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segunda-feira, setembro 23, 2013

para que servem as "eleições" na Alemanha se as grandes linhas da politica europeia já estão previamente definidas?

a Esquerda tem maioria no Parlamento alemão, certo? (não fosse a politica da "esquerda da tanga") Mas, a contracorrente, convém esquecer o Passos, o Portas, a Marilu Albuquerque e o resto da cambada: temos austeridade merkeliana para mais quatro anos - no seguimento da politica "Euro, não sei". Enquanto isso, o indefectivel aliado da Alemanha como potência hegemónica na Europa, François Hollande que representa a "esquerda da tanga", está perto de se tornar presidente mais impopular de sempre da V República francesa.

Voltando à terra, na divisão de trabalho definida em tempo pelos tratado europeus, a história de um pescador de Sesimbra, relatada a propósito do recente estudo "25 anos do Portugal Europeu" é exemplarmente ilustrativa do criminoso embuste do desmantelamento das forças produtivas em países periféricos como Portugal.

Carlos Aldeia, então com 67 anos, face à mirabolante oferta de fundos comunitários de apoio ao abate da frota pesqueira, resolveu aceitar reformar-se e pôr um ponto final na vida da embarcação que dirigiu por mais de 40 anos ao longo da costa portuguesa (doravante maioritariamente ocupada por licenças de pesca concedida a barcos espanhóis). Os tempos dificeis em que o sector mergulhou, levando os mais novos a seguirem outros rumos, tornavam a continuação deste projecto de vida inviável. E então avançou de motu próprio para o inevitável. Hoje, passada quase uma década, reconhece: "O que a União Europeia queria era as licenças, e eu tinha logo cinco...". A candidadura ao abate veio aprovada. Contudo a desilução havia de ser grande. Carlos Aldeia e o sócio, que tinham comprado o barco nos anos 70 por 110 contos, receberam 133 000 euros de compensação, mas foram logo surpreendidos com a retenção de 30 000 euros por parte da Direcção-Geral das Pescas. Sobre os restantes 100 000, as Finanças cobraram 36% e ainda foi preciso destinar 15 000 euros para IRS e mais 7 500 para dar baixa da empresa. No final, "o abate do barco deu 17 500 euros para cada sócio". E quando aos "filhos que tiveram de procurar outros rumos" em vez de seguir a actividade tradicional da familia... vieram amargamente a constatar que  a escolha de emprego em Portugal está condicionada à prestação de serviços na área de recepção a turistas ricos da Europa. (Fonte DN)

2 comentários:

voz a 0 db disse...

Boas!

Para que servem? Para que servem quaisquer eleições?
Para distrair as MANADAS DE ESCRAVOS que no final dos circos acham que lá porque lhes dão a permissão de fazer uma cruz numa folha de papel este acto serve para mudar alguma coisa... A bela da Ilusão é tão fácil de criar que até dá vontade de rir!

Eleições são meras ferramentas de propaganda e controlo de MANADAS treinadas para "TRABALHAR, CONSUMIR, CUMPRIR" e pelo que vejo adoram a "comida" que lhes despejam na malga!

Abraço
VOZ

Anónimo disse...

A voz tem razão, as eleições são um verdadeiro embuste criminoso. Tenho pena de não poder ter dinheiro suficiente para pôr uma data de processos à União Europeia e aos seus párias, por burla qualificada, corrupção, etc. Se fosse advogado desempregado, entretinha-me a ver como poderia castigar etes velhacos que por agora nos estão a ganhar.