugueses para usarem o papel higiénico dos dois lados".
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Jerónimo de Sousa diz que os socialistas estão a fazer o trabalho sujo para "criar condições para a Direita voltar ao Poder". É este o discurso do politicamente correcto - o PCP não diz que o PS é ele próprio a Direita (a outra face da moeda neoliberal), sempre na eterna esperança de se sentar com os socialistas às mesas dos diversos orçamentos. Radicalizar o discurso significaria ser marginalizado, perder clientela eleitoral, quiçá enfrentar a ilegalização - e isso, não convém. Mas, a seguir ao que aconteceu (e está a contecer) depois que os autointitulados "comunistas" foram banidos da coligação "Por Lisboa" ainda é preciso ter muita fé para continuar a acreditar,,,
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Nova Declaração de Principios da AD ("Aliança Democrática", para os mais esquecidos)
Na nossa Coligação cumprimos com o que prometemos. Só os imbecis podem crer que não lutaremos contra a corrupção. Porque se existe algo de sagrado para nós é que a honestidade e a transparência são valores fundamentais para alcançar os nossos ideais.
Demonstraremos que será de muito má fé continuar a acreditar que as máfias partidárias continuarão a ser parte integrante do governo como noutros tempos. Asseguraremos, sem margem para dúvidas, que a justiça social será a finalidade principal do nosso mandato. Pesem estas nobres intenções, todavia há gente estúpida que pensa que se pode continuar a governar com as artimanhas da velha politica. A nossa primeira medida, após formar governo, será fazer o impossivel para pôr termo às situações privilegiadas e ao tráfico de influências. Não permitiremos de modo nenhum que os nossos filhos tenham uma formação insuficiente. Cumpriremos os nossos propósitos, ainda que os recursos económicos se tenham esgotado. Exerceremos o poder até que todos compreendam, desde agora e de uma vez por todas, que nós somos a “Nova Politica”
(assinatura ilegivel)
Parafraseando o judeu Robert Zimmerman “how many times (and governments) must a man walk down” sem que, quando se ouvem os zumbidos de suas excelências os Dinossauros Excelentissimos, a plebe não se recorde do divertido Macaco de mestre Watteau?
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O Macaco Escultor - Jean Antoine Watteau – (1710)
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