a deputada Licia Ronzulli, esta semana no Parlamento Europeu |
Trata-se de ideias claramente criticadas pelo grupo dirigente Bolchevique no seu conjunto. Em particular numa intervenção de 1923, Trotsky faz sabiamente notar que tal visão ignorava a “responsabilidade do Pai e da Mãe para com o Filho”, estimulando assim o abandono da criança e. portanto, o agravamento de um flagelo por si só já bastante espalhado na Moscovo daqueles anos. No entanto, de uma forma ou doutra, tais ideias eram bastante populares nos círculos do Partido. Ainda na inicio da década de 1930, Kaganovitch, um colaborador íntimo de Estaline viu-se obrigado a entrar em choque com elas. Embora aderindo completamente ao principio da libertação da mulher Kaganovitch lançou-se com veemência contra as posições extremistas que solicitavam a liquidação das cozinhas individuais e desejavam a convivência forçada em comunidades. Sabsovic, um dos planeadores de esquerda, propusera exactamente suprimir qualquer espaço de convivênciam comum entre matrido e mulher fora de um pequeno quarto com cama para a noite. Ele tinha avançado com a ideia de grandes edifícios-alvéolos de 2000 pessoas com todos os serviços em comum para estimular o “espírito comunitário” e suprimir a instituição “família burguesa”
O culto totalmente recente da família soviética não cai do céu. Os privilégios que não possam ser transmitidos aos filhos perdem metade do seu valor, Ora o direito de deixar em herança é inseparável do direito de propriedade. Portanto, a recuperação da instituição Familia remetia à defesa do direito de transmissão hereditária e do direito de propriedade e assumia, por isso, um claro significado contrarevolucionário.
De facto, por uma coincidência providencial – ironiza Trotsky – a reabilitação solene da Familia ocorre no mesmo momento em que o dinheiro volta a ser honrado: “a família renasce a mesmo tempo que se afirma o papel educativo do rublo”. A consagração da fidelidade conjugal anda junta com a consagração da propriedade privada; para dizê-lo em termos religiosos: “o quinto mandamento volta a vigorar ao mesmo tempo do sétimo, agora sem a invocação da autoridade divina”. Apenas com a autoridade do Estado.
3 comentários:
quem é esse Subsovic?
desculpe, há um erro, em vez de um "o" é um "a" - Trata-se de Leonid M. Sabsovic um quadro bolchevique subalterno da área da concepção urbana
http://en.wikipedia.org/wiki/Leonid_Sabsovich
muito obrigado
engraçado como o sempre "sugestivo" google não deu pela gralha...
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