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segunda-feira, junho 17, 2013

A Invenção dos Judeus Portugueses (II)

A “Consolação às (a)Tribulações de Israel”, a primeira "obra literária" em português de um alegado judeu, era praticamente desconhecida em Portugal e pelo mundo fora, até que a Fundação Gulbenkian resolveu editar o livro em 1989. Na referida obra, o autor Samuel Usque serve-se de uma prosa inspirada nos textos bíblicos, na literatura sagrada e em clássicos gregos, "para contar a história do povo judaico, mártir e perseguido, ao mesmo tempo que declara a esperança dos Judeus atingirem a Terra Santa" (em 1553).

Diz-se no próprio prefácio da edição da Gulbenkian: "“o texto levanta problemas, os quais não foram, nem poderão vir a ser esclarecidos de maneira satisfatória. Há os porquê e para quê, assim como os para quem” (pp133). O original das “Tribulações de Israel” é dedicado a Gracia Nasi, comparada pelo autor “ao próprio Sol por afeição em ser eu, ilustríssima Senhora vossa feitura (…) grato das muitas mercês que de vossa larga mão tenho recebido

Quem era Gracia Nasi?

Gracia Nasi”, nascida em Lisboa em 1510 como Beatrice de Luna no seio de uma família espanhola de Aragão, foi uma das mulheres mais ricas da Europa renascentista. Adquiriu fortuna quando se casou com Francisco Mendes Benveniste, dono da eminente casa internacional financeira - a Casa dos Mendes - igualmente operadora das carreiras de naus de comércio de especiarias entre Lisboa e Antuérpia (então um principado dos Habsburgos) para onde, depois de uma passagem por Ferrara em Itália, Dona Gracia se mudou depois que ficou viúva em 1538. Era tia de José Miquêz, uma figura importante na politica do Império Otomano para onde Gracia emigrou novamente, vindo a morrer em Constantinopla em 1569. Gracia Nasi era então alguém a quem chamaríamos hoje "grande empresária" cuja familia detinha o monopólio da carreira de transferência de bens vindos de África e do Oriente com destino ao norte da Europa, mais desenvolvida. Com Lisboa reduzida a mero entreposto comercial de transição a "epopeia dos descobrimentos" viu-se submetida aos interesses estrangeiros. Gracia Nasi era então "uma das pessoas mais ricas e importantes da cidade, possivelmente morando na luxuosa Rua Nova próxima do centro financeiro e da Alfândega" (conforme menciona Esther Mucznik a biografia que pariu da personagem), residindo ao lado de banqueiros e comerciantes abastados vindos de toda a Europa atraídos pelas oportunidades de investimento com o retorno de juros elevadíssimos - isto é, Gracia Nasi ascendeu à condição de "judia" pela sua posição sócio profissional. Como rica e sanguessuga, integrou por direito próprio o grupo de judeus odiados pelo povo ao qual a Igreja naqueles dias dava uma mãozinha condenando a usura.

E no entanto, diz a moderna propaganda judeo-sionista ao construir a lenda, Dona Gracia ajudou milhares de judeus pobrezinhos a safar-se das agruras das perseguições da Inquisição liderada pelos cristãos, fazendo jus às seculares "atribulações do povo de Israel"...
Não se percebe!
A patrona Gracia e os seu protegido Samuel Usque que fugiram da Inquisição portuguesa foram refugiar-se em Ferrara ficando a "trabalhar" sob a égide de um notável Duque italiano que era ele próprio uma simbolo da Inquisição decretada pela Papa sobre todos os submissos povos do sul da Europa?

12 comentários:

Anónimo disse...

Como vc. é burrinho??? repetindo e arrotando tanta bobagem........fiquei com pena

Anónimo disse...

Doña Gracia Nasi, a mulher judia mais impressionante de sua época, nasceu em Lisboa, Portugal, em 1510, e morreu em 1569. Possuidora de um vasto e complexo império comercial e financeiro na Europa, administrou-o, preservando-o e ampliando a sua fortuna, apesar dos esforços de reis e outros dirigentes para afastá-la de seu patrimônio.

Doña Gracia salvou centenas de marranos da morte e das perseguições. Apesar de seus esforços para estabilizar a economia e a política da comunidade judaica, fracassou. Mesmo assim, foi uma mulher à frente de seu tempo. Tentou agir contra o anti-semitismo, impondo um boicote econômico. Tentou construir uma pátria judaica na Palestina, tendo Tiberíades como base.

A señora, a dama, Ha-geveret – em hebraico – marcou de uma maneira indelével a cultura judaica. Sua lembrança foi perpetuada através das inúmeras sinagogas que têm o seu nome, entre elas, uma em Esmirna, El Kal de la Señora, sinagoga que foi muito freqüentada até 1970, sendo gradativamente abandonada até se tornar um galinheiro.

Doña Gracia Nasi é considerada a heroína por excelência do judaísmo, em geral, e do judaísmo sefaradita, em particular. Nascida no seio de uma família de marranos batizada à força, era obrigada a usar o nome cristão de Beatriz de Luna, substituindo-o mais tarde por Gracia, Hannah, em hebraico. Seu irmão Agostinho Miguel era médico na corte e lecionava medicina na Universidade de Lisboa.

Em 1528, ao 18 anos, Beatriz casou-se com Francisco Mendes, outro marrano que, junto com seu irmão Diogo Mendes, lidera um império de comércio de pedras preciosas e especiarias, além de bancos em vários países da Europa. O casal tem uma filha chamada Brianda que, mais tarde, tornou-se conhecida como Reyna. Em 1537 Francisco Mendes morre, deixando uma criança e uma viúva, que fica à frente de uma imensa fortuna: o império dos Mendes.

A Inquisição foi estabelecida em Portugal em 1536 e Beatriz, percebendo o perigo que corria no país, aos 26 anos, deixou o seu lar acompanhada da filha, da irmã e de seu sobrinho João Miquez (futuro Joseph Nasi), então com 13 anos. Viajaram para a Antuérpia, passando pela Inglaterra e conseguindo fugir, salvando seus bens, para encontrar seu cunhado Diogo Mendes.

Mantendo sempre a aparência de família cristã, Beatriz integra-se e frequenta a mais alta sociedade da Antuérpia. Trabalhando juntamente com o seu cunhado e sócio, expandiram seus negócios. Beatriz era considerada o melhor banqueiro dos reis da França, do Imperador Charles V. Paralelamente a seus negócios, Beatriz e Diogo montaram uma base de operações clandestinas, organizando rotas para ajudar as famílias marranas a fugirem de Portugal e da Inquisição, estabelecendo-se em outros países.

Beatriz e sua família permaneceram em Antuérpia até a morte de Diogo Mendes, em 1543. Quando um nobre cristão pediu a mão de sua filha em casamento, viu-se então diante de um grave problema. Por adiar inúmeras vezes uma resposta positiva, surgiram suspeitas sobre a "lealdade cristã" da família. Beatriz, determinada a casar a sua filha Reyna somente com um judeu e pressentindo o perigo, tomou uma séria decisão.

Em uma manhã, já no final de 1544, o palácio de Beatriz na cidade foi encontrado totalmente abandonado. Sem avisar ninguém, levando apenas suas jóias e pertences pessoais, partiu com a família para Veneza, deixando tudo aos cuidados de seu sobrinho João Miquez.

Anónimo disse...

Foi durante este período de profundo estudo e meditação que, às vezes, o profeta Eliahu se revelava ao rabino Isaac Luria e lhe ensinava os mais profundos segredos da Torá. Durante um Shabat, o Ari contou à esposa sobre o aparecimento de Eliahu Hanavi, dizendo que deveria mudar-se imediatamente para Safed, em Israel, com o intuito de transmitir os ensinamentos da Cabala. A mudança deveria ser rápida, pois, segundo o profeta, ele teria apenas mais dois anos de vida. Seu antigo professor, o Radbaz, tinha-se mudado para esta cidade em 1553 e este fato deve ter também pesado na sua decisão. Era então o ano de 1570.

Apesar de seus profundos conhecimentos, o Ari optou por permanecer anônimo em Safed durante algum tempo, trabalhando como comerciante.

Logo após sua chegada, faleceu o rabino Moisés Cordovero, o Ramak (26 de junho de 1570), o líder da Academia de Cabala. Conta-se que ao ser questionado por seus discípulos sobre quem seria o novo líder da Academia de Cabala, Ramak disse-lhes que o seu sucessor seria revelado por um pilar de fogo que seguiria seu caixão. Aquele que o visse seria o novo líder.

E assim foi. No dia do enterro, o Ari foi o único a ver o pilar de fogo e foi reconhecido como novo líder. Um grupo coeso de adeptos e discípulos formou-se rapidamente ao seu redor. Mas o homem que se tornaria o grande discípulo do Ari e que transcreveria suas palavras, o rabino Chaim Vital, uniu-se ao grupo apenas seis meses mais tarde.

O rabino Vital, um grande cabalista, escreve que, na época, estava muito envolvido em seus comentários sobre o Zohar e acreditava que seus próprios conhecimentos eram superiores aos do próprio Ari. Mas após o primeiro encontro, o rabino Vital reconheceu a grandeza do rabino Luria, passando a ser seu mais fiel e famoso discípulo. O Ari informou-lhe que tinha vindo do Egito para lhe transmitir seus conhecimentos e que esta era a missão mais importante de sua vida. Os dois tornaram-se inseparáveis.

É difícil imaginar a quantidade de informações que o Ari conseguiu transmitir em menos de 18 meses mas, neste breve período, o rabino Vital conseguiu dominar o método luriano de estudo da Cabala, produzindo, após a morte de seu mestre, uma obra de 12 volumes. Dois anos após sua mudança para Safed, o fim anunciado pelo profeta Eliahau Hanavi concretizou-se: o Ari morreu aos 38 anos, em 15 de julho de 1572, data correspondente no calendário judaico a 5 de Av de 5332. Os seus ensinamentos receberam o status de autoridade máxima e colocados no mesmo nível do que os do Zohar. Seus hábitos foram analisados e considerados um modelo a ser seguido.

O Ari não escreveu praticamente nada, cabendo esta tarefa ao rabino Vital e ao seu filho, Shmuel Vital. Em suas obras, o rabino Chaim Vital descreve a personalidade do Ari, a quem considerava um ser celestial. Segundo ele, o rabino Isaac Luria não apenas tinha profundos conhecimentos da Mishná, do Talmud, da Hagadá e do Midrash, mas também descobriu o conhecimento secreto baseado nos mistérios do Masseh Bereshit, da criação do mundo.

Ele entendia a linguagem dos pássaros, o sussurro das árvores e ouvia a conversa dos anjos. Para ele, o deserto, as águas, as árvores, as plantas, os animais e os pássaros também são parte do mistério divino. O Ari falava com os bons e com os maus espíritos. Podia avaliar um ser humano observando a sua face e a sua testa. Ele sabia quais os atos cometidos por cada indivíduo no passado e podia prever o futuro, além de dominar a grafologia.

Ele acreditava na reencarnação das almas, tanto das pecadoras quanto das justas. Pois aqueles que pecaram em uma vida prévia, dizia, poderiam reencarnar para se arrepender de seus pecados. Consta que ele revelava a raiz da alma de cada discípulo, sua linhagem e suas reencarnações.

Anónimo disse...


Maravilhoso vídeo não deixe de ver

http://www.youtube.com/watch?v=F21xYzkdw_4

xatoo disse...

estes comentários reflectem o b-a-ba do que se chama no post de "moderna propaganda judeo-sionista", como sempre eivada da "literatura" completamente fantástica da biblia...
valha-nos deus!

xatoo disse...

e o burro sou eu?

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...

Caro xatoo, na falta de argumentação sempre é bom apelar para frases prontas de propagandas isto ou aquilo..........percebo que o esforço em negar o holocausto, a inquisição, etc, verdadeiros crimes contra a história e a VERDADE são farinha do mesmo saco tentam com isto aliviar a barra dos assassinos e externar ideias e pensamentos anti-semitas, vc. não foge a regra, vc. generaliza e fala como se todos os judeus fossem usurários, leia ""os judeus o dinheiro e o mundo"" do francês Jacques Attalli e verás o papel da classe dominante, da nobreza e da igreja nisto tudo....como vc. é burrinho e necessita de artigos polêmicos para dar vazão a este bloguinho chinfrim apela, muito normal na falta do que falar nada mais dá mais cartaz que falar dos judeus, gostaria de dizer que após o final da segunda guerra dizer ser anti´semita tornou-se politicamente incorreto e estes tornaram-se anti sionistas, mesma expressão com o mesmo objetivo e finalidade.......gostaria de dizer que a contribuição dos judeus no campo da ciência, medicina, física, matemática, biologia, sociologia, politica, etc é infindável já dos portugueses, nem preciso comentar, não acha???.......não gosto de generalizar, como vc. faz e pratica, coloca todo o povo judeu no mesmo balaio, mas aqui no Brasil diz-se que todo português é BURRO,algo que não concordo,mas no vosso caso serve direitnho a carapuça.....simplesmente lamentável que pessoas como vc , ainda querem difundir ideias com ranço , com ódio e raiva no seu âmago......repetir dogmas, mentiras e difamações muitas é errado, e na história da civilização a igreja teve seu papel marcante........vc. apenas arrota e vomita, na falta de capacidade nada melhor que isto.....

xatoo disse...

Anónimo das 11;57
Não fuja ao assunto. Entre Judaismo e Sionismo sabemos muito bem distinguir quem são uns e outros:
http://www.presstv.ir/detail/2013/01/07/282322/israel-carried-out-holocaust-against-jews/
Quanto ao mais, acho que Vc devia aprender a escrever em português...

Anónimo disse...

o português, nunca me fez falta, sou importador de fios e tecidos do oriente principalmente da china, e jamais precisei de um blog para melhorar minha auto-estima ou para me sentir gente, como vc. mais uma vez fugiu do tema prova que é burrinho mesmo..........questionar o holocausto , inquisição, etc, são armas daqueles que querem limpar a barra dos que promoveram isto, dentre eles o povo e a igreja portuguesa, e jogar a culpa nos judeus, alem é claro de promover ideias racista e xenófobas, como da usura...........gostaria de te dizer que xatoo aqui no Brasil é uma doença que vc. pega quando tem relações com mulheres promiscuas e /ou sem higiene, que te faz ficar com coceira incontrolável, nas genitálias principalmente no saco..............é mais ou menos o que vc.é um saco

Anónimo disse...

a mais uma coisa, gostei muito da tua tática para pedir socorro para a tropa de lambe sacos que te seguem....quem sabe eles responderão melhor que vc.........mais uma coisa se vc. não entender minhas postagens poderei escrever mais devagar ou então desenhar...........passar bem

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.