Objectivos atingidos: que a teocracia faça as contas aos presentes, ignore as razões dos ausentes e se perpetue no Poder; e que a bipolarização ("nós" perdemos, "eles" ganharam, parabéns aos dois) entre os dois grupos que alternam nos governos seja cada vez maior.
Abstenção e legitimidade democrática
Quanto mais baixa é a participação, menor será a legitimidade do Parlamento. Portugal volta a registar menor taxa de participação, 36,5 por cento, em relação à média da União Europeia que será de cerca de 43,01 por cento.
Se não houvesse uma espécie de mercado negro do voto manipulado pelos senadores do Poder - riscam-se do mapa os que não participam e segue-se como se nada tivesse acontecido, como afinal fez jurisprudência o Senado de Roma quando os senadores expulsaram os plebeus da cidade e na sua ausência resolveram votar um
“plebis scitum” (votamos nós no lugar onde eles deveriam estar mas não estão)
Assim, se por um qualquer milagre (ou revolução) se pudesse votar a zeros a historiografia do poder democrático e começar tudo de novo princípio,,, dos 736 deputados europeus eleitos, atendendo à crise e a medidas de austeridade adequadas, apenas os eleitos efectivos pelos 40 por cento de eleitores tomariam assento nos seus lugares, ou seja 294 deputados no total para representar a Europa, ficando os restantes lugares vazios, conforme o (não) voto popular determinou. De Portugal seguiriam apenas 8 (mais 0,78 de uma perna, barriga ou bolso de encaixe de mordomia de outro), a saber, pelo Bloco Central 5 deputados e pelos restantes partidos 3,78)
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para além de efusivas comemorações (sobre quê?), não esquecer:
"Não devemos abandonar a luta contra o Tratado Constitucional!"
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