Uma simples mistificação dos economistas da escola neoliberal norte-americana, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias de Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos. Neste sentido, só o Presente é nosso, não o momento passado nem aquele que aguardamos, porque um está destruido, e do outro, se não lutarmos, não sabemos se existirá.
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quinta-feira, junho 18, 2009
Cenas canalhas
Na internacionalização do nosso fado, um destino miserável é que a puta socialista de alto rendimento investida no poder tenha uma morte macaca censurada às mãos de um gígolo da laia do CDS/PP. E de caminho o delegado pelos donos do bordel, o enviado socialista ao esquema mulbilionário do Banco Central veja os fregueses espantarem-se com a chinfrineira em torno da gestão do negócio do endividamento das meninas. Destino malvado, reina a ordem na vida real, fado d`um ladrão, espevitam-se as madames maquilhadas na televisão. Em cena, a actual grande mistificação é saber, diria melhor, encobrir confundindo, as origens da nossa crise nacional com as origens da crise mundial importada. Vamos primeiro a um ensaio de resposta simples que chega lá de fora: “os governos criaram um monstro – os Bancos com acesso aos fundos públicos” nota o Sunday Herald. Mas, e criaram-no só agora?, com as ajudas às instituições falidas?,
Não! afinal o acesso das máfias da partidocracia ao bolo dos bens públicos confiscados em impostos aos cidadãos já é um cenário relativamente antigo, agravado desde o crash do Nasdaq em 2000 (gerido pelo Maddoff), Bush, Barroso e sucedâneos naturais, como Sócrates, todos vírus residentes da mesma vara porcina neoliberal que cria dinheiro ficticio sem qualquer relação com o valor real das coisas. Se alguém o faz, toca a consumi-lo. O desbragado acessso da elite dos negócios aos fundos públicos durou (e ainda assim preparam-se para o eternizar) enquanto durou o imperceptivel esquema de Ponzi - senão vejamos um episódio recente do folhetim: um notável banqueiro do regime, Dias Loureiro, sacou 8 milhões para a sua conta bancária apenas num negócio do BPN. Vítor Constâncio afirmou ontem na audição no Parlamento que “há uma dúzia de grandes cúmplices e responsáveis pelo que aconteceu” no banco falido. Ora, partindo do principio que cada um dos “responsáveis” que meteram a colherada no mel se aviaram pelo mesmo valor, daí resultam 12 x 8 igual a 96 milhões. Onde páram as restantes massas que faltam para a pexincha dos “menos de mil milhões de euros” de Constâncio?. Como tartamudeou oportunamente Cavaco Silva: “estão desaparecidas!”. Negócio de Estado e segredo de injustiça. Ponto final, alguém acredita?.
Na apoteose da trapalhada o ministro Teixeira dos Santos vai hoje à comissão de inquérito da AR (em directo no PúblicoOnline) responder à difícil questão “afinal quanto vai custar exactamente aos contribuintes portugueses a intervenção do Estado no Banco Português de Negócios”?
Palpita-nos que o ministro vai ainda fazer menos que a secretária italiana do judeu Madoff: quando foi chamada a depor afirmou taxativamente: “o silêncio do meu patrão está a encobrir outros”. Quem?, não interessa, “não vão conseguir nada”, disse ontem da janela do prostíbulo outro expert na matéria: o major Loureiro. Conforme afirmou ontem VítorConstâncio o antigo procurador Souto Moura, nomeado pela coligação PSD/CDS, na sequência de noticias de contra-ordenações detectadas durante a Operação Furacão que envolviam o BPN, recusou fazer uma reunião com o BdP sobre o assunto; e José Souto Moura preferiu agora não fazer qualquer comentário, afirmando que já não se lembra de nada
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