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terça-feira, janeiro 11, 2011

aprender, aprender sempre

"o ensino privado foi uma conquista de abril" (comunicado dos bispos, face ao corte nos subsidios do Estado para escolas de cariz religioso)

Um significativo grupo corporativo de professores guardiães da sabedoria clássica pronta a engolir nas escolas, pensa que "a Wikipédia é a mais monumental colecção de disparates jamais coligida pelo espírito humano". Eles combatem a epidemia de cópias que os alunos retiram da internet a partir das quais apresentam trabalhos não originais em detrimento de formas de raciocinio originais clássicas. (o que implicitamente marginaliza a importância dos professores como mentores oficiais das élites dominantes). A verdade porém tem outras facetas. Eis três hipóteses de copiar conhecimento por comparação através da Internet sobre uma das entradas de pesquisa mais famosas do mundo: Jesus Cristo

1. Messianismo: "tudo o que Jesus Cristo é, tudo o que fez e sofreu por todos os homens, participa da eternidade divina, e assim transcende todos os tempos e em todos se torna presente" (do Catecismo da Igeja Católica)
2. Ateísmo: etimologicamente, o filho do grego “Theos” (Deus) nunca existiu. Aqueles que não acreditam em isoterismos colocam um "A" antes do Theos, considerando-se um “sem deus” Atheo (Ateu)
3. Wikipedia: “Jesus Cristo é a forma como a Bíblia se refere àquele cujos seguidores consideram Jesus o Messias, o Filho de Deus (transformado em carne humana). A expressão "Jesus Cristo" surge várias vezes nos escritos gregos da Bíblia, no Novo Testamento, e veio a tornar-se a forma respeitosa como os cristãos se referem a Jesus, um judeu que, segundo os Evangelhos, nasceu em Belém da Judeia” (Jesus Histórico)

Que fazem os professores com isto? nada, ou para não generalizar, quase nada! porém "não é aceitável que haja tanto saber produzido por dinheiros públicos que não seja vertido para as páginas da Wikipédia, onde pode ser encontrado, acedido, usado e enriquecido por todos. Seria natural que os professores das instituições de ensino fossem contribuintes regulares da Wikipédia, mas tal não acontece":

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6 comentários:

Anónimo disse...

a minha filha que está no terceiro ano da faculdade tem dois professores(?) que pregam a todos os ventos o uso abundante da Wikipédia para os trabalhos deles!?!
com que cara de pau poderei dizer o contrário?

xatoo disse...

Leu o artigo do José Vitor Malheiros? muito bom, está lá tudo

Anónimo disse...

meu caro,repare, não estou nada contra a Wikipédia, estou sim em saber se a maior parte dos artigos são credíveis sabendo que qualquer um pode alterar o que quer que seja a seu belo prazer, vc sabe disso melhor que eu não é assim?

ah, tinha esquecido q tenho uma cunhada q é professora, grande discussão tive com ela sobre a wiki!
fundamentalista.

no meu tempo, as enciclopédias q consultava para os meus trabalhos da escola, tinha q mexer a minha peida e ir à biblio mais próxima de casa!
era assim q funcionava a credibilização dos TPCs.

já tinha lido o artigo, concordo com algumas coisas.

xatoo disse...

"qualquer um pode alterar o que quer que seja a seu belo prazer"
não é bem assim. Qualquer um que procure viciar a credibilidade de uma entrada enfrenta um cerrado supervisionamento de todos os outros. Além do mais não é qualquer um que tem acesso a produzir ou a alterar textos, é preciso ter constuido um historial concreto de prestações credíveis e sancionadas pela maioria dos autores. Nunca vi nada mais democrático
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e-ko disse...

ó pá, já há 4 anos que ando na blogo a dizer isso mesmo; que as nossas elites são arrogantes, ignorantes e madraças, não fazem excepção os professores que só se preocupam com a defesa dos seus previlégios...

é evidente que uma classe que pode tirar proveitos avultados com o insucesso dos alunos, não vai colaborar à borla na wikipédia!...

Anónimo disse...

caro xatoo, então o que me está a dizer é que vale a pena credibilizar a wiki?
já fico mais sossegado!