"Não devemos negar totalmente a dívida. Devemos é dizer que os compromissos do Estado português para com os cidadãos e a coesão da sua sociedade são mais importantes do que as obrigações com os credores externos. Do ponto de vista ético e moral, as dívidas devem ser pagas, mas estamos a adiar o inevitável, porque o que não pode ser pago não vai ser pago. Seriam necessários orçamentos excedentários, durante várias décadas, para que Portugal conseguisse amortizar a sua dívida. É impossível pagá-la sem entrar numa trajetória de empobrecimento. Deve-se estabelecer, mediante acordo, qual o montante a pagar e as condições (prazos, juros), mas esta questão não está presente no discurso dos líderes europeus. Possivelmente teremos de nos impor unilateralmente, invocando um estado de necessidade. Devemos estar preparados para as eventuais retaliações que daí possam resultar, que é possível que impliquem a saída do euro"
(entrevista com Alexandre Abreu economista do Congresso das Alternativas)
Uma simples mistificação dos economistas da escola neoliberal norte-americana, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias de Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos. Neste sentido, só o Presente é nosso, não o momento passado nem aquele que aguardamos, porque um está destruido, e do outro, se não lutarmos, não sabemos se existirá.
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1 comentário:
Esta dívida é na sua maior parte "dívida odiosa" (ver catastróika e dividocracia, etc.), pelo que concordo que quanto mais depressa invocarmos o estado de necessidade de acorrer ao povo em vez de aos trapaceiros e criminosos credores (embora ambas as partes têm diversas culpas, os credores fizeram-no geralmente de propósito, o objectivo era o do " economic hitman"), melhor para Portugal, para a Europa e para o mundo, pois o Euro e a União Europeia são um verdadeiro embuste criminoso que só serve para a destruir e enriquecer a máfia nojenta e medíocre que tem manipulado os povos ao longo do tempo. Quem ganha honestamente o dinheiro promovendo o bem estar da sua família e da sociedade em geral, deve ser defendido, a criação do conceito de Estado era para a defesa do povo com ideais, culturas idênticas, etc., não foi criado para o melhor saquear e manipular, pelo menos não deveria ser esse o objectivo. Prefiro mais pobreza, do que menos liberdade e ver o país enrolado nas guerras e interesses do cartel químico-farmacêutico ou banksters ou chamem-lhe o nome que quiserem. Fui sempre contra a UE e contra o Euro. Os traidores e medíocres que nos governam não percebem ou não querem perceber nada de história e de como a Natureza funciona, fazem mal, um dia hão-de pagar a porcaria com que estão a pactuar. Experimentem desatar aos "berros" por todo o lado a dizerem que temos e queremos sair do Euro e se possível da União Europeia como estragaríamos o plano nojento que está por trás disso, iría ser interessante ver a reacção dos nossos traidores e dos seus patrões. A USSR, EUA, etc e vários outros impérios baseados em guerras ou aldrabices correram sempre mal. quando se juntou nos EUA os "esfomeados" e empreendedores de todo o mundo, para além dos nazis e outras escumalhas que lá se foram abrigar, um projecto que poderia ser "lindo" e mostrar a possibilidsde de gobalização e de um mundo melhor, mostrou exactamente o contrário, a concentracção de poder e a falta de referências que não fosse o dinheiro, o sucesso e outras balelas do género, puseram o nosso planeta em 40 anos completamente à beira da exaustão dos seus recursos e extremamente poluído, para além da capacidade técnica bélica poder promover com simplicidade a sua mortandade em massa e até a sua extinção.
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