Os investimentos em grande escala e a longo prazo em infra estruturas turisticas – hotéis, restaurantes, móveis importados e alimentos – desviaram reservas da agricultura: a produção agropecuária, em especial a de produtos alimentícios, declinou significativamente e sobretudo a sua disponibilidade para a população local. Cuba transformou-se num país dependente de alimentos do exterior. Enquanto o turismo atraía divisas fortes, gastavam-se centenas de milhões a importar alimentos. A dependência alimentar em relação aos Estados Unidos incrementou a vulnerabilidade de Cuba perante qualquer endurecimento do embargo à exportação. O turismo, que serviu como estratégia imediata e necessária no “Periodo Especial”, transformou-se desgraçadamente num sector de crescimento intrinseco e estratégico para a economia.
O problema com a nova dependência (como com a anterior da URSS) é que oferecem soluções a “curto prazo” enquanto a longo prazo agravam os problemas estruturais, entre os quais uma má distribuição dos “recursos humanos” (há arquitectos a trabalhar como empregados de hotel) e a ausência de uma economia diversificada capaz de enfrentar os inevitáveis ciclos económicos endémicos do mercado capitalista mundial.
É incompreensivel a dependência agrícola cubana em relação ao capital estrangeiro, em especial de investidores no sector cítrico, dada a abundância de agrónomos, operadores agrícolas de extensão e oportunidades de aprender tecnologia de mercado nas escolas e universidades nacionais. O mercado mundial dos citrinos é especialmente lucrativo para o capital, desde o Brasil nos anos 70 a Cuba que entrou recentemente no circuito, o que faz com que os lucros saiam da ilha. E pela mão de quem?
Rafi "Stinky" Eitan
Segundo Gilad Atlon, em “Just a Farmer in Cuba”, um artigo publicado no Haaretz em 3 de Julho de 2007, a notícia refere-se à empresa israelita de Rafi Eitan, antigo chefe das operações europeias da Mossad, a policia secreta de Israel: “Eitan é sócio de uma companhia que possui vastas hortas em Cuba... que se ocupa da agricultura em Cuba... produzindo concentrado de sumos cítricos na recentemente construída e designada como a maior fábrica do mundo”Para além disto, capitalistas israelitas estão a investir dezenas de milhões de dólares num complexo de escritórios de seis pisos em 186.000 metros quadrados. O projecto é uma sociedade conjunta entre a agência estatal cubana Cubalse e o Grupo BM, outra corporação israelita dirigida por Rafi Eitan
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7 comentários:
El bombazo de "Operación Ogro"......¿Por negarse Carrero al uso de las bases españolas en la guerra de Yom Kippur?
muere en extraño accidente de tráfico oswaldo paya sardiñas.......
¿inventar un asesinato para cubrir el delito de un militante del Partido Popular?
aaron
angel sanchís, explotación de cítricos en argentina......
ex tesorero fraguista de AP.....
genocidio en guatemala
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