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Thriller
“Há quem se recorde que depois dos Estados Unidos terem entrado na II Grande Guerra, o presidente Roosevelt que era popularmente conhecido pelo “Doutor New Deal” (traduzindo livremente, “Novos Negócios”, “Novas Oportunidades”) se começou a auto apelidar mais apropriadamente de “Doutor-Ganha-a-Guerra”. O seu propósito era, através de uma metáfora, deixar claro ao homem de rua certas mudanças de política que eram requeridas pelas novas circunstâncias. Mas a figura de estilo na retórica realmente foi mais fundo do que ele pretendia. O doente capitalismo norte-americano estava realmente muito enfermo. Nos últimos dez anos do “Doutor-Novo-Negócio” os “Novos Contratos” mantiveram-no vivo, mas não por muito mais tempo. O “Doutor Ganha-a-Guerra” fez muito melhor, ou pelo menos aparentou fazê-lo; e quando ele se retirou de cena em 1945 parecia que uma completa e pacífica retoma tinha sido encontrada. Mas não por muito tempo. Em meia dúzia de anos o “Doutor Guerra-Fria” tomou o comando e sacrificou os métodos do seu predecessor. O resultado de novo pareceu bom – por um breve período de tempo. Mas estamos agora a chegar ao ponto onde cada vez mais pessoas podem ver que os remédios administrados pelo “Doutor Guerra-Fria” a longo prazo matam mais que a cura. Virá o tempo em que um novo “Doutor” será preciso. Afortunadamente, ou desafortunadamente, só há um disponível nas redondezas, o nosso velho amigo “Doutor-Novo-Negócio”, que não tem encontrado emprego desde 1941”
Leo Huberman e Paul M. Sweezy, há 50 anos, na edição de Junho de 1959 da Monthly Review
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